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Trilha Sensitiva e Educação Ambiental: uma experiência com alunos da UNAT

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Academic year: 2020

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TRILHA SENSITIVA E EDUCAÇÃO

AMBIENTAL: UMA EXPERIÊNCIA

COM ALUNOS DA UNAT*

NICALI BLEYER FERREIRA DOS SANTOS**,

BRENDA NOGUEIRA***, ROBERTO MALHEIROS****, VALÉRIA SANTANA*****

O

final do século e XX e o início do XXI trouxe consigo revoluções em todas as esferas da vida humana. Dentre elas, a revolução tecnológico-científica e a revolução nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) merecem destaque. Em particular, as mudanças desencadeadas pelo avanço das tecnologias usadas na agroindústria causaram, também, danos ao planeta e consequentemente à qualidade de vida dos que o habitam.

Esse cenário apocalíptico montado pelos ambientalistas e ecologistas, por todo o mundo, em relação ao destino dos recursos naturais e da sobrevivência humana, levantou termos como: Sustentabilidade e Educação Ambiental. A Educação Ambiental (EA) não se dissocia da sustentabilidade, pelo contrário, funciona como um dois meios para garantir o equilíbrio entre natureza-sociedade-economia.

Carvalho (2012, p. 37) considera essa relação entre a sociedade e a natureza numa perspectiva socioambiental onde, longe de entender a natureza como algo intocável e inalte-rável, percebe que deve haver um “campo de interações entre a cultura, a sociedade e a base

Resumo: a Educação Ambiental tem sido cada vez mais utilizada com o objetivo de promover a sensibilização e a conscientização ambiental, entretanto, para pessoas da terceira idade essa ainda é uma prática modesta. Nesse contexto, o presente trabalho procura relatar uma experiência vivenciada por alunos da extensão e da Universidade Aberta a Terceira Idade (Unati), ambos da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, desenvolvida pela oficina de trilha sensitiva. A oficina objetivou aproximar os idosos do contato com a natureza por intermédio do uso dos sentidos humanos

Palavras-chave: Educação Ambiental. Extensão. Terceira Idade.

* Recebido em: 07.01.2015. Aprovado em: 22.02.2015.

** Dra. em Ciências Ambientais. Professora na Escola de Formação de Professores e Humanidades e do Programa Socioambiental e de Economia Solidária (Prosa) da PUC Goiás. Geógrafa.

*** Acadêmica do Curso de Geografia e monitora voluntária do Prosa da PUC Goiás.

**** Mestre em Geografia e professor do Instituto do Trópico Subúmido da PUC Goiás. Geógrafo. ***** Acadêmica do Curso de Gestão Ambiental e monitora voluntária do Prosa da PUC Goiás.

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física e biológica dos processos vitais”. Ou seja, o homem tem necessidades existenciaisque só a natureza pode lhe proporcionar e por isso deve usar os recursos naturais com racionalidade, possibilitando a efetivação da sustentabilidade.

Mas como seria possível, em um mundo com uma demanda por alimentos tão acentuada, onde a mídia, servindo ao capital, impõe o consumismo e o individualismo e, onde o modo de produção vigente visa o lucro cada vez maior, sem muito se preocupar com o desgaste da natureza? A Educação Ambiental (EA) tem sido uma grande aliada para amenizar esses processos, ganhando diversos adeptos em todo o mundo.

Ações governamentais, escolas e universidades têm promovido a EA com maior sucesso a cada ano. Muito se ouve sobre a problemática ambiental atualmente, até mesmo por meio da mídia, em alguns casos com um pouco de sensacionalismo, em outros, com indiferença. Contudo, há um publico cada vez mais crescente, que muitas vezes não tem a oportunidade de aprender um pouco mais sobre a dinâmica socioambiental: um exemplo pode ser dado pela terceira idade.

A discussão sobre a sustentabilidade ganhou maior destaque no fim do século XX, o que indica que pessoas que hoje estão na terceira idade não tiveram acesso à Educação Am-biental em seu período escolar, isso falando dos idosos que frequentaram a escola. O acesso ao ensino superior era muito difícil neste período, principalmente para pessoas de baixa ren-da. Nesse sentido, existem algumas iniciativas para a integração do idoso em instituições de ensino superior espalhadas pelo Brasil, e uma delas é promovida pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), que disponibilizam ensino nesta modalidade, formalizado pela Universidade Aberta a Terceira Idade (UNATI).

A UNATI está vinculada ao Programa de Gerontologia Social da PUC Goiás, insti-tuído no ano de 1992, e está inserida na Coordenação de Extensão – CDEX, que por sua vez, está vinculada a Pró Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil – PROEX. Dentre os objetivos da UNATI destaca-se: possibilitar às pessoas adultas e idosas (50 anos ou mais) o acesso à Univer-sidade, na perspectiva da educação continuada; contribuir na formulação de políticas públicas em relação ao idoso; despertar nos alunos a responsabilidade social, motivando-os a assumir presença efetiva nas organizações da sociedade civil e movimentos sociais e; resgatar a cidadania e o desenvolvimento do espírito de convivência, visando o envelhecimento saudável.

Desta forma, com vistas a contribuir com o desenvolvimento de práticas de sensibi-lização e conscientização, por meio da Educação Ambiental, para pessoas da terceira idade, o Programa Socioambiental e de Economia Solidaria - PROSA, juntamente com o Instituto do Trópico Subúmido - ITS da PUC Goiás, promoveu a oficina da “Trilha Sensitiva”.

A oficina, desenvolvida em local de mata de Cerrado, tinha o objetivo de aproximar os idosos do contato com a natureza por meio da audição (diálogos educativos realizados antes da atividade), do tato, do olfato (contato com artefatos e materiais que fazem parte da fauna e da flora do Cerrado) e do trabalho em equipe, promovido pelos próprios envolvidos na ação.

Assim, o presente artigo procura relatar à experiência vivida pelos alunos da exten-são, no contato com os alunos da UNATI, associando a relevância da EA para esse público. CONCEITOS E REPRESENTAÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Até a década de 1970 a crítica ambiental pautava-se essencialmente na “proble-mática ecológica” e no discurso dos ecologistas que não estabelecia a devida relação com a

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sociedade. Somente com a Educação Ambiental, que seria a educação do povo em prol do meio ambiente, novas áreas do conhecimento (Geografia, Psicologia, Sociologia) foram sub-sidiando novos métodos para tanto (PELICIONI; PHILIPPI JR., 2005).

Sobre isso Carvalho (2012, p. 37) afirma que:

A EA surge em um terreno marcado por uma tradição naturalista. Superar essa marca, mediante a afirmação de uma visão socioambiental, exige um esforço de superação da dicotomia entre natureza e sociedade, para poder ver as relações de interação permanente entre a vida humana social e a vida biológica da natureza (CARVALHO, 2012, p. 37).

Desta forma, é importante ressaltar o papel dos recursos humanos e do envolvimen-to direenvolvimen-to dos mesmos com o meio a ser estudado, lançando mão dos variados conceienvolvimen-tos das diversas ciências que abordam essetema ou se apropriam dele para o seu discurso.

Um grande avanço para a área da Educação Ambiental ocorreu em agosto de 1981, quando pela primeira vez foi sancionada uma lei que tratava do meio ambiente no Brasil: a Lei Federal Nº 6938/81 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PELICIONI; PHILIPPI JR., 2005). Quase 20 anos mais tarde, em 1999, é sancionada a Lei Federal Nº 9.795, que dispõe sobre a Política Nacional de Educação Ambiental. De acordo com esta lei:

Todos têm direito à educação ambiental, componente essencial e permanente da educação nacio-nal, que deve ser exercida de forma articulada em todos os níveis e modalidades de ensino, sendo responsabilidade do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), do Sistema Educacional, dos meios de comunicação, do Poder Público e da sociedade em geral (BRASIL, 1999, apud PELI-CIONI; PHILIPPI JR., 2005, p. 6).

Portanto, de acordo com os autores, a Educação Ambiental deve acontecer de for-ma democrática, participativa e inclusiva, em todos os níveis de ensino, inclusive no Ensino Superior, atingindo então todos os cursos e modalidades e, por consequência, os alunos da Universidade Aberta a Terceira Idade da PUC Goiás.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A TERCEIRA IDADE

Estimativas do IBGE1 para 2015 apontam que a esperança de vida ao nascer

alcan-çou a média de 75,44 anos para a população brasileira. Os dados indicam que ao longo dos anos esta média aumentou bastante. Associando estes dados as taxas de fecundidade e morta-lidade em decadência, verifica-se que o fenômeno mundial do envelhecimento populacional atinge também o Brasil.

Pesquisadores indicam diversos fatores desencadeados pelo envelhecimento populacio-nal, nas esferas social, econômica e política (SALGADO, 1998). Entretanto, muitos autores acre-ditam que o envelhecimento populacional seja extremamente positivo, uma vez que a experiência e determinação desta faixa etária são tão expressivas. De acordo com Salgado (1998, p. 36):

É necessário que se crie um espaço para a existência, socialmente produtiva, dos velhos; acreditando ser possível sua participação e contribuição para a sociedade. A subcultura preconceituosa deve ser combatida, criando-se oportunidades para que esse segmento importante possa se desenvolver social e culturalmente.

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Assim, iniciativas como as universidades destinadas à Terceira Idade tornam-se relevantes meios de promover a interação do idoso. Em um contexto mais socializado para esse público e, ao mesmo tempo, no caso particular da Educação Ambiental, traz uma contrapartida para o meio ambiente, por meio da dedicação nas atividades realizadas com esse fim e disseminação do conhecimento adquirido.

Miranda et al. (2007, p. 25), reunindo obras de diversos autores e por meio de experiências extencionistas com grupos da Terceira Idade, na área da educação ambiental, concluíram que:

Como processo de educação não-formal, a educação ambiental foi apontada pelos idosos dos dois grupos como uma alternativa que deveria estar permanentemente presentes, de forma articulada, em todas as atividades efetuadas pelas duas instituições. No âmbito do ensino não-formal, suas ações e práticas educativas estariam voltadas à sensibilização da coletividade sobre questões ambientais e sua organização e participação na defesa da qualidade do meio ambiente (MIRANDA et al., 2007, p. 25).

Desta forma, pode-se dizer que as atividades promovidas e compartilhadas pelas alunas do PROSA com o grupo da UNATI da PUC Goiás na “trilha sensitiva” foram ativi-dades de Educação Ambiental, de forma a promover, ao mesmo tempo, a sustentabilidade, a integração dos idosos em atividades diversas e o crescimento acadêmico e profissional de todos os participantes.

A “TRILHA SENSITIVA” DO INSTITUTO DO TRÓPICO SUBÚMIDO E OS ALUNOS DA UNATI: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

O Instituto do Trópico Subúmido (ITS) da PUC Goiás foi concebido com o intui-to de promover o conhecimenintui-to e realizar pesquisas sobre o bioma Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, em termos de extensão. O ITS abriga inúmeros espaços de aprendizagem, dentre eles, destaca-se o Memorial do Cerrado, um complexo científico que funciona no Campus II da PUC Goiás e representa as diversas formas de ocupação do bioma e os modelos de relacionamento com a natureza e a sociedade. Sendo eles: o Museu de História Natural, a Vila Cenográfica Santa Luzia, a Aldeia Indígena, o Quilombo, o Espaço de Educação Am-biental Dalila Coelho Barbosa e as Trilhas Ecológicas: Trilha da Semente Peregrina e a Trilha Sensitiva (Figuras 1 e 2).

A primeira, possui uma extensão de 2km e foi aberta no interior da reserva intacta de floresta tropical e de Cerrado que existe na Estação Ciência São José. Trata-se de um local ideal para o contato com a natureza e o desenvolvimento do espírito esportivo e de aventura. Como espaço protegido, a “Trilha da Semente Peregrina” propicia ao visitante a oportunida-de oportunida-de realizar a interação oportunida-de conhecimentos relativos ao meio ambiente, notadamente o co-nhecimento científico do mundo vegetal e animal. A segunda está instalada no mesmo local de mata nativa da primeira, entretanto, é bem menor em termos de extensão (33 metros) e possui 12 caixotes espalhados ao longo de seu percurso, para que objetos possam ser coloca-dos em seu interior. Os caixotes estão suspensos a uma altura de 1,5m e os participantes são guiados, em seu percurso. A trilha sensitiva tem o objetivo de despertar a conscientização am-biental dos trilheiros por intermédio da sensibilização, estimulada pelos sentidos humanos, principalmente, o tato e o olfato.

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Figura 1: imagens da Trilha Peregrina

Fonte: http://www.pucgoias.edu.br/ucg/institutos/its. Acesso em: jul. 2015.

Figura 2: Imagem da Trilha Sensitiva. Fonte: acervo próprio, setembro de 2014.

Assim, foi em meio a este cenário de beleza natural e importantes espaços educa-tivos, que aconteceu a oficina de sensibilização ambiental com a terceira idade, que dentre outros fatores, primou pela aproximação dos atores envolvidos com ambientes naturais e

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antrópicos típicos do bioma Cerrado, de modo a aproximar os envolvidos na oficina, com os elementos socioambientais no qual os mesmos estão envolvidos.

Nesse sentido, partindo do princípio de que a Educação Ambiental pode promover a sensibilização ambiental por meio de diferentes modalidades, optou-se pelo uso dos sen-tidos humanos, uma vez que o estímulo destes promove o conhecimento e o contato com a natureza por meio da visão, do tato, da audição, do olfato e do paladar, potencializando a aproximação das pessoas com a natureza. Dentro dessa possibilidade, o uso da “trilha sensi-tiva” como instrumento de sensibilização, visou promover o conhecimento e a sensibilização por meio de um percurso a pé, onde os participantes foram convidados a conhecer mais sobre o meio ambiente em praticamente todos os seus sentidos.

Durante a oficina, o primeiro momento foi destinado a uma roda de conversa, em que a audição foi inicialmente exigida, seguida da visão e do paladar. Nessa atividade, os pro-fessores envolvidos falaram sobre o Cerrado e suas principais características, procurando dar um ar menos formal e mais descontraído. Os alunos da UNATI puderam visualizar várias das características florísticas apresentadas, uma vez que a roda de conversa aconteceu em um local de mata nativa de Cerrado (Figura 3).

Figura 3: Roda de conversa com os alunos da UNAT Fonte: acervo próprio, setembro de 2014.

Em um segundo momento, procurou-se trabalhar a percepção vinculada ao pala-dar, onde alguns alunos puderam comer frutos típicos do Cerrado como o jatobá e o ingá. A atividade degustativa incentivou conversas que remetiam a infância, despertando memórias e sentimentos nos participantes.

No terceiro momento da atividade, os participantes foram convidados a ficarem de olhos vendados, retirando-lhes um dos sentidos - a visão (com o objetivo de aguçar os demais),

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e os mesmos foram convidados a caminhar pela trilha, identificando, pelo tato e pelo olfato, os objetos que lá estavam disponíveis, dentro dos caixotes da trilha (Figura 4 e Quadro 1). Os alunos da UNATI eram guiados por monitores e/ou professores do PROSA, bem como por seus próprios colegas, com o intuito de despertar a segurança e o companheirismo entre os participantes.

Figura 4: Aluno da UNAT vendado, senso guiado pela trilha sensitiva Fonte: acervo próprio, setembro de 2014.

Quadro 1: Objetos a serem identificados ao longo da trilha, dentro dos caixotes

Caixas Objetos a serem identificados pelos trilheiros 1 Terra e areia. 2 Sementes 3 Pelo animal 4 Cebolinha 5 Jatobá 6 Poejo 7 Cabaça 8 Minhocas

9 Erva de Santa Maria 10 Conchas

11 Pedra 12 Cabelo

Em princípio, ficar de olhos vendados gerou certo desconforto com alguns parti-cipantes, mas que logo foi superado, com a condução alegre e descontraída de seus colegas e com as descobertas que faziam ao longo do percurso. Todos os presentes participaram da tri-lha e vale salientar que vários idosos participaram da atividade com algum parente, netos ou filhos, que foram integrados a atividade (Figura 5). A participação da família nesse momento

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foi muito importante uma vez que a Educação Ambiental torna-se um eixo integrador e mais pessoas são sensibilizadas, ampliando os potenciais agentes multiplicadores da informação.

Figura 5: Vista da trilha sensitiva com a participação de familiares dos idosos Fonte: acervo próprio, setembro de 2014.

No decorrer da trilha, os idosos eram informados de seus acertos e erros e, ao final, com retirada da venda, os participantes podiam conferir o seu desempenho, por meio de uma tabela que era preenchida simultaneamente ao percurso por um monitor do PROSA (Figura 6).

Figura 6: Exemplo da tabela preenchida ao longo do percurso da trilha sensitiva, com os acertos e os erros dos participantes

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Durante a oficina realizada cabe destacar o grande número de acertos dos partici-pantes, principalmente no que diz respeito às ervas aromáticas dispostas ao longo da trilha sensitiva. A maioria dos idosos tiveram entre 9 e 12 acertos e ao tatear ou cheirar cada elemen-to ao longo da trilha sensitiva, memórias e histórias iam surgindo e compondo um cenário de sensibilização ambiental com doces recordações de infância.

Como havia participantes de idades diferentes (alunos da UNATI, monitores dos programas de extensão da PUC Goiás e netos e filhos dos idosos), o momento após a realização da trilha foi de trocas de afetividades e vivências, e a proposta de Educação Ambiental pode ser transversal às idades e às experiências de vida, mostrando-se extremamente proveitosa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência mostrou-se altamente proveitosa do ponto de vista da sociabili-zação, da sensibilização e da conscientização ambiental. Todos os participantes puderam compartilhar um momento de aprendizado sobre o bioma Cerrado de forma lúdico-edu-cativa. O aproveitamento de instrumentos de educação não formal, como a trilha sensitiva, apresentou-se muito importante para a prática de Educação Ambiental com idosos, uma vez que os mesmos puderam “aprender brincando” e o ambiente escolhido para o desenvolvimen-to da atividade pode aproximar os participantes do contadesenvolvimen-to com a natureza e trazer à desenvolvimen-tona memórias e conhecimentos vividos.

A percepção dos idosos por meio do tato e do olfato também é um fato a se desta-car, em função do grande número de identificação dos objetos ao longo da trilha. As planilhas preenchidas foram catalogadas e digitalizadas para que futuramente sejam utilizadas em um estudo já em desenvolvimento, onde os erros e os acertos dos idosos são comparados aos erros e aos acertos de jovens graduandos. Isso, no intuito de identificar o nível de percepção, por intermédio dos sentidos humanos de jovens e idosos, o que no caso deste último, mostrou-se já bastante significativo.

Dessa forma, em função do grande aproveitamento da oficina trilha sensitiva por parte dos participantes, a experiência é repetida anualmente, em um calendário de atividades que visa integrar as ações dos programas de extensão da PUC Goiás, aproximando públicos de diferentes gerações, de forma a promover não só a sensibilização e conscientização ambien-tal, mas também a integração de diferentes atores sociais em prol do meio ambiente.

SENSITIVE TRACK AND ENVIRONMENTAL EDUCATION: AN EXPERIENCE WITH STUDENTS OF UNAT

Abstract: environmental education has been increasingly used in order to raise awareness and

environmental awareness, however, for the elderly this is still a modest practice. In this context this paper seeks to relate an experience lived by students and the extension of the Open University Senior Citizens, both from PUC Goiás, developed by sensory trail workshop. The workshop aimed to bring together the elderly contact with nature through the use of human senses.

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Nota

1 Pesquisa realizada em 2015, disponível no site: www.ibge.gov.br. Referências

CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental e Formação do Sujeito Ecológico. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2012.

(BRASIL) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil em Síntese. Disponível em: < http://brasilemsintese.ibge.gov.br/pt/populacao/esperancas-de-vida-ao-nascer>. Acesso em: 25 maio 2015.

MIRANDA, E. S.; SCHALL, V. T.; MODENA, C. M. Representações Sociais sobre Edu-cação Ambiental em Grupos da Terceira Idade. Ciência & EduEdu-cação, v. 13, n. 1, p. 15-28, 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v13n1/v13n1a02.pdf>. Acesso em: 25 maio 2015.

PELICIONI, M. C. F.; PHILIPPI JR, A. Bases Políticas, Conceituais, Filosóficas e Ideoló-gicas da Educação Ambiental. In: PHILIPPI JR, A.; PELICIONI, M. C. F. (Org.) Educação

Ambiental e Sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005. (p. 3-12)

PHILIPPI JR, A.; PELICIONI, M. C. F. (Org.) Educação Ambiental e Sustentabilidade. Ba-rueri: Manole, 2005.

SALGADO, M. A. Envelhecimento Populacional: Desafio do próximo milênio. A Terceira

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