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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA AS REFORMAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO NO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO –CAMPUS CODÓ

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Academic year: 2020

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

AS REFORMAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL

MÉDIO NO INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO –CAMPUS

CODÓ

Francisca Vieira da Silva 1

RESUMO

O artigo analisa, a partir de uma revisão bibliográfica, a trajetória do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Codó desde sua criação como Escola Agrotécnica Federal de Codó, percorrendo as mudanças pelas quais passou em decorrência das políticas educacionais efetivadas, principalmente, pelo Decreto 2.208/97 que determinou a separação entre o Ensino Médio e o Ensino Técnico Profissional, até a promulgação do Decreto 5.154/04 que possibilitou a integração entre Ensino Médio e Ensino Técnico Profissional. Este estudo contribui para o debate de que a função social da escola não se restringe à formação para o mercado de trabalho, ainda que esta Instituição seja do tipo profissional. A centralidade está em assegurar o futuro do estudante, com autonomia política, econômica, social e cultural.

Termos para indexação: Ensino médio integrado, educação profissional, reforma. decreto.

1 Professora do IFMA – Campus Codó. Aluna do curso de Pós-graduação em Educação Agrícola da

Universidade Feral Rural do Rio de Janeiro. saletefran@bol.com.br

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THE REFORMS OF THE HIGH SCHOOL PROFESSIONAL

EDUCATION AT THE FEDERAL INSTITUTE OF MARANHÃO

CAMPUS CODÓ

ABSTRACT

The article analyses, from a bibliographic review, the trajectory of the Federal Institute of Education, Science and Technology of Maranhão-Campus Codó since its creation as Federal Agro-Technical School in Codó, studying the changes that it has experienced resulting from the educational policies put into effect, mainly by the Decree 2.208/97 which determined the separation between the High School and the Professional Technical Education, until the promulgation of the Decree 5.154/04 which enabled the integration between the High School and the Professional Technical Education. This study contributes to the debate that the social function of the school is not restricted to the formation to the job market, although this institution is of the professional type. The main goal is to ensure the future of the student, with political, economic, social and cultural autonomy.

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INTRODUÇÃO

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão-IFMA Campus Codó está localizado na cidade de Codó-MA, zona rural, na região dos cocais, a 370 Km da capital do estado, São Luís, e a 180 Km da capital do Piauí, Teresina. Possui uma área de 210 ha.

O IFMA-Campus Codó, antiga Escola Agrotécnica Federal de Codó, foi criado pela Lei 1.923 de 28 de julho de 1993, tendo iniciado suas atividades somente em 1º de abril de 1997. Atualmente atende alunos do município de Codó (zona urbana e rural) e municípios vizinhos, cerca de 12 municípios possuem alunos matriculados no IFMA-Campus Codó no Ensino Técnico Integrado.

A região onde está localizado o IFMA- Campus Codó possui uma vegetação caracterizada pelo predomínio de palmeiras, entre as quais se destacam o babaçu, a carnaúba e os buritis. A base de sua economia concentra-se na agricultura familiar de subsistência, que sobrevive do extrativismo vegetal, principalmente do babaçu. Sua semente é utilizada como matéria-prima pelas indústrias de cosméticos, medicamentos e alimentos.

O Campus tem, ao longo de suas atividades, primado por uma educação de qualidade, com o propósito de formar o cidadão para participar com autonomia na economia, na política, na cultura e, sobretudo, no mundo do trabalho. Nesse sentido, vem ampliando o número de vagas e cursos ofertados para atender à demanda. Atualmente o Campus possui quatro cursos técnicos de nível médio (Agropecuária, Agroindústria, Informática e Meio Ambiente), três cursos técnicos de nível médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Agroindústria, Informática e Manutenção e Suporte em Informática) e quatro de nível superior (Licenciatura em Ciências Agrárias, Licenciatura em Química, Licenciatura em Matemática, Bacharelado em Agronomia e Tecnólogo em Alimentos).

Toda essa ampliação deu-se, principalmente, por conta da criação dos Institutos Federais pela Lei nº11.892 de 29 de dezembro de 2008. Essa criação se deu a partir da integração de instituições de educação profissional de nível médio, como as Escolas Técnicas Federais, Colégios e Escolas Agrotécnicas, CEFETs etc, que passaram a constituir a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.

As transformações que vêm ocorrendo no mercado de trabalho têm exercido fortes influências sobre as reformas realizadas no sistema educacional. Dessa forma, faz-se referência à Educação Profissional, no faz-sentido de preparar o cidadão para atender às necessidades desse mercado que se encontra em constante mudança. Nesse contexto, insere-se o IFMA – Campus Codó.

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As reflexões apresentadas neste texto objetivam analisar como as Reformas da Educação Profissional de Nível Médio, apresentadas pelo Decreto 2.208/97 e o Decreto 5.154/2004 concretizaram-se no IFMA-Codó, contribuindo para as discussões sobre essas reformas e suas implicações na relação entre educação e trabalho.

A relevância desse trabalho deve-se às discussões suscitadas pelas reformas materializadas nos Decretos acima referidos no contexto da relação educação e trabalho, tendo como fio condutor a perspectiva do estudante trabalhador. Muito se discutiu sobre a temática, porém sem a relevância dada à especificidade do contexto das antigas Escolas Agrotécnicas, ora transformadas em Institutos Federais, em geral e do Instituto Federal – Campus Codó em particular.

Assim, em princípio, apresentou-se um breve histórico do IFMA- Campus Codó; na sequência, apresenta-se uma reflexão sobre as mudanças ocorridas na Educação Profissional de Nível Médio a partir da década de 1990, impostas pelo governo federal através dos Decretos 2.208/97 e 5.154/94; e, ainda, a relação dessas reformas para a formação docente para o mercado de trabalho, por último, as considerações finais.

AS REFORMAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A PARTIR DO DECRETO Nº 2.208/97

A Educação Profissional se constitui um direito do cidadão assegurado pela atual Constituição Federal do Brasil no seu Art. 227 que determina:

é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988).

Assegurada, também, pela Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB, como está estabelecida no Art. 39: “A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia” (BRASIL, 2008). A Educação Profissional deve proporcionar ao aluno o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.

A LDB reservou um espaço privilegiado para a Educação Profissional em que trata dos níveis e modalidades de educação e ensino, sendo considerada fundamental para a inserção do cidadão no mundo do trabalho. Dando um novo enfoque à educação profissional, tendo como objetivos não só a formação de técnicos de nível médio, mas a

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qualificação, a requalificação, a reprofissionalização de trabalhadores de qualquer nível de escolaridade, a atualização tecnológica permanente e a habilitação nos níveis médio e superior. Fica evidente, na nova LDB, o reconhecimento do papel e da importância dessa modalidade de ensino.

Todas essas mudanças significativas para a nossa tradição de Educação Profissional, principalmente para o ensino técnico, foram regulamentadas pelo Decreto nº 2.208 de 17 de Abril de 1997 e seus desdobramentos, na perspectiva de formar cidadãos produtivos que atendessem à demanda do mercado de trabalho. A promulgação desse documento é vista como um marco inicial da reforma do ensino médio técnico, estabelecendo as bases para uma nova educação profissional de nível médio.

Entre as mudanças estabelecidas pelo citado decreto, destaca-se a separação do Ensino Médio do Técnico como prescreve o Art. 5º do Decreto 2.208/97: “A educação profissional de nível técnico terá organização curricular própria e independente do ensino médio, podendo ser oferecida de forma concomitante ou sequencial a este” (BRASIL, 1997). Dessa forma, os alunos passariam a ter duas matrículas independentes. Podendo até, fazer concomitância externa.

No contexto da reforma do Ensino Técnico, a separação entre as disciplinas do Ensino Médio e as do Ensino Profissionalizante foi apresentada como um benefício, pois permitiria a “qualificação e re-profissionalização dos trabalhadores, independentemente da escolaridade prévia” (Decreto 2.208/97 Art. 3º), e a experiência profissional e/ou conhecimentos já adquiridos poderiam ser “objeto de avaliação para prosseguimento ou conclusão de estudos” (Portaria 646/97).

Kuenzer(2010) nos lembra que:

[...] esse decreto, atendendo ao acordo realizado entre MEC e o Banco Mundial, teve como principal proposta a separação entre o ensino médio e a educação profissional, que, a partir de então, passaram a percorrer trajetórias separadas e não equivalentes; e que foi por meio dele que se criaram as condições para a negociação e implementação do PROEP, em atenção às exigências do Banco Mundial.( In.: MOLL, 2010, p.256).

O PROEP2 , de iniciativa do Ministério da Educação-MEC, visava ampliar

o número de vagas no ensino profissionalizante, diversificar a oferta de cursos nesse nível de ensino e definir os que atendiam à demanda da sociedade e às exigências das novas tecnologias, ou seja, implantar a reforma da Educação Profissional e financiá-la via MEC com recursos oriundos do Banco Mundial, desde que algumas exigências

2 Programa de Reforma e Expansão da Educação Profissional criado em 1997, a partir de um contrato de

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fossem cumpridas pelo governo brasileiro. Assim, os gestores das instituições passaram a elaborar propostas de reforma da educação profissional, seguindo as diretrizes impostas pelo governo e dos agentes financiadores.

As mudanças estabelecidas no referido Decreto, as orientações sobre a nova realidade curricular somente se concretizaram com o Parecer nº16/99, Resolução nº04/99 e os Referenciais Curriculares Nacionais publicados em 2000. Desse modo, não havia como se concretizar de imediato as reformas determinadas pelo já citado Decreto, uma vez que as normas citadas que o regulamentava, somente foram publicadas a partir de 1999.

O Decreto 2.208/97, como já foi afirmado, regulamenta os artigos 39 a 42 da LDB que tratam do Ensino Profissional e o separa do Ensino Médio, colocando-o em três níveis: básico, técnico e tecnológico. As instituições podiam ofertar cursos de curta duração, cursos básicos, para qualificar e/ou requalificar jovens e adultos de baixa renda.

Nessa lógica de separação entre Ensino Médio e Técnico, criam-se os cursos subsequentes para aqueles alunos que já haviam concluído ou que estavam concluindo o ensino médio, na tentativa de democratizar o acesso das camadas mais pobres às escolas técnicas federais.

As matrizes desses cursos técnicos passaram a ser organizadas em módulos, de forma independente e articulada com o ensino médio, conforme estabelece o Decreto 2.208/97 no Art 8 §1º :

Art. 8º Os currículos do ensino técnico serão estruturados em disciplinas, que poderão ser agrupadas sob a forma de módulos. §1º No caso de o currículo estar organizado em módulos, estes poderão ter caráter de terminalidade para efeito de qualificação profissional, dando direito, neste caso, a certificado de qualificação profissional (BRASIL, 1997).

Observa-se que o documento supracitado previa saídas intermediárias no caso dos cursos organizados por módulos, assim o aluno podia cursar um módulo, conforme sua necessidade de qualificação profissional e receber sua certificação.

O Decreto ainda determinou “a obrigatoriedade das escolas em adotar o currículo por competências, como organização capaz de melhorar a eficiência das instituições educacionais” (MAUÉS; GOMES; MENDONÇA, 2008, p.111).

A implementação da pedagogia por competências no Campus Codó foi marcada por avanços e recuos da gestão escolar e por adesão e resistência da comunidade escolar. Esse período foi marcado por uma grande rotatividade dos docentes com sérias implicações no processo de ensino aprendizagem, relatada em pesquisa realizada por

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Araújo e Souza Filho (SOUZA FILHO; MATOS; MATOS, 2008).

Várias discussões no âmbito do Campus foram realizadas em torno dessas mudanças, envolvendo professores, coordenadores e diretores a respeito da adequação dos currículos por competência.

A implantação da pedagogia por competência no Campus ocorreu entre 1999 e 2000, período de publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico no ano de 1999 e da publicação dos referenciais Curriculares Nacionais em 2000. Cabe ressaltar “que essa adesão definitiva não significa uma assimilação das competências como noção estruturante do currículo na escola” (SOUZA FILHO; MATOS; MATOS, 2008, p, 56).

Várias ações foram decisivas para que essa implementação nos currículos se efetivasse, como nos relatam Souza Filho, Matos e Matos (2008):

Separação do Ensino Médio e do Técnico, sendo que a oferta do curso técnico passou a ser concomitante e seqüencial ao Ensino Médio (pós-médio);

Divisão dos cursos técnicos em módulos;

Mudança na nomenclatura dos cursos Técnicos: os cursos técnicos agropecuários passam a ser chamados de cursos técnicos agrícolas com várias habilitações: em agricultura, em zootecnia e agroindústria;

Reduziram-se os cursos técnicos em habilitações, isto é, antes os cursos eram generalistas (com abrangência em apenas atividades parciais da área);

Elaboraram-se planos de cursos técnicos com roteiro uniformizado para toda rede federal de ensino;

No ano de 2000 implantou-se o primeiro curso no formato curricular por competências em técnico em informática na EAF-CODÓ-MA; No ano de 2000 implantou-se na EAF-CODÓ-MA, planos de cursos técnicos em zootecnia, agricultura e agroindústria também no formato curricular por competências. (SOUZA FILHO; MATOS; MATOS, 2008, p. 56)

O que se observa em relação à implantação de cursos no IFMA-Campus Codó em atendimento ao Decreto 2.208/97, é que o curso técnico em Agropecuária que era oferecido no formato integrado foi desmembrado em Agricultura, Zootecnia e Agroindústria. Esses novos cursos passaram a denominar-se: Técnico Agrícola com

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Habilitação em Agricultura, Técnico Agrícola com Habilitação em Zootecnia e Técnico Agrícola com Habilitação em Agroindústria. Entretanto, esse formato de certificação não atendia ao mercado de trabalho, já que esses cursos eram muito específicos e o mercado exigia um profissional mais completo. Esses cursos foram ofertados até o ano de 2005.

Durante a vigência do Decreto 2.208/97, o ensino profissionalizante no Campus Codó passou por profundas mudanças, assim como em várias outras instituições da rede federal, passando a ser ofertado cursos de nível básico e técnico. Passou-se a dar mais ênfase ao Ensino Técnico que ao Ensino Médio, este considerado como etapa final da educação básica, teve sua oferta reduzida a cada ano. Privilegiou-se o ensino técnico, enquanto que os professores do ensino médio estavam ficando à margem, até mesmo preocupados com seus destinos.

Nesse contexto de mudanças, o IFMA ampliou a oferta de cursos, criando cursos técnicos, denominados de pós-médio ou subsequente nas áreas de Agricultura, Zootecnia, Agroindústria, Piscicultura, Turismo, Informática, Administração, Segurança no Trabalho, alguns com total falta de sintonia com o contexto regional onde o Campus se encontra inserido. Alguns deles, funcionando à noite para atender ao aluno trabalhador. Em 2009, encerrou-se a última turma de curso técnico subsequente ofertado no Campus Codó.

O Ensino Técnico passou a ser fragmentado, organizado em módulos, com caráter de terminalidade que conferia certificação aos alunos. E, ainda, a ideia de segmentação do conhecimento reacendeu a perspectiva de uma única formação profissional, atrelada ao desempenho de uma tarefa no mercado de trabalho, descartando uma formação mais abrangente e fundamentada em uma concepção de educação emancipadora.

O ENSINO TÉCNICO INTEGRADO

No governo Lula, a política pública tinha por meta

corrigir distorções de conceitos e de práticas decorrentes de medidas adotadas pelo governo anterior, que de maneira explicita dissociariam a educação básica, aligeiraram a formação técnica em módulos dissociados e estanques, dando um cunho de treinamento superficial à formação profissional e tecnológica de jovens e adultos (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005, p.1089).

A reforma da Educação Profissional realizada pelo Decreto 2.208/97 representou um retrocesso histórico para a equivalência entre Ensino Médio e Ensino Técnico. Isso provocou, no início do governo Lula, retomar as discussões sobre ensino médio integrado. Vale ressaltar que a revogação do Decreto 2.208/97 fez parte da agenda de compromisso da campanha do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

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A ideia de formação integrada sugere superar o ser humano dividido historicamente entre a condição social do trabalho, entre o fazer e o pensar. Propõe a superação dessa divisão, com uma formação completa, o mesmo ser que executa também planeja, por exemplo. Uma formação completa para a leitura do mundo e para a atuação como cidadão.

O desafio de um ensino integrado é uma educação unitária, politécnica que seja capaz de articular cultura, conhecimento, tecnologia e trabalho com direito de todos e condição da cidadania e democracia efetivas (FRIGOTTO, 2005).

Durante o primeiro mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva, vários eventos foram realizados com a finalidade de avaliar os efeitos da reforma, até culminar com a revogação do Decreto 2.208/97 e promulgação do Decreto 5.154/04. Este deu liberdade às escolas de organizarem seus currículos de forma integrada ou independente do Ensino Médio, de acordo com o que dispõe o art. 36 da nova LDB.

Entretanto, “após um ano de vigência do Decreto n. 5.154/04, a mobilização não ocorreu” (FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 2005, p. 1091). Passou-se a fragmentação a partir do próprio Ministério da Educação. Este se reestruturou, deixando a política do ensino médio na Secretaria de Educação Básica, separando-a da política de Educação Profissional.

A promulgação do Decreto 5.154/2004 foi o resultado de discussões e realização de alguns seminários que contaram com a participação de representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais, cujo objetivo é discutir as mudanças na política de Ensino Médio e de Educação Profissional no país, no governo do Presidente Lula,com intuito, ainda, de buscar sugestões para a minuta do decreto que revogaria o Decreto nº 2.208/97.

Desses eventos, diante das concepções defendidas pelos participantes, três posições foram evidenciadas: a primeira defendia a ideia de revogar o Decreto nº2.208/97 e pautar a política de Ensino Médio e Educação Profissional de acordo com a LDB 9.394/1996; a segunda era favorável à manutenção do Decreto 2.208/97; e a terceira era favorável à revogação e substituição do citado Decreto por outro.

A homologação do Parecer CNE3 /CEB4 nº 39/2004 e da Resolução nº01/2005

atualizou as diretrizes Curriculares Nacionais definidas pelo CNE tanto para o Ensino Médio como para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, as quais foram aprovadas em 1998 e 1999, respectivamente, as quais “ continuam perfeitamente válidas após a edição do Decreto nº 5.154/2004” (BRASIL, 2004, p. 3). Diante desses documentos legais, estão mantidas as concepções político-pedagógicas já existentes antes

3 CNE- Conselho Nacional de Educação. 4 CEB – Câmara de Educação Básica.

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da promulgação do novo decreto.

A tão esperada revogação do Decreto 2.208/07 “frustrou expectativas, já que o Decreto 5.154/2004 se assenta praticamente sobre a mesma legislação infralegal que respaldava o decreto anterior” (ARRUDA, 2010, p.06). A mudança mais significativa apresentada no novo decreto é que as instituições ficaram livres para implementar o Ensino Médio Técnico da forma que melhor lhes conviessem, observando a legislação vigente.

O Art.4º § 1o do Decreto 5.154/2004 prevê a possibilidade de ofertar o Ensino Médio Técnico da seguinte forma:

§1º A articulação entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio dar-se-á de forma:

I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, contando com matrícula única para cada aluno; II - concomitante, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental ou esteja cursando o ensino médio, na qual a complementaridade entre a educação profissional técnica de nível médio e o ensino médio pressupõe a existência de matrículas distintas para cada curso, podendo ocorrer:

a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis;

b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; ou

c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade, visando o planejamento e o desenvolvimento de projetos pedagógicos unificados;

III - subsequente, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino médio (BRASIL, 2004).

Mesmo com a homologação do novo decreto o Conselho de Educação legitimou uma concepção curricular “marcada pela ênfase no individualismo e na formação por competências voltadas para a empregabilidade. Reforça-se, ainda, o viés adequacionista da educação aos princípios neoliberais” (ARRUDA, 2010, p. 07).

Essas mudanças apresentadas pelo Decreto nº 5.154/04, no contexto do IFMA-Campus Codó, materializam-se a partir de 2006, quando foram ofertadas três turmas

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de Ensino Médio Técnico Integrado. Uma turma de Ensino Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio e duas turmas de Ensino Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio. A partir de então, os alunos passaram a ter uma única matrícula.

Com o novo Decreto, as disciplinas da área técnica que eram organizadas por módulos, passaram a ser semestrais como as do Ensino Médio. As matrizes curriculares foram organizadas, conforme a carga horária exigida na legislação.

Em 2009, ampliou-se a oferta de cursos no IFMA na modalidade integrada. Foram ofertados dois cursos novos: Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio e Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio, mantendo-se os cursos citados no parágrafo anterior. Em 2010, com a expansão dos Institutos ampliou-se, consideravelmente, o número de vagas para os cursos citados.

Um programa do governo federal que contribuiu para a universalização da educação básica foi o PROEJA5 instituído pelo Decreto nº5.478, de 24 de junho de 2005

que obrigou as instituições da rede federal de educação técnica e tecnológica a destinar, em 2006, o correspondente a 10% das vagas oferecidas em 2005 para o Ensino Médio integrado à Educação Profissional destinado a jovens e adultos que tenham cursado apenas o ensino fundamental. O citado decreto foi revogado pelo Decreto nº5.840, de 13 de julho de 2006.

Em 2007, o IFMA implantou o PROEJA com uma turma de Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio que concluiu em dezembro de 2009. Os cursos do PROEJA funcionam no turno noturno, já que seu público é caracterizado por jovens e adultos trabalhadores. Com a implantação do PROEJA muitas discussões foram feitas, em decorrência da falta de capacitação para os docentes para atender a esse novo público, uma vez que os cursos de Licenciaturas não previam essa modalidade de ensino.

Atualmente, os cursos do PROEJA ofertados pelo IFMA também se expandiram. Em 2008, foi ofertado o curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio; em 2009, mais uma turma do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio; em 2010, uma turma de Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio e uma turma de Técnico em Suportes e Manutenção em Informática Integrado ao Ensino Médio e em 2011, mais duas turmas: uma de Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio e outra de Técnico em Suportes e Manutenção em Informática Integrado ao Ensino Médio

Embora a educação profissional atenda os jovens e adultos por meio do PROEJA, seu currículo ainda tem carga horária reduzida em relação aos cursos regulares. Por outro lado, proporciona-se uma formação aos jovens excluídos do mercado de trabalho

5 Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Jovens

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e que não tiveram acesso à educação regular na idade adequada.

EDUCAÇÃO E TRABALHO

As transformações que vêm ocorrendo no mercado produtivo têm influenciado decisivamente no papel que a educação e a formação profissional possuem na inserção e na trajetória ocupacional das pessoas ao longo da vida e, particularmente, da juventude brasileira.

Diante da atual crise do desemprego, do trabalho precário, os jovens da classe pobre procuram sua inclusão no mercado de trabalho, aceitando as condições que lhes são impostas (salários baixos, condições precárias de trabalho, instabilidade, jornada de trabalho excessiva, etc.)

Nesse cenário, encontra-se a educação com o compromisso de possibilitar aos jovens e adultos sua qualificação para competir no mercado, que a cada dia está mais competitivo e exige mais de seus sujeitos conhecimentos atualizados. Como nos afirma Santos (2010):

[...] têm-se empreendido esforços para formar competências sociais e profissionais no conjunto da classe trabalhadora em busca da formação de um trabalhador de novo tipo, mais adaptado à volatilidade do mercado e à velocidade das mudanças no trabalho e na produção, propiciadas pelo avanço da ciência e da tecnologia (SANTOS, 2010, p. 137).

Sabemos que a educação é um direito de todos os cidadãos, garantido pela Constituição Federal em seu art. 6º, no entanto a muitos ainda é negado esse direito. Mesmo com a expansão do Ensino Médio e Técnico nos últimos anos, muitos jovens e adultos ainda estão excluídos da escola. Como cita Simões (In.: MOLL, 2010, p.101): “A educação é defendida como direito, como bem social a ser universalizado, mas é tratada como privilégio de alguns segmentos, porque a lógica dos sistemas educacionais fundamenta-se na distribuição desigual do capital simbólico que a escola detém”.

Em decorrência das transformações no campo da economia e do trabalho, a Educação Profissional no Brasil vem ocupando um lugar de destaque na agenda neoliberal desde 1990 (GRABOWSKI; RIBEIRO, 2010, p. 217 In.: MOLL, 2010). As ações governamentais têm divulgado que a qualificação profissional é condição para o trabalhador participar das novas relações sociais de produção.

A elevação dos critérios de seleção pelo mercado de trabalho tem se tornado uma condição obrigatória para aqueles que buscam melhores condições materiais buscarem qualificação. Esse fato tem colaborado para a expansão e aumento da oferta de vagas no ensino médio. Por outro lado, as escolas não estão preparadas para essa

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expansão, faltam escolas e professores suficientes.

No contexto do IFMA-Campus Codó, pesquisa realizada por Souza Filho (2003) mostra que o aluno ingressa nos cursos ofertados pelo Campus por motivos de necessidades sociais e em sua grande maioria informam que necessitam adquirir títulos e competência para enfrentar as situações impostas pelo mercado de trabalho.

Segundo a mesma pesquisa, os motivos que levaram os alunos a ingressarem nos cursos técnicos são, por ordem de prioridade: o sustento próprio e /ou familiar; manter-se em curso superior, montar o próprio negócio administrar bens familiares; vocação ou identificação pela área produtiva do curso.

Não se pode negar que a procura pelo Ensino Médio, na maioria das vezes, está associada à preparação para o vestibular e à potencialização para o mercado de trabalho. Os alunos do turno noturno são os que buscam, na sua maioria, uma ascensão no mercado de trabalho por meio da conclusão do Ensino Médio, uma vez que muitos desses alunos já estão inseridos no mercado de trabalho.

A profissionalização de nível médio é vista como uma condição imposta pela história objetiva dos alunos que ingressam e saem do Instituto. Nesse contexto, cabe garantir que esse aluno transite com autonomia no mercado de trabalho, principalmente, que tenha um emprego formal que atenda às suas necessidades imediatas, porém, sem perder de vista o foco da formação cidadã, cujos objetivos de ensino passam pela criatividade, consciência, criticidade, autonomia e competência.

CONCLUSÃO

Diante do exposto, apresentamos as mudanças mais significativas ocorridas na Educação Profissional a partir da década de 1990 e sua materialização no âmbito do IFMA- Campus Codó. Vimos que tais mudanças foram impostas às instituições federais de Ensino Profissional pelo governo.

Com a promulgação do Decreto nº 5.154/04 alguns conceitos como de politécnica, escola unitária ou qualquer outro conceito que referencie o citado decreto não foi incorporado pela maioria dos educadores. Percebemos que o Ensino Médio e o Ensino Profissionalizante foram juntos e não integrados, pois os mesmos continuam distantes e sem diálogo entre os elementos curriculares construtores das competências.

A análise da relação educação e trabalho nos remete a compreender que o papel do Campus, sobretudo, é constituir caminhos seguros para os filhos e filhas de trabalhadores do campo e da cidade. Assim como é condição necessária a profissionalização no ensino médio para filhos e filhas de trabalhadores, integrada à formação humana, cultural, científica e política é também condição necessária, para inserção no mercado de trabalho

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e profissional, que a economia local e regional produza empregos formais, ainda que a relação trabalho-educação não se confunda com a relação formação-emprego.

Depreende-se daí que as políticas afirmativas de integração da Educação Profissional e Educação Básica devam estar atreladas a políticas afirmativas de geração de emprego e renda.

O estudo aponta que os poderes públicos municipal, estadual e federal devem implementar maior investimento e desenvolvimento nas atividades produtivas potenciais do Maranhão para que tal objetivo seja alcançado.

Concluímos que a passagem do Decreto 2.208/97 para o 5. 154/2004 retomou a discussão, na perspectiva do estudante trabalhador, que busca superar o entulho político-ideológico-empresarial gerado pelo Decreto anterior, porém esse salto de qualidade é somente uma “travessia” para uma educação politécnica, pelos entraves históricos de uma educação profissional tecnicista e de aprendizagem operacional preocupada com a adaptação do sujeito ao mercado de trabalho e não com o enfrentamento desse mercado de trabalho.

REFERÊNCIAS

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_______. Congresso Nacional. Constituição Federal da República Federativa do

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Referências

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