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A importância do "hirondelle" na estruturação e valorização dos exercícios de argolas em ginástica artística masculina

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Academic year: 2021

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(1)A Importância do “Hirondelle” na Estruturação e Valorização dos Exercícios de Argolas em Ginástica Artística Masculina. Manuel Jorge Almeida Campos. Porto, 2008.

(2) A Importância do “Hirondelle” na Estruturação e Valorização dos Exercícios de Argolas em Ginástica Artística Masculina. Monografia realizada no âmbito da disciplina de Seminário do 5º ano da licenciatura em Desporto e Educação Física, da Opção Complementar de Desporto de Rendimento – Ginástica, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. Orientadora: Professora Doutora Eunice Lebre Manuel Jorge Almeida Campos. Porto, 2008.

(3) Campos, M. (2008). A Importância do "Hirondelle" na Estruturação e Valorização dos Exercícios de Argolas em Ginástica Artística Masculina. Porto: M. Campos. Dissertação de Licenciatura apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. PALAVRAS-CHAVE: GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA, CÓDIGO DE PONTUAÇÃO, ARGOLAS, HIRONDELLE, EXERCÍCIOS DE COMPETIÇÃO..

(4) Agradecimentos Desejo expressar os meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas e instituições que de alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho, especialmente: À Prof. Doutora Eunice Lebre, pela alegria, entusiasmo e incentivo demonstrados na orientação deste trabalho, mas acima de tudo, pela inteira disponibilidade com que me apoiou na concretização do mesmo. À Associação de Ginástica do Norte, pela cedência do material audiovisual e pela bibliografia disponibilizada. Ao Álvaro, pela ajuda prestada na visualização e avaliação dos exercícios analisados, bem como pelas dúvidas e reflexões partilhadas. Ao Ferreirinha, pela cedência de material bibliográfico e pela partilha de dúvidas. Ao Prof. Doutor André Seabra, pelos esclarecimentos prestados no âmbito da estatística. A todos os meus amigos, pela amizade, preocupação, e constante alento prestado ao longo da realização deste trabalho. Em especial à Luísa pelas leituras e reflexões partilhadas. Aos meus pais e irmão, pelo seu contributo, preocupação, paciência, compreensão e motivação demonstradas ao longo de todo o meu percurso de formação enquanto pessoa e profissional. À Sandrinha, por todo o esforço, colaboração, paciência, compreensão, incentivo e carinho demonstrados. III.  .

(5) IV.  .

(6) Índice Geral. Agradecimentos ------------------------------------------------------------------------------- III Índice Geral ------------------------------------------------------------------------------------- V Índice de Figuras ------------------------------------------------------------------------------IX Índice de Quadros ----------------------------------------------------------------------------XI Resumo ----------------------------------------------------------------------------------------- XV Abstract --------------------------------------------------------------------------------------- XVII Résumé -----------------------------------------------------------------------------------------XIX Lista de Abreviaturas ----------------------------------------------------------------------XXI. 1. Introdução ---------------------------------------------------------------------------------- 1. 2. Revisão da Literatura ------------------------------------------------------------------- 5 2.1. Caracterização da Ginástica Artística Masculina (GAM) -------------- 5. 2.2. Organização das Competições ------------------------------------------------ 6. 2.3. O Código de Pontuação ---------------------------------------------------------- 7. 2.3.1 Composição do Júri por Aparelho -------------------------------------------- 9 2.4. Argolas ------------------------------------------------------------------------------ 11. 2.5. Avaliação dos Exercícios de Competição ------------------------------- 13. 2.5.1 Classificação das Dificuldades dos Elementos-------------------------- 14 2.5.2 Exigências de Composição – Nota “A” ------------------------------------ 15 2.5.3 Deduções de Execução ------------------------------------------------------- 21 2.5.4 Cálculo da Nota de Partida – Nota “A” ------------------------------------ 24 2.6. Composição dos Exercícios de Competição nas Argolas --------- 25 V.  .

(7) 2.7 3. 4. 5. Caracterização do “Hirondelle” --------------------------------------------- 28. Objectivos -------------------------------------------------------------------------------- 35 3.1. Objectivos Geral ------------------------------------------------------------------ 35. 3.2. Objectivos Específicos --------------------------------------------------------- 35. 3.3. Hipóteses --------------------------------------------------------------------------- 36. Material e Métodos--------------------------------------------------------------------- 37 4.1. Caracterização da Amostra --------------------------------------------------- 37. 4.2. Metodologia ------------------------------------------------------------------------ 37. 4.3. Procedimentos Estatísticos -------------------------------------------------- 38. Apresentação dos Resultados ----------------------------------------------------- 42 5.1. Valores Registados nos Exercícios de Argolas dos Ginastas. Participantes no Concurso I do Campeonato do Mundo. ------------------- 42 5.2. Variantes do Elemento “Hirondelle” Executadas nos Exercícios. de Argolas ----------------------------------------------------------------------------------- 45 5.3. Posição Ocupada pelos Elementos Variantes do “Hirondelle”. Efectuados nos Exercícios de Argolas -------------------------------------------- 48 5.3.1 Concurso I ------------------------------------------------------------------------ 48 5.3.2 Concurso II e III ----------------------------------------------------------------- 49 5.4. Valores Registados nos Exercícios de Argolas das Equipas. Participantes no Concurso I do Campeonato do Mundo. ------------------- 51 5.5. Valores Registados nos Exercícios de Argolas Realizados pelos. Ginastas Participantes no Concurso III do Campeonato do Mundo. ---- 55. VI.  .

(8) 5.6. Valores Registados nos Exercícios de Argolas Realizados pelos. Ginastas Participantes no Concurso II do Campeonato do Mundo. ----- 57 6. Discussão dos Resultados --------------------------------------------------------- 60 6.1. Elementos Variantes do “Hirondelle” Executados nos Exercícios. de Argolas dos Ginastas Participantes no Concurso I. ---------------------- 60 6.2. Variantes do Elemento “Hirondelle” Executados nos Exercícios. de Argolas dos Ginastas Participantes no Concurso I. ---------------------- 62 6.3. Posição dos Elementos Variantes do “Hirondelle” no Exercício de. Argolas --------------------------------------------------------------------------------------- 68 6.3.1 Concurso I ------------------------------------------------------------------------ 68 6.3.2 Concurso II e III ----------------------------------------------------------------- 69 6.4. Elementos variantes do “Hirondelle” executados nos exercícios. de Argolas das equipas participantes no Concurso I------------------------- 72 6.5. Comparação dos Elementos Variantes do “Hirondelle”. Executados nos Exercícios de Argolas do Concurso II e III ---------------- 75 7. Conclusões ------------------------------------------------------------------------------ 80. 8. Referências Bibliográficas ---------------------------------------------------------- 84. VII.  .

(9)  . VIII.  .

(10) Índice de Figuras. Figura 1 – Distribuição percentual dos elementos variantes do “Hirondelle” apresentados pelos ginastas das 24 equipas participantes no Concurso I. .................................................................................................................. 54 Figura 2 – Distribuição percentual dos elementos variantes do “Hirondelle” apresentados pelos ginastas das equipas classificadas nas 10 primeiras posições das Argolas no Concurso I. ........................................................ 54 Figura 3 – Distribuição percentual dos exercícios das Argolas pelos valores de dificuldade das notas de partida obtidas pelos ginastas participantes no Concurso III. .............................................................................................. 56 Figura 4 – Distribuição dos exercícios das Argolas pelos valores de dificuldade das notas de partida obtidas pelos ginastas participantes no Concurso III. .................................................................................................................. 56 Figura 5 - Distribuição percentual dos exercícios das Argolas pelos valores de dificuldade das notas de partida obtidas pelos ginastas participantes no Concurso II. ............................................................................................... 58 Figura 6 - Distribuição dos exercícios das Argolas pelos valores de dificuldade das notas de partida obtidas pelos ginastas participantes no Concurso II. 58. IX.  .

(11) X.  .

(12) Índice de Quadros. Quadro 1 – Desvios máximos admitidos entre as deduções do Júri “B” do aparelho, relativizado à dedução final do exercício (Adaptado de FIG, (2006a). ..................................................................................................... 11 Quadro 2– Caracterização do valor de dificuldade dos elementos presentes no CP (Adaptado de FIG, (2006a). ................................................................ 15 Quadro 3– Valor da bonificação por ligação entre elementos de força (Adaptado de FIG, (2006a). ...................................................................... 18 Quadro 4 – Deduções aplicadas aos exercícios de competição (Adaptado de FIG, (2006a). ............................................................................................. 21 Quadro 5 - Deduções aplicadas aos desvios angulares e ao tempo de paragem dos elementos executados nos exercícios de competição das Argolas (Adaptado de FIG, (2006a). ...................................................................... 22 Quadro 6 – Deduções aplicadas em casos específicos de execução dos exercícios de Argolas (Adaptado de FIG, (2006a) .................................... 23 Quadro 7 – Processo de cálculo da nota de partida. ....................................... 24 Quadro 8 – Distribuição dos elementos definidos no CP de Argolas por grupo e por valor de dificuldade. Valores percentuais da distribuição do número de elementos por grupo. ................................................................................ 26 Quadro 9 – Distribuição dos elementos definidos no CP de Argolas por grupo e por valor de dificuldade. Valores percentuais da distribuição do número de elementos por valor de dificuldade. ........................................................... 27 Quadro 10 – Distribuição dos elementos variantes do “Hirondelle” por grupo e valor de dificuldade. .................................................................................. 30. XI.  .

(13) Quadro 11 – Valores percentuais dos elementos variantes do “Hirondelle” relativos ao número total de variantes existentes no CP........................... 32 Quadro 12 – Valores percentuais dos elementos variantes do “Hirondelle” relativos ao número total de elementos presentes no CP para os grupos onde as mesmas se inserem. ................................................................... 32 Quadro 13 – Incidência dos elementos variantes do “Hirondelle” nos exercícios executados nas Argolas. ........................................................................... 42 Quadro 14 – Valor das correlações obtidas entre as notas de partida, execução e final, a classificação na qualificação das Argolas e os elementos variantes executados nos exercícios de competição. ............................... 43 Quadro 15 – Descrição das variantes do elemento “Hirondelle” realizados nos exercícios de Argolas dos ginastas participantes no Concurso I do Campeonato do Mundo. ............................................................................ 45 Quadro 16 – Descrição das variantes do elemento “Hirondelle” não utilizados nos exercícios de Argolas dos ginastas participantes no Concurso I do Campeonato do Mundo. ............................................................................ 47 Quadro 17 – Distribuição das variantes do elemento “Hirondelle” relativamente ao seu posicionamento nos exercícios de competição efectuados nas Argolas pelos ginastas participante no Concurso I do Campeonato do Mundo. ...................................................................................................... 48 Quadro 18 – Distribuição dos elementos variantes do “Hirondelle” relativamente ao seu posicionamento nos exercícios de competição efectuados nas Argolas pelos ginastas participante no Concurso II e III do Campeonato do Mundo. ............................................................................ 49 Quadro 19 - Incidência das variantes do “Hirondelle” executados nos exercícios de Argolas pelos ginastas das equipas participantes ................................ 51. XII.  .

(14) Quadro 20 - Incidência de variantes do elemento “Hirondelle” realizadas nos exercícios de Argolas pelos ginastas das equipas participantes............... 53 Quadro 21 – Distribuição dos elementos variantes do “Hirondelle” pelas notas de partida obtidas nos exercícios efectuados nas Argolas pelos ginastas participantes no Concurso III do Campeonato do Mundo. ........................ 55 Quadro 22 – Distribuição dos elementos variantes do “Hirondelle” pelas notas de partida obtidas nos exercícios efectuados nas Argolas pelos ginastas participantes no Concurso II do Campeonato do Mundo. ......................... 57. XIII.  .

(15) XIV.  .

(16) Resumo O presente estudo visou identificar a importância do elemento “Hirondelle”, enquanto elemento estático de força, na valorização e estruturação dos exercícios de Argolas em Ginástica Artística Masculina. Concretamente pretendemos estudar o modo como a execução deste elemento poderá contribuir para a valorização dos exercícios de Argolas, identificando se as suas variantes e o seu enquadramento estrutural, poderão, à luz do Código de Pontuação, constituir uma vantagem competitiva. A amostra foi constituída por 212 ginastas masculinos participantes no Campeonato do Mundo de Estugarda, realizado em Setembro de 2007. A avaliação dos exercícios apresentados, foi efectuada através da visualização de imagens no Programa IRCOS, com o apoio do Juiz Supervisor das Argolas da competição analisada. Para a análise dos dados, recorremos à Correlação de Pearson e à Estatística Descritiva (estudo das frequências e cruzamento de dados). Como resultados principais, verificamos que: a maioria dos ginastas que executam o “Hirondelle”, optam por executar duas variantes do elemento; a nota de partida dos exercícios parece aumentar em função do número de elementos variantes executados, tendo implicações na nota final e a classificação dos ginastas no aparelho; existem diferenças significativas entre os elementos executados e os elementos reconhecidos com implicações nos grupos de elementos; os ginastas recorreram maioritariamente a elementos de dificuldade “E”; as variantes do “Hirondelle” na sua maioria são executados nos cinco primeiros elementos do exercício; as equipas cimeiras possuem um maior número de ginastas a executar duas variantes do elemento no seu exercício de competição; no Concurso II os ginastas apresentaram maioritariamente uma variante do elemento, enquanto que no Concurso III apresentaram duas. Concluímos ainda que: o “Hirondelle” constitui uma alternativa vantajosa para a valorização e estruturação dos exercícios de Argolas, pelo leque de variantes de elevado valor de dificuldade, pelo cumprimento da exigência de grupos e pela bonificação por ligação com outros elementos de força. PALAVRAS-CHAVE: GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA, CÓDIGO DE PONTUAÇÃO, ARGOLAS, HIRONDELLE, EXERCÍCIOS DE COMPETIÇÃO. XV.  .

(17) XVI.  .

(18) Abstract The aim of this study is focused on the importance of "Swallow", as a static element, by valuing and structuring Rings exercises, of Men’s Artistic Gymnastics. Specifically, we intend to study, how this element will contribute to implement value on Rings routines, identifying whether their variants and structural framework as elements, according to the specifications of the Code Points, may be a competitive advantage The sample has been formed by 212 male gymnasts that participated in the World Championships at Stuttgart, held in September 2007. The evaluation of presented exercises, was made through the display of images on IRCOS program, with the support of Supervisor Judge of the Rings from the competition analyzed. We resorted to the correlation of Pearson and Descriptive Statistics (study of frequencies and crosstabs), for data analysis. As key results, we found that: most gymnasts who make "Swallow", choose to do two variants of the element, the start value note of exercises seems to increase according to the number of variants elements executed, having implications on the final score and thus on gymnasts classification; there are significant differences between the executed elements and the recognized ones, with implications for both groups of elements; the gymnasts resorted mostly to difficult elements valorized as "E"; for the most variants of " Swallow " seem to be performed in the first five elements of the exercise, the summits teams have a larger number of gymnasts performing two variants of the element on their exercises at the competition, most of the gymnasts on Competition II showed one variant of the element, while at the Competition III they presented two. Still we conclude that: "Swallow" is an advantageous alternative for the value and structuring of Rings exercise, mainly by having the widest range in variants of high value of difficulty, for the compliance with the requirement groups and for the ability of connection value awarded with other elements of strength directly connected. KEYWORDS: MEN’S ARTISTIC GYMNASTICS, CODE OF POINTS, RINGS, SWALLOW, COMPETITION EXERCISES. XVII.  .

(19) XVIII.  .

(20) Résumé Cet étude vise la détermination de l'importance de l'élément "Hirondelle", tandis qu’élément statique de force, dans la valorisation et structuration des exercices d’Anneaux dans la Gymnastique Artistique Masculine. Concrètement, nous voulons étudier comment la mise en œuvre de cet élément pourra contribuer pour la valorisation des exercices d'Anneaux, déterminant si ses variantes et son cadre structurel, pourront constituer un avantage compétitif selon le Code de Pointage. L'échantillon a été constitué par 212 gymnastes du sexe masculin qui ont participés au Championnat du Monde à Stuttgart en Septembre 2007. L'évaluation des exercices présentés a été réalisée par la visualisation des images sur le programme IRCOS, avec l'appui du Juge Superviseur des exercices d’Anneaux au championnat analysé. Pour analyser les donnés, nous avons recouru à la Corrélation de Pearson et à la Statistique Descriptive (étude des fréquences et croisement de donnés). Comme résultats principales, nous constatons que: la plupart des gymnastes qui exécute la "Hirondelle", a choisi de utiliser deux variantes de l'élément; la note de départ de exercices semble augmenter selon le nombre d’éléments variantes exécutés, ayant des implications sur la note finale et classification des gymnastes de cet appareille; on voit d'importantes différences entre les éléments exécutés et les éléments reconnus avec des implications dans les groupes d'éléments; les variantes de "Hirondelle" sont surtout exécutés dans les cinq premiers éléments de l'exercice; les premières équipes ont un plus grand nombre de gymnastes qui exécutent deux variantes de l'élément dans leurs exercices de compétition; dans le Concours II, les gymnastes ont présenté surtout une variante de l'élément "Hirondelle", tandis que dans le Concours III les gymnastes ont présenté deux variantes. En conclusion : l’élément. "Hirondelle" est une. alternative avantageuse pour la valorisation et la structuration des exercices d'Anneaux, par la gamme de variantes de grand valeur de difficulté, par l’accomplissement de l'exigence de groupes et par la bonification par liaison avec d'autres éléments de force. MOTS-CLÉ:. GYMNASTIQUE. ARTISTIQUE. MASCULINE,. CODE. POINTAGE, ANNEAUX, HIRONDELLE, EXERCICES DE COMPÈTITION. XIX.  . DE.

(21) XX.  .

(22) Lista de Abreviaturas CO – Ciclo Olímpico CP – Código de Pontuação FIG – Federação Internacional de Ginástica GA – Ginástica Artística GAF – Ginástica Artística Feminina GAM – Ginástica Artística Masculina MI – Membros inferiores MS – Membros superiores RT – Regulamento Técnico. XXI.  .

(23)  .

(24) INTRODUÇÃO. 1 Introdução Nas últimas décadas temos assistido a uma verdadeira evolução no plano competitivo da Ginástica Artística (GA). O desenvolvimento da modalidade encontra-se bem patenteado nas diversas investigações e estudos efectuados por vários especialistas na área, tais como Taylor (1999), Fink (2003), FIG (2008c), Zschocke (2008). Ao mesmo tempo, a GA tem mantido as linhas tradicionais da sua origem, apresentando actualmente exercícios compostos por elementos de grande dificuldade e risco, executados com elevada qualidade e supremacia (Arkaev & Suchilin, 2004). Se compararmos os exercícios de competição dos atletas de elite nos primeiros e nos últimos Jogos Olímpicos, identificamos o grau de desenvolvimento da modalidade ao longo das últimas décadas. Num curto espaço de tempo, a dificuldade dos exercícios aumentou de tal ordem, que inevitavelmente originou o incremento das cargas de treino, aumentando assim, a qualidade dos exercícios de competição (Arkaev & Suchilin, 2004). Todo este progresso se fundou numa base alargada de investigações, que permitiram melhorar a metodologia de treino, os equipamentos, as técnicas de aprendizagem, os métodos de instrução e as próprias regras de pontuação (Fink, 1999). O Código de Pontuação (CP) enquanto documento precursor dessas regras, é considerado há mais de duma década, o principal responsável pelo desenvolvimento da modalidade. Roetzheim (1991), refere mesmo que este documento está acima do trabalho de treinadores, juízes e atletas, sendo o principal regulador da GA. A confirmação deste facto é demonstrada pelas alterações efectuadas ao CP ao longo dos tempos. Na opinião de Arkaev e Suchilin (2004), apesar de em alguns momentos as alterações efectuadas ao CP não terem sido as mais adequadas, na sua maioria, foram bastante positivas e benéficas para o desenvolvimento da modalidade. 1.  .

(25) INTRODUÇÃO. Actualmente, com a eliminação do resultado máximo atingível – “os mágicos 10 pontos”, os exercícios deixaram de ter um limite estipulado de dificuldade. Segundo FIG (2008c), esta histórica alteração ao CP, foi efectuada com a intenção de aumentar e assegurar a competitividade entre os ginastas, diferenciando-os através das suas habilidades e capacidades pessoais. É nesta perspectiva que pretendemos determinar se as alterações efectuadas ao CP se relacionam directamente com as escolhas dos elementos para composição. dos. exercícios. de. Argolas.. Especificamente. pretendemos. equacionar quais os elementos mais utilizados pelos ginastas para aumentar a dificuldade dos exercícios de competição, na medida em que esta em conjunto com o grau de execução, são a máxima expressão do rendimento desportivo dos atletas. Concretamente, pretendemos determinar a importância do “Hirondelle” enquanto elemento estático de força e enquanto elemento terminal ou variante na construção dos exercícios de Argolas. O equilíbrio imposto pelo CP entre a dificuldade dos elementos e a mestria de execução dos mesmos, justifica a pertinência do nosso trabalho, quanto mais não seja pela importância que se pode retirar desse equilíbrio para a elaboração dos exercícios de competição das Argolas. Para isso consubstanciaremos a nossa análise nos exercícios executados no Campeonato do Mundo de Estugarda, realizado em Setembro de 2007. Iniciaremos o nosso estudo com a revisão da literatura, onde apresentamos uma breve descrição da modalidade, passando pelo modo como se organizam as competições, definindo todos os aspectos da avaliação dos exercícios de competição, para seguidamente caracterizarmos o elemento “Hirondelle” enquanto elemento estático de força, terminando com a análise dos elementos variantes do “Hirondelle” passíveis de serem executados à luz do CP. Posteriormente, passaremos à caracterização da amostra estudada, com particular descrição da metodologia utilizada para a recolha e tratamento de dados, seguida da apresentação dos resultados obtidos. 2.  .

(26) INTRODUÇÃO. Prosseguimos com a discussão dos resultados, onde confrontamos os dados obtidos com as directrizes emergentes do CP, com as perspectivas de vários autores e estudos preconizados pelos mesmos, e ainda, de acordo com a nossa experiência. A discussão encontra-se organizada em função das variáveis analisadas, no entanto, para o melhor entendimento dos aspectos mais relevantes, optamos em alguns casos por subdividir a discussão em Concursos, e em outros, por unificar a análise e comparar os Concursos. Por fim, serão reveladas todas as conclusões obtidas pelo nosso estudo, no entendimento geral da modalidade.. 3.  .

(27)  .

(28) REVISÃO DA LITERATURA. 2 Revisão da Literatura 2.1 CARACTERIZAÇÃO DA GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA (GAM). A GAM é uma modalidade que se caracteriza pela complexidade e variedade de movimentos, executados em diferentes aparelhos fixos. Os aparelhos que a constituem são seis, dos quais identificamos, dois de apoio - Cavalo com Arções e Paralelas, dois de suspensão - Argolas e Barra, e dois de saltos Solo e Saltos de Cavalo. Vários autores, FIG (2008a), Arkaev & Suchilin (2004), Côrte-Real et al. (1991), Smolevsky e Gaverdovsky (1996) e Ukran (1978), definem esta modalidade como sendo uma das mais exigentes, não só pela combinação de força, flexibilidade, resistência, risco e arte, mas também, pela exigência de qualidade e supremacia na execução dos exercícios. Araújo e Costa (1992) admitem que a GAM enquanto desporto, coloca um grande desafio aos seus praticantes na relação ambígua que estabelece entre o domínio corporal, expresso pela combinação de diferentes elementos técnicos, e a facilidade de execução demonstrada pelo ginasta, que nos conduz à estética do movimento, que pode ser definida como qualidade de execução. Do mesmo modo, Arkaev e Suchilin (2004) defendem que a competição em GAM se expressa pela apresentação de exercícios, onde os movimentos são executados eximiamente no espaço e tempo da competição. Por seu lado, o principal documento regulador da GAM, o CP (FIG, 2006a), propõe que os exercícios sejam executados e construídos à luz das capacidades dos ginastas, ou seja, sem que o aumento de dificuldade (aumento de elementos tecnicamente complexos) se transforme em diminuição do nível de execução técnica (diminuição da estética do movimento). Na sua plenitude, a GAM obedece a um conjunto de regras circunscritas em dois documentos distintos: o Regulamento Técnico (RT) e o CP. O primeiro tem o propósito de proporcionar um vasto suporte para o controle, organização e 5.  .

(29) REVISÃO DA LITERATURA. funcionamento dos requisitos técnicos da Federação Internacional de Ginástica (FIG), prevendo o incentivo, o progresso e o desenvolvimento de todos os aspectos da Ginástica, em associação com sindicatos e grupos continentais reconhecidos ao abrigo dos estatutos e das federações (FIG, 2007). O segundo, relaciona-se com os aspectos mais técnicos da modalidade, distinguindo o valor de cada elemento, as ligações possíveis em cada exercício, os erros técnicos e as penalizações subjacentes à sua execução, específicas a cada aparelho de competição (FIG, 2007). A própria evolução da modalidade encontra-se estritamente dependente destes regulamentos, sendo o CP o mais preponderante do ponto de vista técnico por influenciar directamente o treino e a preparação dos ginastas. Perante o exposto, a GAM não só é um fenómeno desportivo enquanto modalidade Olímpica, como é uma modalidade impulsionada pelo desempenho e pela perfeição caminhando na busca da excelência de movimentos, na procura da mestria dos gestos técnicos, na execução de elementos de risco sobe uma complexidade crescente onde a expressão e expansão do potencial humano se evidencia (Heward, 2001).. 2.2 ORGANIZAÇÃO DAS COMPETIÇÕES Nas competições internacionais mais importantes, Campeonatos da Europa, Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos, existem quatro tipos de Concursos, isto é, a competição é decomposta em quatro momentos distintos: Concurso I (Qualificação); Concurso II (Final Geral Individual); Concurso III (Finais por Aparelho) e Concurso IV (Final por Equipas), (FIG, 2007). Cada um dos Concursos corresponde a uma etapa da competição, com objectivos e características próprias na obtenção de resultados. Assim, as competições em GAM iniciam-se com uma primeira fase de qualificação, onde são seleccionados os melhores atletas e as melhores equipas. para. a. disputa. dos. três. primeiros. lugares. nos. Concursos. subsequentes. Essa qualificação é estabelecida em função de uma 6.  .

(30) REVISÃO DA LITERATURA. classificação vertical dos atletas participantes no Concurso I. Dessa classificação vertical, seleccionam-se os ginastas que disputarão as finais dos Concursos II, III e IV, que correspondem respectivamente aos primeiros 24 ginastas na classificação geral individual, aos 8 primeiros ginastas de cada aparelho e às 8 primeiras equipas (FIG, 2007). Portanto todos os resultados da competição, sejam eles referentes à classificação das equipas, classificação por aparelho ou classificação geral individual (All-around), são obtidos através do Concurso I.. 2.3 O CÓDIGO DE PONTUAÇÃO De acordo com o exposto anteriormente, o CP é um documento onde encontramos um leque de informação bastante variado e específico: variado porque contempla todo tipo de informações relacionadas com direitos, deveres e sanções aplicadas a diversas entidades envolvidas no contexto competitivo, sejam juízes, treinadores e/ou atletas; e específico, porque apresenta pormenorizadamente todas as directrizes de estruturação e avaliação dos exercícios de competição (FIG, 2006a). Estruturalmente desenvolvido pelo Comité Técnico da Federação Internacional, e posteriormente adoptado pelo Comité Executivo da FIG, o CP surge com propósito de proporcionar a sistematização de um conjunto de regras que visam assegurar uma avaliação uniforme e objectiva dos exercícios de GA a todos os níveis competitivos: Regional, Nacional e Internacional (FIG, 2007). Na sua plenitude, o CP é também um documento muito completo do ponto de vista técnico, pois fornece toda a informação necessária à construção de exercícios de competição. Nele se incluem todos os movimentos e técnicas desenvolvidas ao longo dos tempos para os diferentes aparelhos, as combinações e exigências dos conteúdos dos exercícios e ainda, as deduções aplicadas aos erros de execução técnica cometidos (FIG, 2007). Por outro lado, estão igualmente descritas todas as sanções decorrentes de infracções cometidas por treinadores, juízes e ginastas e todos os detalhes da 7.  .

(31) REVISÃO DA LITERATURA. organização e controlo das competições, para que seja possível manter uma avaliação coerente, eficaz e justa em qualquer contexto competitivo (FIG, 2006b). Assim, o CP além de funcionalmente determinar o melhor ginasta em qualquer contexto competitivo, constitui-se como um guia de acção técnica e regulamentar para juízes, treinadores e atletas (FIG, 2006a). Nesta perspectiva atrevemo-nos a descreve-lo como um instrumento simultaneamente orientador e regulador da modalidade. Aliás, Arkaev e Suchilin (2004), vão ainda mais longe ao qualificarem este documento como a ferramenta mais importante para o desenvolvimento da GA. Sendo um documento simultaneamente tão abrangente quanto particular, são elaborados dois CP a cada Ciclo Olímpico (CO), um para a Ginástica Artística Feminina (GAF) e outro para a GAM. Embora contemplem algumas directrizes idênticas, na sua especificidade apresentam diferenças estruturais bastante marcadas pelas particularidades de cada uma das disciplinas. Neste contexto a FIG tem um papel determinante no desenvolvimento da modalidade, não só na consideração e valorização de novos elementos apresentados pelos atletas, mas principalmente no direccionar da evolução da GA, pelas particularidades que modificam em cada aparelho, pelo aumento ou diminuição de elementos e pelas exigências aplicadas a cada momento. Fundamentalmente as alterações mais profundas são efectuadas no final de cada CO, no entanto, por vezes há necessidade de fazer reajustes durante esse mesmo ciclo de modo a corrigir eventuais desequilíbrios ao nível competitivo. A alteração do valor dos saltos no aparelho de saltos de cavalo, efectuada pela FIG em Maio de 2006, foi um exemplo da importância de um reajustar ao CP a meio de um CO. Essa necessidade surgiu em prol de equilibrar a relação entre dificuldade de execução e o grau de correcção dos saltos apresentados (FIG, 2006b). O aumento do valor dos saltos mais complexos face a saltos menos complexos permitiu equilibrar a avaliação neste aparelho e estabelecer uma avaliação coerente entre dificuldade e execução.. 8.  .

(32) REVISÃO DA LITERATURA. Todas as alterações instituídas ao longo dos anos pela FIG, foram efectuadas com o intuito de definir regras e parâmetros de julgamento que permitissem, codificar uniformemente os aspectos técnicos e as penalizações, mantendo assim a beleza e a estética como expressão artística da modalidade (Grandi, 2008). Compreendemos então que o CP funciona como a “bíblia” de movimentos e técnicas, contemplando em si todas as directrizes necessárias à construção e avaliação dos exercícios de competição, bem como toda a informação e regulamentação da conduta de juízes, treinadores e atletas em contextos competitivos.. 2.3.1 Composição do Júri por Aparelho Está previsto no regulamento técnico, que a constituição do Júri nas competições oficias FIG sejam: 1 Supervisor de Júri; 2 Júris “A” e 6 Júris “B”. O Supervisor de Júri (geralmente Membro do Comité Técnico da FIG) representa a entidade máxima reguladora do aparelho em questão. O seu papel circunscreve-se nos seguintes pontos: •. Supervisionar a competição de modo a regular eventuais infracções de disciplina ou quaisquer circunstâncias extraordinárias que afectam a conduta da competição;. •. Rever continuamente as notas atribuídas pelos juízes, estando apto a emitir um aviso a qualquer juiz cujo trabalho seja insatisfatório ou demonstre parcialidade;. •. Intervir sempre que seja necessário corrigir erros de julgamento por parte de um, ou vários juízes, adoptando as medidas necessárias;. •. Autoridade para substituir qualquer elemento do júri de painel (Júri “A” ou “B”) na sequência de resultados negativos continuados;. •. Autoridade para alterar ou manter uma nota contestada no momento pelo treinador creditado do atleta em questão;. 9.  .

(33) REVISÃO DA LITERATURA. Hierarquicamente abaixo do Supervisor de Júri encontram-se os juízes de painel que se subdividem em dois grupos, Júri “A” e Júri “B” perfazendo um total de 8 juízes por aparelho, sendo todos membros de diferentes federações (FIG, 2007). O Júri “A” por seu lado divide-se em “A1” e “A2”, sendo que o primeiro acrescenta a função de presidente do júri de painel, que lhe atribui o poder de questionar e solicitar o ajuste de diferenças nas deduções do Júri “B” se tal se verificar (FIG, 2006a). Os Júris “A” terão que escrever os símbolos, as deduções dos elementos e as combinações efectuadas pelos ginastas, de modo a determinarem a dificuldade do exercício (nota “A”) e a verificarem se as deduções do Júri “B” se encontram dentro dos parâmetros avaliativos. O papel do Júri “A2” será assistir o “A1” no esclarecimento de qualquer dúvida ao nível do cálculo da dificuldade do exercício (nota “A”) ou ao nível das deduções contabilizadas nos diferentes elementos (nota “B”). Por esse motivo, as suas funções são exactamente as mesmas que o presidente de júri (“A1”) com a excepção da função de presidência (FIG, 2007). Especificamente, os júris A são os únicos responsáveis pelo reconhecimento dos elementos e ligações (combinações de elementos) regulamentares executados correctamente em cada aparelho (FIG, 2006a). As exigências e critérios de avaliação e reconhecimento desses elementos encontram-se descritos no capítulo da avaliação dos exercícios de competição. Os júris B são responsáveis pela avaliação da execução do exercício, ou seja, terão de identificar e contabilizar em décimas de ponto todos os erros de estética, técnica e composição dos exercícios apresentados (FIG, 2006a). Para além destes elementos do júri, deverão existir outros juízes/assistentes suplementares para tarefas relacionadas com especificidades dos aparelhos, nomeadamente: 2 juiz de linha no Solo; 1 cronometrista no Solo, 1 cronometrista para controlo do “aquecimento” nas paralelas; 1 juiz de linha nos Saltos de Cavalo; e diversos assistentes para tarefas de secretariado (estafetas, operadores, etc), (FIG, 2006a).. 10.  .

(34) REVISÃO DA LITERATURA. As exigências relativas à constituição do Júri descritas anteriormente, são requeridas em todos os aparelhos e nos vários Concursos das competições oficiais FIG. O regulamento prevê ainda, alterações na composição do júri noutras competições de carisma internacional, nacional ou local, até um mínimo de 1 Júri A e 2 Júris B. Em ambos os casos, as diferenças de pontuação entre elementos do júri B não poderão ultrapassar os seguintes limites consoante o desconto total: Quadro 1 – Desvios máximos admitidos entre as deduções do Júri “B” do aparelho, relativizado à dedução final do exercício (Adaptado de FIG (2006a)). Dedução final. Desvio Permitido. (aplicada ao exercício). (entre as 4 notas contabilizadas). >0,00 – 0,40. 0,10. >0,40 – 0,60. 0,20. >0,60 – 1,00. 0,30. >1,00 – 1,50. 0,40. >1,50 – 2,00. 0,50. >2,00. 0,60. De acordo com o quadro, a tolerância aceitável das deduções aplicadas por cada um dos juízes a um exercício, dependem da dimensão do desconto final. Assim, a diferença entre as quatro notas intermédias (nota “B”) não poderá ultrapassar as 3 décimas de ponto, no caso do atleta totalizar 1 ponto de deduções na execução do seu exercício. Se a diferença for superior ao estabelecido, caberá ao presidente de júri ajustar uma ou mais notas intermédias para equilibrar as deduções aplicadas tendo em conta o desempenho do ginasta (FIG, 2006a).. 2.4 ARGOLAS Dos seis aparelhos que compõem a competição em GAM, as Argolas diferenciam-se dos restantes por ser um aparelho com apoio móvel (Smolevsky & Gaverdovsky, 1996). 11.  .

(35) REVISÃO DA LITERATURA. Durante muitos anos, este aparelho foi considerado exclusivamente de trabalho de força. No entanto a especificidade das suas características parecem ter exigido uma evolução ao ponto de o tornar actualmente num aparelho muito mais completo e específico. Desde os anos 60, que os exercícios de competição apresentados nas Argolas, têm sofrido alterações na sua composição estrutural. Uma das principais, foi a introdução de “balanços” e “gigantes”,. que. mudaram. bruscamente. a. amplitude. dos. movimentos. executados até então neste aparelho. Segundo Smolevsky e Gaverdovsky (1996) o desenvolvimento e a execução dos elementos de balanço permitiram realçar. as. possibilidades. dinâmicas. deste. aparelho,. aumentando. consequentemente a altura das saídas e a amplitude dos elementos executados pelos ginastas. Mais tarde, a partir dos anos 80, a evolução foi no sentido de proporcionar a combinação entre os elementos de força e os elementos de balanço, sendo esta a forma actual dos exercícios de competição apresentados pela elite da GAM neste aparelho. Arkaev e Suchilin (2004) referem que muita dessa evolução foi suportada pelo CP e pelo RT da FIG. Aliás, o presente CP confirma esta afirmação ao prescrever percentagens idênticas de elementos estáticos, de balanço, e de força para o conteúdo dos exercícios de competição (FIG, 2006a). Do ponto de vista biomecânico, Cuk e Karácsony (2002), classificam os movimentos executados nas Argolas em três grupos: elementos estáticos, elementos de força e elementos de balanço. Os autores destacam ainda as diferentes formas de movimentos que podem surgir dos três grupos enumerados anteriormente. Relativamente aos elementos estáticos, os autores distinguem duas variantes: uma realizada em suspensão e outra em apoio, onde respectivamente o peso do corpo é suportado abaixo ou acima do apoio. Quanto aos elementos de força, segundo os mesmos autores, estes podem ser executados de apoio para apoio, de apoio para suspensão, de suspensão para suspensão e de suspensão para apoio. Analogamente os elementos de balanço, poderão ser executados em suspensão, em apoio, de apoio para suspensão, de suspensão 12.  .

(36) REVISÃO DA LITERATURA. para apoio, de suspensão para execução da saída ou de outros elementos (Cuk & Karácsony, 2002). A diversidade de movimentos presentes neste aparelho é tão elevada que dentro destas duas classificações com propósitos de análise diferenciados podemos encontrar elementos realizados na vertical, na horizontal e sobe diferentes direcções: cima – baixo; frente – trás; esquerda – direita (Cuk & Karácsony, 2002). Nesta perspectiva, Pastor (2003), defende que este aparelho é o mais instável da GA, por colocar dificuldades de equilíbrio na realização e manutenção das posições estáticas efectuadas sobre o apoio dos membros superiores (MS). Por seu lado, Smolevsky e Gaverdovsky (1996) completam esta afirmação, referindo que o trabalho nas Argolas varia consoante o sentido da força aplicada na realização do apoio. Numa forma mais genérica e conclusiva, Arkaev e Suchilin (2004) caracterizam as Argolas como sendo um aparelho onde se executam elementos de apoio sobre um suporte móvel.. 2.5 AVALIAÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE COMPETIÇÃO A avaliação dos exercícios de competição em GAM é algo peculiar. Todos os exercícios apresentados em competição possuem um determinado valor à luz do CP. Esse valor expressa-se na designada Nota Final, que resulta da soma de duas notas distintas, a Nota “A” e a Nota “B” habitualmente designadas por Nota de Partida e Nota de Execução, (FIG, 2006a). A Nota “A” corresponde à dificuldade do exercício apresentado, resultante da soma do valor da dificuldade dos dez (10) elementos mais valiosos do exercício (9 elementos mais a saída), das ligações e das exigências de Grupo (FIG, 2006a). Por seu lado, a Nota “B” resulta das deduções efectuadas pelo júri “B”, relativas a erros de execução, erros estéticos, erros de composição e erros técnicos na 13.  .

(37) REVISÃO DA LITERATURA. execução dos diversos elementos apresentados. O seu valor inicial é de 10.00 pontos, atribuídos pela apresentação de um exercício (FIG, 2006a). Após a soma das deduções em décimas de ponto, é subtraída a média das deduções dos júris “B” (4 notas intermédias das 6 possíveis) ao valor de 10.00 pontos atribuídos ao ginasta pela mera apresentação de um exercício, (FIG, 2006a). Embora pareça relativamente simples calcular a nota final de um exercício, o facto é que é necessário mais do que a simples soma das notas atribuídas respectivamente pelo júri “A e B”. A determinação dessas notas é efectuada segundo regras e critérios de avaliação definidos para cada aparelho em particular. Por esse motivo apresentaremos de seguida a descrição pormenorizada das exigências de composição dos exercícios de competição e das deduções aplicadas na determinação das respectivas notas “A e B” das Argolas.. 2.5.1 Classificação das Dificuldades dos Elementos. Todos os elementos presentes no CP possuem um determinado valor que se estabelece numa relação ambígua entre complexidade e dificuldade. Para Arkaev e Suchilin (2004) estes são dois conceitos próximos mas com significados diferentes. A complexidade representa o quão difícil é um elemento de executar por possuir mais do que um movimento em si, enquanto que, a dificuldade se expressa pela quantidade de esforço ou dispêndio de tempo de trabalho que se deposita em algo. É nesta dinâmica que o CP tende evoluir. Quando determinado elemento é executado por vários atletas, significa que se tornou num elemento comum e por isso, a dificuldade que lhe foi atribuída tende a diminuir de valor. O crescente aumento do escalonamento da dificuldade em partes de valor, expressa inequivocamente o aumento de elementos de maior complexidade. 14.  .

(38) REVISÃO DA LITERATURA. Após uma análise comparativa dos Campeonatos do Mundo de Aarhus 2006 e Stuttgart 2007, FIG (2008c) afirma que existe uma clara tendência por parte dos ginastas, em apresentar exercícios com notas de partida mais elevadas, sendo as Argolas um dos aparelhos que se observa esse tipo de crescimento. Para a avaliação dos exercícios de competição, o CP atribui letras que quantificam em valor e distinguem em dificuldade os elementos executados pelos ginastas em todas as competições. Os elementos encontram-se classificados pela ordem do abecedário, em que a letra “A” representa os elementos de menor dificuldade e a letra “F”, os elementos de maior dificuldade (conforme o Quadro 2). Quadro 2– Caracterização do valor de dificuldade dos elementos presentes no CP (Adaptado de FIG (2006a)). Partes de Valor. A. B. C. D. E. F. Valor de dificuldade. 0,10. 0,20. 0,30. 0,40. 0,50. 0,60. De modo a facilitar a consulta e a classificação de cada elemento, o CP possui nos capítulos de cada aparelho, uma tabela que ordena os elementos simultaneamente por Grupo de elementos e por valor de dificuldade.. 2.5.2 Exigências de Composição – Nota “A”. Para melhor compreendermos o processo de avaliação e cálculo da nota de partida, é necessário enumerar as exigências que regulam a construção dos exercícios de competição. Neste leque, podemos distinguir três tipos de exigências para a composição dos exercícios: I.. Exigência para os grupos de elementos;. II.. Exigências para a repetição de elementos;. III.. Exigências para as ligações de elementos.. 15.  .

(39) REVISÃO DA LITERATURA. I.. À luz do CP, os elementos executados em cada aparelho encontram-se agrupados. em. cinco. grupos. distintos. de. acordo. com. a. sua. especificidade e tipo de movimento (FIG, 2006a). Cada aparelho possui elementos particulares que se inserem nos cinco grupos de elementos, diferindo. de. aparelho. para. aparelho. em. nomenclatura. pela. especificidade dos elementos que englobam. Ou seja, trocando isto por miúdos, o grupo I do Solo corresponde a elementos não acrobáticos, enquanto o mesmo grupo nas Argolas corresponde a básculas e elementos de balanço. Ainda assim, o grupo V é sempre referente ao grupo das saídas nos diferentes aparelhos (FIG, 2006a). Os saltos de cavalo é o único aparelho em que os grupos não distinguem elementos, são apresentados igualmente cinco grupos mas apenas para identificar diferentes tipos de saltos. Esta conjugação dos elementos por grupos, não só nos permite identificar diferentes tipos de elementos, como simplifica a avaliação dos exercícios de competição. Segundo Zschocke (2008) os critérios de avaliação devem ser estabelecidos de modo a manter a estética e a beleza dos movimentos executados em cada aparelho. Certamente que a beleza está também na execução de elementos tipicamente diferenciados. Nesta perspectiva o CP prevê a inclusão de pelo menos um elemento de cada grupo nos exercícios apresentados, tendo estes que pertencer obrigatoriamente ao leque dos dez (10) elementos mais valiosos (FIG, 2006a). Por cada grupo de elementos efectuado, o ginasta terá direito a cinco décimas de ponto (0,50), totalizando 2,50 pontos se executar elementos dos cinco grupos (FIG, 2006a). No grupo V as cinco décimas de ponto (0,50) serão atribuídas unicamente se for executada uma saída de valor igual ou superior a “D”. No caso de ser apresentada uma saída de valor “C” atribui-se três décimas de ponto (0,30). Se a saída for inferior a “C”, nomeadamente “B” ou “A” será atribuído zero (FIG, 2006a).. 16.  .

(40) REVISÃO DA LITERATURA. Dito de outro modo, a inclusão de elementos dos diferentes grupos nos exercícios permite um acrescento de cinco décimas de ponto (0,50) na nota de partida, sendo que, se o ginasta apresentar elementos dos cinco grupos no exercício e saída de valor “D” obterá 2,50 pontos de exigências de grupo. No caso do ginasta apresentar um exercício com uma saída de valor “C”, “B” ou “A”, obterá respectivamente 2,30 pontos, 2,10 pontos ou 2 pontos de exigências de grupo de elementos.. II.. Adicionalmente, a repetição de elementos é outro dos temas importantes presentes no CP. A repetição de elementos é permitida, mas não contabilizada para efeitos de valorização da nota de partida (FIG, 2006a). No caso específico das Argolas, a posição estática final de um elemento de força poderá ser repetida no máximo por duas vezes para efeitos de reconhecimento da dificuldade num exercício de competição (FIG, 2006a). Isto significa que o CP prevê a repetição da mesma posição estática final de força para efeitos de valorização do exercício, sendo reconhecidos unicamente duas das variantes dessa posição estática de força. Entendemos atribuir a nomenclatura de variante, a todos os elementos que terminem numa mesma posição estática de força, para facilitar a distinção entre elementos. Apesar do CP permitir a realização de um número ilimitado de elementos repetidos, a sua utilidade encontra-se algo limitada, dado que, apenas é contabilizará e reconhecido um dos elementos repetidos e/ou duas variantes de um elemento, para o aumento da dificuldade da nota de partida. Por outro lado a aplicação de deduções por parte do júri B a todos os elementos apresentados, ainda que sejam repetidos, questiona também a utilidade da sua execução.. III.. Relativamente às ligações existentes entre elementos, o CP atribui bonificação unicamente à combinação directa de elementos de força 17.  .

(41) REVISÃO DA LITERATURA. com valor igual ou superior a “D” e em que a passagem de um elemento para o outro seja realizada no sentido ascendente (FIG, 2006a). Compreendemos então, que a bonificação por combinação de elementos é atribuída unicamente a elementos de força de determinado valor e em que a ligação seja efectuada apenas com elevação do corpo para um plano superior. Se na fase de ligação dos elementos existir um ligeiro abaixamento do corpo em relação ao elemento de força executado. anteriormente,. esta. não. será. considerada. e. consequentemente não será atribuída a bonificação que lhe é inerente (FIG, 2006a). Para que fique bem explícito, a combinação de um “Hirondelle” com a subida para Cristo invertido, dará direito a uma ligação de D+E que corresponde a uma décima de ponto (0,10) de bonificação. Se combinarmos um “Hirondelle” com um “Pineda”, não teremos qualquer tipo de ligação pelo facto de existir um momento em que o corpo efectua um abaixamento, mesmo havendo uma fase ascendente após esse abaixamento. No Quadro 3 estão representados os elementos de dificuldade que permitem obter bonificação por ligação. Quadro 3– Valor da bonificação por ligação entre elementos de força (Adaptado de FIG (2006a)). Ligação. Bonificação. “D+D”, ou “E”, ou “F”. 0,10. “E+E”, ou “F”. 0,20. A par destas exigências de composição encontram-se as regras de reconhecimento e validação dos elementos de dificuldade. Estas relacionam-se com a estipulação de critérios de avaliação para desvios significativos no padrão de execução dos elementos apresentados.. 18.  .

(42) REVISÃO DA LITERATURA. Esses critérios permitem ao júri “A” equacionar se o elemento foi executado dentro dos parâmetros técnicos exigidos e em função dessa análise reconhecer ou não o elemento para efeitos de cálculo da nota de partida. Isto significa que os elementos que não são reconhecidos pelo júri “A” não terão qualquer valor no seio do exercício (FIG, 2006a). Este tipo de distinção entre elementos reconhecidos e não reconhecidos é fundamental para regular todo o processo de avaliação dos exercícios apresentados. Faz todo o sentido que os treinadores tentem incluir nos exercícios dos seus ginastas, elementos de maior dificuldade para obter uma nota de partida mais elevada, no entanto esses elementos terão de ser realizados correctamente para que sejam reconhecidos à luz do CP. Esse equilíbrio está descrito no CP em forma de aconselhamento, onde está explícita a ideia de que um elemento tecnicamente mal executado não será reconhecido pelo júri “A” e terá uma dedução de júri “B” (FIG, 2006a). Deste modo, FIG (2006a) define que, os elementos executados serão reconhecidos para efeitos de aumento da dificuldade da nota de partida se cumprirem os seguintes requisitos: •. Todos os elementos estáticos realizados nas Argolas devem ser mantidos, pelo menos 2 segundos, não sendo reconhecida a dificuldade (valor do elemento) e o grupo do elemento pelo júri A se o mesmo não for mantido durante pelo menos 1 segundo;. •. Em todos os elementos de força executados após uma posição estática de 2 segundos em que exista elevação do corpo, os elementos só serão reconhecidos se forem mantidos durante pelo menos 1 segundo. No caso do primeiro não ser reconhecido e o segundo ser mantido durante pelo menos 1 segundo, será reconhecida apenas a posição estática final de força do segundo elemento;. •. Todos os elementos estáticos de força realizados nas Argolas, devem ser executados sem qualquer desvio horizontal, não sendo reconhecidos se esse desvio for igual ou superior a 45 graus (>45º). 19.  .

(43) REVISÃO DA LITERATURA. •. Os elementos com cruzamento dos cabos das Argolas não são permitidos, sendo aplicada uma dedução de júri B;. •. Sempre que um ginasta tente executar um determinado elemento e acabe por executar outro que esteja tecnicamente definido no CP, os juízes atribuirão o valor da dificuldade apenas ao elemento executado (ex: execução de um elemento na posição encarpada ao invés de empranchada).. •. Todos os elementos que apresentarem alterações significativas da técnica de execução, não serão reconhecidos, por exemplo: - Elemento de força executado quase na sua totalidade em balanço ou vice-versa; - Elemento de força não regulamentado (ex: “Hirondelle” executado com os membros inferiores (MI) afastados); - Elemento estático de força executado com os membros superiores (MS) significativamente flectidos; - A realização de um elemento em/ou para apoio facial invertido com apoio dos pés nos cabos das Argolas; - Qualquer elemento executado com a assistência de um ajudante; - Qualquer elemento que não seja integralmente concluído; - Qualquer elemento em que se verifique uma queda na sua execução;. Sempre que existirem dúvidas na aplicação destes critérios durante a avaliação dos exercícios, o júri “A” deverá basear as suas decisões nos interesses da ginástica e dar o benefício da dúvida ao ginasta (FIG, 2006a).. 20.  .

(44) REVISÃO DA LITERATURA. 2.5.3 Deduções de Execução. A avaliação da execução dos elementos é efectuada de acordo com a posição correcta a atingir ou em função da execução técnica exigida (FIG, 2006a). Isto significa que qualquer desvio da posição correcta, é considerado erro de execução. A classificação da grandiosidade desse erro depende do grau de desvio da execução correcta. Para que a avaliação dos exercícios de competição seja efectuada em conformidade e com o menor grau de subjectividade possível, o CP atribui as deduções descritas no Quadro 4, a aplicar sobre os desvios técnicos ou de postura relativamente à execução correcta. Quadro 4 – Deduções aplicadas aos exercícios de competição (Adaptado de FIG (2006a)). Tipo de Erro. Dedução Aplicada. Ligeiro. 0,10 Pontos. Médio. 0,30 Pontos. Grave. 0,50 Pontos. Queda. 0,80 Pontos. Os erros enumerados anteriormente constituem a base das deduções preconizadas para os diferentes aparelhos na avaliação da execução dos exercícios de competição por parte do júri “B”.. 21.  .

(45) REVISÃO DA LITERATURA. No entendimento das particularidades da nota “A” e da sua relação com as deduções de júri “B”, o Quadro 5 apresenta as deduções aplicadas ao desvio angular da execução de um elemento de força ou de balanço para força, bem como o tempo pelo qual um elemento estático deve ser mantido.. Quadro 5 - Deduções aplicadas aos desvios angulares e ao tempo de paragem dos elementos executados nos exercícios de competição das Argolas (Adaptado de FIG (2006a)). Elementos de força e Tipo de Erro. elementos de balanço (desvio horizontal). Elementos estáticos (manter a posição). Sem Dedução. -. >2 segundos. Erro ligeiro. Até 15º. 1 a 2 segundos. Erro Médio. 16º a 30º. 1 segundo. Erro Grave. >30º >45º (não reconhecimento). <1segundo (não reconhecimento). De acordo com o Quadro 5 qualquer elemento que seja efectuado com um desvio superior a 45 graus, ou seja mantido por um período inferior a 1 segundo (no caso dos elementos de força), terá uma dedução de 0,50 pontos e o elemento não será reconhecido para aumento da dificuldade da nota de partida. No caso particular das Argolas, o desvio angular aplicado a elementos de balanço, encontra-se subjacentes unicamente a elementos onde existe passagem por um elemento estático sem que seja marcada a posição. Embora a posição não seja marcada, o corpo não poderá ter um desvio superior ao prescrito no Quadro 5.. 22.  .

(46) REVISÃO DA LITERATURA. O CP das Argolas prevê ainda um conjunto de erros que, conforme o Quadro 6, apresentam as seguintes deduções em contexto competitivo:. Quadro 6 – Deduções aplicadas em casos específicos de execução dos exercícios de Argolas (Adaptado de FIG (2006a)) NR – Não reconhecimento do elemento.. Erro. Pequeno. Médio. Grave. 0,10. 0,30. 0,50. X. Pré-balanço antes do início do exercício; O treinador aplica um balanço inicial ao ginasta;. X. Distribuição desigual de elementos de balanço, força. X. e estáticos; Distribuição desigual de elementos de força, balanço. X. e partes estáticas;. X. Cruzamento dos cabos em qualquer elemento; Membros. superiores. (MI). afastadas. ou. erros X. posturais quando o ginasta salta ou é elevado para a suspensão; X. Pegas incorrectas nos elementos de força; Flexão dos MS nos balanços que conduzem a um elemento estático de força ou para executar um. X. X. X. elemento estático; Tocar os cabos ou as correias com os MS, os pés ou. X. o corpo; Apoiar-se ou balançar com os pés ou as MI apoiadas. X (NR). nos cabos;. X (NR). Queda de apoio facial invertido; Balanço excessivo dos cabos.. 23.  . Um. Vários. Todo. elemento. elementos. exercício.

(47) REVISÃO DA LITERATURA. 2.5.4 Cálculo da Nota de Partida – Nota “A”. O cálculo da nota de partida está dependente do reconhecimento dos elementos e ligações efectuadas pelo ginasta, bem como o cumprimento das exigências específicas do aparelho como verificamos anteriormente (FIG, 2006a). Subentendendo que um exercício de Argolas é realizado sem erros graves de execução, contemplando todos os parâmetros que permitam o reconhecimento e validação de uma ligação “E”+”F”, 3 elementos “A”, 2 elementos “B”, 2 elementos “D”, 1 elemento “E” e 1 elemento “F” e ainda o cumprimento da exigência de grupos com uma saída de valor “D”, o exercício apresentado terá a dificuldade total de 5,70 pontos. Para compreendermos de que forma é que o júri “A” determina a dificuldade do exercício executado pelo ginasta nas Argolas, descrevemos cuidadosamente todo o processo de cálculo da nota “A” no quadro seguinte:. Quadro 7 – Processo de cálculo da nota de partida. Elementos de Dificuldade. Quantidade. Valor. Total. A. 3. 3 x 0,10. 0,30. B. 2. 2 x 0,20. 0,40. C. 0. 0,00. 0,00. D. 3 (2+saída). 3 x 0,40. 1,20. E. 1. 0,50. 0,50. F. 1. 0,60. 0,60. Total de dificuldade. 3,00 Pontos. Ligações. 0,20 Pontos. Exigência de Grupos. 2,50 Pontos. Nota de Partida - Nota “A”. 5,70 Pontos. Na análise do quadro verificamos que a nota “A” é determinada pela soma da dificuldade dos elementos apresentados, das ligações presentes e do cumprimento das exigências de grupo. 24.  .

(48) REVISÃO DA LITERATURA. Qualquer alteração num destes parâmetros, terá certamente implicações práticas na determinação da nota de partida do exercício.. 2.6 COMPOSIÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE COMPETIÇÃO NAS ARGOLAS Anteriormente discorremos acerca dos movimentos passíveis de serem executados neste aparelho, recorrendo a algumas a opiniões substanciadas nas particularidades do próprio aparelho. Nesta etapa do processo, o interesse recai sobre os conteúdos dos exercícios de competição. O conteúdo dos exercícios é constituído por um conjunto de elementos, que se encontram criteriosamente encadeados, de modo a perfazerem uma sequência estruturalmente completa e coerente (Pastor, 2003). De acordo com Arkaev e Suchilin (2004), um exercício de competição é composto por uma estrutura organizada de elementos técnicos. Os autores acrescentam ainda que a composição dos mesmos está intimamente ligada ao encadeamento integral das acções técnicas expressas por movimentos realizados no tempo e espaço específicos. Isto significa que os elementos que compõem. um. exercício. de. competição,. encontram-se. criteriosamente. articulados e cuidadosamente organizados, segundo a estrutura global do exercício e em função do aparelho. No caso específico das Argolas, Pastor (2003), afirma que os exercícios de competição devem ser compostos por elementos de força (dinâmica e estática), balanços de grande amplitude - “Gigantes”, elementos de impulso - “Básculas”, e manutenção de posições, todos eles articulados de modo harmonioso. Neste campo, vários factores intervêm, nomeadamente o valor dos elementos, o grupo a que os elementos pertencem e o tipo de ligações que podem ser executadas, sendo estes os factores chave para a estruturação equilibrada dos exercícios.. 25.  .

Imagem

Figura 4 – Distribuição dos exercícios das  Argolas pelos valores de dificuldade das  notas de partida obtidas pelos ginastas  participantes no Concurso III
Figura 5 - Distribuição percentual dos  exercícios das Argolas pelos valores de  dificuldade das notas de partida obtidas  pelos ginastas participantes no Concurso II

Referências

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