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Minha terra: horta, culinária e pertencimento / My land: vegetable garden, cuisine and belonging

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 45405-45415 jul. 2020. ISSN 2525-8761

Minha terra: horta, culinária e pertencimento

My land: vegetable garden, cuisine and belonging

DOI:10.34117/ bjdv6n7-239

Recebimento dos originais: 10/06/2020 Aceitação para publicação: 10/07/2020

Liliana Eliza Mello Costa

Professora de Direitos Humanos da Rede Municipal de Ensino do Município de Corumbá-MS Formada em Pedagogia-Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

(CPAN)

Endereço: Cáceres, 1461- Centro América Corumbá – MS, Brasil

E-mail: lilianaelizacosta@outlook.com

Dilson Vilalva Esquer

Pedagogo – Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (CPAN) Coordenador da Escola Municipal Rural Polo Paraguai Mirim – Extensão Jatobazinho.

Endereço: Alameda Clio Proença, Quadra 17 Casa 22 – Nova Corumbá Corumbá – MS, Brasil

E-mail: dilson_schu@hotmail.com

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de apresentar de que forma ocorre o desenvolvimento e aplicabilidade do projeto da base diversificada no âmbito de educação ambiental, cultura local e cozinha experimental, o mesmo é intitulado Minha Terra, desenvolvido na Escola Jatobazinho, extensão da Escola Municipal Rural Polo Paraguai Mirim, uma escola ribeirinha do município de Corumbá-MS. O público atendido são alunos de 05 a 12 anos. O projeto surge para atender uma especificidade da educação integral que é o trabalho com a oficina agrícola e culinária. A metodologia utilizada para sua execução foi por meio de aulas expositivas dialogadas e aulas experimentais e práticas. A aula expositiva dialogada é uma outra configuração da aula expositiva, pois tira o professor do centro de tudo e de único detentor de saber, ele sai do papel de somente transmissor. Há momentos de aula experimentais e prática, que é um momento de trocas significativas de ação pesquisa, possui como objetivos despertar o sentimento de pertencimento à terra pantaneira, propondo a interdisciplinaridade, por meio do incentivo a agricultura familiar, sustentável e orgânico sem o uso de agrotóxicos, consolidando técnicas de manuseio e composição do solo, minhocário, rotação de culturas, compostagem e processamento dos alimentos.

Palavras-chaves: Horta Escolar, Educação Ambiental, Culinária, Pertencimento. ABSTRACT

This work aims to present how the development and applicability of the diversified base project in the scope of environmental education, local culture and experimental cuisine occurs, it is entitled Minha Terra, developed at Escola Jatobazinho, extension of the Municipal School Rural Polo Paraguai Mirim, a riverside school in the municipality of Corumbá-MS. The public served are students from 5 to 12 years old. The project appears to meet a specificity of integral education,

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which is working with the agricultural and culinary workshop. The methodology used for its execution was through dialogued expository classes and experimental and practical classes. The expository class dialogued is another configuration of the expository class, as it takes the teacher from the center of everything and from the sole holder of knowledge, he leaves the role of only transmitter. There are moments of experimental and practical class, which is a time of significant exchanges of research action, aims to awaken the feeling of belonging to the Pantanal land, proposing interdisciplinarity, by encouraging family, sustainable and organic agriculture without the use of pesticides, consolidating soil handling and composition techniques, earthworm, crop rotation, composting and food processing.

Keywords: School Garden, Environmental Education, Cooking, Belonging.

1 INTRODUÇÃO

Este texto está organizado da seguinte forma: no primeiro momento contextualização do ambiente onde foi realizado a prática, depois evidencia seu pressuposto percorrendo pelo caminho metodológico, na parte do desenvolvimento elucida as propostas dialogando com autores e é finalizado com as considerações sobre a relevância de sua execução, assim como os olhares das análises construídas pelos educadores envolvidos.

O projeto Minha Terra é desenvolvido em uma escola ribeirinha do município de Corumbá-MS, com crianças de 05 a 12 anos que estudam na Escola Jatobazinho, Extensão da Escola Rural Polo Paraguai Mirim. Localizada a 90 km do município de Corumbá – MS, na região pantaneira Sul- Mato-grossense. Engloba atividades na horta escolar e experimentação e processamento de receitas, assim como cultura local, é uma proposta interdisciplinar que abrange diversas temáticas e corrobora para o sentimento de pertencimento local.

Esse projeto faz parte do escopo de trabalho da frente denominada Base Diversificada que visa o trabalho com oficinas e projetos para atender uma parte do desenvolvimento integral dos alunos. Esse modelo de trabalho é caracterizado por grupos de alunos multisseriados e acontece geralmente no período vespertino, onde os atendidos são interpelados a participar de atividades e intervenções pedagógica fora do espaço da sala de aula.

Uma outra característica dessa configuração é o regime de semi-internato ou de alternância que os alunos vivenciam dentro da escola. Esse regime que mescla tempos na escola e tempos em casa, garante com que as ações pedagógicas sejam vivenciadas de maneira mais eficaz e com muita produtividade, resultando num trabalho integra e sinérgico por parte do planejamento do educador e da ação dos educandos.

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2 CAMINHOS METODOLÓGICOS

O projeto é planejado bimestralmente, de acordo com as demandas e temáticas que fazem parte da cultura pantaneira, as atividades planejadas abrangem a culinária, horta, preservação ambiental de forma articulada e significativa, a cada início de aula é feito uma retomada do que foi realizado até então e é apresentado o que os alunos farão na semana.

A metodologia ocorre através de aulas expositivas dialogadas e prática. A aula expositiva dialogada é uma outra configuração da aula expositiva, pois tira o professor do centro de tudo e de único detentor de saber, ele sai do papel de somente transmissor. Conforme Anastasiou e Alves (2011) salientam que a aula expositiva dialogada é uma estratégia que vem sendo proposta para superar a tradicional palestra docente. E com isso dando protagonismo na vivência escolar dos alunos.

A participação do estudante, que terá suas observações consideradas, analisadas, respeitadas, independentemente da procedência e da pertinência das mesmas, em relação ao assunto tratado, onde há levantamentos de hipóteses a partir de seus saberes que devido ao contexto são diversos. Há momentos de aula prática, que é um momento de trocas significativas e ação, na preparação de canteiros, adubação da terra, semeadura de hortaliças e preparação e experimentação de receitas.

As ações com os alunos acontecem em duas horas semanais com agrupamentos de alunos divididos em idades e séries mistas. Essas duas horas são também divididas em dois momentos: o primeiro é onde os alunos vão para o espaço da horta para atividades de contato e manejo do solo e, o segundo momento, acontece no espaço da cozinha pedagógica onde receitas são desenvolvidas e experimentadas.

Uma visão abrangente de que o que mais se aprende é praticando, esse projeto como oficina nos ajuda a garantir que o aluno, perfaça um papel de atuante em todos os momentos. Sejam nas aulas expositivas dialogadas, quanto nas aulas de práticas e experiências, os alunos estão sendo colocados em uma posição de sujeito criador de conhecimento. Contudo vale ressaltar que esse processo de participação ativa foi se desenvolvendo no decorrer que a oficina ia acontecendo, mostrando-se assim como um caminho bem motivador e enriquecedor para as tarefas.

3 CONTEXTUALIZANDO A CULTURA PANTANEIRA

No início do projeto no ano de 2019 fizemos um micro “estudo do meio” do entorno da escola, no qual os alunos fizeram um levantamento do que constitui este ambiente, que inclui tipos de pássaros, moradias de animais, diferentes espécies e insetos, espécies de flores, árvores frutíferas, diversidade de árvores, caminhos e arredores.

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Esse levantamento inicial nos deu um parâmetro da área a ser explorada, e despertou o olhar atento e minucioso das crianças ao meio em que vivem, perceberam coisas nunca antes observadas, partimos desse pressuposto para propor temáticas que fizessem sentido para os alunos e que ao mesmo tempo estivessem presentes no nosso entorno.

Exploração inicial do ambiente

Foi realizado um levantamento sobre o que deveria ser refletido para o equilíbrio entre homem e natureza, neste caso, como lidar com a ocupação do espaço sem ferir espécies nativas, e então foi feita uma contextualização sobre a chegada dos fazendeiros no habitat da onça e foram dialogadas formas de preservação alternativas, possíveis considerando a realidade local, esclarecemos sobre a existência e fácil aquisição de radinhos e alertas manuais.

Uma questão abordada foi a influência da Bolívia na região de Corumbá, iniciamos com levantamento de conhecimentos prévios, roda de conversa e então apresentamos a dança, moeda, idioma, culinária, pontos turísticos, e como os costumes bolivianos influenciam na região. Isso porque a Falar de cultura pantaneira, sem citar a relação com nossa fronteira seria um desperdício de informações e aprendizados.

A temática de multiculturalidade é de extrema importância que seja discutida, devido ao contexto cultural de fronteira em que vivem, sobre isso Neto nos diz que que:

“A pluralidade cultural no âmbito da escola é um tema que precisa ser valorizado e tratado diariamente na sala de aula, para que seja possível construir a reflexão que não é apenas um movimento de lutar pela diversidade, mas que a instituição, os professores, os profissionais, a família e todos os envolvidos venham a contribuir com tal processo de conscientização.” (NETO, 2019, pág. 206)

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Dentro dessa perspectiva de pluralidade que conseguimos abrir o olhar de nossos alunos para o respeito e a admiração de todos que estão no seu entorno. A presença da cultura boliviana no dia-a-dia de nossa cidade, acreditamos, que deve ser valorizada e ajuda a construir um elo onde entendemos a diversidade como ponto fundamental da educação.

Conheceram também o trabalho efetivado pelas bordadeiras do Pantanal, que é conduzido pela educadora social da escola Jatobazinho. Um representante de cada grupo fez a entrevista e foi o responsável em transmiti-la aos demais, após transcreveram, e dialogarem sobre esse ofício local. Posteriormente realizaram o registro das entrevistas transcritas e do trabalho desenvolvido pelas mesmas.

4 CHEIRO DE ALIMENTO FRESCO E COMIDA PRONTA

Alunos indo colher mandioca para realização de experimentação de receita na cozinha pedagógica

A culinária é realizada na cozinha pedagógica, que possui um roteiro que inicia com a testagem feita pelos professores responsáveis no dia anterior ao preparo com as crianças. Toda semana é feito um levantamento sobre a escolha da receita com os alunos, levando em consideração os ingredientes produzidos na horta, disponibilidade de tempo e viabilidade de execução, principalmente com os instrumentos em que as crianças possam fazer em suas residências.

Na aula é feita a higienização das mãos, os alunos e educadores colocam os acessórios (touca e avental), realizam a separação dos utensílios, são feitas intervenções do professor durante o preparo, assim como previsões (levantamento de hipóteses) comprovação das hipóteses (ou não); leitura dos ingredientes e da receita, verificação dos ingredientes, que inclui pesagem, contagem de quantidades e comparações.

Durante o preparo os alunos escutam músicas, cantam, conhecem novas receitas, e escutam histórias em roda de tereré. O local da cozinha pedagógica se configura um espaço experimental,

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onde os alunos tocam, sentem, experimentam sensações, gostos, cheiros, texturas, sabores, em que colocam “ a mão na massa”. É dentro dessa perspectiva de experiência que queremos ressaltar e praticar o protagonismo dos alunos e dentro das intervenções maiores.

Freinet (1998), ao se referir ao “experimentar”, afirmou que:

Assim é a natureza da criança. Até parece que desconfia, com toda a razão, aliás, de nossas justificações e de nossas explicações verbais, do aspecto talvez enganador do que ela deseja. Precisa tocar, partir, amassar, pesar, medir, provar, sentir, misturar, cozinhar... Precisa ex-pe-ri-men-tar. E essa predisposição em geral nos incomoda, porque distinguimos nela como que uma desconfiança instintiva para com nosso saber. Trata-se, porém, de uma tendência natural, que podemos cultivar e desenvolver, mas que também se perverte muito facilmente! (1998, p. 385),

A ação é o espaço maior da aprendizagem. Acreditamos que o experimentar deva ser um caminho em que o aluno possa desempenhar um papel de sujeito dentro do seu contexto social. Vale ressaltar que não nos incomodamos com essa disposição do aprender da natureza da criança e que sim procuramos encontrar caminhos onde elas possam ser efetivamente crianças.

Queremos ressaltar algumas das experiências realizadas pelas crianças. Uma das receitas feitas com elas foi o croquete de mandioca e queijo, no qual as crianças foram até o local na escola para fazer a colheita. Por ainda não terem experimentado essa receita, ficaram todos ansiosos e curiosos para descobrir o sabor feito com algo tão próximo da realidade deles. O momento da culinária é muito especial para os alunos que costumam se empenhar bastante. Querem participar e ajudar de alguma forma, sugerem receitas, ficam apreensivos a cada semana por aprender e experimentar algo novo.

Segue abaixo, a lista de receitas realizadas na cozinha pedagógica no ano de 2019: • água saborizada de manjerona

• biscoito de coco • biscoito de milho • bolo de beterraba • bolo de cenoura • bolo de chocolate

• bolo de hortelã com chocolate • bolo de manjerona

• bolo de mandioca • cuñape

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 45405-45415 jul. 2020. ISSN 2525-8761 • chá de hortelã • empanada de queijo • pão de cenoura • pão de manjerona • pizza de manjerona • pão de queijo • saladas

• salgado de mandioca com queijo • suco de limão

• sorvete de cajá

5 A HORTA COMO ESPAÇO EDUCADOR

A equipe da Jatobazinho recebeu uma formação presencial de uma assessora, pedagoga e educadora ambiental. A formação consistiu em reorganizar a horta fisicamente, reconstruir o solo, técnicas e manuseio de hortaliças, folhagens, frutos e tubérculos, construção e manutenção de minhocário, formação de composteira, utilização de plantas companheiras e antagônicas, e recebemos os pressupostos de agricultura familiar.

A formação abrangeu a equipe pedagógica, operacional assim como os alunos da escola. Foram dias de aprendizados em que os alunos e toda a equipe puderam retomar as atividades. Durante essa formação as crianças tiveram contato pela primeira vez com um minhocário, fizemos a reconstrução, utilizando serragem para proteger o composto orgânico e minhocas.

Nossa primeira sementeira não deu muito certo e esse fato foi aproveitado para levantarmos hipóteses com os alunos sobre o que aconteceu. Se o problema era a composição do solo ou a quantidade de rega ou ainda se a localização das sementeiras estava adequada. Mais uma vez ressaltamos o papel da experiência dentro do aprendizado. Quem nos disse que daria tudo certo?

Ao iniciarmos a nova etapa os alunos observaram atentamente o processo de germinação e surgimento das hortaliças, folhagens e tubérculos e ficaram encantados ao verem o crescimento. Criando-se o hábito de plantar e colher o ser humano estabelece uma relação íntima com a natureza e ressignifica sua maneira de percebê-la e sua concepção de relação homem-terra.

Devemos pensar no desenvolvimento da Educação Ambiental (EA) como uma prática educativa que seja multidisciplinar e que abranja todos os níveis de escolaridade e que ocorra de forma articulada, está presente na grande maioria dos textos legislativos que regem a Educação Ambiental, a exemplo da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu:

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“Um dos princípios da Política Nacional de Meio Ambiente, no seu Art.2º X - Educação Ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.” (BRASIL, 1981)

Ao pensarmos na existência de uma horta na escola, pensamos também em possibilidade de espaço educador com interdisciplinaridade, mudanças de hábitos e concepções. Sobre isso Cabral e Sousa (2013), apontam que a horta escolar é um espaço de reinventar pedagógico, um instrumento que promove a mudança de hábitos em relação à natureza e à alimentação, que possibilita o trabalho de diversos conteúdos, e que esses saberes transcendem os conteúdos curriculares, sendo ampliado para os aspectos do desenvolvimento humano.

Os alunos realizam medição de canteiros, de espaçamento entre o semeio, acompanhamento do processo de desenvolvimento das folhagens, hortaliças e tubérculos, sabores, nutrientes e desenhos de observação. O ambiente da horta escolar torna-se educador pelas inúmeras possibilidades como identificação do que é plantado, suas propriedades, possibilidades, manuseio e manutenção.

Afirma-se então, que a horta escolar proporciona, indiscutivelmente, a condição para a interdisciplinaridade, quando planejadas as ações em conjunto com outros conhecimentos, visando à apropriação/compartilhamento do saber entre educandos/professores, e essas possibilidades abrangem todas as disciplinas, é um espaço que pode ser experienciado tanto na Base curricular, quanto na diversificada.

Jacobi (2005) nos diz que, para que realmente se possa ser estabelecida uma identidade social com o local e que esta se desenvolva, é necessário que haja um verdadeiro sentimento de pertencimento para com o local, e esta oficina se configura o espaço/ tempo para isto.

Segue abaixo o que foi plantado juntamente com as crianças na Horta:

Hortaliças, ervas e flores que já foram e estão plantadas na horta

Nome e classificação Hortaliça F - folhas R - raíz FR - fruto E = Erva T = Tempero FL = Flor 1. Abacaxi* FR 2. Abóbora FR 3. Alecrim E 4. Alface F

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 7, p. 45405-45415 jul. 2020. ISSN 2525-8761 5. Alho poró T 6. Babosa E 7. Bálsamo E 8. Beterraba R 9. Boldo E 10. Calêndula 11. Camomila * E 12. Cenoura R 13. Cebola T 14. Cebolinha T 15. Cidreira de folha E 16. Coentro E 17. Couve F 18. Couve flor F 19. Chicória F 20. Cidreira E 21. Cupuaçu* FR 22. Ervilha torta FR 23. Gengibre R 24. Ginseng E 25. Girassol FL 26. Gigante sortida FL 27. Graviola * FR 28. Hibisco F E 29. Hortelã E 30. Japecanga E 31. Manjericão roxo T 32. Manjericão T 33. Manjerona T 34. Melancia* FR

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35. Mil folhas – novangina E

36. Mirra E 37. Nabo R 38. Orégano E 39. Pimenta biquinho T 40. Pimenta malagueta T 41. Pitanga* FR 42. Quiabo* FR 43. Rabanete R 44. Repolho F 45. Rúcula F 46. Salsinha T 47. Sálvia E 48. Sempre viva FL 49. Tomate FR 50. Tomate cereja FR 51. Tomilho E 52. Terramicina E 6 NOSSAS CONSIDERAÇÕES

A partir das possibilidades de várias vivências aos alunos, conhecimento local, o manuseio da terra, depois a colheita dá uma nova visão do equilíbrio entre a terra e o homem. O projeto está em andamento e como resultados parciais observamos que os alunos passaram a sentir-se agentes do espaço em que vivem tendo assimilado conhecimentos novos e contextualizado conhecimentos sobre a interação com a terra e a proteção do meio ambiente.

É empolgante observar a identidade rural sendo fortalecida através de vivências em que as crianças são sujeitos ativos e veiculadores de conhecimento para a comunidade local. E mais que isso a presença ativa e efetiva das famílias dentro do processo e durante as intervenções como reuniões onde os alunos apresentaram seus conhecimentos.

Um outro ponto que devemos considerar é a questão da direção e coordenação da escola ter esse olhar sensível para essa atividade num ambiente muito enriquecedor que é o Pantanal. A

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instituição e o seu querer foi um dos pontos primordiais para que trabalho com essa oficina fosse possível. Vemos aqui que quando uma escola integralmente em todos os seus âmbitos abraça e desenvolve uma ideia, ela vai muito além do esperado.

É sempre desafiador lidar com algo novo e assim como as crianças estamos aprendendo dia após dia, os sentimentos de pertencimento e identidade vão sendo construídos nas crianças, professores e funcionários, e consequentemente cuidarão mais deste ambiente, e terão uma dedicação diferenciada. Espera-se que com o decorrer do projeto os alunos se sintam pertencentes a sua comunidade e se vejam como pessoas atuantes e capazes de cuidar e proteger do entorno da escola e do ambiente onde moram.

Por fim, poder contribuir para o uso da terra, a utilização da horta e a questão do pertencimento como um meio de aprendizado e construção do conhecimento de alunos do Ensino Fundamental I de uma região pantaneira nos enche os olhos e nos tornam agentes transformadores e re-afirmadores de que pode haver educação em todos os lugares e ambientes. E falamos de educação que valoriza os sujeitos e suas singularidades, universalizando a vida e as vivências como fontes enriquecedoras de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

ANASTASIOU, Lea das Graças Camargos e ALVES, Leonir Pessate. (Orgs.) Processos de

ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 8ed.

Joinville, SC: UNIVILLE, 2009.

BRASIL.ConstituiçãoFederal,5deoutubrode1988.Disponívelem:<http://www.planalto.gov.br/ccivi l_03/Constituicao/Constituicao.

CABRAL, Marluz Martins; SOUSA, Marluce Silva. Projeto de Horta Escolar: Estudo de Caso

no Colégio da Polícia Militar de Rio Verde – GO. Itinerarius Reflectionis. Revista Eletrônica do

Curso de Pedagogia do Campus de Jataí – UFG. Volume 1 - Número 14 - Primeiro Semestre de 2013. Disponível em: https://revistas.ufg.br/rir/article/view/22372/19259

DE OLIVEIRA NETO, Benjamim Machado. O valor da pluralidade cultural e o currículo cscolar na concepção do professor/El valor de la pluralidad cultural y el currículo escolar en el diseño del profesorado. Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 9, p. 13764-13779, 2019. Disponível em: https://brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/3026

FREINET, C. A pedagogia Freinet por aqueles que a praticam. A Educação do Trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

JACOBI, Pedro. Educação ambiental: o desafio da construção de um pensamento crítico,

Referências

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