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Prevalência do excesso de peso em crianças de um hospital de referência materno-infantil no estado de Pernambuco/ Prevalence of overweight in children of a referral maternal and child hospital in the state of Pernambuco

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 1,p.413-429 jan. 2020. ISSN 2525-8761

Prevalência do excesso de peso em crianças de um hospital de referência

materno-infantil no estado de Pernambuco

Prevalence of overweight in children of a referral maternal and child

hospital in the state of Pernambuco

DOI:10.34117/bjdv6n1-028

Recebimento dos originais: 30/11/2019 Aceitação para publicação: 03/01/2020

Ivanildo Ribeiro Domingos Júnior Bacharel em Nutrição

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

E-mail: Ivanildoj30@gmail.com

Keila Fernandes Dourado

Doutora em Nutrição e Professora Adjunta

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

E-mail: keiladourado@ig.com.br Maria Izabel Siqueira de Andrade Doutora em Nutrição e Professora Adjunta

Instituição: Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Alagoas Endereço: R. Dr. Jorge de Lima, 113 - Trapiche da Barra, Maceió - AL, Brasil

E-mail: andrademizabel@gmail.com

Maria Gabriella Moura de Albuquerque Bacharel em Nutrição – Especialista em Nutrição Clínica Instituição: Hospital Barão de Lucena, Recife - PE, Brasil Endereço: Av. Caxangá, 3860 - Iputinga, Recife - PE, Brasil

Email: Gabriella_nutri@outlook.com

Amanda Felix de Sousa Bacharel em Nutrição

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 1,p.413-429 jan. 2020. ISSN 2525-8761 Laryssa Rebeca de Souza Melo

Bacharel em Nutrição

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

E-mail: laryssarebeca18@gmail.com

Maria Clara Ribeiro de Arruda Costa Bacharel em Nutrição

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

E-mail: claracost@outlook.com

Mayana Wanessa Santos de Moura Bacharel em Nutrição

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

E-mail: mayanawanessa@hotmail.com

Anielle Mylena de Medeiros Barbosa Estudante de Bacharelado em Nutrição

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

E-mail: aniellemylenak10@gmail.com

Amanda Priscilla Ferreira da Luz Estudante de Bacharelado em Nutrição

Instituição: Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: R. Alto do Reservatório - Alto José Leal, Vitória de Santo Antão - PE, Brasil

E-mail: amanda_priscilla13@hotmail.com

RESUMO

A obesidade é um possível fator de risco para pacientes pediátricos críticos, visto que pode desencadear complicações associadas à síndrome metabólica, distúrbios de crescimento, além de doenças respiratórias que interferem no prognóstico clínico e no estilo de vida após a alta hospitalar. Esse estudo teve por objetivo analisar a prevalência do excesso de peso em crianças internadas em um hospital de referência materno-infantil no estado de Pernambuco. Foram coletadas informações relativas ao sexo, idade e classe socioeconômica, diagnóstico clínico e os dados antropométricos dos pacientes. A amostra totalizou 266 crianças, sendo 25,2% sob a condição de excesso de peso. Ao associar o excesso de peso com as características socioeconômicas, houve significância estatística com a faixa etária, onde crianças menores de cinco anos apresentaram-se com maior percentual de excesso de peso. Conclui-se que os

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pacientes pediátricos hospitalizados estudados apresentaram um percentual considerável de excesso de peso. Salienta-se a necessidade de um acompanhamento com maior precisão dessas tendências, assim como planos de ação preventivos e de combate ao excesso de peso nas crianças hospitalizadas.

Palavras-chave: Estado Nutricional. Avaliação Nutricional. Sobrepeso. Pediatria.

ABSTRACT

The obesity is a possible risk factor for critical pediatric patients, as it may trigger complications associated with metabolic syndrome, growth disorders, and respiratory diseases that interfere with clinical prognosis and lifestyle after hospital discharge. This study aimed to analyze the prevalence of overweight in children admitted to a reference maternal and child hospital in the state of Pernambuco. Information regarding gender, age and socioeconomic, clinical diagnosis and anthropometric data of the patients. The sample totaled 266 children, 25.2% under the condition of being overweight. When associating excess weight with socioeconomic characteristics, there was statistical significance with age group, where children under five years old presented with higher percentage of overweight. It was concluded that the hospitalized pediatric patients studied presented a considerable percentage overweight, which may lead to a longer hospitalization time, and favor higher readmission rates. More accurate monitoring of these trends is required, as well as preventive action and treatment plans.

Keywords: Nutritional status. Nutritional Assessment. Overweight. Pediatrics.

1 INTRODUÇÃO

A obesidade é uma enfermidade crônica, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura a um nível tal que a saúde esteja comprometida, sendo proveniente de vários fatores como a interação genética, ambiental, estilo de vida inadequado e fatores emocionais 1. Características na infância, como peso ao nascer, aleitamento materno, padrões alimentares e a prática de atividade física, estão diretamente associadas ao excesso de peso, assim como, a influência do ambiente familiar e condições socioeconômicas 2, 3, 4.

Quanto mais grave e precoce é o surgimento do sobrepeso e obesidade, maiores são os riscos de comorbidades associadas, a exemplo das doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, diabetes melittus (podendo ou não estar associado a resistência à insulina), inflamação crônica, apneia do sono, déficit nas epífises femorais, alguns tipos de neoplasias e quadros de litíase biliar 5, 6.

Um fator importante a se destacar é a transição nutricional, que diz respeito às mudanças nos padrões alimentares, com um maior consumo de alimentos hipercalóricos e com baixo valor nutricional, assim como, o sedentarismo que contribuem para o processo obesogênico 7,

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8. Nos últimos anos os dados mostram redução da desnutrição e aumento do excesso de peso

nas crianças. Essas mudanças no perfil nutricional da redução da desnutrição e uma maior prevalência do excesso de peso também são observadas no ambiente intra-hospitalar 9, 10.

Neste sentido, foram identificadas a prevalência de 43 milhões de crianças, nos países em desenvolvimento, com sobrepeso ou obesidade e 92 milhões em risco de desenvolver estas condições 11. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde 12 (2013), uma a cada cinco pessoas está obesa, enquanto o sobrepeso já atinge mais da metade da população. Já a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), encontrou uma prevalência de 34% de crianças com idades entre cinco e nove anos com excesso de peso, onde, 14% delas encontravam-se obesas. Vale destacar que, na Região Nordeste, a prevalência do sobrepeso foi de 30%, cerca de seis vezes maior do que a prevalência da desnutrição 13.

No âmbito hospitalar, há um perfil de crianças desnutridas, quadro que se relaciona aos desfechos clínicos desfavoráveis 14. Segundo Drescher15, houve uma diminuição da desnutrição nos últimos anos em crianças internadas nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Alguns estudos analisam a relação da obesidade como um possível fator de risco para pacientes pediátricos críticos, demonstrando a preocupação do meio científico e hospitalar com este agravo nutricional, e a necessidade de investigação dos mecanismos envolvidos neste possível fator de risco 16, 17, 18.

Com base no exposto, o objetivo do presente trabalho consiste em analisar a prevalência do sobrepeso e da obesidade em um hospital de referência materno-infantil no estado de Pernambuco.

2 MÉTODOS

Estudo do tipo transversal, desenvolvido em um hospital de referência materno-infantil no estado de Pernambuco, localizado na cidade do Recife, durante os meses de março a setembro de 2018, com crianças que foram admitidas na clínica pediátrica, que possui uma unidade de alta complexidade em pediatria reconhecida pelo governo do estado de Pernambuco.

A amostra foi delineada por cálculo amostral realizado no programa Epi-Info versão 7.2, utilizando os seguintes parâmetros: população de 725 pacientes pediátricos internados no hospital no período de 5 meses (145 pacientes internados por mês), intervalo de confiança de 95% e erro máximo aceitável de cinco pontos percentuais. Para obtenção da prevalência de pacientes pediátricos internados com excesso de peso foi realizado um estudo piloto, no qual

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foi encontrado uma prevalência de 30% de excesso de peso. Assim, o tamanho amostral mínimo foi de 223 pacientes. Consequentemente, foi considerado possíveis perdas, acrescentando 15% ao valor da amostra dos pacientes pediátricos internados no período do estudo, que se enquadraram nos critérios de elegibilidade totalizando 257 pacientes.

Foram incluídos pacientes pediátricos, de ambos os sexos, que apresentaram idade entre 1 mês de vida e menores de 10 anos, e que estavam internados no serviço da pediatria. Foram excluídas as crianças portadoras de neuropatias, com diagnóstico de osteogênese imperfeita, aquelas internadas em UTI ou acamadas sem mobilidade e aquelas que apresentaram histórico de prematuridade.

Foram coletadas informações relativas ao sexo, idade e classe socioeconômica por meio de questionários aplicados aos responsáveis. Para fins de caracterização da amostra, os indivíduos foram classificados conforme os critérios propostos pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) 19, a qual divide as classes socioeconômicas em categorias de A até a E. Os diagnósticos clínicos e as comorbidades associadas foram coletadas nos prontuários. A avaliação nutricional dos pacientes, foi realizada utilizando os parâmetros do peso por idade (P/I), estatura por idade (E/I), Índice de Massa Corporal por idade (IMC/I), peso por estatura (P/E) e a circunferência do braço (CB).

A avaliação ponderal foi realizada com uma balança pediátrica eletrônica (Welmy®) para os pacientes com idade de até os dois anos ou peso de até 16kg. Para os pacientes maiores de dois anos, o peso foi obtido pela balança de plataforma eletrônica (Welmy®), seguindo o protocolo de Lohman, Roche e Martorell 20. O comprimento foi realizado com um infantômetro (Caumaq®) nos pacientes menores de dois anos; e a estatura, nos pacientes maiores de dois anos, foi realizada com um estadiômetro (Welmy®), acoplado à balança. A medida foi aferida segundo o protocolo de Lohman, Roche e Martorell 20. O Índice de Massa Corporal (IMC), foi obtido através da fórmula IMC = peso/(altura)² e a CB foi aferida no braço não dominante com o auxílio de uma fita métrica inelástica (Cescorf®) segundo o método descrito nos estudos de Frisancho 21, 22. Todos os pacientes foram classificados de acordo com

as curvas de IMC/I e, aqueles com idade entre dois a cinco anos, também foram classificados de acordo com a curva de P/E como preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)

23.

A construção do banco de dados e as análises estatísticas foram realizadas no programa

Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 13.0 (SPSS Inc., Chicago, Estados

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e relativas. Para as associações foi aplicado o teste do Qui-Quadrado ou o teste Exato de Fisher, quando indicado. Os resultados foram expressos por razões de prevalência (RP) acompanhadas de seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). O nível de significância

adotado foi de 5%.

Esta pesquisa teve a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco, de acordo com a Resolução nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde com o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética - CAAE: 82589817.6.0000.5208. No estudo foram incluídos aqueles que atenderam aos critérios de elegibilidade e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.

3 RESULTADOS

A amostra final foi composta por 266 crianças internadas em um hospital público de referência materno-infanil, todas residentes no estado de Pernambuco. Tratando-se da caracterização socioeconômica e demográfica, observou-se que 59,8% foram do sexo masculino, a idade mediana foi de 2 anos e 1 mês, 72,2% apresentaram faixa etária de 0 a 5 anos e a classe socioeconômica mais prevalente foi a baixa com 52,6%, como demonstra a Tabela 1.

Tabela 1. Características socioeconômicas e demográficas de pacientes pediátricos internados em serviço de referência materno infantil, Recife — PE, 2018.

VARIÁVEL N (266) % SEXO Feminino 107 40,2 Masculino 159 59,8 FAIXA ETÁRIA 0 à <5 anos 192 72,2 5 à ≤ 10 anos 74 27,8 CLASSE SOCIOECONÔMICA Alta Média 15 111 5,6 41,7 Baixa 140 52,6 *N: número; %: percentual

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Ao analisar os diagnósticos clínicos dos pacientes, foi evidenciada uma maior prevalência de doenças do trato respiratório, presente em 68,4% dos pacientes (Gráfico 1). Não houve associação do excesso de peso com o diagnóstico clínico (p = 0,413).

Gráfico 1. Gráfico dos diagnósticos clínicos dos pacientes pediátricos internados no serviço de referência materno infantil, Recife — PE, 2018.

No grupo Alterações Metabólicas, engloba a HAS, DM, dislipidemias, Obesidade; no grupo Outros, foram inclusas as doenças hepáticas, renais e cardiológicas.

No que se refere ao estado nutricional, dentro dos indicadores antropométricos, pôde-se observar que, 13,7% das crianças apresentaram peso elevado para idade e 17,6% apresentaram-se com peso elevado para estatura, quando comparados o P/I e P/E, respectivamente. Em relação à E/I, 10,9% encontraram-se com estatura baixa para a idade. No que se refere ao IMC/I, 25,2% dos pacientes foram diagnosticados com excesso de peso para a idade. Já para a classificação da adequação da CB, 22,9% estavam com excesso de peso, como mostra na tabela 2.

68,40% 13,50% 9,80% 8,40% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% Diagnósticos Clínicos

Doenças do Trato Respiratório Doenças do Trato Gastrointestinal

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Tabela 2. Estado nutricional de pacientes pediátricos internados em um serviço de referência materno infantil, Recife — PE, 2018.

VARIÁVEL N %

PESO/IDADE (N=190) Baixo peso para idade Eutrofico

17 147

8,9 77,4

Peso elevado para idade 26 13,7

PESO/ ESTATURA (N=188)

Baixo peso para estatura 11 5,9

Eutrófico 144 76,6

Peso elevado para estatura 33 17,6

ESTATURA/IDADE(N=266) Baixo estatura para idade Estatura adequado para idade

29 237

10,9 89,1 IMC/IDADE (N=266)

Baixo IMC para idade 12 4,5

Eutrófico para idade 187 70,3

Excesso de peso para idade 67 25,2

ADEQUAÇÃO DA CB (N=175) Desnutrição Eutrofíco Excesso de Peso 38 97 40 21,7 55,4 22,9

*N: número; IMC/I: índice de massa corporal para a idade; CB: circunferência do braço; Para P/I a classificação de baixo peso para idade incluíram peso muito baixo para idade e peso baixo para idade; Para IMC/I a classificação de excesso de peso incluíram sobrepeso e obesidade; Para CB a

classificação de desnutrição incluiu a leve, moderada e grave e para excesso de peso incluiu sobrepeso e obesidade.

Ao associar o excesso de peso com as variáveis explanatórias, foi verificada associação estatística com a faixa etária (RP=1,6, IC 95% 1,1 - 2,5, p=0,020) e com a CB (RP= 6,07, IC 95% 3,8 – 9,6, p <0,001), conforme exposto na tabela 3.

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Tabela 3. Associação e razão de prevalência entre o excesso de peso e parâmetros socioeconômicos, demográficos e a circunferência do braço dos pacientes pediátricos internados em serviço de referência materno

infantil, Recife — PE, 2018.

* Teste do qui-quadrado com tendência linear; IC — intervalo de confiança; RP — razão de prevalência; Ref. — Categoria de Referência.

4 DISCUSSÃO

No Brasil, o aumento do sobrepeso e da obesidade é bastante evidenciado nos estudos realizados com crianças, podendo estar relacionado ao processo de transição nutricional, pelo qual a população tem passado. Nos últimos 30 anos, houve um aumento significativo do consumo de alimentos industrializados, que apresentam sal, açúcar e gorduras em excesso, cerca de 317,6% quando comparados aos alimentos preparados; 584,6% para refrigerante sabor guaraná e 966,6% para iogurte, valores preocupantes, pois estão associados ao aumento concomitante da incidência de obesidade na população brasileira 24.

Os resultados evidenciaram que a maior parte das crianças internadas foram do sexo masculino, dados estes que corroboram com os achados de outros estudos com a população pediátrica hospitalizada como apresentado em Campos et al.25, Oliveira et al. 26 e Rodrigues

et al. 27. Com relação à faixa etária, a idade mediana das crianças foi de 2 anos e 1 mês, semelhante ao estudo realizado por Ferreira et al. 28, que avaliou 404 crianças de um hospital

privado do estado de São Paulo, em que a faixa etária predominante foi entre 0 e 2 anos de idade. Essa maior prevalência nessa faixa etária está associada com o quadro patológico da internação, visto que as crianças são frequentemente acometidas por doenças respiratórias e gastrointestinais. VARIÁVEIS INDEPENDENTES Excesso de peso N % IC95% RP (IC95%) p-valor SEXO (N=67) 0,784 Masculino 41 25,8 19,2-33,3 1,06 (0,7-1,6) Feminino 26 24,3 16,5-33,5 Ref. FAIXA ETÁRIA (N=67) 0,020* 0 à < 5 anos 41 21,4 15,8-27,8 Ref. 5 à ≤ 10 anos 26 24,3 24,4-47,1 1,6 (1,1-2,5) CLASSEECONÔMICA (N=62) 0,303 Baixa 40 28,6 21,3-36,8 Ref. Média/Alta 22 35,8 14,6-29,6 1,3 (0,8-2,0) ADEQUAÇÃO DA CB (>1 ano, N=175) <0,001* Eutrófico 19 24,4 8,7-21,1 Ref. Excesso de peso 30 75 58,8-87,3 6,07 (3,8-9,6)

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Ao analisar a classe socioeconômica dos pacientes, verificou-se uma maior prevalência das classes D-E, visto que, por ser um hospital público, a maioria dos pacientes são de famílias classificadas como baixa renda, sendo semelhante com a pesquisa realizada em um hospital de Pernambuco, onde a classe econômica predominante foi a baixa, com 86,7%, correspondendo a população em estudo 29.

Ao associar o excesso de peso com a faixa etária, foi possível encontrar associação significativa. Kneipp et al. 30, apresentaram resultados semelhantes ao presente estudo, com uma amostra de 438 crianças no município de Itajaí, Santa Catarina em 2013, onde observaram associação significativa entre a prevalência do excesso de peso e a faixa etária, o que pode ser explicado pela fase de repleção, com forma de preparo para o estirão de crescimento e desenvolvimento acentuados que ocorrerão na adolescência.

Quanto ao diagnóstico clínico, verificou-se uma maior prevalência de doenças respiratórias. Essa maior prevalência também foi encontrada por Oliveira et al. 26, que avaliou 207 pacientes pediátricos no estado de São Paulo, e verificou uma maior prevalência das doenças do trato respiratório (88%), sendo as mais frequentes as doenças do trato respiratório inferior abrangendo as doenças brônquicas, como a bronquite, pneumonia e asma. Já no estudo de Rodrigues et al. 27, com 208 crianças internadas em um hospital universitário no período de dezembro a julho (bem próximo ao período de coleta do presente estudo), foi possível verificar uma maior prevalência de doenças respiratórias (33,2%). Esse fato pode ser explicado devido ao período em que ocorreu a coleta, onde as chuvas e mudanças climáticas ocorrem com mais frequência.

Ao analisar o IMC/I, percebemos um elevado percentual de excesso de peso (25,2%) e a desnutrição correspondeu a 4,5% dos estudados. Esse aumento da prevalência do sobrepeso e obesidade observada, converge com os dados da OMS 31, onde há um crescimento das taxas da obesidade infantil de forma significante nas últimas décadas, ao contrário das taxas de desnutrição, que vêm decrescendo, caracterizando o atual perfil de transição nutricional que o país vem enfrentando.

O aumento do excesso de peso no público pediátrico também foi encontrado no estudo de Campos et al. 25, onde, entre 317 pacientes pediátricos de um hospital no município de Porto Alegre, 20,8% evidenciaram excesso de peso. De forma similar, Magalhães et al. 32, ao

estudarem 112 crianças hospitalizadas, encontraram uma prevalência de 22,5% de excesso de peso, convergindo com o estudo em questão.

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Com base nesse resultado, pode-se afirmar que a transição nutricional é bem característica dentre os pacientes pediátricos. Segundo Jaime et al. 33, a transição nutricional está relacionada com os maus hábitos alimentares, incluindo os processos de produção, transformação, distribuição, marketing e o elevado consumo de alimentos ultraprocessados, o que reflete a necessidade de se promover estratégias para a implementação de hábitos alimentares mais saudáveis, evitando que essas crianças tornem-se futuros adolescentes e adultos obesos 34.

Ao analisarmos a classificação do estado nutricional pela CB, verificamos uma maior prevalência de eutrofia (55,4%), seguido do excesso de peso (22,9%). Achado semelhante foi encontrado no estudo de Ribeiro et al. 35, que avaliou a CB de 71 pacientes pediátricos e

verificou maior percentual de pacientes eutróficos (63%), seguido de 12% de pacientes com excesso de peso. Ao associar a CB com o excesso de peso, foi encontrada associação estatística significante (p<0,001). Na literatura não há evidências científicas até o momento que analisaram o IMC/I com a CB, porém, esse resultado já era esperado, visto que, ambos são bons parâmetros antropométricos para o diagnóstico do excesso de peso.

Os pacientes pediátricos internados que apresentam excesso de peso necessitam de considerações adicionais em seus cuidados, pois, existem mudanças mecânicas, metabólicas e inflamatórias induzidas pela obesidade que comprometem o estado nutricional, como hiperglicemia, hiperinsulinemia, hipertrigliceridemia, complicações cirúrgicas e cardiovasculares de difícil controle. A evolução dos pacientes pode ser comprometida pelo alto grau de estresse, como em uma intervenção cirúrgica, e a situação pode piorar quando existe algum agravo nutricional 36.

O aumento da obesidade nas crianças pode desencadear graves consequências para a vida adulta, além dos gastos elevados que causa aos cofres públicos. As políticas de prevenções e promoções de saúde são imprescindíveis ainda na infância, com implementação de estratégias educacionais, desenvolvimento e infraestrutura para práticas de exercícios físicos, regulamentação das publicidades e propaganda de alimentos atrelando a legislação específica para rotulagem alimentar 37. De acordo com esses parâmetros, as medidas

governamentais devem priorizar à prevenção e controle das doenças crônicas.

O dilema atual da nutrição na saúde pública é lidar ao mesmo tempo com situações aparentemente contraditórias, a desnutrição e a obesidade e suas implicações. Para o enfrentamento da transição nutricional é necessário colocar na pauta uma série de políticas articuladas numa “agenda única de nutrição”, mediante a promoção da alimentação saudável

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38. Desta forma, a transição nutricional aproximou essa agenda aos serviços de saúde,

facilitando o seu reconhecimento como parte de uma atenção integral à saúde 39.

As ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), por sua vez, são imprescindíveis no controle e prevenção do excesso de peso em crianças, pois, busca adequar e melhorar os hábitos alimentares saudáveis, estabelecendo ações para o controle e garantir a qualidade e o acesso de uma alimentação saudável 40. Desse modo, para alcançar melhores resultados para o controle da obesidade infantil, a atenção está voltada para as instituições escolares, como no Programa Saúde na Escola (PSE). Esse ambiente é ideal para desenvolver ações de alimentação saudável e o estímulo da prática de atividade física, que de maneira coletiva contribuirá para o desenvolvimento de hábitos saudáveis, podendo refletir no ambiente familiar, assim passa aos seus responsáveis à importância e o conhecimento adquirido dentro da escola 41.

O ambiente familiar é considerado um dos grandes fatores para a obesidade, a influência dos pais nos padrões de estilo de vida dos filhos, incluindo a escolha dos alimentos, indicam o importante papel da família em relação ao ganho de peso infantil, sendo também influenciado pelo nível socioeconômico da família. É importante a família ser exemplo nas mudanças de hábitos alimentares e do estilo de vida saudável, incentivar os filhos a fazerem atividade física e acompanha-la, para que as crianças se sintam seguras, motivadas e acolhidas pelo seu núcleo familiar 42,43.

Os alimentos com maior qualidade nutricional, incluindo frutas, verduras e legumes, apresentam custos elevados para as famílias de baixa renda. Ao mesmo tempo, a indústria alimentícia coloca à disposição, vários alimentos com densidade energética aumentada, que promovem saciedade, sendo mais palatáveis e de baixo custo, o que os tornam mais acessíveis e favorecendo o seu consumo 44.

As mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida, associada à prática de exercícios físicos frequentemente, favorece uma regulação do balanço energético, influenciando na distribuição do peso corporal, preservando e mantendo a massa magra, além de promover perda de gordura, favorecendo assim crianças com peso ideal para a sua idade 45, 46.

A obesidade infantil pode afetar diversas áreas da vida da criança, como saúde, social e psicológica, devido a esse fato, é de extrema importância que a criança passe por um acompanhamento multiprofissional, tanto no ambiente hospitalar quanto na atenção básica para que seja assistida integralmente, visando não apenas o seu físico, mas também bem-estar mental, psicoemocional e social 47.

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Portanto, faz-se necessária a realização de novos estudos a fim de melhor caracterizar nutricionalmente as crianças hospitalizadas, visto que, o excesso de peso pode favorecer o agravamento de quadros como: cicatrização mais lenta, maior tempo de internação, comprometimento no crescimento e desenvolvimento psicomotor, bem como os maiores índices de reinternação, além de divulgar a necessidade e importância da sistematização da avaliação nutricional entre os profissionais de saúde para todas as crianças hospitalizadas, afim de melhor caracterizar a obesidade infantil e definir as estratégias de controle a agravos da saúde no futuro.

REFERÊNCIA

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Tabela 1. Características socioeconômicas e demográficas de pacientes pediátricos internados em serviço de  referência materno infantil, Recife — PE, 2018
Gráfico 1. Gráfico dos diagnósticos clínicos dos pacientes pediátricos internados no serviço de referência  materno infantil, Recife — PE, 2018
Tabela 2. Estado nutricional de pacientes pediátricos internados em um serviço de referência materno infantil,  Recife — PE, 2018
Tabela 3. Associação e razão de prevalência entre o excesso de peso e parâmetros socioeconômicos,  demográficos e a circunferência do braço dos pacientes pediátricos internados em serviço de referência materno

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