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O PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL E A DESAFINAÇÃO VOCAL

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Academic year: 2020

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Edição 25, volume 1, artigo nº 6, Abril/Junho 2013 D.O.I.: 106020/1679-9840/2506

www.interscienceplace.org - página 93 de 196

O PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL E A

DESAFINAÇÃO VOCAL

THE CENTRAL AUDITIVE PROCESSING AND VOCAL

DISCORD

Danielle Gregório dos Santos1, Marco Aurélio Carino Bouzada2

1

Universidade Estácio de Sá/Departamento de Fonoaudiologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, danielle_gregorio@yahoo.com.br

2

Universidade Estácio de Sá/Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, marco.bouzada@estacio.br

Resumo: Este trabalho visa comparar o desempenho de indivíduos

afinados e desafinados nos testes de processamento auditivo e verificar se há relação entre processamento auditivo central e desafinação vocal. No Referencial Teórico, foi conceituada a desafinação vocal e apresentada a classificação dos cantores como sendo monotônicos, desafinados, dependentes ou independentes. Foi definido o processamento auditivo dos indivíduos e, em especial, o processamento auditivo central, assim como a forma como o indivíduo recebe e analisa os sons. Em seguida, foram caracterizadas as desordens do processamento auditivo central e apresentadas as funções do profissional de fonoaudiologia ao lidar com tais desordens. Para atingimento dos objetivos desta pesquisa, foram avaliados indivíduos afinados e desafinados com audição normal, comprovada por meio de exame audiológico. Uma análise estatística foi realizada através de diversos testes qui-quadrado para diferenças em k proporções, uma técnica paramétrica de comparação de proporções populacionais oriundas de diferentes grupos (indivíduos afinados, desafinados e dependentes, no caso). Sua aplicação teve por objetivo verificar se a proporção de indivíduos alterados (segundo o TPD MUSIEK, por exemplo) é a mesma nos grupos de sujeitos afinados, desafinados e dependentes. Os resultados obtidos demonstram que existe relação estatisticamente significativa entre o processamento auditivo central e a desafinação vocal do indivíduo, no caso dos testes TPF e TPD, propostos por Musiek. Foi possível concluir que o indivíduo desafinado é um candidato em potencial para a avaliação e terapia fonoaudiológica e que o fonoaudiólogo é o melhor profissional para avaliar e intervir nos indivíduos desafinados com déficits perceptuais

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www.interscienceplace.org - página 94 de 196 auditivos, ou seja, com desordens do processamento auditivo central.

Palavras-chave: Processamento Auditivo Central; Fonoaudiologia; Desafinação Vocal; Testes da Capacidade Auditiva

Abstract: This paper aims to compare the performance of the tune and

out-of-tune individuals in the auditive processing tests and check the relationship between central auditive processing and vocal discord. In the theoretical framework, the vocal discord was conceptualized and it was presented the singers classification as monotones, out-of-tune, dependent or independent. Auditive processing for individuals has been set as it was, in particular, the central auditive processing, as well as the way in which the individual receives and analyzes the sounds. Then the central auditive processing disorders were characterized and the professional functions of the speech therapyist to deal with such disorders were presented. In order to achieve this research goals, we evaluated tuned and out-of-tune individuals with normal hearing, confirmed by audiological exam. A statistical analysis was carried out through several Chi-square tests for differences in k proportions, a parametric technique for comparing population proportions from different groups (in this case, tuned, out-of-tune and dependent individuals). Its application was to check if the proportion of altered individuals (according to TPD MUSIEK, for example) is the same for tuned, out -of-tune and dependent groups of individuals.The results show that there a significant relationship between the central auditive processing and the individual vocal discord for the TPF and TPD tests, proposed by Musiek. It was concluded that the out-of-tune individual is a potential candidate for evaluation and speech therapy and that the speech therapist is the best professional to assess and intervene in out-of-tune individuals with perceptive auditive deficits, i.e., with central auditive processing disorders.

Key-words: Central Auditive Processing; Speech, Language and Hearing

Sciences; Vocal Discord; Auditive Capability Tests

1. Introdução

A musicalidade é a qualidade que permite ao indivíduo escutar um fragmento musical, compreendê-lo, memorizar suas sequências e, eventualmente, reproduzi-lo com sua própria voz. A musicalidade inclui vários elementos constitutivos, a saber: ouvido melódico ou musical (permite a reprodução de um som em sua frequência e duração rítmica corretos); sentido rítmico (tanto a fala como o canto, proporciona a dinâmica expressiva; seja pela velocidade ou pelos acentos); sentido harmônico (permite o reconhecimento de vários sons simultâneos – acordes); memória musical (permite a evocação, tanto do ritmo como da melodia, para reconhecer e reproduzir o fragmento musical) e a inteligência musical (atua como fator de síntese / união

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www.interscienceplace.org - página 95 de 196 entre os vários aspectos que constituem a musicalidade) (SEGRE; NAIDICH, 1981).

Para uma reprodução vocal satisfatória daquilo que ouvimos, é necessário ter uma boa audição e um processamento sensorial eficiente das informações auditivas pelo sistema auditivo central (ISHII et al., 2006). Através destes mecanismos, um som pode ser captado, percebido, compree ndido e por fim, reproduzido.

O objetivo deste estudo é comparar o desempenho de sujeitos afinados e desafinados nos testes de processamento auditivo e verificar se há relação entre processamento auditivo central e desafinação vocal. Através dos resultados colhidos nos testes do processamento auditivo, pretendemos mapear as possíveis áreas disfuncionais, que auxiliarão na intervenção fonoaudiológica dessa população.

Esperamos com esse trabalho evidenciar a importância da atuação fonoaudiológica no indivíduo desafinado, utilizando como ferramenta a avaliação do processamento auditivo central, que fornecerá dados de como o mesmo lida com a informação auditiva por ele detectada, identificando possíveis prejuízos no processo gnósico auditvo. Acreditamos ser de s uma importância o programa de intervenção fonoaudiológica nas desordens do processamento auditivo, pois permitirá minimizar ou impedir a permanência dessa disfunção (PEREIRA; SCHOCHAT, 1997).

2. Referencial teórico

O termo desafinação vocal, apesar de uso corrente entre profissionais e leigos, não é de fácil definição, devido ao fato de depender do contexto em que o termo é usado. O mesmo pode ser analisado sob o ponto de vista acústico e também cultural. Como as leis acústicas não são suficientes para justificar a escolha do que é considerado afinado, a questão dos padrões de afinação pode ser vista como um fator cultural, uma vez que cada cultura escolhe seus próprios sistemas de afinação. São definidas como desafinadas aquelas pessoas que, apesar de conviverem com os padrões musicais comuns à nossa cultura, não conseguem reproduzir vocalmente uma linha melódica, cometendo erros, entre os intervalos das notas, que a tornam diferente do modelo sugerido (SOBREIRA, 2003).

Baseando-se no mesmo modelo proposto por Forcucci (1975), os indivíduos são classificados de acordo com sua reprodução vocal em quatro grupos, a saber:

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www.interscienceplace.org - página 96 de 196 ● Cantores monotônicos: são considerados os indivíduos que apresentam o maior grau de dificuldade em conseguir a afinação vocal, em geral, apresentando também o monotonismo na voz falada. Não conseguem reproduzir o som proposto, conseguindo apenas modificar a intensidade. Em geral, esses indivíduos não percebem que cantam diferente do modelo proposto;

● Cantores desafinados: são indivíduos capazes de seguir parcialmente o som proposto, gerando distorções na afinação de grau leve a severo. Os indivíduos deste grupo podem ou não perceber que sua reprodução difere do modelo proposto, desconhecendo a forma de corrigir seus desvios; ● Cantores dependentes ou semitonados: são indivíduos que tendem a

desafinar, quando cantam sozinhos, mas que são capazes de cantar satisfatoriamente se acompanhados por outra voz ou instrumento, que lhe servirá de “voz-guia”;

● Cantores independentes: neste grupo encontram-se a maior parte das pessoas consideradas afinadas. Podemos dizer que neste grupo os indivíduos podem cometer alguns desvios na reprodução do modelo proposto, quando cantam “a capella”, ou seja, sem nenhum acompanhamento vocal ou instrumental. Os desvios cometidos por estes indivíduos são aceitos dentro de um padrão de normalidade, por serem quase imperceptíveis.

O processamento auditivo é o modo como lidamos com as informações auditivas que recebemos, ou seja, a capacidade de analisar, associar e interpretar as informações sonoras que nos chegam pelo sentido da audição. Quando utilizamos somente a terminologia processamento auditivo, estamos então nos referindo a todas as habilidades auditivas em conjunto, desde a detecção até a compreensão da mensagem acústica. Já o processamento auditivo central, se refere aos processos realizados predominantemente pelas estruturas do sistema nervoso auditivo central e córtex; não considerando a detecção do som (AQUINO, 2002). Em suma, as atividades periféricas são responsáveis pela sensação do som, enquanto as centrais são responsáveis pela percepção (SCHOCHAT, 1996).

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www.interscienceplace.org - página 97 de 196 auditivo periférico (orelha externa, média, interna e VIII par), no sistema auditivo central (tronco cerebral, vias subcorticais, córtex auditivo - lobo temporal, corpo caloso) e também em áreas não-auditivas centrais (lobo frontal, conexão temporo-parietais, lobo occipital) (STEINER, 1999).

A função analisadora do sistema auditivo tem sido nomeada, de forma prática e corriqueira, entre os profissionais afins, como percepção auditiva, ou percepção da fala, ou processamento auditivo. A percepção auditiva é, por um lado, a organização neural das sensações acústicas e, por outro, a sinalização que o indivíduo faz de algo que apreende no mundo exterior (MACHADO, 2003).

Para que o indivíduo receba e analise os sons, ele possui em seu organismo um conjunto de estruturas denominado sistema auditivo periférico e central (PEREIRA; CAVADAS, 1998). Essas estruturas possuem habilidades auditivas específicas que permitem ao indivíduo adquirir linguagem; armazenar, arquivar informações acústicas e recuperá-las depois; monitoramento da sua voz, dentre outras (AQUINO, 2002). As habilidades próprias do processamento que ocorre no sistema funcional auditivo: primeiro, a atenção, habilidade essa que envolve a localização da fonte sonora (se vem da direita, da esquerda, de cima ou de baixo), o destaque de figura-fundo (dirigir a atenção para um som, o que será o foco) e o fechamento (predizer mediante poucas pistas, de forma possível à fase seguinte, o reconhecimento), a identificação do sinal que requer uma previsibilidade semântica, feita pelo reconhecimento do contexto, o qual determina a discriminação entre os sinais semelhantes, sendo todos amparados pela função de memória e, por último, a habilidade de integração, que envolve a associação de informações vindas de outros aspectos perceptivos, de modo que torne o processamento organizado e funcional (MACHADO, 2003).

Considera-se disfunção auditiva central ou desordem do processamento auditivo central um distúrbio da audição em que há um impedimento da habilidade de analisar e/ou interpretar padrões sonoros. Esta inabilidade pode ser o resultado de um prejuízo da capacidade biológica inata do organismo de um indivíduo e/ou falta de experienciação em um meio ambiente acústico. Tem como prováveis causas alterações neurológicas ou alterações sensoriais auditivas (como, por exemplo, as perdas auditivas condutivas, mesmo as transitórias, decorrentes de episódios de otite média na infância) (SCHOCHAT, 1996).

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www.interscienceplace.org - página 98 de 196 As desordens do processamento auditivo central podem ser divididas em quatro categorias: decodificação, codificação, organização e decodificação não verbal ou processo gnósico não verbal. Dentre as queixas mais comuns que os indivíduos com alteração no processamento auditivo central podem apresentar, destacam-se: dificuldade para aprender músicas; alterações na pronúncia; dificuldade de memória (instruções, nomes, estórias, etc.), dentre outras (AQUINO, 2002).

O fonoaudiólogo normalmente não está incluído entre os profissionais requisitados para trabalhar os indivíduos ditos “desafinados”. Conhecer o processamento auditivo de cantores afinados pode auxiliar a compreender o fato de um cantor desafinado ser consequência de sua própria audição atípica (ISHII et al., 2006). Sendo o fonoaudiólogo responsável em atuar na prevenção, avaliação e reabilitação dos distúrbios da comunicação humana, é importante ressaltar que esse é o melhor profissional para assistir indivíduos com déficits perceptuais auditivos (SCHOCHAT, 1996). Sabe-se, também, que nas alterações do processamento auditivo a conduta principal é a fonoterapia.

3. Metodologia

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estácio de Sá. Todos os indivíduos participantes deste estudo foram voluntários. Cada indivíduo foi esclarecido sobre o intuito do estudo, e o mesmo foi iniciado após o estabelecimento dos critérios de inclusão, a concordância e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. Foram respeitados todos os princípios éticos que versam a resolução 196/96 do Ministério da Saúde (1996) sobre ética em pesquisa com seres humanos.

Foram selecionados 17 indivíduos, de ambos os gêneros, na faixa etária de 17 a 71 anos, sendo 6 do gênero feminino e 11 do gênero masculino. Os participantes foram separados em três grupos, a partir dos resultados obtidos no Protocolo de Avaliação dos Indivíduos Desafinados (SOBREIRA, 2003; FORCUCCI, 1975; PEREIRA; SCHOCHAT, 1997), a saber: Grupo 1 – afinados (4 indivíduos, sendo 3 do gênero masculino e 1 feminino); Grupo 2 – dependentes (7 indivíduos,

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www.interscienceplace.org - página 99 de 196 sendo 2 do gênero masculino e 5 feminino) e Gupo 3 – desafinados (6 indivíduos, sendo todos do gênero masculino ).

Como critério de inclusão, participaram do estudo apenas os indivíduos com audição normal comprovada com exame de audiometria tonal liminar.

As avaliações foram realizadas na Clínica de Audiologia do Campus Rebouças - Universidade Estácio de Sá.

Aplicou-se o Protocolo de Avaliação dos Indivíduos Desafinados, organizado com base nos trabalhos de Sobreira (2003), Forcucci (1975) e Pereira e Schochat (1997). Os indivíduos que não reproduziram satisfatoriamente as provas desse protocolo (com acompanhamento vocal ou instrumental e a capella), foram classificados de acordo com a incidência de desvios cometidos em dependentes, desafinados e monotônicos (FORCUCCI, 1975).

O protocolo de avaliação dos indivíduos desafinados foi realizado com os estímulos apresentados em campo livre, por meio de gravação em disco a laser tocado em um CD player no Computador HP Brio Modelo BA410.

Posteriormente, os grupos 1, 2 e 3 foram submetidos à avaliação do processamento auditivo, utilizando-se as provas de Memória Sequencial para Sons Não-Verbais (MSNV); Memória Sequencial para Sons Verbais (MSV); Localização Sonora (LS); Staggered Spondaic Word Test (SSW); Teste Dicótico Não-Verbal (TDNV); Teste Padrão de Frequência (TPF) e Teste Padrão de Duração (TPD), proposto por Musiek (1994); Teste Padrão de Frequência (TPF) e Teste Padrão de Duração, proposto por Taborga (1999).

A avaliação simplificada do processamento auditivo foi utilizada nesse estudo, porque os três testes em conjunto (MSNV, MSV, LS) apresentam sensibilidade de 50% em indivíduos com faixas etárias superiores a 6 anos de idade. Assim, quando um indivíduo apresenta alterações nos testes dióticos, pode-se afirmar a existência de uma desordem do processamento auditivo central (STEINER, 1999). É importante ressaltar que, mesmo que o indivíduo tenha apresentado respostas adequadas nesses testes, não se pode descartar a hipótese de haver alteração do processamento auditivo (AQUINO, 2002). As habilidades auditivas avaliadas nestes testes são, respectivamente, memória sequencial para sons não-verbais e verbais, e localização da fonte sonora (PEREIRA; SCHOCHAT, 1997).

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www.interscienceplace.org - página 100 de 196 Utilizou-se o teste SSW com o objetivo de avaliar o desempenho de cada orelha, determinando onde está a disfunção; a atenção de cada via auditiva; a memória imediata e de sequências; e a maturidade do sistema auditivo (MACHADO, 2003). As habilidades auditivas avaliadas são: figura-fundo e ordenação temporal complexa de sons verbais. O SSW realiza duas análises: uma quantitativa (total de erros cometidos nas situações de competição e não competição), permitindo-nos saber o grau de severidade do distúrbio do processamento auditivo central (normal, leve, moderado e severo) e uma qualitativa (tendência das respostas dadas pelo indivíduo) (PEREIRA; SCHOCHAT, 1997).

O TDNV tem por escopo investigar a comunicação inter-hemisférica nas habilidades de atenção seletiva e separação binaural, utilizando como estímulos sons não-verbais (AQUINO, 2002). O indivíduo deve focar sua atenção em um determinado som, ignorando o apresentado na orelha oposta, e associá-lo a uma figura correspondente exposta em um quadro. A figura encontra-se inserida em um contexto, que não é o objeto sonoro em si (STEINER, 1999).

Musiek et al. (1980) propuseram os TPF e TPD, que avaliam o processamento temporal e, especificamente a capacidade de reconhecer, reter e resgatar a ordem e sequência temporal das informações auditivas. O TPF consiste na apresentação de 3 tons sucessivos, sendo que um deles difere em frequência entre os dois. As frequências utilizadas no TPF são 880Hz (som grave) e 1122Hz (som agudo), tendo a duração de 500ms e intervalo de 300ms entre os estímulos (ISHII et al., 2006). No TPD há a apresentação de 3 tons sucessivos, sendo que um deles difere em duração dos outros dois. Os estímulos têm a duração de 250ms (som curto) e 500ms (som longo).

Os testes organizados por TABORGA utilizam como estímulo o instrumento musical flauta transversa. Para o TPF utilizou-se o tom 440 Hz (para o som grave) e o tom 493 Hz (para o som agudo). O TPD utiliza o tom 440 Hz, modificando apenas o tempo de duração dos estímulos, sendo 161 ms (para o som longo) e 59 ms (para o som curto). O tempo de intervalo de silêncio entre eles teve a duração média de 50 ms. Os estímulos em cada padrão temporal foram organizados em itens de 3 e de 4 sequências, contendo cada um 10 itens (TABORGA, 1999). A modalidade de resposta solicitada aos indivíduos avaliados em ambos os testes foi nomeação. Somente os indivíduos que cometeram erros no TPD e TPF com sequência de 4

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www.interscienceplace.org - página 101 de 196 sons realizaram os testes com sequência de 3 sons.

A audiometria tonal liminar foi realizada em uma cabina acusticamente tratada, com o audiômetro modelo Beltone 2000 Clinical Audiometer, nas frequências sonoras de 250Hz, 500Hz, 1000Hz, 2000Hz, 3000Hz, 4000Hz, 6000Hz e 8000Hz. O método escolhido para a determinação do limiar audiológico do paciente foi o método descendente/ascendente (REDONDO; LOPES FILHO, 1997).

Os testes do processamento auditivo foram realizados em uma cabina acusticamente tratada, com o audiômetro modelo Beltone 2000 Clinical Audiometer (de dois canais), com os estímulos apresentados via fones de ouvido, por meio de gravação em disco a laser tocado em um Cd player da marca Panasonic Portable Cd Player Sl-S125, estando o mesmo acoplado ao audiômetro.

A análise estatística foi realizada através de diversos (um para cada forma de avaliação do processamento auditivo) testes χ2

(qui-quadrado) para diferenças em k proporções, com nível de significância igual a 10%. O teste em questão consiste em uma técnica paramétrica de comparação de proporções populacionais oriundas de diferentes grupos (afinados, desafinados e dependentes, no caso) e a sua aplicação teve por objetivo verificar se a proporção de indivíduos alterados (segundo o TPD MUSIEK, por exemplo) é a mesma nos grupos de sujeitos afinados, desafinados e dependentes.

4. Apresentação dos resultados

Para cada um dos testes de avaliação do processamento auditivo, foi realizado um teste χ2 para verificar se a proporção de indivíduos alterados (segundo o teste de processamento auditivo em questão) entre os afinados é a mesma que entre os desafinados e dependentes.

A Tabela 1 a seguir mostra a quantidade de indivíduos alterados e normais (segundo o TPD MUSIEK) dentro dos grupos de afinados, desafinados e dependentes (tabela de contingência), além do valor p do teste estatístico para diferença entre as proporções de indivíduos alterados nos três grupos.

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Grupo Afinados Desafinados Dependentes Valor p

Alterados 0 4 2

Normais 4 2 5 8,60%

Tabela 1 – Tabela de contingência e valor p do teste para diferença entre proporções (TDP MUSIE K)

Como pode ser observado, a proporção de indivíduos alterados entre o grupo de desafinados (4 em 6) é bem maior do que entre o grupo de dependentes (2 em 7) e maior ainda do que entre o grupo de afinados (0 em 4). O valor p do teste χ2 realizado revela que existe apenas 8,60% de probabilidade de essa diferença dever-se ao acaso (e não à existência de uma diferença real entre as três proporções). Como o nível de significância adotado foi de 10%, confirma-se que a diferença encontrada é estatisticamente significante e rejeita-se a hipótese de igualdade entre as proporções em favor da hipótese de que existe diferença entre as proporções de indivíduos alterados (segundo o TPD MUSIEK) nos três grupos. Em outras palavras, há relação, a 10% de significância, entre o processamento auditivo central (medido pelo TPD MUSIEK) e a desafinação vocal do indivíduo.

O mesmo procedimento estatístico foi feito para as outras formas de avaliação do processamento auditivo, exceto para o TPD TABORGA 3 sons, já que apenas indivíduos desafinados (5 deles) realizaram o teste, impossibilitando a comparação com indivíduos afinados e dependentes. Os resultados estão apresentados na Tabela 2 a seguir.

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Grupo Afinados Desafinados Dependentes Valor p

Alterados 0 4 2 Normais 4 2 5 Alterados 0 5 3 Normais 4 1 4 Alterados 0 1 2 Normais 0 0 3 Alterados 0 1 0 Normais 4 5 7 Alterados 0 1 2 Normais 4 5 5 Alterados 2 3 4 Normais 2 3 3 Alterados 0 2 1 Normais 4 4 6 Alterados 0 1 0 Normais 4 5 7 Alterados 0 1 0 Normais 4 5 7 Alterados 0 0 0 Normais 4 6 7 Alterados 0 1 0 Normais 4 5 7 Ausente 0 2 0 Presente 4 4 7 Alterados 3 3 4 Normais 1 3 3 Alterados 1 1 1 Normais 3 5 6 Alterados 0 1 0 Normais 4 5 7 Alterados 0 2 2 Normais 4 4 5 TPD Musiek TPF Musiek TPF Taborga 3 sons TPD Taborga 4 sons TPF Taborga 4 sons Atenção livre Atenção direita Atenção esquerda Seqüência sonora Localização sonora RCP S S W Seqüência verbal Total de acertos Efeito ordem Efeito auditivo Tipo A 8,60% 3,38% 27,33% 37,76% 37,76% 43,82% 37,76% 37,76% 12,52% 100,00% Teste 72,86% 90,16% T D N V Avaliação simplificada PAC 48,77% 95,87% 38,15% 37,76%

Tabela 2 – Tabela de contingência e valor p do teste para diferença entre proporções (todas as avaliações)

É possível ver que a diferença na proporção de indivíduos alterados entre os sujeitos afinados, desafinados e dependentes só se mostrou estatisticamente significativa (a 10%) nos casos das avaliações TPD e TPF - MUSIEK (essa última sendo a mais significativa de todas). O critério RCP (Avaliação simplificada PAC) revelou-se quase significativo (com valor p igual a 12,52%).

Nenhum dos outros critérios mostrou-se capaz de mostrar a relação, a 10% de significância, entre o processamento auditivo central e a desafinação vocal do indivíduo. Os critérios Atenção livre (TDNV), Sequência verbal (Avaliação simplificada PAC) e Efeito ordem (SSW) mostraram-se totalmente incapazes de influenciar a afinação do indivíduo (valores p superiores a 90%).

A sensibilidade dos diferentes testes para detectar alteração no processamento auditivo nos sujeitos desafinados pode ser entendida como sendo

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www.interscienceplace.org - página 104 de 196 inversamente proporcional aos valores p obtidos nos respectivos testes χ2, que podem ser visualizados, comparativamente, no gráfico 1 a seguir.

Gráfi co 1 – Valores p dos testes χ2 referentes a cada forma de avaliação do processam ento auditivo

5. Discussão

Os cantores afinados são indivíduos que emitem melodias de músicas com harmonia através da voz, emitindo as notas com exatidão (ISHII et al., 2006). Esse fenômeno foi descrito como musicalidade (SEGRE; NAIDICH, 1981). Para que isto ocorra, existem alguns pré -requisitos, tais como: ter uma boa audição, tanto periférica como central, funcionamento adequado do sistema fonatório, entre outros (ISHII et al., 2006). O indivíduo que não acompanha a melodia musical através do pitch, pode apresentar alguma alteração cognitiva (HERESNIAK, 2004). Tal relação não foi observada nos sujeitos participantes desse estudo.

Alguns autores sugerem que o treinamento musical favorece a eficácia das habilidades auditivas, tais como: atenção e discriminação de frequência, intensidade

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www.interscienceplace.org - página 105 de 196 e duração dos estímulos sonoros (SILVA et al., 2000).

De acordo com os relatos de Musiek et al. (1980), os padrões tonais são reconhecidos como música ou melodia porque são compostos por tons de diferentes frequências e durações em ordens temporais diversas. Com isso, a exposição à teoria musical e ao treinamento auditivo são fatores importantes para a análise e desempenhos dos resultados nessa tarefa de reconhecer padrões de frequência. Baseado nisso, podemos constatar a associação entre a educação musical e competência em reconhecimento de padrão de frequência.

Um dado observado é que alguns indivíduos participantes desse estudo, apesar de serem músicos instrumentistas, obtiveram resultados rebaixados no Protocolo de Avaliação dos Indivíduos Desafinados (SOBREIRA, 2003; FORCUCCI, 1975; PEREIRA; SCHOCHAT, 1997) e nos testes selecionados para a Avaliação do Processamento Auditivo. Isso demonstra que o aprendizado musical, nesses casos, não foi suficiente para que os mesmos realizassem as avaliações propostas satisfatoriamente.

Através desse estudo, verificou-se que dos testes selecionados para avaliar o processamento auditivo central, os mais sensíveis para detectar as alterações nessa população específica foram o TPF e TPD, propostos por Musiek et al. (1980) (conforme Tabela 2 anterior). Em outras palavras, quanto maior o grau de desafinação vocal, pior é o desempenho do sujeito nos testes relacionados à ordenação temporal (TPD e TPF - MUSIEK), conforme revelam os Gráficos 4, 5, 6 e 7 a seguir.

De uma maneira geral, comparando o desempenho de cada grupo em relação às avaliações realizadas nesse estudo, constatou-se que o grupo de afinados obteve melhor desempenho do que os grupos dos dependentes e desafinados, principalmente nos testes que avaliam o processamento temporal (TPD e TPF – MUSIEK), conforme ilustram os Gráficos 4, 5, 6 e 7 a seguir. Achados semelhantes foram encontrados por Gil et al. (2000) e Silva et al. (2000), em indivíduos que desenvolveram habilidades musicais comparados com indivíduos não-músicos.

Pinheiro e Musiek (1985) afirmaram que o desempenho de sujeitos músicos é melhor do que sujeitos não-músicos no TPF. Em nosso estudo, os sujeitos afinados obtiveram melhor desempenho no TPF (MUSIEK et al., 1980) do que os grupos 2 e

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www.interscienceplace.org - página 106 de 196 3 (conforme Gráficos 6 e 7 a seguir).

Taborga (1999) relatou em seu estudo que o desempenho dos músicos (cerca de 99% de acertos) no TPF foi melhor e estatisticamente significante em comparação com os não-músicos (cerca de 60% dos acertos). O desempenho dos músicos no TPD foi semelhante ao desempenho dos não músicos (cerca de 97% de acertos) (TABORGA, 1999). Em nosso estudo, o desempenho dos Grupos 1, 2 e 3 nos testes propostos por Taborga (1999) (TPD e TPF de 3 e 4 sons) foi equilibrado e demonstrou ser estatisticamente insignificante (conforme Tabela 2 anterior).

As habilidades auditivas recrutadas no SSW (ordenação temporal complexa de sons verbais, memória e figura-fundo), são diferentes das usadas nos TPD e TPF (reconhecimento de padrões temporais, ordenação temporal de sons não -verbais e memória). Nesse estudo, observou-se que o desempenho dos Grupos 1, 2 e 3 no SSW foi equilibrado e que a diferença encontrada foi estatisticamente insignificante para demonstrar a relação de desafinação vocal e processamento auditivo central, conforme ilustram os Gráficos 2 e 3 a seguir. Baseado nesses dados, verificou-se que o SSW não é um teste sensível para detectar alterações do processamento auditivo em indivíduos desafinados.

Gráfi cos 2 e 3 – Comparação do desempenho e nível de normalidade dos grupos 1, 2 e 3 no SSW

Os Grupos 2 e 3 tiveram os piores resultados nos TPD e TPF (MUSIEK), se comparados com o Grupo 1, conforme ilustram os Gráficos 4, 5, 6 e 7 a seguir. Esses resultados evidenciam que os Grupos 1 e 2 apresentam, em sua maioria,

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www.interscienceplace.org - página 107 de 196 desordem do processamento auditivo central do tipo decodificação não verbal ou processo gnósico verbal (dificuldades na análise acústica dos aspectos não-verbais).

Gráfi cos 4 e 5 – Comparação do desempenho e nível de normalidade dos grupos 1, 2 e 3 no TPD Musiek

Gráfi cos 6 e 7 – Comparação do desempenho e nível de normalidade dos grupos 1, 2 e 3 no TPF Musiek

Hall e Mueller (1997) afirmam que os TPD e TPF são sensíveis na detecção de alterações corticais e inter-hemisféricas e resistentes à perda coclear. No entanto, apresentam as desvantagens de não serem sensíveis na detecção de alterações do tronco cerebral e não propiciarem informações sobre a lateralidade da lesão, em casos de alterações bilaterais, quando aplicados em sujeitos com lesões de apenas um hemisfério. O corpo caloso atua diretamente na identificação das sequências de frequência e duração. Alguns autores acreditam que o hemisfério direito possivelmente reconheça o contorno do padrão acústico e essa informação percorra as fibras do corpo caloso, para chegar ao hemisfério esquerdo, a fim de organizar a resposta motora (DIAS, 2005). As sequências de duração são processadas pelo hemisfério esquerdo e são realizadas associações com áreas intra

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www.interscienceplace.org - página 108 de 196 e inter-hemisféricas para a execução da resposta motora (BALEN, 1997). Os dados supra citados podem servir de base para mapearmos as estruturas anatômicas que possam estar disfuncionais nos indivíduos pertencentes ao Grupo 2 e 3.

Constatamos através da aplicação do Protocolo de Avaliação dos Indivíduos Desafinados (SOBREIRA, 2003; FORCUCCI, 1975; PEREIRA; SCHOCHAT, 1997), que os avaliados obtiveram melhores resultados nos itens “B” e “C” do que nos itens “A” e “E” (conforme Gráficos 8 e 9 a seguir). Acreditamos que a voz-guia e o acompanhamento simultâneo do teclado foram fatores facilitadores para a afinação dos avaliados.

Gráfi cos 8 e 9 – Protocolo de Avaliação dos Indivíduos Desafinados: Avaliação da Reprodução Vocal

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6. Considerações Finais

Os testes SSW, TDNV, MSV, MSNV, utilizados na avaliação do processamento auditivo central, não foram estatisticamente significantes, nesse estudo, para relacionar o processamento auditivo central com a desafinação vocal.

Através desse estudo, verificou-se que da bateria de procedimentos utilizados para avaliar o processamento auditivo central, os mais sensíveis para detectar as alterações nos sujeitos desafinados foram o TPF e TPD, propostos por Musiek (1994).

Com base nos resultados colhidos na avaliação do processamento auditivo central, podemos concluir que a maior parte dos indivíduos alocados nos Grupos 2 e 3 apresentou desordem do processamento auditivo central do tipo decodificação não verbal ou processo gnósico não-verbal (dificuldades na análise acústica dos aspectos não-verbais). Os possíveis achados nesse tipo de desordem são: dificuldades musicais, pobre percepção de ritmo, fala monótona, dentre outros.

Os resultados desse estudo servem de base para afirmarmos que o indivíduo desafinado é um candidato em potencial para a avaliação e terapia fonoaudiológica e que o fonoaudiólogo é o melhor profissional para avaliar e intervir nos indivíduos desafinados com déficits perceptuais auditivos (SCHOCHAT, 1996), ou seja, com desordens do processamento auditivo central.

7. Referências

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Sobre os autores

Danielle Gregório dos Santos possui graduação em Música – Canto pela

Universidade Federal do Rio de Janeiro e graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Estácio de Sá. Atualmente pertence ao Corpo Coral da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro, trabalha na preparação vocal de profissionais de voz e atua como cantora camerística e operística no meio musical erudito. Tem interesse e experiência na área de Preparação Vocal e Fonoaudiologia.

Marco Aurélio Carino Bouzada possui graduação em Engenharia de Produção

pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestrado em Administração pelo Instituto Coppead de Administração/UFRJ e doutorado em Administração pelo Instituto Coppead de Administração/UFRJ. Atualmente é professor adjunto do quadro permanente do Mestrado em Administração da Universidade Estácio de Sá, professor titular do curso de graduação em Administração da ESPM e professor do Curso de Formação em Finanças do COPPEAD (UFRJ). Tem interesse e experiência na área de Business Games, Logística, Estatística, Métodos Quantitativos e Pesquisa Operacional.

Imagem

Tabela 1  – Tabela de contingência e valor p do teste para diferença entre proporções  (TDP MUSIE K)
Tabela 2  – Tabela de contingência e valor p do teste para diferença entre proporções  (todas as  avaliações)

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