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Parte I Conceitos básicos

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Academic year: 2019

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Texto

(1)

Teoria do Consumidor:

Preferências e Utilidade

(2)

Partes

Preferências racionais

Representação das preferências: curvas de indiferença e função de utilidade

(3)

Parte I

(4)

Cestas de bens e o conjunto de consumo

(5)
(6)

Consumidores, bens e preferências

De um modo geral os modelos fundamentais de escolha em teoria microeconomica consideram um agente, usualmente denominado

consumidoraouconsumidor, que deve escolher entre diversos

(7)

Flexibilidade do modelo geral

Um consumidor pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas (família, habitantes de um país, etc).

Um bem pode ser entendido como algo muito específico ou algo muito genérico:

• nos modelos mais abstratos de equilíbrio geral, um bem pode ser definido por suas características físicas em conjunto com a localidade, o momento do tempo e sob que condições estará disponível;

(8)

Na maioria das aplicações

Os números de consumidores e de bens são finitos;

A cada bem é associado umpreço de mercado. Os preços de mercado definem razões às quais os bens podem ser trocados entre si. Nesse caso, os bens são denominadosmercadorias.

(9)

Cesta de bens

SeLé o número de bens do modelo, cada possível escolha da consumidora pode ser representada por um conjunto ordenado de números tal como

x= (x1,x2, . . . ,xL)

na qualxi é a quantidade escolhida do bemi,i =1,2, . . . ,L. Tal representação e chamada decesta de bensou, quando os bens foram escolhidos por um consumidor,cesta de consumoou ainda, caso todos os bens sejam mercadorias,cesta de mercadorias. Matematicamente,(x1,x2, . . . ,xL), é chamada de umaL-upla. Após definirmos duas operações para essaL-upla, ela receberá a

(10)

Exemplos

Em um modelo com apenas dois bens, a cesta x= (2,5)

é uma cesta com duas unidades do bem 1 e cinco unidades do bem 2. Em um modelo com cinco bens, a cesta

x= (0,3,4,0,0)

(11)

Representação gráfica

Nos modelos com apenas dois bens, uma cesta de bens sempre pode ser pensada como o ponto no plano cartesiano com abcissa

(12)

Exemplos

1 2 3 4

1 2 3 4

Bem 1 Bem 2

(0,3) (1,2)

(13)

O conjunto de consumo

A maioria dos modelos assumem que há algumas restrição ao consumo que são imutáveis.

Tais restrições definem o conjunto de cestas que as atendem. Tal conjunto é chamado oconjunto de consumoe será representado por X.

Por exemplo, é comum supor que não haja consumo negativo de qualquer bem, mas que o consumo de qualquer quantidade

representada por um número real positivo seja possível. Nesse caso, o conjunto de consumo será dado pelo conjunto de todas as cestas com quantidades reais não negativas de todos os bens, isto é

(14)

Conjunto de consumo usual — 2 bens

Bem 1 Bem 2

X=

(15)

Exemplo: bem 2 é um bem discreto

Bem 1 Bem 2

X={x1,x2:x1R+,x2N}

(16)

Exemplo: bens 1 e 2 são discretos

Bem 1 Bem 2

X=Z+

(17)

Exemplo: o bem 2 é um bem binário

Bem 1 Bem 2

X={x1,x2:x1R+,x2∈ {0,1}}

(18)
(19)

Espaço vetorial real

Sejamx= (x1,x2, . . . ,xL)ey= (y1,y2, . . . ,yL)duasL-uplas quaisquer com componentes reais, isto é,x,yRL. Defina as seguintes operações:

Adição:

x+y= (x1+y1,x2+y2, . . . ,xL+yL)

Multiplicação por um escalar:

λx= (λx1, λx2, . . . , λxL) em queλé um número real qualquer.

(20)

Vetores: representação alternativa

1 2 3 4 5

−1 1 2 3 4

(1,

2)

(1,

2) ( 0 , 3 ) ( 0 , 3 )

(4,1)

(4,1)

(21)

Soma de vetores: representação gráfica

x

y

y

(22)

Soma de vetores: representação gráfica

x y

x+y

y

(23)

Subtração de vetores: representação gráfica

x y

x

(24)

Subtração de vetores: representação gráfica

x y

x

(25)

Produto por escalar: representação gráfica

x λ

x(λ >1

)

λx( 0<

λ< 1)

λx( λ<

(26)

Produto por escalar: representação gráfica

x λ

x(λ >1

)

λx

(0<

λ< 1)

λx( λ<

0)

x

λx(λ >1)

λx(0< λ <1)

(27)

Combinações convexas

Sexeysão dois vetores com o mesmo número de componentes e

λRcom 0< λ <1, então o vetor

λx+ (1−λ)y=y+λ(xy)

(28)

Combinação convexa: representação gráfica x y (xy ) λ( x −y )

λx+

(1−

(29)

Combinação convexa: representação gráfica x y λ( x −y )

λx+

(1−

λ)y x

y

(30)

Produto interno e módulo

Produto interno entre dois vetores:

x·y=x1y1+x2y2+· · ·+xnyn

Módulo ou magnitude de um vetor:

kxk=

q x2

(31)

Módulo de um vetor: representação gráfica

x

|x|

(32)

Produto interno: representação gráfica

x y

θ

kykcos

θ

x·y=kxk kykcos(θ)

Três casos de interesse:

θ=0°x·y=kyk kxk

θ=90°⇒x·y=0 nesse caso, dizemos que os dois vetores são ortogonais

(33)

Parte II

(34)

Preferências

Preferências racionais Curvas de indiferença Preferências contínuas Não saciedade

Utilidade

Utilidade marginal

(35)
(36)

Notação

Para duas cestas de consumo quaisquerxeyX: Quando o consumidor preferexay, escrevemos

x≻y.

Quando o consumidor é indiferente entrexey, escrevemos x∼y.

Para dizer que a cesta de bensxé preferida ou indiferente à cesta de bens (preferência fraca)y, escrevemos

x%y,

(37)

Definindoea partir de%

xyse, e somente se,x%ye não é o caso quey%x.

(38)
(39)

Preferências Racionais

Definição

Diz-se que um consumidor apresenta preferências racionais caso: 1. As preferências sejamcompletas, isto é, para quaisquer

x,yX,

x%ye/ouy%x.

2. As preferências sejamtransitivas, ou seja, para quaisquer x,y,zX

(40)

Notas sobre racionalidade das preferências:

1. Caso as preferências de um consumidor sejam completas então as relações%eserãoreflexivas, ou seja, para qualquer x∈X,

x%x e x∼x.

2. A racionalidade das preferências implica a transitividade das relaçõese, isto é, para quaisquerx,y,zX

x∼yey∼z⇒x∼z e xyey≻z⇒x≻z

(41)
(42)

Curvas de Indiferença

(43)

Representação gráfica

CIx2 =CIx3 CIx1 CIx4 x1

x2 x3

x4

(44)

Representação com indicação da direção em que se localizam as cestas de bens mais preferidas

(45)

Conjunto fracamente preferido

Outra representação útil das preferências do consumidor é o conjunto das cestas de bens fracamente preferidas a uma cesta de referência. Denominando essa cesta porˆx, tal conjunto é definido por

{x∈X :x%xˆ}.

(46)

Representação gráfica

CIˆx

ˆ

x

{x∈X :x%xˆ}

(47)

Racionalidade e curvas de indiferença

Se as preferências de uma consumidora são racionais então, para quaisquer duas cestas de bensxey:

1. Sex∼y, entãoCIx=CIy; e 2. caso contrário,CIxCIy =∅

(48)

Duas curvas de indiferença não se cruzam

x y

z

Bem 1 Bem 2

x∼z

y∼z

Portanto, se as preferências são transitivas,

(49)
(50)

Preferências contínuas

As preferências são ditascontínuascaso, para quaisquerx,yX, se x≻y, então,

1. qualquer cesta de bens suficientemente próxima dextambém será preferida aye

2. xserá preferida a qualquer cesta de bens suficientemente próxima dey.

Mais formalmente, as preferências são ditas contínuas caso, para quaisquerx,yX, sexy, existiremǫ1, ǫ2>0 tais que, para quaisquer cestas de bensz,wX,

|z−x|< ǫ1⇒z≻y e

(51)

Preferências contínuas

ǫ1

ǫ2 y

x

Bem 1

Bem 2 Sex≻y, então:

1. existe um círculo com centro emxtal que toda a cesta de bens nele contida é preferia ay; e

(52)

Exemplo: substitutos perfeitos

X=R2+.

Entre duas cestas de bens quaisquer,x= (x1,x2)ey= (y1,y2), a consumidora prefere aquela cuja soma das quantidades dos dois bens seja a maior. Se as somas das quantidades dos dois bens for igual para as duas cestas, ela as considera indiferente.

Mais formalmente, suas preferências são tais que

(53)

Exemplo: substitutos perfeitos (continuação)

Faça

ǫ1= x1−y1+2 x2−y2. Comox1,x2,z1,z2>0,

x1−z1≤ |x1−z1|= p

(x1−z1)2≤ p

(x1−z1)2+ (x2−z2)2=|x−z|

x2−z2≤ |x2−z2|=p(x2−z2)2≤p(x1−z1)2+ (x2−z2)2=|x−z|

x1−z1+x2−z2≤2|x−z| Então, se|x−z|< ǫ1,

(54)

Exemplo: substitutos perfeitos (continuação)

Faça

ǫ2= x1−y1+2 x2−y2. Comow1,w2,y1,y2>0,

w1−y1≤ |w1−y1|= p

(w1−y1)2≤ p

(w1−y1)2+ (w2−y2)2=|w−y|

w2−y2≤ |w2−y2|=p(w2−y2)2≤p(w1−y1)2+ (w2−y2)2=|w−y|

w1−y1+w2−y2≤2|w−y| Então, se|w−y|< ǫ2,

w1−y1+w2−y2<x1−y1+x2−y2

(55)

Exemplo: substitutos perfeitos (continuação)

Bem 1 Bem 2

x y

Cestas preferidas ay

(56)

Exemplo: substitutos perfeitos (continuação)

Bem 1 Bem 2

x y

(57)

Exemplo: preferências lexicográficas

Uma consumidora escolhe entre duas cestas contendo dois bens de acordo com o seguinte critério:

• Independentemente das quantidades do bem 2, ela prefere a cesta com a maior quantidade do bem 1;

• Se as quantidades do bem 1 nas duas cestas são iguais, ela prefere a que contém a maior quantidade do bem 2; • Se as duas cestas contém as mesmas quantidades dos dois

bens, então ela é indiferente entre as duas cestas.

(58)

Preferências lexicográficas

cestas preferidas ax cestas

inferiores ax

x

Bem 1 Bem 2

(59)

Preferências lexicográficas

cestas preferidas ay cestas

inferiores ay

x

y

(60)

Preferências lexicográficas x y cestas preferidas ay cestas inferiores ay Bem 1 Bem 2

(61)

Preferências lexicográficas

x cestas preferidas ax y cestas

inferiores ax

(62)
(63)

Não saciedade global (NSG)

(64)

Não saciedade local (NSL)

As preferências de um consumidor são ditas localmente não saciáveis caso, para qualquer cesta de bensx∈Xe qualquer número real positivoǫ, existe uma cesta de bensya uma distância

(65)

Incompatibilidade entre curvas de indiferença grossas e NSL

CIx x

(66)

Monotonicidade fraca, (MFrc)

As preferências de uma consumidora são ditas fracamente monotônicas caso, para quaisquer duas cestas de bensx,yX, com

xy, ou seja,x1>y1,x2>y2, . . . ,xL>yL, tenhamos

x≻y.

(67)

Monotonicidade forte (MFrt)

As preferências de um consumidor são ditas fracamente

monotônicas caso, para quaisquer duas cestas de bensx,yX, sex contiver ao menos a mesma quantidade de todos os bens queye uma quantidade maior do que, ao menos um bem, entãox≻y, ou, mais sucintamente,

x≥yex6=yxy.

(68)

Exemplo:

CIx y

x

Bem 1 Bem 2

(69)

Exemplo:

CIx Cestas

preferidas ax

x y z

Bem 1 Bem 2

(70)

Exemplo:

CIx Cestas

preferidas ax

x y

Bem 1 Bem 2

(71)

Exemplo:

CIx Cestas

preferidas ax

(72)

Preferências com ponto de saciedade global

(73)
(74)

Utilidade

Uma representação numérica das preferências de um consumidor pode ser obtida atribuindo-se números reais, chamadosutilidade, a cada cesta de bens do conjuntoXde tal sorte que:

1. Cestas de bens indiferentes recebam o mesmo número; e 2. de duas cestas não indiferentes, a mais preferida receba um

número maior.

(75)

Função de Utilidade — Definição

Uma funçãoU:XRé chamada defunção de utilidadecaso, para quaisquerx,yX,

(76)

Existência da função de utilidade

Nem todas preferências são passíveis de serem representadas por uma função de utilidade. Por exemplo, não é possível construir uma função de utilidade para preferências lexicográficas.

(77)

Exemplo: preferências contínuas e fortemente monotônicas

ℓ1

ℓ2 ℓ1

x1 x2

x3 x4

Bem 1 Bem 2

(78)

Exemplo: função de utilidade alternativa ℓ1 ℓ2 ℓ1 x1 x2 x3 x4 Bem 1 Bem 2

U(x4) =pℓ1 U(x2) =U(x3) = p

ℓ2 U(x1) = p

(79)

Transformações monotônicas

SejaU(x)uma função de utilidade associada a um consumidor. A imagem deUserá notada porU(X)e é definida por

U(X) ={U(x) :xX}.

Note queU(X)é um subconjunto deR.

Assuma uma função realf definida emU(X). Dizemos quef é monotonicamente crescente, monotonamente crescente ou apenas monotônica emU(X)caso, para quaisqueru,w U(X):

(80)

Transformações monotônicas

SeUfor uma função de utilidade, isto é, se, para quaisquerx,yX x%yse, e somente seU(x)U(y),

ef for uma função monotônica emU(X), então a função composta, definida no conjunto de consumo como:

V(x) =f (U(x))

(81)

Exemplo

X=R2+ U(x) =√x1x2

U(X) =R+

A funçãof(u) =u2é monotônica emR+e, portanto, monotônica na imagem deU. Assim, uma função de utilidade que representa as mesmas preferências é a função

(82)

Relação entre as funções de utilidade

V(x)eU(x)representam as preferências de uma mesma

(83)

Propriedades ordinais e cardinais de uma função de utilidade

(84)

Exemplo

Suponha que as preferências de uma consumidora possam ser representadas pela função de utilidade

U(x1,x2) =√x1,x2.

Então, ao comparar as cestas de bensx1= (2,2)ex2= (4,4), podemos constatar que:

1. U(x2)>U(x1), o que indica quex2x1; e

(85)

Exemplo (continuação)

Considere agora a função de utilidade alternativa já apresentada V(x1,x2) = [U(x)]2=x1x2.

Agora, ao compararx1= (2,2)ex2= (4,4), observamos

1. V(x2)>V(x1), portanto, a utilidade dex2continua maior do que a utilidade dex1. Essa é uma propriedade ordinal das duas funções de utilidade.

2. V(x2) =4V(x1), ou seja, a utilidade da cestax2é agora 4 vezes maior do que a da cestax1. Como essa propriedade foi alterada pela transformação monotônica, ela é uma propriedade

(86)
(87)

Utilidade Marginal

Se a função de utilidade é diferenciável em uma cestax∈X, então, autilidade marginaldo bemi é definida por

UMgi = ∂

∂xiU(x).

Exemplo: seU(x1,x2) =x1x2, a utilidade marginal do bem 1 em qualquer cestax= (x1,x2)é

UMg1(x1,x2) = ∂

(88)

Propriedades da utilidade marginal

A utilidade marginal é uma propriedade cardinal da função de utilidade.

A utilidade marginal é medida em unidades de utilidade por unidades do bem 1.

(89)

Utilidade marginal e monotonicidade

Se as preferências são fortemente monotônicas, então, para qualquer cesta de bens, todos os bens possuem utilidade marginal positiva (>0).

Se as preferências são fracamente monotônicas (versão I ou II), então, para qualquer cesta de bens, todos os bens possuem utilidade marginal não negativa (0).

(90)

Sinal da utilidade marginal e tranformações monotônicas

Sejaf(u)uma função monotônica e diferenciável emU(X). Então d

duf(u)>0 para qualqueru ∈U(X). SeV(x) =f (U(x)), então,

sinal de ∂V

∂xi = sinal de d

dxif (U(x))

= sinal de

d

duf (U(x))

∂ ∂xiU(x)

=

sinal de ∂

(91)
(92)

Taxa marginal de substituição (TMS)

Considere o caso de dois bens. Sejam

∆x1 uma variação qualquer no consumo do bem 1; e

∆x2 a variação no consumo do bem 2 que faz com que, após a variação no consumo do bem 1, o consumidor volte à curva de indiferença anterior a essa variação. ∆x2

∆x1 indica a variação média dex2por unidade alterada dex1. Ataxa marginal de substituiçãoé o valor ao qual essa razão converge quando∆x1tende a zero:

TMS = lim

∆x1→0

∆x2

∆x1

(93)

Interpretação gráfica

CIx0 x0

∆x1

∆x2 tan =

∆x2 ∆x1

(94)

Interpretação gráfica

CIx0 x0

∆x1

∆x2 tan =

∆x2 ∆x1

∆x1

∆x2

∆x1

∆x2

tan =TMS

(95)

Taxa marginal de substituição e utilidade marginal.

Dada a função de utilidade, a curva de indiferença associada a uma cesta de bensx0= x0

1,x02∈Xpode ser definida por CIx=(x1,x2)∈X:U(x1,x2) =U x10,x20 . Tal definição estabelece implicitamentex2como função dex1. Aplicando o teorema da função implícita,

∂ ∂x1U x

0

1,x20+x 2U x

0

1,x20dxdx2 1 =0 UMg1 x10,x20+UMg2(x10,x20)dxdx12 =0

dx2 dx1 =−

UMg1 UMg2

(96)

Interpretação

Se o bem 1 é medido em unidades pequenas, a taxa marginal de substituição pode ser interpretada como, aproximadamente, a quantidade máxima do bem 1 da qual a consumidora está disposta a abrir mão para ter uma unidade adicional do bem 1.

(97)

Observações:

Generalizando para o caso deLbens, a taxa marginal de substituição entre os bensi ejé dada por

TMSi,j =−UMgUMgi j

.

Muitos autores, por exemplo, Mas-Collel, Whinston e Green (1995), preferem definir a taxa marginal de substituição sem o sinal negativo.

A unidade na qual aTMSé expressa é unidades do bem 2 por unidades do bem 1.

(98)

Parte III

(99)
(100)
(101)

Convexidade

As preferências são ditasconvexascaso, para quaisquerx,yX, se x%y, então, para qualquerλtal que 0< λ <1,

(102)

Convexidade estrita

As preferências são ditasestritamente convexascaso, para quaisquer x,yX, sex%y, então, para qualquerλtal que 0< λ <1,

λx+ (1−λ)yy.

(103)

Exemplo de preferências estritamente convexas

CIy y

x Cestas preferidas ay

(104)

Exemplo de preferências convexas, mas não monotônicas

CIy Cestas

preferidas ay

y x

(105)

Exemplo: preferências convexas, mas não extritamente conve-xas

y x

(106)

Preferências não convexas

CIy y

x

(107)

Preferências não convexas

y x

(108)

Preferências bem comportadas

Varian (2012) define preferências bem comportadas como

preferências (fortemente) monotônicas e convexas. Elas apresentam curvas de indiferença negativamente inclinadas e com|TMS|não crescente da esquerda para a

direita. Bem 1

(109)

Hipótese de convexidade

É usual supor que os consumidores apresentem preferências convexas.

Preferências convexas indicam que consumidores gostam de

misturar o consumo de diversos bens, o que, em muitas aplicações, é representativo do comportamento efetivo dos consumidores.

(110)

Parte IV

(111)

Substitutos perfeitos Complementares perfeitos Neutros

Males

Preferências quase lineares Preferências homotéticas

(112)
(113)

Substitutos perfeitos — o caso de dois bens

Dizemos que dois bens sãosubstitutos perfeitospara uma

consumidora caso suas preferências possam ser representadas por uma função de utilidade com a forma

U(x1,x2) =ax1+x2

na qualaé uma constante real positiva, que representa uma|TMS|

constante.

(114)

Substitutos perfeitos — representação gráfica

a

(115)

Substitutos perfeitos — o caso geral

Dizemos que dois bens sãosubstitutos perfeitospara um

consumidor caso suas preferências possam ser representadas por uma função de utilidade com a forma

U(x) =f(axi+xj,xˆ)

(116)

Substitutos perfeitos — exemplos

Na função de utilidade abaixo os bens 1 e 2 são substitutos na razão de 2 unidades do bem 2 por unidade do bem 1:

U(x1,x2,x3) =p(2x1+x2)x3.

Na função de utilidade abaixo os bens 1 e 3 são substitutos na razão de 1 unidade do bem 3 por unidade do bem 1:

(117)
(118)

Complementares perfeitos — dois bens

Dois bens são ditos complementares perfeitos para uma consumidor caso sua preferências possam ser representadas por uma função de utilidade com a forma

U(x1,x2) = min{a x1,x2}

na qualaé uma constante real positiva.

(119)

Complementares perfeitos – representação gráfica

a

(120)

Complementares perfeitos — o caso geral

Dizemos que dois bens sãocomplementares perfeitospara um consumidor caso suas preferências possam ser representadas por uma função de utilidade com a forma

U(x) =f(min

axi,xj ,ˆx)

na qualˆxé um vetor formado pelas quantidades dos outros bens,

(121)

Complementares perfeitos — exemplos

Na função de utilidade abaixo os bens 1 e 2 são complementares na razão de 2 unidades do bem 2 por unidade do bem 1:

U(x1,x2,x3) =pmin{2x1,x2}x3.

Na função de utilidade abaixo os bens 1 e 3 são complementares na razão de 1 unidade do bem 3 por unidade do bem 1:

(122)
(123)

Neutros

(124)

Neutros — representação gráfica

Bem 1 é um neutro

Bem 1 Bem 2

Bem 2 é um neutro

(125)
(126)

Males

Uma consumidora considera um serviço ou objeto físico,i, ummal

caso, para quaisquer duas cestas de bensx,yX, se as duas cestas de bens contém as mesmas quantidade de todos os bens exceto o bemi, então ela prefere a cesta de bens com a menor quantidade do bemi.

Mais formalmente, o bemi é um mal, quando e apenas quando, para quaisquer cestasx,yX, se

xj =yj para todoj6=i, j∈ {1,2, . . . ,L} então

(127)

Males — representação gráfica

(128)
(129)

Preferências quase lineares: definição em termos de função de utilidade

Dizemos que as preferências racionais de um consumidor sãoquase linearesem relação ao bemicaso elas sejam monotônicas e

contínuas e, passíveis de serem representadas por uma função de utilidade com a forma

(130)

Preferências quase lineares: definição em termos de preferên-cias

Dizemos que as preferências racionais de um consumidor sãoquase linearesem relação ao bemicaso elas sejam contínuas e

monotônicas no bemi e, para quaisquer duas cestas de bens x= (x1,x2, . . . ,xL)ey= (y1,y2, . . . ,yl)contidas no conjunto de consumo, tais quex%y,

(x1, . . . ,xi+ ∆xi, . . . ,xL)%(y1, . . . ,yi + ∆xi, . . . ,yL)

para todo∆xi ∈Rpara o qual

(131)

TMS e preferências quase lineares

UMgi UMgj =

1 ∂

∂xjv(x1, . . . ,xi−1,xi+1, . . . ,xL)

.

Logo a taxa marginal de substituição entre o bemie o bemjnão depende da quantidade consumida do bemi.

(132)

Preferências quase lineares em relação ao bem 1: curvas de in-diferença

(133)

Preferências quase lineares em relação ao bem 2: curvas de in-diferença

(134)

Exemplos

Preferências quase lineares em x2

U(x1,x2) =√x1+x2.

UMg1= 1

2√x1 UMg2=1 TMS =− 1 2√x1

Preferências quase lineares em x1

U(x1,x2) =x1+ lnx2

UMg1=1 UMg2= x1

(135)
(136)

Preferências homotéticas

Uma consumidora apresenta preferências homotéticas caso estas sejam contínuas, monotônicas e, para quaisquer duas cestas de bens x,yXe qualquer constante realλ >0,

(137)

Preferências homotéticas e função de utilidade

As preferências de uma consumidora são homotéticas se, e somente se, elas puderem ser representadas por uma função de utilidade homogênea, ou seja, uma funçãoU(x)tal que, para qualquer valor realλ >0,

U(λx) =λkU(x)

(138)

Preferências homotéticas eTMS

(139)

Preferências homotéticas — exemplo gráfico

(140)

Preferências homotéticas

(141)

Preferências Cobb Douglas — 2 bens

U(x1,x2) =x1ax2b, a,b>0

UMg1 =ax1a−1x2b UMg2 =bx1ax2b−1 TMS =−bax2x 1.

Representações alternativas: U(x1,x2) =xα

1x1 −α

2 em queα= a a+b.

(142)

Preferências Cobb Douglas —Lbens

U(x) =

L

Y

i=1 xiai

comai >0.

UMgi =ai

QL

j=1xjaj xi

(143)

Preferências homotéticas

(144)

Preferências CES — dois bens

U(x1,x2) = [ax1ρ+ (1−a)x2ρ]1ρ

em queρeasão constantes reais tais queρ6=0 e 0<a<1. UMg1= a

x1−ρ 1

[ax1ρ+ (1a)x2ρ]1−ρρ

UMg2= 1−a

x1−ρ 2

[ax1ρ+ (1a)x2ρ]1−ρρ

TMS = a

1a x

2 x1

(145)

Preferências CES —Lbens

U(x) =

" L X

i=1 aixiρ

#1ρ

em queρea1, . . . ,aLsão constantes reais tais queρ6=0 e a1, . . . ,aL>0.

UMgj = aj

x1−ρ j

" L X

i=1 aixiρ

#1−ρ

ρ

TMSi,k=−aai k

x

k xi

(146)

Preferências CES e Cobb-Douglas

lim

ρ→0[ax ρ

1 + (1−a)x2ρ] 1

ρ =xa

1x21−a

Por essa razão, as preferências CES são muitas vezes definidas de modo a contemplar como caso especial as preferências

Cobb-Douglas:

U(x1,x2) =

 

[ax1ρ+ (1−a)x2ρ]1ρ casoρ6=0

xa 1x1

−a

2 casoρ=0

(147)

Preferências CES — curvas de indiferença para diversos valores deρ

Bem 1 Bem 2

ρ=2 ρ=1

ρ=0 ρ=1

ρ=5

(148)

Parte V

(149)
(150)

ANPEC 2016, questão 01

Com relação a uma função de utilidade com dois bens,q1eq2, do tipoU(q1,q2) =u(q1) +q2, é correto afirmar que:

0

Como as curvas de indiferença são deslocamentos paralelos

uma da outra, tais preferências são homotéticas; F 1

As curvas de indiferença tocam o eixoq2emk, em que

k =U(q1,q2); V

2

A inclinação de qualquer curva de indiferença é dada por

(151)

ANPEC 2015, questão 01

Com relação às preferências do consumidor, é correto afirmar que: 0

A existência de um bem neutro viola o axioma da

monotonicidade, a existência de bens substitutos perfeitos viola o axioma da convexidade estrita e a existência de preferências lexicográficas viola o axioma de continuidade. V 1

Para a função utilidadeU(x,y) = (xρ+yρ)1/ρ, as taxas

marginais de substituição (TMS) nas cestas (2,3) e (4,6) são

(152)

ANPEC 2015, questão 01

Com relação às preferências do consumidor, é correto afirmar que: 2

Sejam três cestas de bens: A,BeC. Se, para um consumidor temos queAB,ACeC B, então para este consumidor se aplica o princípio de que duas curvas de indiferença não se

cruzam. F

3

(153)

ANPEC 2015, questão 01

Com relação às preferências do consumidor, é correto afirmar que: 4

Supondo que não existem males, a hipótese de convexidade estrita implica que, se houver duas cestasAeB, comA∼B, para uma cestaCdefinida comotA+ (1t)B, 0<t <1, é

(154)

Referências

Mas-Collel, Andrew, D. Whinston Michael e Jerry R. Green. 1995. Microeconomic Theory.Oxford University Press.

Referências

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