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Academic year: 2019

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PS T065 Plano AEE Grupo Cecília Meireles AEE T065e SP Embu das Artes

Plano de Atendimento Educacional Especializado - 2010 Nome do estudante: Ricardo Alves Azevedo

Pai: João Teodoro da Fonseca Mãe: Justina Alves Azevedo

Endereço: Rua Jerusalém, 100. Bairro Canaã, Uberlândia, MG Idade: 15 anos Sexo: Masculino (X) Feminino ( )

Série/ Ano: 7º ano

Escola: Escola Violeta Diniz

Diagnóstico: Surdez Profunda Bilateral conseqüência de meningite aos 2 anos de idade,

Professora do AEE: Cecília Meireles

1- Análise e Clarificação do Problema.

Afetivos: Ricardo estabelece amizades com pessoas ouvintes ( Débora e Rodrigo) e tem uma namorada Mariana.

Sociais: Gosta de futebol, cinema, teatro, consegue estabelecer uma interação social com os amigos ouvintes, através da Língua de Sinais.

Cognitivos: Não apresenta dificuldades cognitivas, possui boa memória visual, facilidade em matemática, habilidades no computador.

Linguísticos: Dificuldades nos níveis de abstração e generalização, causando atrasos no desenvolvimento lingüístico, mesmo assim tenta se comunicar através de leitura labial, gestos, língua de sinais e oralidade.

Motor: não apresenta dificuldades motoras, possui grande facilidade para jogar futebol, nos computadores e expressão corporal (teatro).

Familiar: Mora com os pais e dois irmãos. Por orientação da escola a mãe o proibia de se comunicar através de gestos.

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tentar estabelecer comunicação através dos gestos e se relacionar com alguns amigos, as seqüelas se intensificaram ao longo dos anos.

2- O problema do ponto de vista do AEE

Ricardo enfrentou inúmeros entraves para participar da educação escolar, decorrentes da sua perda auditiva. As propostas das escolas e da forma pela qual estavam estruturadas o prejudicaram, danos possivelmente irreparáveis, devido à falta de estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, sócio-afetivo, lingüístico e político-cultural, ficando aquém dos demais colegas de escola. As escolas por qual passou não atenderam adequadamente ao seu direito, pois não ofereceram ambiente social e lingüístico ao seu desenvolvimento, pois não eliminaram as rupturas entre as áreas curriculares que fragmentaram o conhecimento, e não promoveram as relações interpessoais no ambiente escolar.

No caso Ricardo a tendência predominante é o oralismo, Apresentação tardia da Língua de Sinas, porém Ricardo se utilizou da comunicação total para se comunicar com os amigos, namorada e familiares. Consequentemente apresentou atrasos no seu desenvolvimento lingüístico por ter conhecimento básico de Língua de Sinais e conhecimento restrito de Língua Portuguesa.

3 - Potencialidades e dificuldades do Ricardo Processo Lingüístico e de Aprendizagem

Ricardo iniciou seu processo de escolarização dos 3 anos aos 7 anos de idade em uma escola especial para pessoas com surdez, onde foi proibido se expressar através de gestos, mesmo gostando de se comunicar de tal forma com amigos e familiares.

Aos 7 anos foi matriculado em uma escola para deficiente intelectual, que deu continuidade ao mesmo processo de comunicação oralista, com o acompanhamento de um profissional da área de fonoaudiologia.

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Língua de Sinais (quando apresentada) quanto na Língua Portuguesa muito comprometida.

Processo escolarização e interação social.

Apesar de não apresentar nenhum comprometimento neurológico, teve um atraso e dificuldade, devido a sua dificuldade de abstração e generalização, e todas as propostas apresentadas estavam na contramão da perspectiva de uma educação inclusiva, negligenciaram a sua potencialidade e as capacidades visíveis que Ricardo possuía, pois todas as limitações que ele tinha foram canalizadas para o problema da língua em si. Desta forma, as práticas pedagógicas deveriam centralizar-se nas potencialidades e não nas dificuldades ou limitações pessoais, deveriam aproveitar essas potencialidades, no caso de Ricardo: gestual associada com a Língua de Sinais, para que desta forma a sua interação com a Língua Portuguesa não fosse terrivelmente prejudicada.

Processo de Sociabilidade / Afetividade

Tem facilidade para se relacionar com os colegas ouvintes, principalmente Deborah e Rodrigo, uma vez que possui boa leitura labial, o que tem possibilitado uma melhora no seu relacionamento com Mariana. O seu melhor amigo é o Rodrigo, em sala de aula é preciso chamar a atenção dos dois constantemente, pois conversam muito através de gestos e da oralidade, de acordo com as falas dos professores.

Gosta de assistir a filmes de ação e aventura, como “O Senhor dos Anéis” e programas de esportes. Vai freqüentemente ao cinema, mas quando os filmes são legendados. Ricardo diz que faz a leitura da legenda, mas a sua compreensão é muito mais das cenas do que o entendimento da escrita. Possui facilidade em matemática, nas aulas práticas de ciências e nas demais aulas que exigem memória visual. Gosta também de jogos no computador e de atividades que trabalham a expressão corporal, por exemplo, atividades no teatro.

4 - Solução do problema

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• Práticas pedagógicas que favoreçam o seu desenvolvimento pleno, oferecendo estímulos adequados ao seu potencial cognitivo, de linguagem, sócio-afetivo e político-cultural;

• Eliminem as rupturas entre as áreas curriculares que fragmentam o conhecimento e promovam relações interpessoais no ambiente escolar

• Garantir em sua formação a Língua Brasileira de Sinais e a língua Portuguesa de forma simultânea no ambiente escolar, preferencialmente na modalidade escrita, constituindo-se línguas de instrução

• Proporcionar a inclusão do estudante, por meio do AEE PS, sendo este trabalho realizado por profissionais qualificados e preparados para ministrar o AEE em libras, transversalizando com os domínios científicos de outros conteúdos (pois ele já tem algum domínio da libras);

 AEE de libras, ocorrendo de acordo com a necessidade do estudante;

 AEE para o Ensino da Língua Portuguesa: Leitura e Escrita, possibilitando-o para um maior desenvolvimento global.

5- Orientações sobre os serviços e recursos oferecidos ao aluno na comunidade escolar.

( x) Professor (a) Regente ( x)Colegas de Turma ( x)Equipe Gestora ( x)Equipe Pedagógica ( x) Outros: família

6- Organização do atendimento:

A carga horária do AEE para o Ricardo deve ocorrer diariamente, lembrando que a sua educação passa pela aquisição e formação em duas línguas considerando três momentos didáticos, considerando suas singularidades, com vistas a estimular e desenvolver cada vez mais o potencial delas.

Três momentos didático-pedagógicos:

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O AEE em Libras ocorrerá diariamente, por 1h, visto que acompanha o desenvolvimento das idéias dos conteúdos da classe comum. Portanto o atendimento não pode ser interrompido ou suspenso, pois complementa aquilo que não é oferecido em classe comum, o conteúdo em Língua de Sinais. Mesmo que a sala tenha intérprete.

O AEE para o ensino de Língua Portuguesa também deve ocorrer diariamente, por 1 hora, individualmente,

7- Desenvolvimento do currículo

O AEE para o ensino do Português escrito PE para pessoas com surdez

Este momento didático-pedagógico do AEEPS acontece na sala de aula multifuncional e em horário oposto ao da sala de aula comum. Todo o ensino é desenvolvido por uma professora, preferencialmente, formada em Letras e que conheça os pressupostos lingüísticos e teóricos que norteiam o trabalho do ensino de Português escrito para pessoas com surdez, anteriormente citado.

O objetivo desse atendimento é desenvolver a competência lingüística, bem como textual, nas pessoas com surdez, para que elas sejam capazes de gerar seqüências lingüísticas.

A sala de recurso multifuncional precisa ter entre os seus recursos: • amplo acervo textual em Língua Portuguesa, capaz de oferecer ao aluno a pluralidade dos discursos, pelos quais possam ter oportunidade de interação com os mais variados tipos de situação de enunciação;

• presença de pistas escritas pré–estabelecidas pelo professor em concordância com os alunos, que possam ser utilizadas como canal de comunicação entre o aluno, o professor e a estrutura e funcionamento da língua.

Nessa sala, quando o professor atende a alunos com surdez, não se utiliza da Libras para se ensinar o Português. A Libras, como intermediária nesse aprendizado, não é indicada, pois trata-se de duas línguas distintas, com gramática e regras próprias que as estruturam.

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Aprendizado da Língua Portuguesa

 Expressão corporal;

 Expressão artístico-cultural;

 Dramatização;

 Contextualização de situações vividas;

 Aula-passeio;

 Sessão de filmes (vídeo/TV etc). Para a leitura

 Leitura de ícones, sinais, índices, símbolos e signo lingüísticos;

 Leitura visual de imagens;

 Leitura de texto escrito: texto - frases – palavras – sílabas – letras;

 Interpretação/compreensão por meio do desenho;

 Interpretação/compreensão por meio da escrita: aplicação das

condições de

 Produção dos gêneros textuais e discursivos.

Para a escrita

 Do desenho à palavra – da palavra ao desenho;

 Da frase ao desenho – do desenho à frase;

 Do texto ao desenho – do desenho ao texto;

 Escrita de diferentes gêneros textuais ( atividades de descontextualizarão - das partes para o todo).

Para descoberta da escrita: linguagens lúdicas

 Brincadeiras;

 Jogos interativos;

 Testes-problema;

 Jogos eletrônicos

 Informática;

 Livros com imagens e livros sem imagens.

Para desenvolver o léxico:

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 Propor atividades de escrita contextualizada, ou seja, a partir de um dado assunto ( aprender a escrever com sentido e não apenas desenhar palavras);

 Contextualizar o uso do léxico (das palavras) da Língua Portuguesa escrita em várias situações diferentes ( manga de camisa, manga fruta e outras).

Para a produção de textos escritos em Português

 Cultivar no aluno com surdez o processo de criar signos, para interagir com outras pessoas pro meio da produção de textos escritos – bilhetes, cartas etc.

Ensino de Libras no AEEPS

Estratégias e vivências:

 Desenvolver atividades de interações comunicacionais;

 Não usar o canal da Língua Portuguesa para ensinar a Libras;

 Falar e ou escrever e logo em seguida sinalizar;

 Desenvolver os vários conceitos da Libras de forma vivencial( dramatizações, músicas, mímicas), sem excluir os conceitos abstratos;

 Elaborar recursos didáticos com o uso de imagens;

 Trabalhar a partir de um contexto.

 Confeccionar cartazes ilustrativos de comunicação e interação

 Atividades que envolvam a transversalização com os domínios científicos de outros conteúdosv vivenciar diálogos e trocas simbólicas (DVDs, livros, dicionários, materiais concretos, dentre outros)

 Criar adaptações e sinalizações dos espaços;

AEE em Libras

Estratégias e vivencias

 Organizar atividades em grupos para estimular a cooperação e comunicação entre os alunos;

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 Ampliação do vocabulário técnico da Libras (conforme a necessidade de serem criados novos sinais, que assegurarão o aprofundamento do conhecimentos nessa língua)

 Criação de recursos visuais (dispostos em murais de avisos e notícias, livros, painéis, vídeos, desenhos, fotos sobre os conteúdos em estudo)

 Confecção de maquetes relacionada aos conteúdos estudados;

 Adequações de conteúdos e objetivos

 Avaliação diferenciada, considerando-se a interferência de aspectos estruturais da língua de sinais;

 Avaliar o conhecimento do aluno em todas as áreas, levando em consideração as características da interferência da língua de sinais em suas produções escritas.

8- Avaliação

A avaliação deve ser processual do aprendizado por meio de Libras, em Libras e em Língua Portuguesa é importante para que se verifique, pontualmente, a contribuição do Atendimento Educacional Especializado para o aluno com surdez na escola comum. O professor do AEE em Libras deve estar atento à evolução conceitual dos seus alunos, verificando constantemente o que eles conseguem explicitar do conteúdo curricular trabalhado por meio da língua de sinais, sendo essencial para a organização didática do AEE.

Considerando que a educação escolar dos alunos com surdez tem como línguas de instrução a Libras e a Língua Portuguesa, o aluno fará a avaliação em sala de aula comum em Língua Portuguesa e será avaliado no AEE em língua de sinais avaliação inicial dos conhecimentos que o aluno tem dos conteúdos curriculares dos anos anteriores e que são subsídios para o acompanhamento do ano escolar em que esse aluno se encontra. O professor precisa entender os conceitos de base das disciplinas curriculares para fazer essa verificação.

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Em fluência e simetria, analisam: configuração de mão; ponto de articulação; movimento; orientação e expressão facial. Estuda também, o grau de complexidade do domínio da língua, como emprego de termos técnico-científicos das várias ciências. É importante ressaltar que a avaliação considera a idade, o ano ou ciclo escolar em que o aluno com surdez se encontra.

O Plano deverá ser avaliado durante toda a sua execução, o registro da avaliação do plano deverá ser feito em um caderno ou ficha de acompanhamento, onde serão descritos pelo professor do AEE o uso do serviço e do recurso em sala de aula, durante o AEE e no ambiente familiar.

No registro deverão constar as mudanças observadas em relação ao estudante no contexto escolar. O que foi que contribuiu para as mudanças observadas. De que forma as ações do plano de AEE repercutiram no desempenho escolar do estudante.O plano deve ser reestruturado, caso os resultados esperados não sejam atingindos, deve ocorrer pesquisas e implementar outros recursos ou parcerias;

Ass. do grupo responsável Cecília Meireles

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo. Educação Escolar de Pessoa com Surdez: uma proposta inclusiva. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2005. 117 p. Tese de Doutorado.

Referências

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