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CELULAR NA SALA DE AULA: UMA ALTERNATIVA PARA O PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA DE TEXTOS EM TELA

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AMERICAN ORGANIZATION OF TEACHERS OF PORTUGUESE

III Encontro Mundial sobre o Ensino de Português

Columbia University

New York, NY

- 02 de agosto de 2014.

CELULAR NA SALA DE AULA: UMA ALTERNATIVA

PARA O PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA DE

TEXTOS EM TELA

Carlos Alexandre Rodrigues de Oliveira

*Professor da Faculdade Novo Rumo - Belo Horizonte/MG

*Professor do Projeto Prodocência (INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DOCENTE) - FaE/UFMG

*Consultor Pedagógico de Língua Portuguesa do Núcleo Amigo do Professor - NAP *Pesquisador da área de Linguística Aplicada (Linguagem e Tecnologia) FALE/UFMG

(2)

Objetivo Geral

(3)

Objetivos Específicos

 Refletir sobre a permissão e a proibição do celular na sala de

aula.

 Discutir sobre a formação, as características e a atuação do

professor na cultura digital.

 Utilizar o aparelho celular na descoberta do prazer de escrever -

'escrita móvel'.

 Mostrar as possibilidades do aparelho celular na sala de aula

(4)

O que é ser professor na

(5)

Diálogo com Lévy (1999) e Soares

(2002)

 Lévy defende que o professor da cibercultura tem que ser

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(7)

O papel do professor...

Auxiliar no desenvolvimento das competências adquiridas

por meio dos Ambientes Digitais que, ao utilizar as

ferramentas apresentadas pelos mesmos e também estar

imerso neste ambiente, pode mostrar alternativas e

ensinar condutas que favoreçam um uso consciente e

(8)

Nativos Digitais

(9)

Imigrantes Digitais

(10)

O que fazer com eles?

(11)

Para entrar (mais) no assunto:

A antiga sabedoria latina dos mutatis, mutandis nos alerta de que, se a sociedade e a cultura mudaram, a escola tradicional (filha da escrita) tem de mudar também. Para isso é preciso “operacionalizar” a ciberescola, aquela que não rejeita o avanço tecnológico, mas reivindica a sua imediata instalação e uso. A que busca descobrir novas maneiras de reinventar a Didática, para dominar o processo de aprendizagem e nele intervir com eficácia.

(12)

Entende-se ainda que, num mundo totalmente interligado, globalizado e multidiversificado (além de sustentado por uma inteligência coletiva) uma ação educativa individualista é um terrível contrassenso. Toda a pedagogia da rede digital tem sido grandemente influenciada por teorias de aprendizagem que privilegiam ambientes educacionais interativos, com elevado grau de participação do aluno no processo de construção do próprio saber. A direção mais promissora (que, aliás, traduz a perspectiva da inteligência coletiva no campo educativo) é a do aprendizado cooperativo via Internet, tendo por pano de fundo um

(13)

O Texto e a Tela: processo de

leitura e escrita em ambiente digital

(XAVIER, 2005)

 O produtor do texto eletrônico é quem decide disponibilizar ou

não links com outros hipertextos afins. X

 Esses links hipertextuais podem apenas respaldar o ponto de

vista do seu autor, embora a transparência das idéias e posições seja um traço inerente à própria concepção da rede informacional. X

 Essa não-linearidade, somada a quase uma instantaneidade

(14)

Conectando... teoria e prática

 O uso inadequado dos links pode dificultar a leitura por

quebrar, quando visitados indiscriminadamente, as isotopias que garantiriam a continuidade do fluxo semântico responsável pela coerência, tal como ocorre em uma leitura de texto convencional. (XAVIER, 2005). X

 Essa dispersão pode gerar, no hiperleitor, uma indisposição e

abandono da leitura, causando um stress cognitivo.

(15)

E o que fazer?

(16)

Podemos ver o celular como

inimigo?

 O uso dos dispositivos móveis é apontado por especialistas

como uma modalidade de ensino-aprendizagem que aproveita, de forma mais intensa e integrada, o ensino tanto dentro quanto fora da sala de aula.

 Xavier (2013) afirma que existem inúmeras escolas em que o

aluno não pode entrar com o celular. E que precisamos romper essa barreira, a de que o celular é um inimigo.

 Xavier (2013) também ressalta que o uso dos dispositivos

(17)

 extraordinárias que impediam os estudantes de frenquentarem

(18)

Há dois principais desafios quanto

à adoção das mídias móveis em sala

de aula (Xavier, 2013):

 A capacitação tecnológica dos professores = “o professor

precisa entender que a tecnologia lhe dará vantagens.”

 A descentralização do protagonismo docente = “o educador

precisa compartilhar com seus alunos. Seu papel agora é muito mais de um facilitador de conexões do que um fornecedor de informações. Ele não pode competir com o

(19)

E o que fazer?

(20)

A proibição do celular nas escolas

faz sentido?

“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.”

 Jean Piaget não poderia ser mais atual, mas precisa encontrar

(21)

Então...

pensando em engajar e motivar os alunos da

geração digital...

(Allan, 2013)

 Ao invés de coibir o uso do celular, as escolas deveriam

incorporá-lo como um recurso que já tem uma forte ligação com a rotina dos estudantes.

 Verificar se a grade curricular que está sendo trabalhada é

relevante e faz sentido para os alunos.

 Observar se as estratégias de ensino são instigantes e

desafiantes, colocando o aluno no centro da aprendizagem e colaborando no desenvolvimento de suas competências e habilidades básicas para serem mais participativos na sociedade.

 Rever se os recursos que apoiam estas iniciativas são os mais

(22)

Com isso,

(23)

Pedagogia dos Multiletramentos

(ALMEIDA & ROJO, 2012)

“Novas práticas de leitura e escrita de textos, em suas formas variadas” (ALMEIDA & ROJO, 2012).

(24)

Vejamos:

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O celular como suporte para o

ensino-aprendizagem

 A disperção pode ser também afetada por inúmeros fatores

tradicionais referentes a tela do computador, sendo alguns deles:

a) a forma como o texto é disposto na tela; OK para o celular!

b) o tipo de letra e o tamanho; OK para o celular!

c) o tipo de monitor; OK para o celular!

(27)

O leitor geralmente busca, a partir de palavras-chave, o fragmento textual do qual quer apoderar-se, sem que necessariamente sejam percebidas a identidade e a coerência da totalidade textual que contém esse elemento.

(28)

A prática docente e às Tecnologias de

Informação e Comunicação

(29)
(30)

Haikai, designa poemas “curtos” e interativos, pois sua

simbologia utiliza elementos sutis da natureza, ou seja, qualquer parte da natureza pode tornar-se símbolo e fazer parte da composição de um haikai.

Mas como utilizar o aparelho celular para escrever

poesias?

Uma das características do haikai é que o mesmo seja

escrito em três linhas.

Ex.: primeiro frio do ano fui feliz

se não me engano (LEMINSKI,1995, p. 121)

(31)

O Texto e a Tela

 A escrita de textos extensos. X

 Poemas fragmentados. X

 Versos em ordem inversa. X

 Características do haikai. OK para o celular!

Os aparelhos têm um recurso de recebimento de textos (o Short Message Service - SMS), que permitem mostrar na tela textos muito curtos, que contenham um pouco mais de 140 caracteres.

 Nova tecnologia de escrita. OK para o celular!  Pequenos textos poéticos. OK para o celular!

(32)

O CELULAR COMO SUPORTE

PEDAGÓGICO NA SALA DE

AULA

ENSINO X DIVERSÃO X APRENDIZAGEM

produzindo textos e atividades de interação na tela do aparelho celular

(33)

Motivação e escrita contínua

Como forma de motivar os alunos a continuar escrevendo os poemas “curtos” e passá-los adiante, com o intuito de formar leitores e produtores de textos em rede, o professor deve pedir a eles para escrever numa lista números aleatórios de celulares sem identificá-los com o nome do proprietário. Depois, escolher qualquer número de celular e enviar um

haikai ao mesmo, despertando a curiosidade do receptor da

mensagem e motivando-o a responder ou a tentar descobrir quem a escrevera – assim, o professor estará trabalhando numa proposta de estimular a inteligência coletiva do grupo.

Nesse processo, forma-se uma rede literária.

(34)

O Prazer da Leitura e da Escrita

 Com essa proposta de trabalho, os alunos descobrem o prazer que a produção literária pode proporcionar a partir de uma escrita móvel. A relação dos alunos com o celular, a partir dessa interação em rede, deixa de ser apenas uma brincadeira, uma prática utilitária ou mesmo uma relação de poder (ter o melhor aparelho).

(35)

Nesse contexto,

(36)

O Trabalho realizado:

CelulArte

: possibilidade literária em rede

____________

OLIVEIRA, Carlos A. R. de. CelulArte: possibilidade literária em rede. txt: leituras

(37)

Obras de referência:

ALMEIDA, Rubens Queiroz de. O leitor-navegador II. In: SILVA, Ezequiel Theodoro da

(coord.). A leitura nos oceanos da Internet. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2008.

CHARTIER, R. Língua e leituras no mundo digital. In: ________. Os desafios da escrita.

São Paulo: Ed. Unesp, 2002.

COSCARELLI, Carla Viana. & RIBEIRO, Ana Elisa. (orgs.) Letramento digital: aspectos

sociais e possibilidades pedagógicas. 2. ed. Belo Horizonte: Ceale; Autêntica, 2007. COSCARELLI, Carla Viana. (org.) Novas tecnologias, novos textos, novas formas de

pensar. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

COSTA, Sérgio R. Leitura e escritura de hipertextos: implicações didático-pedagógicas

e curriculares. IN: Veredas: revista de estudos lingüísticos, v.4, n 1 – jan/jun 2000, p. 43-49. Juiz de Fora: EDUFJF.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34.

ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

_______. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 45. ed. São

Paulo, Cortez, 2003.

LEMINSKI, Paulo. Distraídos venceremos. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 121.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.

(38)

MARCUSCHI, Luiz Antônio. O hipertexto como novo espaço de escrita em sala de aula.

In: Linguagem e Ensino, vol. 4, nº 1, 2001, p. 79-111.

____________ Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In:

___________ ;XAVIER, Antônio C. (orgs). Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 13-67.

OLIVEIRA, Carlos A. R. de. CelulArte: possibilidade literária em rede. txt: leituras

transdisciplinares de telas e textos. Belo Horizonte, ano 4, n.8, jul./dez. 2008. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/depoimento_carlos.html>. Acesso em: 27 de abr. de 2014.

OLIVEIRA, Carlos A. R. de.; PESSOA, Danielle do Amaral.; OLIVEIRA, Luciana Moreno de.; MACHADO, Nádia Raquel da Cruz. Sala de aula e mundo digital: possibilidades.

In: MATTE, Ana Cristina Fricke (Org.). Blog dos voluntários do Texto Livre. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, jul./2008. Disponível em:

<http://otextolivre.wordpress.com/2008/07/23/sala-de-aula-e-mundo-digital-possibilidades>. Acesso em: 27 de abr. de 2014.

ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.

____; MOURA, Eduardo. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola Editorial,

2012.

SOARES, Magda. Novas práticas de Leitura e Escrita: letramento digital. In: Educação

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

Referências

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