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Avaliação de riscos ambientais na região de Sobradinho, Distrito Federal

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Academic year: 2017

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RAIMUNDO PEREIRA BARBOSA

AVALIAÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS NA REGIÃO DE SOBRADINHO, DISTRITO FEDERAL

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Planejamento e

Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Planejamento e Gestão Ambiental.

Área de Concentração: Planejamento e Gestão Ambiental

Orientador: Prof. Dr. Gustavo Macedo de Mello Baptista

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B238a Barbosa, Raimundo Pereira

Avaliação de riscos ambientais na região de Sobradinho, Distrito Federal. / Raimundo Pereira Barbosa. – 2010.

160f.; il. 30 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2010. Orientação: Gustavo Macedo de Mello Baptista

1. Planejamento ambiental. 2. Meio ambiente. 3. Solo uso. I. Baptista, Gustavo Macedo de Mello, orient. II. Título.

CDU 502(817.4)

Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me concedido a vida e por conceder-me a graça da realização desse trabalho, e a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram de alguma forma para sua realização.

À minha esposa, Gleice, companheira de todos os momentos; e às minhas filhas Ludmyla e Lyvia, por entenderem a minha ausência em muitos momentos de nesse período.

Agradeço de forma especial ao meu orientador Professor Dr. Gustavo Macedo de Mello Baptista por ter acreditado na possibilidade da realização desse trabalho e pela alegria contagiante dos nossos encontros de trabalho.

Aos Professores do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Planejamento e Gestão Ambiental, da Universidade Católica de Brasília, em especial, aos Professores Genebaldo Freire Dias e Ricardo Seixas Brites pelas preciosas contribuições.

Aos Professores Doutores Luis Fernando Macedo Bessa, Perseu Fernando dos Santos e Douglas José da Silva por aceitarem participar da banca examinadora. Aos meus sobrinhos Laércio e Glauber pelas fotos que ilustram esse trabalho e pelo auxílio na parte de informática e na formatação do texto.

Ao funcionário do Laboratório de Apoio à Pesquisa do Campus II, Bruno Araújo Maciel (in memoriam) pela elaboração dos mapas que fazem parte desse

trabalho.

Aos funcionários do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHGDF) e do Arquivo Público do Distrito Federal por disponibilizarem documentos, fotografias e outras informações para a realização desse estudo.

Aos colegas das turmas de 2006 e 2007 com os quais cursei algumas matérias, e, especialmente aos da turma de 2008 por compartilharmos as nossas vivências, experiências e aprendizados.

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RESUMO

Essa dissertação buscou fazer uma interação entre informações sobre avaliação dos riscos ambientais, história ambiental, geografia e outras áreas do conhecimento para fazer a avaliação dos riscos ambientais e a análise histórica da ocupação humana na região de Sobradinho, Distrito Federal, a partir de considerações sobre aspectos ambientais dessa região contidas no Relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil (Relatório Cruls), que se constitui numa importante fonte de dados sobre a história ambiental dessa região. O estudo considerou para análise o período que vai de 1894, ano da publicação do Relatório, até os dias atuais. Para avaliar os riscos ambientais dessa ocupação urbana utilizou-se o método da Avaliação de Risco Ambiental – ARA com o objetivo de identificar como se estabelece a construção social dos riscos ambientais em Sobradinho, Distrito Federal. O método utilizado permite avaliar e potencializar os riscos ambientais derivados de usos antrópicos determinados por fatores naturais que decorrem desse uso. Escolheu-se esse método de avaliação porque ele possibilita uma quantificação e espacialização dos riscos ambientais desse tipo de ocupação e dos efeitos que ela causa ao meio natural. O conhecimento científico dos riscos ambientais da ocupação humana dessa região pode orientar o uso e a ocupação do solo visando à conservação do meio natural. Os dados históricos levantados permitiram a formação de uma imagem sobre o meio ambiente que a região tinha antes da construção de Brasília. A pesquisa de campo permitiu constatar a degradação do meio ambiente promovido pela implantação das áreas urbanas. Na década de 1990 foi criada pelo governo local a área de expansão urbana de Sobradinho II e foi iniciada a implantação dos condomínios irregulares que promoveram o uso e a ocupação desordenada do solo que avançou para as áreas de uso controlado e de fragilidade ambiental como Áreas de Preservação Ambiental, parques ecológicos e a reserva biológica causando graves impactos ambientais e a criação de áreas de risco ambiental para a população.

PALAVRAS CHAVE: Avaliação de risco ambiental. História ambiental. Relatório Cruls. Planejamento ambiental. Meio ambiente. Sobradinho (Distrito Federal).

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ABSTRACT

This thesis sought to make information about an interaction between environmental risk assessment, environmental history, geography and other fields of knowledge to make the environmental risk assessment and analysis of history of human occupation in the region of Sobradinho, Distrito Federal, from reporting on issues environment of the region contained in the Report of the Exploratory Commission of the Central Plateau of Brazil (Report Cruls) which is an important source of information on the environmental history of this region. The study considered for analysis the period of 1894, the date of publication of the Report until the present day. To assess the environmental risks of urban occupation used the method of environmental risk assessment ERA - with the aim of identifying how to set up social construction of environmental risks in Sobradinho, Distrito Federal. The method allows us to evaluate and enhance the environmental risks derived from anthropogenic uses determined by natural factors stemming from this use. Chose this method of assessment because it enables the quantification and spatial distribution of environmental risks of this type of occupation and the effects it causes to the natural environment. The scientific knowledge of the risks of human occupation of this region may influence the use and occupation of land for conservation of the natural environment. Historical data collected allowed the formation of an image on the environment that the region had before the construction of Brasilia. The field survey revealed the degradation of the environment fostered by the implementation of urban areas. In the 1990s, local government was created by the urban expansion area of Sobradinho II and began the deployment of condominiums that have promoted the use of irregular and disorderly occupation of the land which moved into the areas of controlled use and environmental fragility as Areas of Environmental Preservation, ecological parks and biological reserves causing serious environmental impacts and the creation of environmental risk areas to the population.

KEY WORDS: Environmental risk assessment. Environmental history. Report Cruls. Environmental planning. Environment. Sobradinho (Distrito Federal).

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SIGLAS E ABREVIATURAS

APA – Área de Preservação Ambiental APM – área de Preservação de Manancial APP – Área de Preservação Ambiental

ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico ARA – Análise ou Avaliação de Risco Ambiental Aw – Clima tropical com estação seca de inverno

BR – Designação para Estradas Federais, administradas por órgãos federais CAESB – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal

CEB – Companhia Energética do Distrito Federal

CEPAL – Comissão Econômica Para a América Latina e Caribe CIPLAN – Cimento Planalto

CL – Comércio Local

CODEPLAN – Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

CONDEC – Conselho Nacional de Defesa Civil

Cwa – Clima temperado úmido com inverno seco e verão quente. Clima subtropical/tropical de altitude.

Cwb – Clima megatérmico das regiões tropicais e subtropicais. Clima temperado marítimo/clima tropical de altitude

DF – Distrito Federal

EIA/Rima – Estudo e Relatório de Impacto Ambiental EW – Leste – Oeste

FAO – Food and Agriculture Organization (Organização das Nações Unidas para a

Alimentação e Agricultura)

FEEMA – Federação de Sobradinho Onde se Localizam as Fábricas de Cimento Tocantins e CIPLAN

IEMA – Instituto de Ecologia e Meio do Ambiente do DF IHGBDF – Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal

IPDF – Instituto de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal IPT – Instituto de Pesquisa Tecnológica de São Paulo

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NOVACAP – Companhia Urbanizadora da Nova Capital

NW – North-West (Noroeste)

ONG – Organização Não Goveramental ONU – Organização das Nações Unidas OMM – Organização Mundial de Meteorologia PDAD – Pesquisa por Amostra de Domicílio PDL – Plano Diretor Local

PEOT – Planos Estrutural de Organização Territorial do DF PNUD – Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento PNUMA – Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente POT – Plano de Ordenamento Territorial do DF

POUSO – Plano de Ocupação e Uso do Solo do DF RA-V – Região Administrativa Cinco – Sobradinho-DF

RA-XXIV – Região Administrativa Vinte e Quatro – Sobradinho II REBIO – Reserva Biológica

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa

SEDUMA – Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do DF SEMARH – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF SEMATEC – Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do DF SEPLAN – Secretaria de Estado de Planejamento do Distrito Federal SESI – Serviço Social da Indústria

SNUC –Sistema Nacional de Unidades de Conservação SZC – Subzona Central

SZEP – Subzona Especial de Preservação SZH – Subzona Habitacional

SZI – Subzona Industrial

SZR – Subzona Remanescente

TERRACAP – Companhia Imobiliária de Brasília

TMGCA – Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Entre Períodos UNB – Universidade de Brasília

UICN – União Internacional Para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais WWF – World Wildlife Fund For Nature

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – POPULAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL POR REGIÃO ADMINISTRATIVA – 1979 ... 38

FIGURA 2 – POPULAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL POR REGIÃO ADMINISTRATIVA – 1989 ... 39

FIGURA 3 – POPULAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL POR REGIÃO ADMINISTRATIVA – 2000 ... 40

FIGURA 4 – DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DO DF ... 42

FIGURA 5 – MAPA DAS REGIÕES HIDROGRÁFICAS DO DF, EM DESTAQUE AS REGIÕES HIDROGRÁFICAS DO RIO SÃO BARTOLOMEU E A DO RIO MARANHÃO NA ÁREA DE ESTUDO. .. 64

FIGURA 7 – NATURALIDADE DA POPULAÇÃO URBANA RESIDENTE SOBRADINHO – SOBRADINHO – 2004 ... 72

FIGURA 8 – NATURALIDADE DA POPULAÇÃO URBANA RESIDENTE – SOBRADINHO II – 2004... 73

FIGURA 9 – POPULAÇÃO URBANA RESIDENTE, COM 10 ANOS E MAIS DE IDADE POR ATIVIDADE PRINCIPAL REMUNERADA, SEGUNDO OS SETORES – SOBRADINHO – 2004 ... 74

FIGURA 10 – POPULAÇÃO URBANA RESIDENTE, COM 10 ANOS OU MAIS DE IDADE POR ATIVIDADE PRINCIPAL, SEGUNDO OS SETORES – SOBRADINHO II – 2004 ... 75

FIGURA 11 – DISTRIBUIÇÃO DOS DOMICÍLIOS POR CLASSE DE RENDA BRUTA MENSAL – SOBRADINHO-2004 ... 76

FIGURA 12 - DOS DOMICÍLIOS POR CLASSE DE RENDA – SOBRADINHO II – 2004 ... 77

ÁREAS COM AS CARACTERÍSTICAS APONTADAS ACIMA FORAM OCUPADAS EM TODA REGIÃO DE EXPANSÃO URBANA DE SOBRADINHO APESAR DO IMPEDIMENTO LEGAL. COMO DEMONSTRA A FIGURA ABAIXO, AS CASAS ESTÃO LOCALIZADAS EM TERRENO COM DECLIVIDADE ACENTUADA, ONDE SE PODE OBSERVAR QUE PARTE DOS QUINTAIS DAS CASAS ESTÃO VOLTADAS PARA A ENCOSTA, QUE A VEGETAÇÃO FOI DEGRADADA, O QUE ACENTUA O RISCO DE EROSÃO E DE DESLIZAMENTOS. NESSA ÁREA SE OBSERVA A CONSTRUÇÃO DE MUROS DE ARRIMOS PARA SUSTENTAÇÃO DO TERRENO, FIGURA 13. ... 87

FIGURA 13 – CASAS CONSTRUÍDAS NO TOPO DE MORRO EM DECLIVIDADES ACENTUADAS, NAS QUEBRAS DE RELEVO, AVANÇANDO PARA A ENCOSTA NO CONDOMÍNIO RK ... 88

FIGURA 14 - DINÂMICA DA OCUPAÇÃO URBANA DE TERRENOS COM DECLIVIDADE ACENTUADA, VALES E ENCOSTAS, ÁREAS DE NASCENTES EM CONDOMÍNIOS DA DF 425 E REGIÃO DO GRANDE COLORADO AO FUNDO ... 88

FIGURA 15 – OCUPAÇÃO URBANA EM ÁREA DE BARRANCO E DE ENCOSTA EM CONDOMÍNIO DE BAIXA RENDA NA VILA RABELO II E II ... 89

FIGURA 16 – VISTA AÉREA DE SOBRADINHO MOSTRA QUE A CIDADE FOI PLANEJADA E URBANIZADA A EXEMPLO DE BRASÍLIA ... 91

FIGURA 18 – DINÂMICA DA OCUPAÇÃO E USOS DO SOLO NA REGIÃO DE SOBRADINHO ... 94

FIGURA 19 – ÁREA DEGRADADA PELA EXTRAÇÃO DE CASCALHO E EROSÃO DO SOLO ENTRE OS CONDOMÍNIOS MORADA DOS NOBRES E VIVENDAS SERRANA ... 97

FIGURA 20 – OCUPAÇÃO DE ÁREA COM ALTO ÍNDICE DE DECLIVIDADE, AVANÇANDO PARA A ENCOSTA NA VILA RABELO I E II ... 98

FIGURA 21 – RETIRADA DA MATA CILIAR DO CÓRREGO PARANOAZINHO ENTRE A DF 425 E SOBRADINHO II ... 99

FIGURA 22 - SOLO DEGRADADO PELA EXTRAÇÃO DE AREIA DENTRO DA RESERVA BIOLÓGICA DA CONTAGEM ... 100

FIGURA 23 – DEPOSIÇÃO DE LIXO E DE ENTULHO PRÓXIMO AO RIBEIRÃO SOBRADINHO ... 102

FIGURA 24 – ÁGUA POLUÍDA DEVIDO AO DESPEJO DE ESGOTO NO RIBEIRÃO SOBRADINHO ... 103

FIGURA 25 – LIXO EM CLAREIRA ABERTA ÀS MARGENS DO RIBIERÃO SOBRADINHO ... 104

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FIGURA 27 – RETIRADA DE MATA CILIAR E ESTREITAMENTO DO LEITO DO RIBEIRÃO SOBRADINHO

... 105

FIGURA 28 – PONTO ONDE OCORRE O DESPEJO DE ESGOTO NO RIBEIRÃO SOBRADINHO PELA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA CAESB ... 107

FIGURA 29 – EXPLORAÇÃO DE CALCÁRIO NA REGIÃO DA FERCAL ... 109

FIGURA 30 – EMISSÃO DE PARTÍCULAS POR FÁBRICA DE CIMENTO NA FERCAL ... 110

FIGURA 31 – SOLO DESCOBERTO, DESMATAMENTO E PRESENÇA DE EUCALIPTOS SUBSTITUINDO A MATA CILIAR DO RIBEIRÃO SOBRADINHO ... 116

FIGURA 32 – SANTUÁRIO CONSTRUÍDO AO LADO DE UMA DAS NASCENTES QUE ALIMENTAM O RIBEIRÃO ... 117

FIGURA 33– NASCENTE CANALIZADA PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA DO SANTUÁRIO E DE CHÁCARAS DENTRO DO PARQUE ... 117

FIGURA 34 – VESTÍGIOS DE POLUIÇÃO E CAPTAÇÃO DE ÁGUA DA NASCENTE PRINCIPAL DO RIBEIRÃO SOBRADINHO ... 118

FIGURA 35 – DEGRADAÇÃO DA MATA CILIAR E PRESENÇA DE CONDOMÍNIO NO ENTORNO DAS NASCENTES DO RIBEIRÃO SOBRADINHO ... 119

FIGURA 36 – SEDE DO HORTO FLORESTAL DESATIVADO E ESTRADA DE ACESSO ÀS CHÁCARAS 120 FIGURA 37 – CAPTAÇÃO DE ÁGUA DO RIBEIRÃO SOBRADINHO ABAIXO DE SUAS NASCENTES PRINCIPAIS – TANQUE PARA CRIAÇÃO DE PEIXES E IRRIGAÇÃO DE HORTALIÇAS ... 121

FIGURA 38 – DESCARTE DE LIXO E ENTULHO ÀS MARGENS DO RIBEIRÃO SOBRADINHO... 122

FIGURA 39 – VESTÍGIOS DE ASSOREAMENTO, POLUIÇÃO DAS ÁGUAS E DESMATAMENTO DAS MARGENS DO RIBEIRÃO NA ÁREA DO PARQUE DOS JEQUITIBÁS ... 123

FIGURA 40 – SEDE DA ADMINISTRAÇÃO DO PARQUE DOS JEQUITIBÁS ... 124

FIGURA 41 – TRILHAS PAVIMENTADAS PARA CAMINHADA NO PARQUE DOS JEQUITIBÁS ... 124

FIGURA 42 – EQUIPAMENTOS DE LAZER NO PARQUE DOS JEQUITIBÁS ... 125

FIGURA 43 – PRESENÇA DE LIXO E ENTULHO NA ÁREA DO PARQUE ... 126

FIGURA 44 – OCUPAÇÃO ANTRÓPICA, DEPÓSITO E QUEIMA DE LIXO ÀS MARGENS DO RIBEIRÃO SOBRADINHO, NA ÁREA DO PARQUE ... 127

FIGURA 45 – VISTA PARCIAL DA OCUPAÇÃO E DEGRADAÇÃO DA LAGOA BURITI DENTRO DO PARQUE CANELA DE EMA ... 128

FIGURA 46 – PRESENÇA DE LIXO E DA ESTRADA QUE SECCIONA A LAGOA BURITI NO PARQUE CANELA-DE-EMA ... 129

FIGURA 47 – OCUPAÇÃO DE ENCOSTA NA RESERVA BIOLÓGICA DA CONTAGEM PRÓXIMO AO CÓRREGO PARANOAZINHO E À DF 150 ... 130

FIGURA 48 – ESTRADA DE ACESSO AOS CONDOMÍNIOS DO GRANDE COLORADO NA ÁREA DA RESERVA BIOLÓGICA DA CONTAGEM ... 131

FIGURA 49 – SOLO DEGRADADO PELA EXTRAÇÃO DE AREIA DENTRO DA RESERVA BIOLÓGICA DA CONTAGEM ... 131

FIGURA 52 – OCUPAÇÃO DE ENCOSTAS NA VILA RABELO DESTACANDO, EM PRIMEIRO PLANO, A PRESENÇA DE LIXO. ... 138

FIGURA 50 – SOLO SUSCETÍVEL A FRAGMENTAÇÃO E A AUSÊNCIA DE MUROS DE ARRIMO PARA SUSTENTAÇÃO DO TERRENO AO FUNDO NA VILA RABELO ... 139

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LISTA DE QUADROS E TABELAS

QUADRO 1–AÇÃO HUMANA CAUSADORA DE IMPACTO AMBIENTAL ... 43 

QUADRO 2-MATRIZ DE COMPOSIÇÃO DE RISCO AMBIENTAL ... 49 

QUADRO 3-ESCALAS DE GESTÃO DO MEIO AMBIENTE: DO GLOBAL AO LOCAL ... 50 

QUADRO 4–BACIAS HIDROGRÁFICAS DO DF ... 62 

QUADRO 5–SETORES HABITACIONAIS ... 92 

QUADRO 6–IMPACTOS AMBIENTAIS E RISCOS ASSOCIADOS AO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO EM SOBRADINHO ... 95 

QUADRO 7-IMPACTOS AMBIENTAIS IDENTIFICADOS NOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS E EM SOBRADINHO ... 102 

QUADRO 9–ÁREAS DE RISCO AMBIENTAL EM SOBRADINHO ... 113 

QUADRO 10–IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS ... 115 

QUADRO 11–QUALIFICAÇÃO MULTITEMPORAL DAS ÁREAS DE COBERTURA VEGETAL E USO DO SOLO EM HECTARE (HA) ... 143 

TABELA 1–EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL,TMGCA E DENSIDADE DEMOGRÁFICA 1957–2005 ... 34

TABELA 2–DISTRITO FEDERAL –EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO (ENTRE 1959 E 1980) ... 38

PLANO PILOTO CIDADES-SATÉLITES/ÁREAS RURAIS ... 38

TABELA 3–LIMITES DE SOBRADINHO ... 66

TABELA 4–EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO DE SOBRADINHO –1960-2000 ... 67

TABELA 5–POPULAÇÃO URBANA RESIDENTE POR SEXO –SOBRADINHO E SOBRADINHO II– 2004 ... 71

TABELA 6–DISTRIBUIÇÃO DOS DOMICÍLIOS SEGUNDO ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE INFRAESTRUTURA URBANA –SOBRADINHO –2004 ... 78

TABELA 7–DISTRIBUIÇÃO DOS DOMICÍLIOS SEGUNDO ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE INFRAESTRUTURA URBANA –SOBRADINHO II2004 ... 78

TABELA 8–ÁREA DE PRODUÇÃO DE GRANDES CULTURAS –SOBRADINHO –2005 ... 79

TABELA 9–ÁREA DE PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS –SOBRADINHO -2005 ... 79

TABELA 10–ÁREA DE PRODUÇÃO DE FRUTÍFERAS –SOBRADINHO –2005 ... 80

TABELA 11–EFETIVO REBANHO BOVINO,PRODUÇÃO DE CARNE E LEITE –SOBRADINHO 2005 ... 80

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 16

1.1 Delimitação do Problema ... 17

1.2.1 Geral ... 19

1.2.2 Específicos ... 19

1.2.3 Hipótese ... 19

1.3 Justificativa ... 19

2. REVISÃO DA LITERATURA ... 21

2.1. História Nova/História Ambiental ... 21

2.2 Eco-desenvolvimento/Desenvolvimento Sustentável ... 23

2.3 Planejamento/Meio Ambiente ... 24

2.4 Aspectos Ambientais da Área de Estudo Contidas no Relatório Cruls de 1894 .. 26

2.5 Origens do Processo de Ocupação do Solo na Região Centro-Oeste e no Distrito Federal ... 29

2.6 Ocupação do Solo e Evolução da População no DF da Construção de Brasília aos Dias Atuais ... 33

2.7 A Construção Social dos Riscos Ambientais ... 44

2.8 Risco Ambiental ... 46

2.8.1 Risco e Vulnerabilidade Ambiental ... 56

3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ... 59

3.1 Caracterização do Território do Distrito Federal ... 59

3.2 Caracterização da Área de Estudo – Região de Sobradinho ... 59

3.2.1 Meio Físico ... 59

3.2.2 Meio Biótico ... 64

3.2.3 Meio Antrópico ... 65

4. MATERIAL E MÉTODOS ... 82

4.1 Área do Estudo ... 82

4.2 Áreas Investigadas ... 83

4.3 Instrumentos Usados na Coleta de Dados ... 83

4.4 Coleta de Dados ... 83

4.5 Tratamento dos Dados ... 84

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 85

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5.2 Discussão dos Resultados ... 90

5.2.1 Áreas de Risco Ambiental em Sobradinho ... 113

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ... 144

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 147

ANEXOS ... 155

ANEXO A ARTIGOS 2° E 3° DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO – LEI 4.771 DE 15 DE SETEMBRO DE 1965 ... 155

ANEXO B – INTEGRA DO ARTIGO 3° DA CONSTITUIÇÃO DE 1891, ARTIGO 4° DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DE 1934 E DO ARTIGO 4° DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DE 1946 ... 157

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16 1 INTRODUÇÃO

A idéia de dominação da natureza pelo ser humano e de que ela é uma fonte inesgotável de recursos levou o homem a adotar processos que vêm desestabilizando os seus recursos naturais. Dessa forma, o homem adotou um processo de destruição desses recursos que está desequilibrando os seus sistemas vitais. Esse modelo gerou alterações nos ecossistemas naturais, a degradação ambiental e a consequente perda da qualidade de vida nos centros urbanos.

Os centros urbanos como Brasília e as suas cidades satélites estão inseridas nesse contexto e vêm sofrendo profundas modificações em suas paisagens naturais, decorrentes do avanço das atividades econômicas e do crescimento populacional. Fruto do uso e ocupação desordenada do solo.

Essa ocupação atinge áreas impróprias para a expansão urbana, promove ações antrópicas, e, transforma o ambiente natural dessas áreas de ocupação gerando impactos e riscos ambientais consideráveis como se verifica na região de Sobradinho que é objeto desse estudo.

A região de Sobradinho e todo o Distrito Federal, está situada nas áreas de altitudes mais elevadas do Planalto Central, é uma região divisora de bacias hidrográficas (Tocantins/Araguaia, Paraná e São Francisco), com rios de pequeno porte que possuem pequenas vazões, a exemplo do ribeirão Sobradinho e Contagem, afluentes do São Bartolomeu e Maranhão respectivamente.

Em todo Distrito Federal esses cursos d’água sofrem com a pressão da expansão urbana desordenada e acelerada que vem ocupando as suas margens e entorno comprometendo a quantidade e a qualidade das águas que são importantes para o abastecimento da população.

Em Sobradinho, como nas grandes cidades brasileiras, essa ocupação avança, também, para áreas com declividade acentuada e encosta, consideradas inadequadas para a construção de moradias porque cria áreas de vulnerabilidade a riscos ambientais como deslizamentos e desabamentos provocando a aceleração da degradação ambiental.

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Em Sobradinho a ocupação urbana teve início em 1960 à época da construção de Brasília. Os moradores foram instalados às margens do ribeirão do mesmo nome. A partir de 1990 foi criada a área de expansão urbana de Sobradinho II e a implantação de condomínios irregulares.

Para que esse contexto se modifique, esse estudo pretende produzir informação e conhecimento sobre o meio ambiente dessa região que poderá ser usado como ferramenta pelos gestores ambientais no planejamento, formulação e aplicação de políticas públicas que possa viabilizar a criação de critérios para disciplinar o processo de uso e ocupação do solo nessa região.

A informação sobre o meio ambiente construído pelo homem em razão do uso e ocupação do solo para expansão urbana, em Sobradinho, deve ser analisada na perspectiva socioambiental e encarada como uma ferramenta importante para a construção de conhecimento e de informação que sirva para facilitar o planejamento de políticas públicas com vistas à gestão sustentável dos recursos naturais.

A criação de legislação ambiental nacional e local, os tratados e as convenções internacionais sobre meio ambiente, elaborados a partir de reflexões sobre o modelo de crescimento econômico mundial, feitas pelo Clube de Roma em 1968, pela Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo em 1972, pela Conferência do Rio de Janeiro em 1992, a criação de organismos internacionais como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN), a criação da Agenda 21, dentre outros, estabeleceram conceitos importantes que servem como ferramentas para se trabalhar a questão ambiental. Dessa forma a informação tem papel relevante no contexto socioambiental.

Esse contexto revela a preocupação com a intensificação dos problemas ambientais e sociais provocados pelo crescimento demográfico mundial, pelo modelo de desenvolvimento econômico predatório que adotou um modelo de consumo desenfreado a partir da segunda metade do século XX.

1.1 Delimitação do Problema

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acampamentos de operários de firmas construtoras localizadas próximas à Vila Planalto e ao Plano Piloto.

A cidade foi idealizada para ser uma cidade rural. Mas, a partir de 1964, com os governos militares passou a fazer parte de um projeto experimental do qual se beneficiou com asfalto, iluminação pública, escolas, saúde, água e esgotos, arborização, etc. (VASCONCELOS, 1988).

O plano original da cidade foi modificado com o acréscimo da Quadra 18 em 1980, com a expansão urbana de Sobradinho II em 1989 e a implantação de condomínios irregulares em áreas originalmente destinadas às atividades agrícolas ou de preservação ambiental, desrespeitando à legislação ambiental, ao Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e ao planejamento inicial da construção de Brasília e das primeiras cidades satélites.

Esse estudo avalia que ocorreu abandono das ações iniciais de planejamento que nortearam a construção de Brasília, a partir da demarcação do seu sítio em 1892 pela Comissão Cruls.

Destaca o descumprimento da legislação ambiental que descaracterizou os projetos iniciais de uso e ocupação do solo que promoveu o crescimento populacional desordenado e a degradação ambiental, ora verificados em todo o Distrito Federal e na região de Sobradinho. Para tanto, se utilizou informações do Relatório Cruls de 1894 que é uma fonte histórica importante sobre o meio ambiente da região.

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1.2 Objet ivos 1.2.1 Geral

O objetivo geral dessa dissertação é, a partir de considerações sobre aspectos ambientais contidos no Relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil (Relatório Cruls) 1 de 1894, fazer uma avaliação dos riscos ambientais e uma análise histórica da ocupação humana na região de Sobradinho, Distrito Federal, de 1894 até os dias atuais.

1.2.2 Específicos

Verificar as considerações sobre os aspectos ambientais na área de estudo contidas no relatório Cruls; e,

Identificar como se estabelece a construção social dos riscos ambientais na região.

1.2.3 Hipótese

A trajetória histórica da ocupação urbana da região de Sobradinho ocorreu de forma desordenada, associada a um rápido crescimento populacional e ao avanço das atividades econômicas, contribuindo para a degradação do seu meio natural e para o desenvolvimento de graves problemas sócioambientais por falta de fiscalização do cumprimento da legislação e de governança.

1.3 Justificativa

Trata-se de um tema atual, relevante do ponto de vista local, que situa o meio ambiente da região de Sobradinho DF na sistemática política e cultural do país, uma vez que a ocupação urbana verificada nessa região também ocorre em outras áreas urbanas em todo país. Não obstante, se observa que não existe fiscalização do poder público para fazer cumprir a legislação ambiental e criar políticas públicas para mitigar os riscos de impactos ambientais gerados por essa ocupação.

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A idéia de realizar avaliação dos riscos ambientais e a análise histórica da ocupação humana da região de Sobradinho é pertinente porque demonstra que a presença do homem nessa região é anterior à demarcação do sítio para a construção de Brasília em 1892. A primeira ocupação da região se deu de forma dispersa à época da exploração aurífera no século XVIII.

A avaliação dos riscos ambientais e a análise histórica da ocupação humana de Sobradinho é uma abordagem que depende da contribuição de outras áreas do conhecimento. Por isso o estudo destaca a preocupação com a interdisciplinaridade, considera a importância da contribuição de outras áreas do conhecimento.

Dessa forma, o estudo reforça a importância desse tipo de abordagem para a questão ambiental por possibilitar interligação dos fatos da história local com o contexto da história regional, nacional e internacional.

A região de Sobradinho está inserida nas Áreas de Proteção Ambiental do São Bartolomeu e de Cafuringa, de quatro parques ecológicos e de uma reserva biológica.

A escolha dessa área de estudo se justifica em face do avanço da expansão urbana ocorrida a partir do final da década de 1980 e início da de 1990, e pela degradação do meio natural provocada após a implantação de condomínios “irregulares” que avançaram para áreas de fragilidade ambiental como leito de rios, córregos e ribeirões, nascentes e área com declividade acentuada em toda região.

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21 2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. História Nova/História Ambiental

Nesta etapa do desenvolvimento da pesquisa procurou-se definir e delimitar o campo de estudo e inseri-lo na linha de pesquisa de Planejamento e Gestão Ambiental. Buscou-se na literatura a evolução de alguns conceitos pertinentes ao tema.

Nos dias atuais observa-se que a pesquisa histórica tem passado por uma revolução, abrange o estudo do movimento e das mudanças nas sociedades humanas, das mentalidades, dos discursos, das representações, pela combinação de história de eventos com a de estruturas, isto é, uma história de longa duração, das práticas cotidianas, do imaginário social, segundo a tradição iniciada pela Escola de Annales. Com o advento dessa Escola construíram-se novos horizontes para a pesquisa historiográfica que ficou conhecida como história nova (FRAGOMENI, 2005).

Com a história nova a pesquisa histórica volta seu olhar para os lugares, para as comunidades e os sujeitos até então ocultos nas grandes análises, trazendo-os para o centro da historiografia (LE GOFF,1992). A história nova instituiu uma colaboração interdisciplinar compreendendo o homem na plenitude do seu ser.

Portanto, a história nova abre a perspectiva para a análise da história nacional, regional e local, e sua relação espaço temporal.

O debate entre história nacional e regional vem sendo objeto de análise desde o século XVIII, onde a vida era mais marcada pela região do que pela nação. Estudou-se a evolução das comunidades e das características de ocupação do território. Os processos temporais, a concentração demográfica, a economia, a vida social, cultural, religiosa, étnica e o meio onde está representada, a relação de poder com as elites dominantes é um fator que interage nessa análise.

A pesquisa da história regional enfrenta muitas dificuldades, que passam pela carência de documentos, de bibliografia básica que se encontram concentrados nas mãos de particulares, dificultando o acesso, fazendo do trabalho do pesquisador uma verdadeira tarefa de garimpagem (FRAGOMENI, 2005).

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tentar romper com as iniciativas regionalistas em prol da centralização do Estado, acabou por definir, por si própria os contornos dos espaços regionais.

O espaço dentro de um determinado tempo histórico é atributo dos seres. A disposição e a participação do homem na natureza, a ação humana na sua transformação, como animal social, que altera o meio e que se utiliza da natureza produz modificações e sofre consequências.

A história regional e local, portanto, permite analisar as formas de ocupação do solo que pressupõe processos temporais distintos nas microregiões, com os grupos humanos e as influências externas de cada um deles, fazendo surgir sistemas econômicos e sociais que tem consequências para a história, para a geografia e outras ciências.

Dessaforma, a idéia de uma abordagem histórica da questão ambiental surgiu na década de 1970, quando a temática ambiental ganhou repercussão mundial com a realização da Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972. Surgem nessa época os estudos sobre História

Ambiental.

De acordo com a Rede Brasileira de História Ambiental (RBHA), em linhas gerais, podemos sintetizar o conceito de história ambiental como, o da história das relações do homem com a natureza. Ela se baseia em três linhas de estudos principais:

• Reconstrução de ambientes naturais do passado;

• Estudo da exploração econômica e seu impacto sobre o ambiente;

• A análise da história das idéias, das percepções e dos valores sobre o mundo natural.

A História Ambiental nos capacita, portanto, a descobrir a natureza enquanto agente da História, considerando que outras forças significativas atuam sobre o tempo. A História Ambiental configura uma nova forma de estudo das relações entre homem/natureza, considerando o meio ambiente enquanto agente e presente na História da humanidade (WORSTER, 1991).

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A definição a seguir dá uma contribuição definitiva para embasar o escopo desse estudo.

A história ambiental vem sendo definida como um campo de estudo dos impactos de diferentes modos de produção e formações sociais sobre as transformações de sua base natural, incluindo superexploração dos recursos naturais e a degradação ambiental. Esses estudos abordam a análise de padrões de uso dos recursos e de formas de apropriação da natureza, avançando em categorias que permitem um estudo mais integrado das interrelações entre as estruturas econômicas, políticas e culturais que induzem certos padrões de uso dos recursos e as condições ecossistêmicas que estabelecem as condições de sustentabilidade ou de insustentabilidade de um determinado território (LEFF, 2001, p. 386).

2.2 Ecodesenvolvimento/Desenvolvimento Sustentável

O discurso da sustentabilidade domina os debates sobre a questão ambiental e o desenvolvimento social.

Para Dias, (1992) o desenvolvimento econômico e o bem-estar do homem dependem dos recursos da Terra. O desenvolvimento sustentável é simplesmente impossível se for permitido que a degradação ambiental continue. Foi nos debates da Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente Humano de Estocolmo em 1972 que surgiu o conceito de ecodesenvolvimento com o propósito de dar conta da problemática ambiental.

Sachs (1986) ao formular a noção de Ecodesenvolvimento, propunha uma estratégia multidimensional e alternativa de desenvolvimento que articulava promoção econômica, preservação ambiental e participação social. Perseguia com especial atenção, meios de superar a marginalização e a dependência política, cultural e tecnológica das populações envolvidas nos processos de mudança social. É, portanto, marcante em seus trabalhos o compromisso com os direitos e desigualdades sociais e com a autonomia dos povos e países menos favorecidos na ordem internacional (LIMA, 2003).

O ecodesenvolvimento é um caminho promissor tanto para países ricos como para países pobres. Para estes, mais do que nunca, a alternativa se coloca em termos de projetos de civilização originais ou de não desenvolvimento, não mais parecendo possível nem, sobretudo, desejável, a repartição do caminho percorrido pelos países industrializados (SACHS,1986).

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“desenvolvimento sustentável” passou a ser adotada como expressão oficial nos documentos emanados de entidades como a Organização das Unidas (ONU), União Mundial para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN) e o World Wildlife Fund For Nature (WWF) (CABRAL DE CASTRO, 2005).

A respeito do discurso de desenvolvimento sustentável a Comissão Brundtland, embora apoiada em muitas idéias apontadas por Sachs, chegou a um resultado qualitativamente diferente, ao esvaziar o conteúdo emancipador do Ecodesenvolvimento, que representava, talvez, sua marca mais inovadora. Assim, embora alguns elementos da síntese de Sachs permanecessem constantes, como a idéia de articular crescimento econômico, preservação ambiental e equidade social, as prioridades e arranjos resultaram bem diversos. Ao contrário do Ecodesenvolvimento, a Comissão ressaltava uma ênfase econômica e tecnológica e, uma tônica conciliadora que tendia a despolitizar a proposta de Sachs (LIMA, 2003).

Percebe-se então, que a noção de desenvolvimento sustentável, vista a partir das idéias de Sachs e organizadas pela Comissão Brundtland, se apresentam como uma nova estratégia de desenvolvimento: “É aquela que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (BRUNDTLAND 1991).

2.3 Planejament o/Meio Ambient e

O planejamento é uma ferramenta de trabalho utilizada para tomar decisões e organizar as ações de forma lógica e racional, de modo a garantir os melhores resultados e a realização dos objetivos de uma sociedade, com os menores custos e o menor prazo possíveis (BUARQUE, 2002).

Ainda para Buarque (2002), o planejamento é também um processo ordenado e sistemático de decisão, o que lhe confere uma conotação técnica e racional de formulação e suporte para as escolhas da sociedade. Combina e incorpora uma dimensão política e uma dimensão técnica, constituindo-se numa síntese técnico-política.

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e adequadas à promoção do desenvolvimento sustentável em pequenas unidades político-administrativas.

De acordo com Floriano (2004)

O Planejamento é, portanto, uma ferramenta de gestão. É um processo de organização de tarefas para se chegar a um fim, com fases características e sequenciais que, em geral, estão na seguinte ordem: identificar o objeto do planejamento, criar uma visão sobre o assunto, definir o objetivo do planejamento, determinar uma missão ou compromisso para se atingir o objetivo do planejamento, definir políticas e critérios de trabalho, estabelecer metas, desenvolver um plano de ações necessárias para se atingir as metas e cumprir a missão e objetivos, estabelecer um sistema de monitoramento, controle e análise das ações planejadas, definir um sistema de avaliação sobre os dados controlados e, finalmente, prever a tomada de medidas para prevenção e correção quanto aos desvios que poderão ocorrer em relação ao plano (FLORIANO, 2004).

Planejamento ambiental, portanto, é, a organização do trabalho de uma equipe para consecução de objetivos comuns, de forma que os impactos resultantes, que afetam negativamente o ambiente em que vivemos, sejam minimizados e que, os impactos positivos, sejam maximizados (BUARQUE 2002).

Para analisar o caráter participativo no planejamento de políticas públicas que criem critérios para implementação do desenvolvimento sustentável, se utiliza o estudo da dinâmica chamada por alguns autores de “governança democrática” ela enfatiza que (...) os padrões de interação entre as instituições governamentais, agentes de mercado e atores sociais que realizem a coordenação e simultaneamente promovam ações de inclusão social que nos assegurem e ampliem a mais ampla participação social nos processos decisórios em matéria de políticas públicas (SANTOS JR. et al., 2004).

Faz-se necessário salientar que as questões ambientais estão relacionadas com as propostas de preservação e conservação dos recursos naturais, com as questões sociais que buscam diminuir a pobreza, as desigualdades e o alcance de infraestrutura de serviços públicos.

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Conclui-se então, que o conceito de meio ambiente engloba aspectos relacionados à natureza e os aspectos decorrentes das ações do homem sobre ela. Essas ações podem ser avaliadas por meio da avaliação dos riscos ambientais e da história ambiental. No caso do Distrito Federal o Relatório da Comissão Cruls de 1894 é uma fonte de informação importante que propicia uma análise propositiva da questão ambiental local, como se verifica a seguir.

2.4 Aspectos Ambient ais da Área de Estudo Contidas no Relatório Cruls de 1894

A Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil (Comissão Cruls) foi instituída em 1892, pelo então presidente Floriano Peixoto. A comissão percorreu mais de 4.000 km, estudou, fotografou e demarcou um quadrilátero de 14.400 km² reservado para o futuro Distrito Federal. Os estudos sobre os recursos hídricos e a salubridade do clima da região levaram a comissão a indicar a área como a mais indicada para ser a futura sede do DF.

Essa comissão era composta por oito especialistas, além do astrônomo Luiz Cruls, chefe da Comissão, por médicos, geólogos, farmacêutico, botânico, militares, ajudantes etc. totalizando 22 pessoas.

Realizou um estudo minucioso sobre a botânica, clima, fauna, flora, geologia, recursos minerais, doenças mais frequentes, materiais de construção existentes e outros aspectos da região (GDF, 1992).

A comissão fez também estudos sobre os recursos hídricos da área demarcada, indicou os rios e os ribeirões mais importantes, bem como o sistema hidrográfico com a localização das principais bacias, dentre elas, a dos rios São Bartolomeu e Maranhão que se localizam na área desse estudo. E também, a bacia do rio Paranoá denominada no relatório de “Parnauá” ou “Paranauá”. (GDF, 1992).

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Sobre a missão da comissão

No desempenho de tão importante missão deveis proceder aos estudos indispensáveis ao conhecimento exacto da posição astronomica da área a demarcar, da orographia, hydrographya, condições climatológicas e hygienicas, natureza do terreno, quantidade e qualidade das águas, que devem ser utilisadas para o abastecimento, materiaes de construcção, riqueza florestal, etc. da região explorada e tudo mais que directamente se ligue ao assumpto que constitue o objecto da vossa missão (GDF 1992, p. 29).

Sobre a escolha do local para a futura Capital:

Entendemos, porém, que para esta escolha definitiva, tornar-se-ha indispensavel um exame comparado entre as condições apresentadas por dois ou tres pontos que parecem reunir a maior somma de vantagens requerida para edificação de um grande centro populoso. (Clima, Água e Topografia) (grifo nosso).

Sob o ponto de vista do clima podemos dizer que são optimas as condições de salubridade que apresenta toda a parte da zona que se estende a leste da cidade de Pyrenopolis. E si se tivesse de attender tão sómente a esta condição, muitos seriam os pontos que se prestariam para o fim que motivou a exploração daquella região (GDF 1992, p. 109).

Para salubridade de uma cidade populosa concorre, porém, poderosamente a abundancia de água, para os diversos misteres da vida domestica, e industrial, e pode-se dizer que ellas são factores preponderantes na saúde publica. Com effeito a agua é o meio de propagação de muitas molestias de natureza microbiana. [...] Felizmente, a nova capital do Brazil poderá ser abastecida com um volume d’água potável muito superior àquella (de Paris) (grifo nosso)

e sem que se tornem necessárias obras de arte de grande custeio. O sistema hydrografico da zona demarcada é com effeito de uma riqueza tal que qualquer que seja o logar escolhido para edificação da futura Capital, encontrar-se-há, sem grandes dificuldades, agua sufficiente para abastece-la a razão de 1.000 litros diários por habitante (GDF 1992, p. 109).

A topografia da maior parte da zona demarcada, onde se encontram planícies, entrecortadas de depressões pouco consideráveis com declividades suaves, se presta admiravelmente para a edificação de uma grande cidade, attendendo às condições estheticas que se devem ter em vista, como tambem às de salubridade, no que diz respeito ao estabelecimento dos encanamentos dos esgotos e das águas” (GDF 1992, ).

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Sobre os rios e riachos,

O volume das águas dos rios e riachos de alguma importância , entre elles, o rio do Ouro, Areias, Montes Claros, Saia Velha, Torto, Sobradinho, Parnauá, que a turma tiver de atravessar, será determinado (GDF 1992, p. 63).

Na descrição topográfica da área demarcada o Relatório menciona Chapada da Contagem e o Sobradinho:

- Esta serra representa o flanco de um chapadão de mais de 1.100 metros de altura, com pequenas ondulações até a íngreme descida da Contagem, fronteira e distante do Sobradinho 6 kilômetros. O chapadão se levanta como verdadeiro taboleiro, sobre uma base de altitude variável, no sentido E-W, entre 1.120 metros, no Chico Costa, 1.240 metros nas Tres Barras e cerca de 1.100 metros na Contagem(GDF 1992, p. 260)

- No sentido N-S continua, ao oriente, com o alto chapadão do Gama de 1.130 metros mais ou menos, composto de schistos argilosos paleozóicos, margeando o Rio Parnauá e mais abaixo o navegável Rio São Bartolomeu, embora com a altitude já reduzida a pouco menos de 1.000 metros; e, ao occidente, inclina-se ligeiramente descendo a 940 e 980 metros, pelo facto da existência dos rios Santa Maria, Alagado, Descoberto e seus numerosos affluentes, alguns dos quais bastante caudalosos. (GDF 1992 p. 260).

- Na parte S-W do chapadão só se encontra capoeira, vastas campinas e em grande extensão a canella de ema, (Vellosia Maritima): (grifo do autor) apenas nas cachoeiras, o que se nota, há capões mais ou menos extensos na razão directa da quantidade água que nasce (GDF 1992, p. 260).

- Mais ou menos no meio da chapada que da Serra dos Macacos vae ao Sobradinho (grifo nosso), se acha o pouso das Três Barras (altitude 1.240 metros), e cujo nome provém de nascerem a pequena distância um do outro, os rios Torto, Gama e Riacho Fundo, os quais por sua vez, têm as nascentes perto das dos rio Alagado e Descoberto ou Montes Claros (GDF 1992, p. 261).

- Cerca de 1.200 metros de altitude tem o logar d’estas fontes, e a não ser já proximo da serra fronteira ao Sobradinho, onde as oscilações do terreno se vão tornando cada vez mais fortes, à proporção que vae baixando um pouco, se notaria o brando declive das terras que acompanham o leito do rio Paranauá, resultante da fusão dos rios Torto e Gama, do Alagado, Descoberto e Areias e seus affluentes. (GDF 1992, p. 261).

- Continuando o caminho da antiga Villa dos Couros, hoje cidade de Formosa, logo ao sahir do Sobradinho, a estrada sobe uma encosta bastante íngreme para seguir, na extensão de muitos kilometros, um chapadão revestido de alta vegetação pelo lado norte.

No rumo S-W do ribeirão, (Mestre D’armas) vae margeando uma grande chapada, que se póde considerar prolongamento d’aquella a que me referi antes de chegar à villa, tendo começado no Sobradinho. (GDF 1992, p. 262).

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29 vez mais, até que, na villa do Mestre D’Armas foi de 10°.5 e no Sobradinho 12°.2. (GDF,1992, p. 263).

Sobre a zona demarcada:

Nutrimos, pois a convicção de que a zona demarcada apresenta a maior somma de condicções favoráveis possíveis de se realisar e próprias para n’ella edificar-se uma grande Capital, que gozará de um clima temperado e sadio, abastecida com águas potáveis abundantes, situada em região cujos terrenos, convenientemente tratados prestar-se-hão às mais importantes culturas, e que, por systema de vias- ferrreas e mixtas convenientemente estudado, poderá facilmente ser ligado com o littoral e os diversos pontos do território da República (GDF, 1992, p. 19).

2.5 Origens do Processo de Ocupação do Solo na Região Centro Oeste e no Distrito Federal

A idéia da mudança da capital do Brasil do Rio de Janeiro para o interior da colônia faz parte de um processo de discussão iniciado no século XVIII motivado principalmente pela vulnerabilidade da capital a invasões estrangeiras por ser um porto, e, também, pela necessidade de se promover a ocupação efetiva segundo GDF, (1992), de setenta por cento do território nacional então deserto, e o desenvolvimento do interior.

À idéia mais antiga de mudança atribuída ao Marquês de Pombal em 1761, seguiram-se outras propostas:

• A dos inconfidentes mineiros em 1789, que sugeriram a cidade de São João Del Rei em Minas Gerais como sede;

• A da corte portuguesa que em 1808 reconheceu a necessidade da mudança;

• A publicação a partir de 1813, de vários artigos por Hipólito José da Costa no Correio Braziliense indicando a área no interior, entre as cabeceiras dos grandes rios, onde de acordo com Bertran (1994), corresponde a região de Belo Horizonte;

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30 • A dos manifestos do Visconde de Porto Seguro que sugeriu o Planalto

Central do Brasil, após visita à região em 1877;

• O projeto de Holanda Cavalcante apresentado ao senado, em 1852, dispondo sobre a construção da nova capital, mantendo o nome Brasília sugerido por José Bonifácio; e,

• Finalmente, a destinação de uma área de 14.400 km² no Planalto Central da República prevista no Artigo 3º da Constituição de 1891, para ser demarcada com a finalidade de se construir a nova Capital; e a criação em 1892, da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, pelo então Presidente Floriano Peixoto, para promover a demarcação da área, sob a chefia do Astrônomo Luiz Cruls (GDF, 1992).

A determinação da transferência da Capital do Rio de Janeiro para o interior foi mantida nas constituições de 1934, 1937 e na de 1946.

Dando prosseguimento ao projeto de mudança da Capital, foi lançada em 1922, a pedra fundamental na cidade de Planaltina, no Morro do Centenário, como ato para comemorar o centenário da Independência.

A tese da mudança foi esquecida entre as duas guerras e relembrada na Segunda Guerra Mundial, com novos argumentos em favor da interiorização do país. Getúlio Vargas criou em 1943 a Fundação Brasil Central e organizou a Expedição Roncador-Xingu, batizada de Marcha Para Oeste. Depois de percorrer 2.500 km por terra e rios, a expedição fundou Vilas, campos militares e contatou 5.000 índios. Teve como principal resultado a criação do Parque Nacional do Xingu que abrangia 18 aldeias e 5.000 índios (VILAS e VILAS BOAS, apud GANEM, 2008).

O projeto de transferência da Capital foi retomado em 1946, com a nomeação da “Comissão de Estudos para Localização da Nova Capital do Brasil” chefiada pelo General Djalma Poli Coelho (PELUSO e CANDIDO, 2006).

Segundo Ganem (2008), em 1953, no Governo Vargas, contratou-se levantamento aerofotogramétrico de toda a área, cuja interpretação, feita em 1954, ficou a cargo da empresa norte-americana Donald J. Belcher.

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solo favorável às edificações, facilidade de desapropriação etc. (PELUSO e CANDIDO, 2006).

O projeto de transferência da Capital foi assumido por Juscelino Kubstcheck, como objetivo principal do seu governo, realizou o Concurso Nacional do Plano Piloto da Nova Capital Federal, vencido pelo urbanista Lúcio Costa. A cidade foi inaugurada em 21 de abril de 1960 (GANEM, 2008).

Bertran (1994) avalia que a ocupação humana do interior do Brasil ocorreu a partir de 1700 com as bandeiras paulistas que apesar de terem feito várias incursões desde o século XVI, inicia de fato a colonização no ano de 1700 em Minas Gerais, em Mato Grosso em 1718 e por último em Goiás, em 1726. A exploração aurífera promoveu a imigração em massa para essa região de portugueses vindos do norte de Portugal e de escravos negros africanos.

Segundo essa mesma fonte a exploração de ouro e diamante em Mato Grosso e principalmente em Goiás, durou pouco tempo, mas deixou aqui as bases para a construção de uma nova sociedade a partir do que restou das cidades coloniais e da estrutura econômica como as roças e as fazendas de gado.

Para Bertran (1994), as bandeiras constituem então o primeiro marco histórico da ocupação e exploração econômica do interior do Brasil, do Centro-Oeste e do Planalto Central. Além da mineração a criação de gado também promoveu a ocupação do Planalto Central especialmente nas regiões dos rios Tocantins, São Francisco, Paranan, etc.

Para Dean (1996, apud Ganem, 2008), a mineração nesta região promoveu

uma ocupação humana dispersa em razão da dispersão dos depósitos aluvionares. Sobreviveram as vilas e os arraiais em que a mineração durou mais tempo e a agricultura se desenvolveu.

Segundo Rocha Jr. et al., (2006, apud Ganem, 2008), até a descoberta do

ouro na Serra Dourada, Goiás era uma zona de fronteira. Mineradores, comerciantes e muleiros, de Minas Gerais e do Nordeste, cruzavam as terras goianas por estradas que posteriormente tornaram-se intensamente trafegadas. A formação de vilas se deu após a descoberta do ouro em Goiás (Vila Boa) em 1726, em Pirenópolis em 1732.

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Natividade etc.). Em Luziânia em 1747, e, em 1757, no rio Descoberto (BERTRAN, 1994).

De acordo com Rocha Jr. et al., (2006 apud Ganem 2008), o isolamento dos

arraiais de Goiás, espalhados por longas distâncias dificultou a sustentabilidade econômica dos mesmos. Por causa desse isolamento, quando as minas se esgotaram, muitos povoados desapareceram ou ficaram em estado de penúria.

Para Bertran (1994) no começo a estrada de São Paulo monopolizava o tráfego mercantil, onde se cobrava o quinto. Mas, várias estradas de contrabando abertas no Planalto Central foram legalizadas em 1735.

Fundaram-se postos fiscais, ou Registros e Contagens. Um deles, data de 1736, ano em que o governo português instalou a “Contagem de São João das Três Barras” i2 – Posto Fiscal na região do atual Posto Colorado - a 10 km do Plano Piloto de Brasília na estrada para Sobradinho. A Contagem é o mais importante estabelecimento público do Distrito Federal e ponto importante para a história de sua colonização. É a instituição fundadora do Distrito Federal. Ela foi desativada em 1823, após o processo de independência (BERTRAN, 1994). Existiam duas grandes estradas que atravessavam essa região e pelas quais circulavam as caravanas em direção ao Rio de Janeiro e, principalmente em direção à Bahia, para onde ia a maior parte do ouro goiano (BERTRAN 1994).

As estradas estruturaram a ocupação em Goiás. As grandes distâncias eram compensadas pela presença de fazendas e povoados que surgiram onde a estrada estava estabelecida (ROCHA JR. et al.,2006, apud Ganem, 2008).

Para Bertran (1994), em Goiás a exaustão das minas levou à regressão da economia, permaneceu uma população reduzida e dispersa. Sobreveio o “império da subsistência”. A atividade pecuária tornou-se a ocupação econômica predominante, assim permanecendo até a década de 1950. Das velhas fazendas do século XVIII sobrou “a posse primitiva da terra”.

De acordo com SEMARH (2004), aqui, o impacto da ocupação humana acabou se limitando praticamente às fazendas de gado, à agricultura de subsistência e ao extrativismo vegetal. Mas essa realidade mudaria radicalmente a partir da construção de Brasília.

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Chaul (1997, apud Ganem 2008), afirma que no início do século XX, o sul do

Estado de Goiás experimentou um crescimento econômico, devido à expansão da cultura cafeeira e, posteriormente, à industrialização em São Paulo e Minas Gerais. Essas atividades aumentaram a demanda por produtos agropecuários e Goiás fortaleceu seu papel de produtor de bens primários. Contudo, de acordo com Bertran (1994) as demais regiões de Goiás não experimentaram esse desenvolvimento. Tornando-se autárquicas por não terem como vender ou comprar.

Esse isolamento só foi interrompido segundo a mesma fonte a partir da década de 1940 com as políticas de integração do litoral com o sertão brasileiro, e na de 1950 com a construção de Brasília.

2.6 Ocupação do Solo e Evolução da Popula ção no DF da Construção

de Brasília aos Dias Atuais

A construção de Brasília marcou de forma irreversível a trajetória histórica da ocupação humana da região Centro-Oeste e do Planalto Central. É resultado de um processo de planejamento longo, iniciado no período imperial, é uma cidade com peculiaridades que a fazem única: Foi idealizada com antecedência de dois séculos e meio; teve seu sítio demarcado quase cem anos antes de ser construída; e, é a mais recente grande cidade construída com a finalidade de ser capital de país (GDF 1992).

Segundo Soares e Alves (2004), Planejada para ser a Capital Administrativa do Brasil, Brasília tinha a previsão de abrigar uma população máxima de 500 a 600 mil habitantes, previa-se a construção de cidades satélites somente depois que atingisse sua quantidade máxima de habitantes, porém, as cidades satélites passaram a abrigar os excedentes populacionais do Plano Piloto mesmo antes de sua inauguração.

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Em 1957, 12.283 pessoas moravam em Planaltina, Brazlândia e fazendas próximas. Esses foram os primeiros habitantes do DF. Com o início da construção de Brasília iniciou-se o processo migratório caracterizado por contingentes populacionais que se diferenciam quanto à função (CODEPLAN, 2006).

Até a década de 1970, o governo incentivou a migração de mão-de-obra para a construção de Brasília. No período mais intenso da construção de Brasília, nas décadas de 1960/70 e 70/80, essas correntes migratórias foram o principal fator formador da população do Distrito Federal, com um número de 358.014 e 488.546 migrantes respectivamente.

Esse número de migrantes diminuiu de forma considerável no período 1980/1991, apresentando uma média anual de 8.966, e uma média de crescimento anual de 2,84 que permaneceu estável até 2005.

Números da “Contagem da População” realizada pelo IBGE em 1996 registrou uma população de 1.821.946 habitantes nas 19 Regiões Administrativas existentes à época. Já no ano 2000 a população era 2.051,146, e em 2005 a estimativa era de uma população de 2.333.108 habitantes, nas 28 Regiões Administrativas. Pela “Contagem da População” do órgão em 2007, a população total do DF registra 2.455.903 habitantes em 30 Regiões Administrativas. Confira evolução e densidade demográfica da população na tabela abaixo.

Tabela 1 – Evolução da População do Distrito Federal, TMGCA e Densidade Demográfica 1957 – 2005

Ano População TMGCA(¹) Hab/km²

1957 12.283 2,12 1959 64.314 128,82 11,11 1960 140.164 117,94 24,21 1970 537.492 14,39 92,84 1980 1.176.935 8,15 203,30 1991 1.601.094 2,84 276,57 1996 1.821.946 2,62 314,62 2000 2.051.146 3,01 354,31 2005 2.333.108 2,61 403,01

Fontes: Projeções Populacionais – Brasil e Grandes Regiões – IBGE e Censo Demográfico – IBGE Dados elaborados pela SEPLAN

TMGCA –Taxa Média Geométrica de Crescimento Anual Entre Períodos

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35 • 1956 a 1973 – marcado pela conquista do território. As decisões, ao

invés de serem planejadas, eram pragmáticas, autoritárias e voluntaristas. Marcadas pelo imediatismo, com soluções rápidas e segregadoras, criando, de forma irresponsável, cidades, com o objetivo de tornar a Implantação da nova capital no Planalto Central um fato irreversível. Dessa forma mesmo antes da instalação de Brasília, em 1960, já se desenhara um embrião do aglomerado urbano atual, formado pelo Plano Piloto, Planaltina e Brazlândia, Cidade Livre, Candangolândia, Taguatinga, Cruzeiro, Gama, e Sobradinho; o Guará e a foram criadas em 1966 e 1970 respectivamente. Essas cidades deram origem ao modelo polinucleado sobre o qual está estruturado o aglomerado urbano de Brasília hoje.

1974-1987 – marcou a preocupação com o ordenamento da conquista. Foram elaborados vários planos voltados para o território do DF. Nesse período verifica-se o crescimento populacional no entorno de Brasília em precários loteamentos nos municípios limítrofes como Luziânia, Santo Antônio do Descoberto e Planaltina de Goiás. O processo de ocupação dessas áreas atendeu à demanda de habitação resultante do intenso processo migratório para essas áreas. No DF ocorreram poucos assentamentos de cidades nesse período (Samambaia e Águas Claras 1981). Adensaram-se as cidades já existentes, acomodando as famílias que se encontravam em favelas, invasões, e fundos de quintal e representavam uma forte pressão sobre a restrita oferta habitacional. Esse período foi marcado pela explosão do crescimento demográfico das áreas periféricas e do DF. Ele é o resultado da falta de uma política de ordenamento territorial local, de um planejamento tardio e da pressa em consolidar a Brasília capital. Mais do que isso, resulta também de uma visão que desconheceu o papel que ela teria no contexto regional e nacional.

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São Sebastião. Estas representaram o mais expressivo acréscimo demográfico do DF, entre 1991 e 1996, e estão localizadas nas bordas do quadrilátero limítrofes aos municípios goianos que as cercam. Tais ações estavam vinculadas a grupos de interesses que vislumbravam o recém-adquirido status de autonomia política do DF, por força da nova Constituição. Essas cidades foram responsáveis por um aumento de cerca de 23 mil para 40 mil hectares ocupados, entre 1977 e 1991, ou seja, um acréscimo de mais de 70% (Anjos, 1991). Mas a Carta Magna reviveu um antigo instrumento de planejamento, o Plano Diretor. Com isso, deu-se continuidade ao planejamento iniciado na década de 1970.

Steinberger (2003), também identifica os períodos ambientais na história do DF, que são os seguintes:

1960-1973 – período em que se deu a implantação da cidade e a criação das primeiras unidades de conservação como: Parque Horto-Guará (1960); Parque Recreativo do Gama e Parque Nacional de Brasília (1961); Reserva Biológica de Águas Emendadas (1968). Código Sanitário que define diretrizes para o meio ambiente e saneamento, regras para construção de áreas urbanas, propõe a divisão do DF em três áreas: metropolitana,núcleos satélites e rural, (1966). Plano Diretor de Água e Esgoto e Controle da Poluição do DF fazem recomendações quanto à ocupação urbana e recursos hídricos (1970)

1974-1985 – O Decreto nº 2.739/74 propõe a formulação de um Plano Diretor para o DF, atendendo às três propostas do Código Sanitário de 1966. Em 1975 acontece o primeiro zoneamento sanitário. Faz-se o zoneamento e delimitação das áreas de preservação, em 1977 por meio do Plano de Expansão e Organização Territorial (PEOT). São elaborados o Plano de Ordenamento Territorial (POT) em 1985 e o Plano de Ocupação e Uso do Solo (POUSO) 1986-1990, com a criação do Jardim Botânico.

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do Lago Paranoá, as Reservas Ecológicas do Gama e do Guará em 1988; a ARIE dos Córregos Taguatinga e Cortado e a APA do Lago Paranoá em 1989. São criadas em 1986, a Coordenação de Assuntos de Meio Ambiente (COAMA) e a Secretaria Extraordinária de Meio Ambiente Ciência e Tecnologia (SEMATEC).

1990-2003 – Instituição de dezenove novas Unidades de Conservação, elaboração do mapa ambiental do DF (2000) pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), legalização da área da Reserva da Biosfera do Cerrado, criação do Pólo Ecológico de Brasília e aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial, (PDOT). Ainda de acordo com a mesma fonte, apesar do esforço no sentido de tentar disciplinar a ocupação urbana no DF, assistiu-se à proliferação de loteamentos clandestinos e o aparecimento da cidade ilegal com o parcelamento privado de terra a partir da década de 1990.

A cidade de Brasília transformou-se no único pólo de atração de migrantes da região levando à formação de favelas, que obrigou os governos locais a criarem as cidades satélites e os primeiros distritos industriais para absorção de parte dessa mão-de-obra.

A falta de planejamento regional, aliada à política de “fechamento” do Plano Piloto, pelos governos militares levou à criação de grandes cidades dormitórios para essa enorme massa despossuída. Essas satélites foram dotadas de serviços de infra-estrutura, acima da média nacional para esses tipos de assentamentos populares, de modo a evitar que quaisquer movimentos reivindicatórios pudessem abalar a estabilidade dos governos militares (STUMPF e SANTOS, 1996).

Na década de 1980, o Distrito Federal consolidou-se como pólo de desenvolvimento regional e transformou-se em um novo pólo de atração de migrantes de todas as regiões do país por causa do avanço da fronteira agrícola que introduziu a cultura da soja, a cultura irrigada e outras culturas no cerrado. O DF experimentou nesse período uma explosão demográfica com índices acima da média do país (SEBRAE/DF, 2004).

Segundo o IBGE em 2000 a densidade demográfica do Distrito Federal era a mais alta do país com 348 habitantes por km² e em 2005 de 403,1hab./km².

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aumentaram muito mais rapidamente do que a área central (Plano Piloto), conforme demonstra a tabela 2.

Tabela 2 – Distrito Federal – Evolução da população (entre 1959 e 1980) Plano Piloto Cidades-satélites/áreas rurais

1959 23.841 41.480

1960 68.665 73.077 1970 159.951 374.195 1980 252.542 924.366

Fonte: Peluso e Candido – adaptação do autor

As figuras a seguir apresentam o crescimento Multitemporal da população das cidades-satélites em relação à área central (Plano Piloto) em termos percentuais e o crescimento do número de cidades-satélites ou Regiões Administrativas neste período de 10 para 19, bem como o incremento populacional dessa expansão urbana. O primeiro gráfico (Figura 1) mostra 10 Regiões Administrativas. Além das Regiões Administrativas criadas inicialmente em 1964, aparecem as cidades de Ceilândia, Cruzeiro e Guará. O Plano Piloto apresenta 21,16% e Sobradinho 5,58% da população, enquanto Ceilândia e Taguatinga apresentam 19,08 e 18,18% da população do DF respectivamente.

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Figura 1 – População do Distrito Federal por Região Administrativa – 1979

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Fonte: Anuário Estatístico do Distrito Federal – 1980

A figura 2 apresenta 12 cidades-satélites, acrescenta Samambaia e Paranoá, e mostra que a população do Plano Piloto representa 17,88% e Sobradinho 4,46% da população e Ceilândia 24,87%.

Figura 2 – População do Distrito Federal por Região Administrativa – 1989 Fonte: Anuário Estatístico do Distrito Federal – 1992

A figura 3 traz o acréscimo das cidades de Candangolândia, Lago Norte, Lago Sul, Recanto das Emas, Riacho Fundo, São Sebastião e Santa Maria. Nesse intervalo de 30 anos apresentados aqui, o número de cidades-satélites cresceu de 10 para 19 e a população apresentou um crescimento de 1.510,222 para 2.051,146 habitantes e a população do Plano Piloto representa 10% e Sobradinho 6,27% da população total do DF (ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO DF – 2001).

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Figura 3 – População do Distrito Federal por Região Administrativa – 2000 Fonte: Anuário Estatístico do Distrito Federal – 2001

Outro fato relevante que fomentou a migração para o Distrito Federal foi o processo de redemocratização do país, iniciado a partir da promulgação da Constituição 1988, que implantou aqui um esquema clientelista, importado das regiões mais atrasadas de Goiás que passou a dominar o cenário político local, patrocinando, com fins eleitorais, a distribuição de lotes em novos assentamentos, agravando o problema (STUMPF e SANTOS, 1996).

Em 1989, o GDF iniciou uma nova política de ocupação do território, com base na Lei Orgânica local, promulgada em 1992 e no (PDOT) Plano Diretor de Ordenamento Territorial, Lei 353/92, que consolidou os planos anteriores: (PEOT) Plano Estrutural de Organização Territorial de 1977, (POT) Plano de Ordenação Territorial de 1985, (POUSO) Plano de Ocupação e Uso do Solo do DF de 1985/86 e Brasília Revisitada.

Com o intuito de eliminar as invasões e a sublocação foi instituído o Programa de Assentamento para População de Baixa Renda que consistiu em distribuir lotes semi-urbanizados à população de baixa renda. Para atender a essa política, novas cidades foram criadas, reforçando o modelo de polinucleamento, periferização,

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horizontalização e expansão urbana na maioria das cidades-satélites existentes, com a fixação de algumas invasões (SILVEIRA, 1999).

Em 1989 iniciaram-se a implantação de condomínios irregulares em todo o Distrito Federal. Segundo Steinberger, (1999), esse período foi marcado ainda pela proliferação de loteamentos clandestinos e pelo aparecimento da cidade ilegal a partir do parcelamento privado da terra.

Esse processo teve como causa, a falta de uma política habitacional do governo local, a especulação imobiliária e principalmente a omissão das autoridades que não reprimiram esse processo.

Para Malagutti (1999) numa análise detalhada sobre a aparição dessas áreas, identificaram-se alguns fenômenos que têm implicações com os processos de produção do espaço urbano, chegando-se à seguinte classificação, genérica a todos os parcelamentos, de acordo com as diversas “ilegalidades”, segundo suas questões predominantes:

• Parcelamentos com problemas fundiários: implantados em áreas já desapropriadas – da TERRACAP, da União – ou em áreas em comum; implantados com deslocamento de títulos de propriedade, isto é, quando uma área é utilizada em local diferente dos limites definidos em seus títulos (situação, de fato, não corresponde à de direito); implantados em áreas particulares, mas ainda em litígio entre proprietários, ou ainda, implantados com superposição de áreas entre loteamentos contíguos.

• Parcelamentos com problemas quanto à legislação ambiental: implantados sem atender à legislação sobre Unidades de Proteção Ambiental; implantados sem o respectivo Estudo de Impacto Ambiental – EIA/Rima -; implantados em desacordo com o Código Florestal, sobre Áreas de Proteção Ambiental (áreas inundáveis, de risco geológico, com declividade excessiva, com problemas de erosão, etc.).

• Parcelamentos com problemas urbanísticos: implantados sem atender às disposições da Lei Federal nº 6.766/79: implantados sem atender ao macrozoneamento definido pelo PDOT; ou implantados sem atender às Normas Técnicas estabelecidas pelo (IPDF) – Instituto de Planejamento Territorial Urbano do DF.

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