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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA A DISTÂNCIA

RAYSSA CYNTIA BARACHO LOPES

O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: VIVÊNCIAS DE UMA PEDAGOGA EM FORMAÇÃO

NOVA CRUZ 2021

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RAYSSA CYNTIA BARACHO LOPES

O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: VIVÊNCIAS DE UMA PEDAGOGA EM FORMAÇÃO

Relato de Práticas Educativas apresentado ao Curso de Pedagogia como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia.

Orientadora: Profa. Dra. Gabriela Bon

NOVA CRUZ 2021

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Moacyr de Góes - CE

Lopes, Rayssa Cyntia Baracho.

O Programa de Residência Pedagógica: vivências de uma pedagogia em formação / Rayssa Cyntia Baracho Lopes. - 2021. 24 f.

Relato de Experiência (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Educação, Secretaria de Educação a Distância, Curso de Pedagogia a Distância. Nova Cruz, RN, 2021. Orientador: Profa. Dra. Gabriela Bon.

1. Professores - Formação - TCC. 2. Programa de Residência Pedagógica - TCC. 3. Relato de experiência - TCC. I. Bon, Gabriela. II. Título.

RN/UF/BCZM CDU 37-053.2

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RAYSSA CYNTIA BARACHO LOPES

O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA: VIVÊNCIAS DE UMA PEDAGOGA EM FORMAÇÃO

Relato de Práticas Educativas apresentado ao Curso de Pedagogia como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia.

Aprovada em: 09/09/2021

BANCA EXAMINADORA

______________________________________ Profa. Dra. Gabriela Bon

Orientadora

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

______________________________________ Prof. Dr. Alan Ricardo Costa

Membro Interno

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

______________________________________ Profa. Ma. Louise Carla Siqueira da Silva

Membro interno

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Dedico este trabalho a Deus, aos meus pais, ao meu companheiro de vida, Leonilson Cavalcanti dos Santos, e à Andrezza Baracho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por toda a graça até aqui. À professora Gabriela Bon, por sua orientação e confiança nesse desafio. À Silvia Barbosa, minha orientadora de Mestrado que tanto me animava a ser Pedagoga. Ao Programa de Residência Pedagógica na pessoa de Gilberto Ferreira Costa pela oportunidade de fazer parte do PRP. À Marleide Silva Pimentel, por todo o apoio ao longo da jornada.

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Eu sei, se aqui cheguei, se conquistei o que eu queria Cheguei, porque teimei, porque apostei na travessia Não fiz tudo que eu quis, mas sou feliz, não fui perfeito Errei, mas procurei fazer direito.

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RESUMO

Este Relato de Práticas Educativas pretende fazer uma análise do contexto empírico vivenciado durante a participação no Programa Residência Pedagógica (PRP) e suas implicações para a formação do pedagogo na educação infantil. Para tanto, relatamos as atividades desenvolvidas em uma Escola do Munícipio de Nova Cruz, no Rio Grande do Norte. As análises feitas nesta pesquisa contemplam tanto as questões teórico-pedagógicas, quanto as observações práticas realizadas em uma turma do nível IV, através do formato remoto, em função em contexto pandêmico que vivenciamos. Destacamos que a Educação Infantil sofreu grandes impactos durante a pandemia de Coranavírus, uma vez que dificultou o contato entre professores e alunos. Para embasar este trabalho, utilizamos a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 1996), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018) e, também, a obra de Sacristan e Gomez (1998). Assim, a partir do cruzamento das leituras feitas com as atividades vivenciadas, buscamos refletir sobre as implicações das vivências durante o PRP sobre o pedagogo em formação. Como resultado, podemos dizer que, sem sombra de dúvidas, o Programa Residência Pedagógica é um programa necessário e deve tornar-se permanente para incrementar a experiência docente inicial e oportunizar aos residentes uma formação com base sólida no que concerne ao entrecruzamento da teoria aprendida na universidade e a realidade da Educação Básica.

Palavras-chave: Relato de experiência. Programa de Residência Pedagógica. Formação de Professores.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ... 9

Perfil Profissional da Instituição ... 10

Perfil do Público Atendido ... 12

Relações no ambiente escolar: família, alunos e profissionais ... 12

Projeto Político Pedagógico: Planejamento e Prática Docente ... 12

IMPACTOS DO PRP PARA A FORMAÇÃO DOCENTE ... 16

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 21

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INTRODUÇÃO

Este Relato de Prática Educativa pretende evidenciar alguns eventos vivenciados na educação infantil, uma pedagoga em formação no decurso de seu estágio no Programa de Residência Pedagógica, durante o curso de Pedagogia, na modalidade a Distância, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), enfocando a importância deste Programa para a formação docente. Nesse sentido, irá fazer uma breve caracterização da escola e da atividade desenvolvida para, em seguida, analisar os aspectos que impactaram mais explicitamente na formação de uma futura pedagoga.

O Programa de Residência Pedagógica (PRP) é uma ação da Política Nacional de Formação de Professores e pretende induzir o aperfeiçoamento da formação e experiência docente nos cursos de licenciatura, promovendo a vivência do licenciando na escola de educação básica, a partir do terceiro ano de curso. O PRP é realizado em regime de colaboração entre a União, por intermédio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), os estados, o Distrito Federal e os municípios, por intermédio das secretarias de educação ou órgão equivalente, e as Instituições de Ensino Superior (IES) (UFRN, 2021, online).

Segundo o site da Programa, o PRP tem por objetivos gerais: incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica, conduzindo o licenciando a exercitar de forma ativa a relação entre teoria e prática profissional docente; promover a adequação dos currículos e propostas pedagógicas dos cursos de licenciatura às orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC); fortalecer e ampliar a relação entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e as escolas públicas de educação básica para a formação inicial de professores da educação básica; e fortalecer o papel das redes de ensino na formação de futuros professores e educadores (UFRN, 2021, online).

O estágio foi realizado em uma creche do município de Nova Cruz, no Rio Grande Norte. Ressaltamos que, para compor este programa, o residente deve ser discente com matrícula ativa em curso de licenciatura, sendo necessário ter integralizado o mínimo de 50% do curso ou que estejam cursando a partir do 5º período.

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Nesta experiência, o PRP de Pedagogia polo Nova Cruz contou com oito residentes, uma preceptora e um docente orientador. Os residentes são os alunos de licenciatura em formação. A função de preceptora é exercida por uma professora que atua na escola de educação básica, responsável por planejar, acompanhar e orientar os residentes nas atividades desenvolvidas na escola-campo. Já o docente orientador é um professor universitário vinculado ao Centro de Educação da UFRN e tem por responsabilidade planejar e orientar as atividades dos residentes de seu núcleo, estabelecendo uma relação entre a teoria e a prática.

Diante do contexto pandêmico em decorrência da COVID-19, as atividades foram adaptadas à realidade educacional que o mundo, em especial a Educação brasileira, tem vivenciado nos últimos tempos. O trabalho na escola iniciou com uma atividade remota onde a direção da escola apresentou, em visita presencial e posteriormente através do Google Meet, a disposição de organização da creche. Por meio destas ferramentas digitais foi possível vivenciar a rotina da creche para conhecer o seu funcionamento, a cultura organizacional, acompanhar as atividades de planejamento pedagógico, identificar como é feita a articulação da escola com as famílias e a comunidade, dentre outros aspectos. A seguir, realizamos uma observação semiestruturada que consistiu na observação remota da sala de aula, a partir de alguns aspectos que foram anteriormente discutidos com o orientador. Além disso, no momento da regência foi elaborado uma sequência didática a ser desenvolvida para a intervenção na sala de aula.

CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

A Creche Municipal está situada no município de Nova Cruz, no Rio Grande do Norte. Para o ano letivo de 2021 a organização pedagógica está estruturada em dois turnos, sendo o turno matutino no horário das 07h às 11h e o turno vespertino no horário das 13h às 17h. A escola comporta oito turmas contemplando os níveis II, III, IV e V dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, com a faixa etária de 2 a 5 anos de idade. A escola tem capacidade para oito turmas, sendo quatro dos anos iniciais II, III, IV e V no turno Matutino e quatro turmas dos mesmos níveis referido no turno vespertino, totalizando 194 vagas ofertadas para o ano de 2021.

Diante do cenário pandêmico dos dias atuais, a escola teve seu planejamento e divisão de turmas reformulados para atender as medidas restritivas e distanciamento

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social, cumprindo os decretos estadual e municipal para o combate ao COVID-19. Essa redistribuição das turmas seguiu com 8, sendo 2 do nível II, 2 do nível III, 2 do nível IV e 2 do nível V, essas turmas têm em média 25 alunos e uma professora para as aulas remotas.

A escola possui quatro salas de aulas, não dispõe de um espaço reservado para a biblioteca, os professores não possuem uma sala específica, além disso, a unidade escolar possui um pátio amplo e arejado, uma cozinha, 2 banheiros para as crianças, um banheiro para funcionários, sala de direção e um espaço utilizado como deposito de materiais. Também não há banheiros para pessoa com deficiência.

Em sua distribuição funcional, a instituição conta com a colaboração e prestação de serviços de aproximadamente 30 servidores, sendo eles: diretor, professores efetivos, professores em readaptação, professores auxiliares contratados, secretário escolar, auxiliar de secretaria, auxiliar de serviços gerais, porteiros, apoio pedagógico e coordenador pedagógico.

Para atender demandas de organização administrativa, a escola possui Conselho fiscal - caixa escolar, criado em 2017-2020, composto por: presidente; tesoureiro; representante dos docentes; representante de funcionários; representante de pais; representante dos especialistas em educação e secretaria do conselho. Para todas as categorias representadas há um membro titular e um suplente.

A escola é contemplada com os programas de governo: Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em parceria com a Prefeitura de Nova Cruz, que disponibiliza alimentação a todos os alunos.

Para aquisição de material de consumo e material permanente a creche recebe os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) através do Caixa Escolar. No ano em curso, a instituição foi contemplada com o Programa Escola Conectada e assim a recebeu um novo computador com acesso à internet.

Perfil Profissional da Instituição

Para identificação do perfil dos profissionais foram realizadas entrevistas com a equipe de gestão e de docentes, os quais demonstraram muito comprometimento com a instituição e com suas respectivas funções, buscando sempre o melhor para superar as adversidades presentes no ambiente escolar.

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As conversas foram iniciadas pela equipe do Programa Residência Pedagógica (PRP). No sentido da execução da prática, o programa seguiu esquemas de observações com questionamentos, dividindo-se em tópicos e indagações. Conforme a gestão escolar, no que se refere a eficiência alcançou o parecer que os professores estão sempre envolvidos em variados eventos, tais como, reuniões pedagógicas com periodicidade mensal e semestral, conselho escolar, eventos do calendário escolar, eventos extraclasse, de forma adaptada, conforme o contexto pandêmico exige.

Ainda de acordo com o relato feito pela gestão, o relacionamento dos alunos, família e membros da instituição é no geral muito pacífica indicando que exercem uma boa relação interpessoal com todos, estes demonstraram ser um dos fatores positivos da equipe, em outros termos, os profissionais evidenciam qualidades essenciais para o processo de formação na instituição, destacando profissionalismo, equilíbrio, domínio, diálogo, boas relações, ética e responsabilidade.

Tendo em consideração a estrutura organizacional escolar, a creche conta com uma diretora, uma coordenadora pedagógica, oito professores em atividade, um secretário, um auxiliar administrativo, dois porteiros, dois auxiliares de serviços gerais e duas merendeiras.

Entre os profissionais dessa instituição, três (3) professores não são efetivos, ou seja, são contratados pela prefeitura municipal da cidade temporariamente, e os demais que são cinco (5) são concursados, destes últimos alguns são professores também de outras redes de ensino.

Mediante quadro apresentado, percebemos que os profissionais possuem formação condizente com as atividades empenhadas. Segundo a descrição, todos os professores efetivos, diretor e o coordenador pedagógico possuem pós-graduação na área, enquanto os professores temporários - que são três auxiliares - apresentam apenas graduação. Em relação aos profissionais temporários, os contratos consistem nos ajustes firmados entre a Prefeitura Municipal de Nova Cruz e o contratado. O tempo de duração é combinado entre o trabalhador e a prefeitura sem um tempo fixo determinado. Com a finalidade que os saberes sejam aprimorados.

No tocante a formação continuada, a gestão, em conformidade com a equipe pedagógica é responsável por organizar e executar essa atividade, tendo como pauta recorrente o alinhamento do trabalho pedagógico de acordo com o referencial curricular Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

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Perfil do Público Atendido

A Creche Municipal é uma instituição educacional da educação básica infantil com faixa etária de 2 anos a 5 anos e 11 meses de vida, atendendo a comunidade e adjacências, oferta vagas de ensino para os níveis II, III, IV e V nos turnos matutino e vespertino, por sua vez em sua maioria de baixa renda, desempregados, onde em muitos casos a principal renda é sustentada pelo programa bolsa família. Verificamos ainda que o principal meio de locomoção das crianças para a escola se dá de forma a pé ou de bicicleta. Por fim, os bairros de moradia são carentes, com famílias amparadas especialmente na figura dos avôs, mãe e pai.

Relações no ambiente escolar: família, alunos e profissionais

Através da leitura do Projeto Político Pedagógico (PPP) e das observações realizadas ao longo do projeto, foi possível perceber vários aspectos interessantes da comunidade escolar.

Assim como a maioria das escolas públicas brasileiras o perfil dos pais da instituição analisada não é diferente. Em sua grande maioria composta de pais e mães e/ou responsáveis formada de pessoas humildes, sem emprego fixo, boa parte são autônomos, fazem “bicos”, algumas mães são manicures e empregadas domésticas. Sendo basicamente esse o perfil familiar da creche.

Ainda entendemos que existe um esforço da direção democrática no sentido de fazer parcerias com profissionais locais a fim de proporcionar minicursos e palestras sobre saúde, meio ambiente, educação inclusiva, além de outros temas que possam servir de crescimento profissional para docentes e comunidade escolar.

Portanto, a realidade familiar da creche é composta de pais de origens humildes e de uma gestão democrática que procura fazer parcerias para enriquecer os docentes e comunidade escolar, onde o maior acompanhamento do desenvolvimento das crianças era norteado pela imagem feminina da mãe ou da avó.

Projeto Político Pedagógico: Planejamento e Prática Docente

O Projeto Político Pedagógico da referida escola está datado como elaborado em fevereiro de 2019, tendo sido atualizado em 2020 no contexto pandêmico. Apresenta 62 páginas que estão divididas em: apresentação; contexto da gestão escolar; identificação; perfil da comunidade escolar; recursos financeiros; conselho fiscal; organização didático-pedagógica; níveis de ensino; matrículas; enturmação;

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recursos didáticos; estrutura física; recursos humanos; justificativa; objetivo geral; objetivos específicos; princípios norteadores; missão da escola; fundamentos teóricos; fundamentos pedagógicos; compreensão de sociedade; compreensão de educação; compreensão de escola inclusiva; proposta/metas e estratégias; nossas propostas; metodologia; currículo e BNCC; planejamento; organização do tempo/espaço; enturmação; quadros/metas/estratégias; sistemática de avaliação; plano de ação de atividades remotas 2020.

Além disso, este documento evidencia as habilidades e competências que os alunos devem adquirir em seu processo de formação de acordo com as diretrizes curriculares, bem como, da Base Nacional Comum Curricular, neste documento consta os princípios pedagógicos, as normas utilizadas pela escola e o sistema de estimulação, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças. O PPP foi ajustado e realinhado para o biênio de 2019/2021 e busca zelar pela função principal da escola que é cuidar e educar respeitando os direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças.

Dessa forma, fortalece o seu papel social e possibilita às crianças o sucesso educacional, estimulando seus aspectos cognitivo, emocional e social. O presente documento servirá de condutor do bom desempenho da equipe escolar no alcance das metas e objetivos propostos. O trabalho de atualização do PPP foi realizado pela equipe gestora em parceria com a equipe docente, com a coordenação pedagógica, com as famílias e com toda a comunidade escolar.

Para a construção do PPP a escola usou como referencial os documentos norteadores da educação. Elaborado com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei 9394/96, onde a educação foi definida como a primeira etapa da educação básica, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação infantil/2009, na Base Nacional Comum Curricular e, também, nas ações partilhadas com o Conselho Tutelar órgão criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que tem como objetivo ajudar a família, a sociedade e o Estado a zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes.

Com relação ao planejamento escolar, de acordo com informações obtidas na realização deste diagnóstico, acontece em reuniões ou encontros pedagógicos anual, bimestral e diário, respeitando-se a diversidade das turmas formadas e garantindo a autonomia e a organização de cada professor. O planejamento bimestral e semanal deve ser flexível e integrado aos objetivos propostos para a Educação Infantil, de

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acordo com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular, com a participação de todo o corpo pedagógico da escola.

Além disso, a escola costuma trabalhar com projetos, são considerados os projetos específicos da turma, bem como projetos coletivos que envolvem toda a escola. Tais atividades possibilitam que os orientadores pedagógicos e o coordenador de projetos dialoguem com os professores, com a intenção de contribuir com o pleno desenvolvimento de ensino e aprendizagem.

Em consonância, o planejamento diário é um instrumento pedagógico que tem como objetivo organizar e alimentar o espaço/tempo das crianças na escola. De maneira geral, orienta as possibilidades das ações educativas do dia, norteando as mediações docentes. Este instrumento de organização da ação pedagógica é pensado e realizado de forma coletiva, tendo como questão fundamental o investimento na participação das crianças.

Nesse sentido, o planejamento ocorre a partir dos objetivos de aprendizagem propostos nos diferentes campos de experiências, sendo estes: o eu, o outro e o nós; corpo, gestos e movimentos; traços, sons, cores e formas; escuta, fala, pensamento e imaginação; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Os campos de experiências contemplam a formação da identidade, interação com o meio, ampliação de possibilidades psicomotoras, linguagem corporal, representação simbólica, diferentes formas de expressão artística, desenvolvimento da linguagem oral e escrita, noções matemáticas e construção de conhecimentos em variados domínios do pensamento, senso crítico, autonomia e coletividade.

A escola atende crianças na faixa etária entre os 2 e 5 anos e 11 meses tendo como um de seus princípios curricular o cuidar, remetendo à ideia de preservação da vida, de atenção, de acolhimento, envolvendo uma relação afetiva e de proteção. No tocante ao brincar, ainda que de forma remota, há significativo empenho de ampliar o espaço do imaginário promovendo ambientes que se abram às brincadeiras, que é o modo como as crianças dão sentido ao mundo, produzem histórias, criam cultura, experimentam e fazem arte. Nesse contexto, a escola valoriza as interações e brincadeiras como eixos estruturantes do aprendizado estimulando e orientando como podem ser desenvolvidas nesse momento pandêmico.

No que se refere à prática pedagógica a Creche Municipal promove formação continuada aos professores, sendo realizada nas salas de aulas, porque a escola não dispõe de um espaço físico propício ao desenvolvimento dessas atividades, como sala

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de professores, onde se reúnem quinzenalmente respeitando os protocolos de saúde necessários. É importante relatar ainda que a escola construiu um planejamento de ações focado nas formas de comunicação e interação entre todos, mediante a pandemia buscou adaptar-se às novas metodologias de ensino possíveis durante o contexto pandêmico e segue fazendo uso dos recursos tecnológicos para promover a interação.

Para promover interação e estreitar os laços de afetos entre os sujeitos envolvidos no contexto escolar, a comunicação e as atividades transcorreram por meio do WhatsApp, além disso, a equipe pedagógica também faz uso de ligações para as famílias sempre que necessário e desenvolve acompanhamento motivacional a fim de manter um vínculo afetivo de aprendizagem com a escola, crianças e família. Tais ações proporcionaram a aproximação virtual da escola e dos professores com as famílias, de modo a interagir e orientá-las para que elas possam acompanhar e realizar as atividades com as crianças em casa.

Com relação ao planejamento e desenvolvimento das ações de formação continuada para os professores nesse período de pandemia, ocorreu dentro da realidade possível ao momento, sendo direcionadas informações e ações tanto para o corpo docente quanto aos pais. As reuniões com os docentes aconteceram de forma online e presenciais onde deu-se continuidade às necessidades de formação continuada do professor. Percebemos ainda que algumas das dificuldades encontradas foram em relação ao domínio das tecnologias educacionais para que se efetivasse o ensino de forma remota, através do acesso aos recursos tecnológicos, o que requer investimentos e recursos financeiros da escola que são bastante escassos.

Neste momento, observa-se que a Secretaria Municipal de Educação, mantem comunicação sobre as medidas que devem ser adotadas pela gestão escolar para auxiliar estudantes e profissionais em suas dúvidas em relação à rotina escolar interrompida e o que será feito após o retorno das atividades na escola. Organizaram-se de modo a realizar reuniões virtuais, onde a maior preocupação foi com alimentação escolar entregando kits alimentícios a cada criança. A secretaria reuniu ainda representantes de diversos segmentos da comunidade revelando que já dispõe do seu planejamento para o retorno das aulas. Assim, verificamos que mesmo diante das dificuldades apresentadas para adaptação ao ensino remoto, a escola conseguiu atingir um desenvolvimento bastante significativo neste momento em que vive a educação brasileira.

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IMPACTOS DO PRP PARA A FORMAÇÃO DOCENTE

A partir da análise do estágio realizado, foi possível perceber que alguns fatores impactaram diretamente na relação entre a teoria vista na universidade e a prática escolar. Percebemos que, na condução dos trabalhos junto à turma analisada, foi necessário lançar mão de conhecimentos pessoais, bem como atentar para os princípios norteadores do Programa Residência Pedagógica, além de agregar novas concepções coletivas sobre o trabalho pedagógico e o cuidado das crianças que foram apreendidos a partir da análise do PPP e das reuniões com a equipe da escola. Nesse sentido, a partir de nosso referencial prático e teórico:

(...) identificamos que a configuração do conhecimento experiencial do professor, ou pragmático e reflexivo, não passa pela transferência mecânica e acrítica em forma de fórmulas, competências e habilidades, mas transforma-se em princípios e procedimentos que os professores incorporam, no momento que tomam decisões e resolvem problemas do cotidiano da sala de aula. A construção pessoal e coletiva desses princípios e procedimentos tem o aporte da investigação científica, mas excede a aquisição de técnicas derivadas mediante treinamento (SACRISTÁN; GÓMEZ, 1998 citado por TAVARES; LOPES; SILVA, 2021, online).

Desta forma, podemos dizer que o PRP é muito impactante para a formação de futuros professores, em especial para os pedagogos, uma vez que ele possibilita uma reflexão dinâmica sobre uma prática coletiva que envolve tanto o ensino-aprendizagem, quanto a própria construção do profissional.

O PRP se coloca como um exemplo de possibilidade de materialização dessa concepção, pois pretende assegurar que o início da docência ocorra com o suporte institucional e que contribua para a permanência dos novos docentes na profissão, fortalecidos por reflexões teóricas e empíricas, com o apoio dos grupos (TAVARES; LOPES; SILVA, 2021, online).

Assim, para produzir maiores possibilidades de reflexões teóricas alicerçadas em atividades empíricas como o PRP, a formação docente precisa estimular ainda mais os projetos curriculares de formação de professores e também:

(...) fomentar a conexão entre os conhecimentos específicos e os saberes didático-pedagógicos e o diálogo constante desses com a sociedade e com o mundo do trabalho, o que é mais bem expresso por um currículo integrado que faz uso metodológico da interdisciplinaridade e contextualização, e possibilita a transformação social da realidade (TAVARES; LOPES; SILVA, 2021, online).

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Desse modo, compreendemos que o Residência Pedagógica possui um enorme potencial de contribuição para o desenvolvimento da formação inicial de professores, proporcionando experiência ao mesmo tempo em que forma os sujeitos. Tornando-se, assim, evidente que a continuidade do Programa é imprescindível para a formação de professores em nosso país.

A turma observada foi o nível IV “A”, no turno matutino, um total de 24 alunos matriculados, dos quais, 13 eram meninos e 11 eram meninas. O contato era indireto com os alunos, uma vez que nos grupos constava o responsável pela matrícula da criança. Porém, dos 24 alunos matriculados, somente 20 responsáveis puderam participar do grupo destinado à turma e ainda assim, só participam ativamente da realização das atividades um total de 11 crianças. Algumas famílias justificaram a não participação no grupo de WhatsApp da turma por falta de um celular ou acesso à internet de forma satisfatória.

A entrega das atividades era feita por WhatsApp e, também, de forma presencial a cada 15 dias diretamente na instituição escolar. Quanto ao aluno, a realização das atividades propostas promoveu o envolvimento das crianças que demonstraram bastante interesse em realizá-las, além do respeito às regras de postagens que foram estabelecidas ao grupo. Além disso, nenhuma atitude negativa ou positiva foi exposta no grupo com relação ao outro, cada família compartilha a sua atividade, observa a do outro, mas não se manifesta, somente a professora expõe a sua opinião, que na maioria das vezes são elogios para motivar a participação de todos.

A participação dos alunos foi bastante espontânea e, na maioria das vezes, induzida pela professora, que, logo após a exposição dos vídeos instrucionais, com duração aproximada entre 3 e 5 minutos, motivava a participação das crianças. Desta forma, era possível perceber se o grupo havia compreendido o conteúdo e a professora conseguia gerar uma maior interação da turma.

No que concerne à aprendizagem dos alunos, o rendimento da turma dentro do contexto analisado, ficou um pouco prejudicado, uma vez que na educação infantil, o ensino pressupõe um maior contato e socialização. Porém, os alunos que participam ativamente e tiveram uma família ativa que os ajudou, conseguiram se desenvolver e aprender os conteúdos propostos.

No que concerne a mudança de rotina para as crianças, verificamos que essa mudança alterou a vivência das crianças de forma significativa, onde a partir de agora

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se exigia um maior esforço por parte de todos para que se pudesse amenizar as fragilidades desse momento. As famílias, por sua vez, relatam que as maiores dificuldades estavam na realização das atividades com as crianças especialmente por falta de tempo.

A constância das atividades propostas acontece quase todos os dias, mas ficou acordado na creche que os professores enviariam atividades pelo menos 3 vezes por semana. No momento, não há flexibilidade nos recursos, nas estratégias e nos materiais enviados, as atividades são propostas pelo grupo e enviadas à Creche para serem retiradas pelas famílias e as devolutivas ocorrem através do grupo ou de forma presencial, a cada 15 dias na creche.

A avaliação realizada pela professora era uma tarefa difícil e, no momento em que analisamos a turma, o único meio de avaliação era a observação das devolutivas das atividades, fossem elas impressas ou digitais. Porém, por se tratar desta faixa etária, podemos dizer que não difere muito do modelo presencial, onde a devolutiva das atividades é analisada pelas professoras que costumam anotar o desenvolvimento gerando assim um histórico de análises das atividades ao longo do período. O inconveniente no sistema remoto foi a maior dificuldade em obter justamente estas devolutivas.

Outro desafio para o fazer pedagógico foi a produção de vídeos lúdicos para entusiasmar a turma. O método de trabalho empregado escolhido para gerar maior interação foi a seleção de vídeos instrucionais retirados do YouTube e a produção de vídeos com diálogos motivacionais produzidos com o Kinemaster. Cabe destacar que, nestes vídeos, houve a adaptação dos temas e do vocabulário ao grupo, tentando sempre utilizar a mesma linguagem da sala de aula presencial.

Apesar dos grandes desafios do sistema remoto emergencial, podemos dizer que as dificuldades enriqueceram meu desenvolvimento como professora em formação na medida em que tivemos a oportunidade de integrar o grupo do WhatsApp da turma e participar do andamento das atividades. Assim, diariamente podíamos acompanhar os encaminhamentos enviados pela professora, bem como as devolutivas por parte dos responsáveis das crianças. Foi possível verificar o empenho da professora em prol de uma educação infantil pública e de qualidade, mesmo e condições tão adversas. Em todos os vídeos, áudios e atividades era evidente a intencionalidade da docente e a ligação das propostas com os princípios norteadores do PPP da escola era inquestionável. Assim, podemos dizer que a professora estava

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sempre atenta às necessidades das crianças, mantendo sempre atenção às expectativas de aprendizagens presentes na BNCC para este nível de ensino.

Diante da realidade do ensino remoto, semanalmente a professora gravava vídeos para realizar a chamada dos alunos e, também, para explicitar o conteúdo referente a sequência didática, além disso, elaborava atividades impressas para serem entregues pessoalmente a cada 15 dias na escola. Desta forma havia reuniões presenciais para planejamento e entrega dos kits escolares aos responsáveis, das quais os residentes não faziam parte. No entanto, era possível perceber que o planejamento das atividades era bem executado, pois transcorria de forma organizada e direcionada aos estudantes. Além do planejamento, cabe destacar que havia um olhar da professora muito atento ao WhatsApp pois ela respondia aos alunos todos os dias, em qualquer horário. Desta forma, assim que era recebida por ela uma atividade ou uma dúvida, ela dava resposta imediata, estendendo e muito a sua jornada de trabalho, conciliando com suas vivências pessoais e se reinventando nesse contexto pandêmico.

A professora era extremamente engajada em produzir materiais lúdicos e afetivos com os conteúdos: gravava vídeos admiráveis para as crianças, explorava bastante as cores, os números, as letras e todas as outras possibilidades de ensino para esse nível. É importante destacar que em sua função, ela precisou superar a timidez e a ausência de formação inicial e até mesmo continuada, proporcionada pelo munícipio para essa forma de ensino. Partia sempre dela a organização e desenvolvimento dessas atividades, utilizando sempre as ferramentas tecnológicas a fim de proporcionar um ensino humanizado às crianças. Destacamos ainda a forma com que lida muito bem com os pais e responsáveis de suas crianças, tratando a todos com muito carinho, direcionamento e afeto.

A partir da observação da postura da professora, foi necessário refletir mais profundamente o buscar outros diálogos com as leituras que foram realizadas para a disciplina de Educação Infantil e Seminário de Educação, o que proporcionou um melhor entendimento das questões teóricas para serem aplicadas posteriormente no momento de intervenção em sala de aula. Certamente, suas orientações e ensinamentos foram marcantes e decisivos para esta vivência no Programa Residência Pedagógica. Além disso, a observação da prática docente desenvolvida pela professora trouxe elementos empíricos que não poderiam ser apreendidos somente na universidade, pois esta observação proporciona ao residente um

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conhecimento efetivo da realidade de lecionar nesta etapa de ensino, tornando-se um importante incremento para a sua atuação como futuro docente.

Após esta primeira etapa de observação, realizamos a nossa intervenção entre os dias 30 de maio e 04 de junho. A sequência didática foi desenvolvida em 03 dias de conteúdo e exposição de temas, sendo os demais dias reservados para o recebimento das atividades e retorno às crianças e responsáveis. Já na segunda feira, dia 30 de maio iniciamos realizando novamente uma breve apresentação acerca das atividades que seriam desenvolvidas ao longo da semana, também explicando melhor qual o papel do aluno do Residência Pedagógica e recebemos as apresentações das crianças que a fizeram por meio de fotos, áudios e pequenos vídeos compartilhados no grupo.

Na sequência, no dia 01 de maio, realizamos a intervenção sob o campo de experiência escuta, fala, pensamento e imaginação apresentamos o tema “Seres vivos e seres não vivos”, onde dispomos para a turma um vídeo disponível no YouTube que trouxe a abordagem “o que são seres vivos e não vivos?” Na oportunidade, proporcionamos às crianças a oportunidade de perceber a sua volta o que são seres vivos e seres não vivos, puderam partir de suas experiências e realidades para apresentar um desses seres. Em seguida, enviamos pelo WhatsApp um arquivo e imagem da atividade a ser desenvolvida e avaliada: plante um feijãozinho onde a criança, juntamente com a ajuda de um responsável, deveria plantar um feijãozinho e cuidar dele todos os dias. No dia seguinte, aguardamos o retorno dos alunos com imagens dos seus pezinhos de feijão onde contamos com a participação de aproximadamente 11 alunos desenvolvendo esta atividade.

No dia 03 de maio, demos continuidade à sequência e tivemos como tema de aula: o treino da vogal U e seguimos com a atividade: treino da letra U que deveria ser identificada poema: leilão de jardim de Cecília Meireles. Com a dificuldade de impressão ou até mesmo de transcrever todo o poema, verificamos e acolhemos o esforço desempenhado pelos responsáveis que substituíram o poema por textos de livros que estavam disponíveis em suas casas, bem como, daqueles que transcreveram o poema para o seu caderno e assim realizaram a atividade que me trouxe muita emoção ao perceber ali o esforço de professores, estagiários, crianças e familiares em prol do desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes, evidenciando o esforço mútuo e certamente frutífero.

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No dia 04 de maio, tivemos como tema da aula os numerais 0 e 1, para tanto, fizemos uso de uma vídeo-aula disponível no YouTube sobre os numerais e enviamos o arquivo e imagem com a atividade solicitada para esse conteúdo onde as crianças deveriam cobrir os numerais da forma que fosse possível, pitando, circulando ou utilizando papel crepom, milho, feijão. Esta também foi outra atividade exitosa desenvolvida pela turma. O que podemos perceber ainda nesta intervenção é que as crianças desenvolviam as atividades e interagiam essencialmente com o apoio de uma figura feminina, sendo ela mãe, avó ou irmã, assim, a presença masculina não foi percebida durante o período de observação e efetivação da intervenção.

Além disso, as atividades e dúvidas eram retiradas também ao longo do dia e do final de semana, pois percebemos que muitos responsáveis só conseguiam estudar com as crianças e desenvolver as atividades no turno noturno, outros atrasaram um pouco o envio, mas o fizeram ao longo do final de semana. Na segunda feira da semana seguinte encerramos as nossas contribuições, nos despedimos das crianças, dos responsáveis e, também, da professora.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi exposto, chegamos ao final desse relato com algumas inquietações que foram lançadas nessa experiência, mas também com a certeza de que fizemos aquilo que foi possível dentro do contexto pandêmico que estamos vivendo desde março de 2020. Dentre estas inquietações, nos vem a certeza da necessidade que os nossos estudantes e, neste caso, especialmente a educação infantil tem de estar em constante convívio – ainda que remoto – com a escola.

Relatamos ainda as dificuldades que foram encontradas no desenvolvimento das atividades para os alunos do programa residência pedagógica, especialmente por tratarmos de uma observação de forma remota. Conhecemos desde a escola, a gestão até a prática docente da professora por meio de reuniões online e de grupos do WhatsApp, o que nos conferia uma situação ímpar, pensada a partir da realidade em que se vivia. A todo momento estávamos em um processo de ir e vir, no que concerne ao ressignificar a ação do Residência Pedagógica, bem como, a realidade experiência pela escola.

Atentamos ainda para a realidade de que os responsáveis pelos estudantes também enfrentam um momento de travessia bastante significativo em seu seio

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familiar, onde, de repente, a sala de casa tornou-se a sala de aula de seu filho(a), e você, sem formação, tempo e até desprendimento, precisou acompanhar as novas necessidades que o ensino remoto lhes apresenta.

Destacamos ainda o desenvolvimento do trabalho realizado pela professora, certamente a sua ação docente ficará marcada em nossa memória, esta professora nos anima a cada atividade, carinho e atenção que dedica às crianças. Nos chama atenção até mesmo a forma como se refere a cada uma, a forma como se relaciona com os responsáveis, o seu compromisso com a coordenação e direção pedagógica da escola e, indubitavelmente, o modo como nos acolheu, nos fez aprender a ser o professor que a educação pública deve ter e como os nossos alunos merecem, nos reafirmando enquanto futuros professores. Por fim, esta experiência se coloca de forma imensamente rica não somente para composição da etapa de estágio e do Programa de Residência pedagógica, mas sobretudo, enquanto humanos e profissionais que somos.

Por fim, destacamos a importância do Programa Residência Pedagógica que nos proporcionou uma imersão entre o conhecimento teórico e a vivência docente do professor pedagogo em formação, nos possibilitando repertório de conhecimento e experiência que integra a formação do professor, fortalecendo a convicção da profissão escolhida, bem como, permanecendo nela por identidade pedagógica.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. São Paulo: Saraiva, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br

BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Edital CAPES nº 06/2018 que dispõe sobre a Residência Pedagógica. Brasília, DF, 2018. https://www.capes.gov.br/images/stories/download /editais/01032018-Edital-6-2018-Residencia-pedagogica.pdf.

GATTI, Bernardete. Formação de professores e carreira: problemas e movimentos de renovação. Campinas: Autores Associados, 2000.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se a mudança e a incerteza. 9. ed. São Paulo Cortez, 2011.

SACRISTAN, J. Gimeno; GOMEZ, A.I. Pérez. Compreender e transformar o ensino. 4. Ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

TAVARES, Andrezza Maria do Nascimento; LOPES, Rayssa Cyntia Baracho Lopes; SILVA, José Moisés Nunes da. O Programa de Residência Pedagógica: Interface entre o conhecimento pedagógico e experiencial?. Research, Society and Development, v. 10, n. 1, p. e34310111767, 2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/11767. Acesso em: 2 jul. 2021.

UFRN. Pró-Reitoria de Graduação. Programa Residência Pedagógica. Disponível em: https://prograd.ufrn.br/pagina.php?a=residen_pedagogica. Acesso em: jul./2021.

Referências

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