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RELATÓRIO VISITA À ILHA DAS FLORES.

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Academic year: 2021

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Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores COMISSÃO DE POLITICA GERAL

RELATÓRIO VISITA À ILHA DAS FLORES.

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Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores COMISSÃO DE POLITICA GERAL

INTRODUÇÃO

No passado dia 07 de Junho do corrente ano e no âmbito da programação de trabalhos pré-estabelecida, a Comissão Permanente de Política Geral da ALRA, deslocou-se à ilha das Flores tendo em vista efectuar reuniões de trabalho com a Câmara Municipal de Santa Cruz das Flores, Câmara Municipal das Lajes das Flores e Associação Humanitária dos Bombeiros das Flores.

REUNIÃO COM O PRESIDENTE DA CÂMARA DE SANTA CRUZ DAS FLORES

O Presidente da Comissão deu início à reunião começando por agradecer a disponibilidade do Sr. Presidente da Câmara, Sr. Manuel Pereira, em receber a Comissão.

Após a apresentação de cumprimentos o Presidente da Comissão solicitou ao Sr. Presidente da Câmara que fizesse uma breve explanação sobre a vida da autarquia e do Concelho, tendo em consideração alguns aspectos que estão no âmbito das competências da Comissão, a saber:

- Relações com o Governo Regional;

- Questões europeias com especial enfoque para os Quadros Comunitários de Apoio; - Protecção Civil

INFORMAÇÃO PRESTADA PELO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA O Sr. Presidente da Câmara começou por dizer que a autarquia por ele presidida além de todas as dificuldades inerentes ao poder autárquico ainda tem mais uma motivada pelo afastamento.

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Neste momento a situação mais penalizadora para a autarquia é o facto de não poder recorrer ao crédito, situação que faz com que alguns projectos fundamentais para o Concelho fiquem adiados. A autarquia até tem uma boa capacidade de endividamento mas infelizmente a Lei de Estabilidade Orçamental é “cega” e não atende às particularidades de cada município. Existe também alguma expectativa quanto à futura Lei de Finanças Locais, uma vez que pelas actuais regras Santa Cruz é o Município que menos recebe das transferências do Orçamento Geral do Estado, o que é duplamente penalizador, uma vez que depois na repartição dos Fundos Comunitários se aplicam as mesmas regras.

PERÍODO RESERVADO A QUESTÕES POSTAS PELOS SRS. DEPUTADOS O Deputado Alberto Costa lembrou que a Lei das Finanças Locais não é feita para um Município em particular e alertou para a subjectividade da apreciação, aquando das auditorias ou investigações, das autoridades inspectivas. Seguidamente colocou as seguintes questões:

- Situação do PDM;

- Se existe Plano de Segurança Municipal; - Relações com a Corporação de Bombeiros;

- Utilização do actual QCA e perspectivas para o próximo.

Relativamente ao PDM, disse o Sr. Presidente da Câmara que o processo se tinha iniciado em 1995 e que infelizmente por falta de resposta do gabinete projectista se teve que reiniciar todo o processo em 2001, sendo que ainda durante o corrente mês o PDM irá à Assembleia Municipal para aprovação

Todo o plafond do “PRODESA” está utilizado. Quanto ao novo QCA, a manter os mesmos critérios de distribuição, os montantes serão sem dúvida insuficientes. Em termos de projectos para o futuro destacou:

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- Aposta no desenvolvimento do turismo, mas para tal será necessário melhorar em muito as acessibilidades, principalmente, no tocante ao transporte marítimo de passageiros.

O deputado António Pedro Costa pediu os seguintes esclarecimentos:

- Sobre a funcionalidade do Conselho de Ilha;

- Que apreciação é feita sobre o conceito “Ilhas da Coesão”;

- Qual o peso da administração directa nas obras desenvolvidas pela autarquia.

O Sr. Presidente da Câmara disse que o Conselho de Ilha funciona de uma forma despartidarizada o que permite ter um debate sério e construtivo sobre os problemas da ilha, servindo ainda como pólo estabilizador das relações entre as duas autarquias da ilha.

Lembrou ainda o Sr. Presidente da importância que teria para todo o Grupo Ocidental a reactivação da respectiva Associação de Municípios.

Quanto à política relativa às “Ilhas da Coesão”, disse que esta poderia vir a se constituir como um contributo válido no incentivo ao empreendorismo, lembrando que neste âmbito a ilha já beneficiou com a descida do tarifário das viagens aéreas.

Quanto às obras por administração directa, disse que estas são importantes no sentido de potenciarem os recursos humanos da autarquia, mas têm o senão de levantarem muitas suspeições.

A finalizar a reunião o Sr. Presidente da Câmara lembrou mais dois projectos que a autarquia pretende levar a efeito:

- A Construção de um Auditório Municipal;

- A construção de 15 moradias a custos controlados, numa parceria com o INH.

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Após a apresentação de cumprimentos o Presidente da Comissão solicitou ao Sr. Presidente da Câmara que fizesse uma breve explanação sobre a vida da autarquia e do Concelho, tendo em consideração alguns aspectos que estão no âmbito das competências da Comissão, a saber:

- Relações com o Governo Regional;

- Questões europeias com especial enfoque para os Quadros Comunitários de Apoio; - Protecção Civil

INFORMAÇÃO PRESTADA PELO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA

O Sr. Presidente da Câmara começou a sua explanação lamentando a falta de recursos de que padece a autarquia por ele presidida.

Seguidamente lamentou o facto de o Gestor do “PRODESA” não atender a Câmara Municipal, situação no mínimo estranha e reveladora da falta de comunicação entre a autarquia e o Governo.

Disse ainda, que no âmbito do actual QCA houve candidaturas aprovadas onde depois não foram comparticipadas a totalidade das verbas gastas, pelo facto de se entender que os custos unitários eram muito elevados, situação que custou à autarquia cerca de 400.000 euros. Além disto salientou os problemas que têm havido na celeridade das transferências das verbas do “PRODESA”.

Realçou ainda alguns problemas do Concelho, nomeadamente, a dificuldade de extracção de inertes, a desertificação motivada pela falta de empregos e pela atracção dos sítios maiores e mais desenvolvidos.

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PERÍODO RESERVADO A QUESTÕES POSTAS PELOS SRS. DEPUTADOS

O Deputado Alberto Costa pediu os seguintes esclarecimentos:

- Se a Câmara já tinha ideia das regras para o novo QCA; - Se tinha aprovado o Plano Municipal de segurança; - Como estava o ensino básico no Concelho;

- Perspectivas para o desenvolvimento do Concelho; - Se havia algum programa para a fixação da juventude;

- Qual a sensibilidade da autarquia relativamente ao conceito de “Ilhas da Coesão”; - Opinião sobre as acessibilidades existentes;

- Questão do Aterro Sanitário.

O Sr. Presidente da Câmara começou por dizer que em termos de acessibilidades, o transporte aéreo estava razoável, o marítimo era muito mau e que quanto à rede viária tinha havido uma grande melhoria tanto a nível das estradas regionais como das municipais.

O Município tem Plano de Emergência Municipal aprovado e ainda na área da protecção civil colabora com os bombeiros, pagando o combustível e seguros das viaturas que estão nas Lajes, um tripulante de ambulância e através da cedência do edifício utilizado pela Secção de Bombeiros das Lajes. Caso se venha a verificar o contrato com a ANA, S.A. no sentido dos bombeiros prestarem apoio ao Aeroporto, já existe um subsídio aprovado para compra de equipamento.

Defendeu ainda que seria preferível ter uma Associação de Bombeiros no Município das Lajes das Flores.

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A cobertura ao nível do saneamento básico é diminuta, até pela dimensão e dispersão do Concelho, relativamente à rede de água, disse que esta era recente e que cobria todo o Município.

Quanto ao tratamento dos resíduos sólidos (Aterro Sanitário), disse que a autarquia das Lajes não tem plafond para assumir a sua parte e que certamente depois do aterro construído seria muito problemática a exportação dos mesmos resíduos, considerando a dificuldade e custo dos transportes.

Em termos de projectos para o próximo QCA, referiu a conclusão do pavilhão, a construção de uma piscina aquecida, investimentos no abastecimento de água na parte da adução, rede viária e manutenção das escolas.

O deputado António Pedro Costa pediu esclarecimentos relativos aos seguintes assuntos:

- Ocupação dos tempos livres;

- Cooperação financeira com o Governo Regional; - Habitação;

- Sobre o Rendimento Social de Inserção;

Relativamente à ocupação dos tempos livres existem as Associações Desportivas e Culturais, apesar disso têm havido alguns problemas de delinquência, mas, mais devido à inércia das autoridades competentes.

A Câmara tem um acordo com o Governo para recuperação das Escolas primárias, no entanto existe pouca colaboração a não ser algumas parcerias feitas com departamentos governamentais.

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Foi prestada, ainda, à Comissão informação sobre o orçamento para o ano de 2006 que totaliza 4.559.683 euros, sendo 1.901.417 euros relativos a despesas correntes e 2.658.266 euros a despesas de capital.

O Sr. Presidente da Câmara terminou os seus esclarecimentos dizendo que existem muito poucos munícipes a beneficiar do Rendimento Social de Inserção.

REUNIÃO COM A ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA ILHA DAS FLORES

A reunião ocorreu na sede da Associação, em Santa Cruz, tendo a Comissão sido recebida pelo respectivo Presidente e pelo Comandante.

O Presidente da Comissão deu início à reunião começando por agradecer a disponibilidade da Direcção e de todos os presentes para este contacto institucional com a Comissão esclarecendo que um dos objectivos da Comissão é, no âmbito das suas competências legais, proceder em toda a Região a uma espécie de recenseamento das condições actuais em que se encontram os organismos relacionados com a Protecção Civil da Região, aquilatando quer a sua capacidade de resposta a situações de emergência e de catástrofe, bem como das suas principais carências, tendo em vista a prestação de um serviço público eficiente e eficaz, como deve ser próprio de uma Instituição desta natureza.

O Sr. Presidente da Direcção, após agradecer a presença da Comissão, disse que a Associação estava bem servida quer ao nível de pessoal, quer ao nível de material e instalações.

Existia a necessidade de ir substituindo algum material, mas esta necessidade tem sido progressivamente colmatada com os apoios anuais do Serviço Regional de Protecção Civil.

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algumas pessoas situação que na sua opinião deveria ser moralizada através da criação de uma taxa para todos aqueles serviços que realmente não se revestissem de carácter de urgência.

Falou ainda da possibilidade de, através de um protocolo com a ANA, S.A., os bombeiros virem a prestar serviços no aeroporto.

Para finalizar abordou a questão desta Associação ter uma Secção Destacada na Vila das Lajes, situação que segundo ele dividia os Florentinos, entre aqueles que entendiam que esta era em termos racionais a forma ideal para a ilha e aqueles que defendiam a criação duma Associação no Município das Lajes.

Para finalizar a reunião convidou a Comissão para conhecer o Quartel de Bombeiros da Associação.

Vila do Porto, 30 de Julho de 2006

O Relator,

_________________________________ Sérgio Emanuel Bettencourt Ferreira

O presente relatório foi aprovado por unanimidade.

O Presidente,

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