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Ciclo de Vida das Organizações (CVO)

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Academic year: 2021

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Ciclo de Vida das Organizações (CVO)

Segundo Adizes

FAMINAS – BH -Administração – 8º P. Disciplina: Tópicos Especiais Profª Adriana Gonçalves Menezes- (professoradriana@gmail.com)

Ichak Adizes é o fundador do Institudo Adizes em Santa Mônica, Califórnia. Ele é o criador da metodologia de diagnóstico e terapêutica para mudanças organizacionais e culturais que leva o seu nome. Renomado conferencista e autor de livro e artigos sobre ciclo de vida e mudanças organizacionais.

A tipologia Adizes é esboçada no livro “Os Ciclos de Vida das Organizações e tem como principal finalidade mostrar como se faz uma modificação despendendo esforços de dentro para fora da organização.

ADIZES, Ichak. Os Ciclos de Vida das Organizações: como e por que as empresas crescem e morrem e o que fazer a respeito. 4. ed. São Paulo: Pioneira, 1990.

CVO: Autor

CVO: Tipologia Adizes

Segundo Adizes, as empresas são organismos vivos - sejam eles plantas, animais ou pessoas - e, como os seres vivos, tem um início, um meio e um fim.

Ao longo do seu ciclo de vida, esses seres vão sofrendo mudanças e revelando padrões previsíveis de comportamento. Em cada estágio, esses padrões de comportamento manifestam-se como um tipo de luta ou embate, isto é, como dificuldades ou problemas de transição que o sistema precisa superar.

Assim como os organismos vivos, o crescimento e envelhecimento das organizações manifestam-se primordialmente na inter relação entre dois fatores:

flexibilidade e controle.

ADIZES, Ichak.Os Ciclos de Vida das Organizações: como e por que as empresas crescem e morrem e o que fazer a respeito. 4. ed. São Paulo: Pioneira, 1990.

CVO: Flexibilidade e Controlabilidade

 As organizações quando jovens são bastanteflexíveis, mas nem sempre sãocontroláveis.

À medida que as organizações envelhecem essa relação se altera. A controlabilidade aumenta e a flexibilidade diminui.

Tamanho e tempo não são causas de crescimento e envelhecimento das organizações: empresas grandes, com uma longa tradição, não são necessariamente velhas; e empresas pequenas, sem tradição alguma, não são necessariamente jovens. Depende das características do CVO em que se encontra.

CVO: o Ciclo de Vida Organizacional

As organizações são constituidas para que durante o ciclo de vida sejam competitivas no mercado, realizando gestão de negócios com visão capaz de diagnosticar e solucionar problemas normais e anormais, com o objetivo de permanecerem sempre no estágio daplenitude.

Em seu Ciclo de Vida, as organizações enfrentam osembates e as dificuldadesnormais que existem em cada estágio, e também os problemas usuais de transição, ao ingressarem numa nova fase do seu desenvolvimento.

Uma organização tem que aprender a lidar com esses problemas por si, ou então contrairá “doenças” anormais que impedirão o crescimento”.

A metodologia Adizespermite distinguir os diferentes tipos de problemas das organizações. Procura evidenciar o ciclo de vida organizacional para caracterizar o estágio que se encontra a

Os gestores, ao agirem para que a empresa possa desenvolver e suplantar seus problemas, estão condicionando-a ao processo de crescimento e amadurecimento. E assim, quando a empresa atinge a plenitude, é importante identificar as possíveis riscos de envelhecimento,para que ela não envelheça.

Uma organização pode permanecer na plenitude para sempre, desde que serejuvenesçacontinuamente. Logo, no percurso de suas atividades econômicas, devem ser conduzidas com estratégia organizacional baseada em habilidades gerenciais focadas no ciclo vida organizacional.

A metodologia do ciclo de vida organizacional proposta por Ichak Adizes está estruturada nas seguintes fases: namoro, infância, toca-toca, adolescência, plenitude, estabilidade, aristocracia, burocracia incipiente, burocracia e morte.

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CVO: Estágios

1º) Namoro;

2º) Infância;

3º) Toca-toca (préadolescência);

4º) Adolescência;

5º) Plenitude;

6º) Estabilidade;

7º) Aristocracia;

8º) Burocracia incipiente;

9º) Burocracia e morte.

CVO: Características dos Estágios

1º)Namoro(courtship):

A empresa ainda não nasceu, ela existe apenas como idéia;

No namoro o objetivo que motiva o fundador deve ser o de satisfazer uma necessidade de mercado;

É necessário que o fundador seja realista e entender que o surgimento da empresa gerará a necessidade de enfrentar riscos;

A motivação do fundador deve extrapolar os limites estreitos do lucro imediato e satisfazer sempre mais seus fregueses.

CVO: Características dos Estágios

1º)Namoro(continuação):

É normal haver dúvidas na fase do Namoro.

O fundador em geral deve fazer algumas perguntas indispensáveis ao namoro: O que pretendemos fazer?

Como será feito? Quando deveremos fazê-lo? Quem irá fazê-lo? Por quê?

Quando a empresa finalmente tiver testado o compromisso e assumido um risco substancial (alugar o prédio para a firma, por exemplo) é sinal que o estágio Namoro está sendo deixado, o nascimento aconteceu e a empresa adentra afase Infância.

CVO: Características dos Estágios

2º)Infância(infancy):

A empresa tem poucas políticas, sistemas, processos ou orçamentos. É um espetáculo de um ator só;

Para sobreviver é necessário ingestão de leite (capital de giro) e amor dos pais (compromisso do fundador);

Neste estágio a organização deixa de se concentrar em idéias e possibilidades para se preocupar com a produção de resultados, ou seja, com as vendas;

O estágio da Infância é identificado pela falta de sistemas e normas, há um desempenho inconsistente, há uma vulnerabilidade do negócio e qualquer ameaça pode se converter em uma profunda crise.

CVO: Características dos Estágios

2º)Infância(continuação):

Há um excessivo número de erros cometidos no dia-a- dia da empresa em função da falta de experiência e do dinheiro curto;

Nessa etapa a delegação não é desejável, pois justamente a dedicação sem limites à sua criação que mantém o fundador motivado;

Nesta fase, “se o proprietário se cansar da idéia e da empresa, se ele perder o entusiasmo e o controle da firma e ainda se a mesma perder a liquidez, é sinal de que mortalidade infantil pode ser inevitável”.

CVO: Características dos Estágios

3º)Toca-Toca -pré-adolescência (Go-Go):

Fase em que a idéia já está funcionando, o problema do fluxo de caixa negativo está resolvido e as vendas estão aumentando. Não existe mais a idéia de sobreviver e sim de crescer, florescer.

Principais características:

1) As vendas começam a aumentar;

2) Há uma certa arrogância do fundador;

3) Todas as oportunidades são bem vindas;

4) A empresa centra-se no mercado e não no produto;

5)A postura é reativa em vez de ativa;

6)São rápidos o crescimento e a desorganização;

7)A empresa é organizada em torno das pessoas;

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CVO: Características dos Estágios

3º)Toca-Toca (continuação)

8) As organizações nesta fase não conseguem desenvolver sistemas administrativos e que não institucionalizam, a liderança caem na Founder’s Trap(“armadilhas do fundador”);

9) É a hora propícia para seu exercício da delegação, cabendo ao fundador ser o exemplo a ser seguido, e não o contrário.

CVO: Características dos Estágios

4º)Adolescência(adolescence):

A Adolescência corresponde ao renascimento da organização, pois passadas as atribulações do namoro, da infância e da fase toca-toca, é neste estágio que o empreendedor deve delegar não somente as tarefas, mas também a autoridade.

Elementos Fundamentais:

1)Existência de conflitos entre membros da organização e inconsistência nas metas e sistemas;

2)Surgimento da necessidade de delegar, mas sem perder o controle;

3)A busca de uma administração profissional;

CVO: Características dos Estágios

4º)Adolescência(continuação):

4)Descumprimento pelo empreendedor, das normas, diretrizes e procedimentos que ele mesmo instituiu;

5) Transposição de metas;

6)A energia da empresa quase toda consumida internamente ao invés de ser dedicada ao ambiente externo; e

7)Grande risco de que bons administradores abandonem a firma.

CVO: Características dos Estágios

4º)Adolescência(continuação):

O que precisa ser feito na etapa da Adolescência?

1)A organização deve formar uma equipe, para poder se libertar de seu fundador;

2)Definir e transmitir seus objetivos primordiais;

3)Deve ser reestruturada para que se consiga transmitir o espírito empreendedor do fundador como um todo.

Segundo Adizes (1993), “se a criação de um sistema administrativo e a institucionalização da liderança tiverem sucesso, a organização estará preparada para passar para a fase seguinte:Plenitude”.

CVO: Características dos Estágios

5º)Plenitude(maturity):

É a melhor fase da organização, pois é quando ela alcança um equilíbrio entre autocontrole e a flexibilização apresentadas por:

1) Sistemas estruturais organizacionais funcionais;

2) Visão e criatividade institucionalizadas;

3)Orientação para os resultados satisfazendo os clientes;

4)A organização planeja e segue seus planos;

5)A organização normalmente supera as sua metas;

6)Consegue manter-se crescendo com aumento da lucratividade;

7)A organização passa a gerar novas organizações crianças.

CVO: Características dos Estágios

5º)Plenitude(continuação):

O desafio das empresas é permanecer na fase da Plenitude;

Os executivos podem alimentar o espírito empreendedor dando origem a empresas satélites e assim novos Ciclos de Vida;

Se organização não se descentralizar, passará à fase da Estabilidade.

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CVO: Características dos Estágios

6º)Estabilidade(stability):

A organização ainda é forte, mas começa a perder flexibilidade e espírito criativo;

Aumentar a conscientização é a tarefa mais importante numa organização que está nesta etapa;

A etapa seguinte será a rápida descentralização da companhia a fim de estimular o espírito empreendedor.

CVO: Características dos Estágios

7º)Aristocracia(aristocracy):

É o estágio posterior ao da plenitude, onde ocorre uma certa acomodação aliada a uma postura magnânima em relação aos negócios;

Há um baixo nível de inovação interna, existe abundância de caixa, a comunicação passa a ser estritamente formal e grandes e magníficos escritórios normalmente são erguidos.

CVO: Características dos Estágios

8º)Burocracia incipiente:

Segundo Adizes, “a paranóia administrativa é a principal característica que diferencia a organização no estágio da Aristocracia daquela que está na etapaEarly Bureaucracy(Pré-Burocracia)”;

Tem início o ritual de sacrifícios: todo ano alguém é culpado pelos problemas e, a seguir, despedido;

Pessoas com atitudes negativas ou totalmente ineficientes precisam ser substituídas;

Toda ênfase deve ser dada à sobrevivência.

CVO: Características dos Estágios

9º)Burocracia e Morte:

No estágio daBureaucracy(Burocracia), a empresa é mantida viva pelo monopólio que detém em relação a determinadas atividades (uma clientela cativa forçada a comprar seus serviços, por exemplo);

A morte ocorre quando já não há mais comprometimento com a organização.

Características das Organizações

nas fases do CVO

CVO: Características das principais fases

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CVO: Crescimento e Envelhecimento

CVO: As 4 funções gerenciais CVO: Estágios PAEI

CVO: Perigos do crescimento

Referências Bibliográficas:

ADIZES, Ichak. Gerenciando os Ciclos de Vida das Organizações. Adizes Institute, 2004.

ADIZES, Ichak. Os Ciclos de Vida das Organizações: como e por que as empresas crescem e morrem. 4.

ed. São Paulo: Pioneira, 1990..

BATTILANA, Abramo Nicola; BERALDO, Valter. Aplicação do conceito do Ciclo de Vida Organizacional na definição e determinação das fases de uma organização varejista. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, São Paulo, v. 6, n. 15, p. 15-26. ago. 2004.

KLANN, roberto carlos et al. Relação entre o ciclo de vida organizacional e o planejamento em empresas metalúrgicas do município de brusque-SC. In: 11º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade. São Paulo: USP, 2011.

MINUZZI, Josiane; GRAPEGGIA, Mariana.Estágios de crescimento da empresa Cacau Show com base no Ciclo de Vida Organizacional. Revista TECAP, Rio de Janeiro, Ano 02, v. 2, anual. 2008.

SILVA, Wendel Alex Castro et al.Ciclo de vida das organizações: sinais de longevidade e mortalidade de micro e pequenas indústrias na região de contagem – MG. Revista de Gestão, São Paulo, v. 17, n.

3, p. 245-263, jul./set. 2010.

Referências

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