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RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTÊNCIA INTERDISCIPLINAR A PACIENTES PÓS-TRANSPLANTE RENAL

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Academic year: 2021

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Acadêmica de Graduação de Enfermagem do 4° ano da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; (2) Acadêmica de Graduação de Enfermagem do 4° ano da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul; (3) Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Especialização em Enfermagem do Trabalho pelo Instituto de Estudos Avançados e Pos-Graduação, Brasil(2008), Tutora da Residência Multiprofissonal do Hospital Universitário de Dourados , Brasil; (4) Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Mestrado em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco, Brasil(2008) Professor titular da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul , Brasil.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: ASSISTÊNCIA INTERDISCIPLINAR A PACIENTES PÓS-TRANSPLANTE RENAL

Franciele Gonçalves dos Santos(1)

Rosana Duarte da Silva(2)

Thalise Yuri Hattori(3)

Fátima Alice Aguiar Quadros(4)

RESUMO

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acompanhados, assim como a resolução dos mesmos com a colaboração e participação de vários profissionais da saúde, qualificando assim a assistência oferecida, garantindo melhoria, qualidade e prolongamento da vida. Percebe-se ainda a necessidade urgente do retorno dos demais cursos com o intuito de ampliar as diversas interfaces do cuidado frente ao paciente transplantado. O atendimento ambulatorial interdisciplinar regular é de suma importância para o resgate e o acompanhamento destes, a fim de garantir um tratamento adequado após o transplante e a prevenção de complicações e agravos decorrentes da falta de orientação e supervisão de sua saúde. O crescimento acadêmico quanto ao tratamento holístico é de grande relevância, uma vez que o homem é visto como um todo dinâmico em constante alteração quando nele houver uma lesão, onde a enfermagem sempre se caracterizou por seu objetivo intensamente humanístico.

Palavras-chave: Transplante Renal; Assistência de Enfermagem; Equipe Interdisciplinar de Saúde

INTRODUÇÃO

O curso de graduação de enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) possui diversos projetos de extensão entre eles, o PAI (Programa de Assistência Interdisciplinar). Este projeto é realizado por docentes enfermeiros, acadêmicos de enfermagem do segundo e quarto ano e uma nefrologista voluntária, em parceria com um Hospital Universitário da região. Tem como objetivo primordial, garantir a prevenção e promoção da saúde dos transplantados renais, por meio da integração de diversos profissionais da área da saúde.

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No início obteve-se o total apoio da Associação dos Renais Crônicos de Dourados e região, onde se uniram a esta idéia, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul com o curso de Enfermagem, a Universidade Federal da Grande Dourados, com o curso de Medicina e o Centro Universitário da Grande Dourados, com os cursos de Farmácia e Bioquímica, Nutrição, Psicologia, além de profissionais médicos e enfermeiros.

A implantação do projeto ocorreu devido à ausência de um suporte aos pacientes transplantados renais, onde as assistências interdisciplinares oferecidas contribuem diretamente para diminuição das morbimortalidade e complicações pós- transplante. O mesmo foi possível através da dedicação dos docentes e discentes das universidades envolvidas e dos profissionais da área da saúde, sendo para os pacientes uma referencia de tratamento específico e diferenciado.

Como a insuficiência renal crônica gera complicações maiores e requer dependência de tratamento contínuo, pois a IRC é o resultado final de múltiplos sinais e sintomas decorrente da incapacidade renal de manter a homeostasia interna e uma vês instalada é necessário um tratamento continuo para substituir a função renal, assim o cliente recebe desde então, atenção e acompanhamento semanal de seu estado de saúde, com a realização e acompanhamentos de exames regulares, consultas médicas com a nefrologista, com os acadêmicos de psicologia, de nutrição e recebem assistência de

enfermagem junto aos acadêmicos de enfermagem(1).

Entretanto, o tratamento definitivo para estas situações está no transplante renal, o qual gera mudanças significativas da qualidade de vida e independência da “Máquina da Hemodiálise” sendo que a mesma era causadora de desmotivação, falta de esperança,

sofrimento, dor, mudanças de hábitos diários e um refúgio de vida (²). Após o transplante

renal, o paciente tem esperança de obter saúde, independência do tratamento contínuo e liberdade quanto à recuperação do retorno de suas rotinas anteriores à insuficiência renal, entretanto, a qualidade de vida se baseia no acompanhamento de seu estado de saúde e de

sua adaptação aos hábitos saudáveis (3).

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Poucas pesquisas têm abordado a qualidade de vida e assistência de pacientes transplantados, suas preocupações e os novos desafios após a cirurgia, com o objetivo de

captar e prevenir os sinais e sintomas de infecção e rejeição do órgão (3). Desta forma, este

projeto com apoio de uma equipe interdisciplinar foi criado com o objetivo de atender e identificar os problemas enfrentados pelos pacientes de forma holística, com assistência e abordagens de profissionais de nutrição, farmacêuticos, psicólogos, médicos e enfermeiros. Com este trabalho foi possível encontrar problemas e confrontos pós- transplante, assim como a resolução dos mesmos com a visão diferenciada de vários profissionais da saúde, qualificando assim a assistência oferecida ao transplantado garantindo melhoria,

qualidade de vida e prolongamento da vida (3).

Assim, um atendimento ambulatorial interdisciplinar regular é de suma importância para o resgate e o acompanhamento destes pacientes, com o objetivo de garantir um tratamento adequado após o transplante bem como a prevenção de complicações e agravos

decorrentes da falta de orientação e supervisão de sua saúde pelos profissionais (4).

Entretanto, atualmente o projeto passa por algumas dificuldades, que após conflitos internos levou a interrupção de um projeto alcançado e estruturado desde 2007. No momento, apresenta uma equipe composta pela enfermagem e uma médica nefrologista pertencente à instituição onde são atendidos os pacientes todas as quartas feiras durante o período da tarde.

Dentre os avanços e conquistas do projeto foi instituído o protocolo de instrumento (questionário) que ainda está em fase de adaptação, que tem como objetivo facilitar, nortear e acompanhar a consulta por todos da equipe por meio de um único instrumento. Durante a nossa participação, observamos o reconhecimento por parte dos pacientes e familiares do trabalho executado, onde este projeto oferece apoio e referencia a esta nova etapa de vida desses indivíduos, até mesmo dos renais crônicos, além da contribuição que este projeto tem para o crescimento profissional e acadêmico nos cuidados com a parte assistencial, e as diversas pesquisas que possam ser geradas devido à relevância e ao destaque do projeto.

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O objetivo geral do projeto PAI é realizar assistência de enfermagem a pacientes renal crônico pós transplantados de dourados e região cadastrados na associação dos renais crônicos. Já os objetivos específicos são: Acompanhar os estado de saude dos pacientes transplantados no processo de educar, orientar e prevenir intercorrências; promover a conscientização dos pacientes e familiares quanto a importância do acompanhamento pós operatórios no transplante renal; construir manual de cuidados e orientação de enfermagem ao paciente renal crônico, acadêmicos.

OBJETIVOS Objetivo Geral:

Relatar a experiência das acadêmicas do curso de enfermagem frente ao PAI de 2009 a 2011.

Objetivos Específicos:

Incentivar outros acadêmicos, bem como profissionais de saúde a implementar em seus trabalhos e projetos na comunidade as equipes interdisciplinares;

Implementar a assistência especifica de vários profissionais de saúde ao transplantado renal;

Incentivar o aumento do numero de pesquisas sobre os transplantados renais.

REFERENCIAL TEÓRICO

A consulta de enfermagem ao paciente transplantado renal está alicerçada nas

teorias de enfermagem; Wanda Horta (Necessidades Humanas Básicas); teoria de Orem

(auto-cuidado), teoria de Levine e a teoria de Callista Roy (adaptação).

A teoria de Wanda Horta (Necessidades Humanas Básicas) afirma que a ciência da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas básicas, dos fatores que alteram sua manifestação e atendimento, e na assistência a ser prestada 5.

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A teoria de Levine discute a adaptação, conservação e integridade. É desafio da enfermagem proporcionar ao individuo os cuidados e a assistência apropriadas sem perder de vista a sua integridade, honrando a confiança do paciente encorajando a participação do individuo em seu próprio bem estar 7.

A teoria de Callista Roy (Teoria da Adaptação) é usada para representar o sistema adaptativo da pessoa, da qual possuem entradas de estímulos e nível de adaptação, saídas como respostas comportamentais que servem como retroalimentação no processo de controle conhecidos como mecanismo de enfrentamento. Os quatro elementos assistência no modelo de adaptação de Roy são: a pessoa que é receptora do atendimento de enfermagem; o conceito de ambiente; conceito de saúde e a enfermagem 8.

METODOLOGIA

A enfermagem realiza consultas semanalmente, através dos procedimentos de coleta de histórico com a utilização de um instrumento próprio criado pelo projeto e avaliação de exames laboratoriais, exame físico e orientações individualizadas, onde descrevemos todas as alterações no prontuário do individuo do exame físico assim como dos exames laboratoriais, e as orientações feitas, para fazemos uma comparação com os próximos exames do paciente, com o intuito de observar alterações e padrão fisiológico do cliente transplantado.

Nossa equipe conta com a participação de Professores Enfermeiros e acadêmicos do segundo ao quarto ano de enfermagem. As consultas são agendadas pela secretária do ambulatório do Hospital Universitário, sendo realizadas todas as quartas-feiras, onde o paciente é atendido pela enfermagem e encaminhado à médica nefrologista, sendo que antes tínhamos apoio de outros profissionais e os pacientes passavam por uma triagem com todos os outros profissionais, no entanto, infelizmente perdemos esta parceria e, atualmente, temos o apoio apenas da nefrologista.

No início de cada ano, novos acadêmicos passam a fazer parte do projeto, sendo assim pensamos em uma forma de preparar estes acadêmicos para a assistência a estes pacientes, onde elaboramos uma cartilha para que os próximos alunos a serem inseridos tivessem um embasamento teórico das reais necessidades do transplantado.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

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um todo dinâmico em constante alteração dinâmico, quando nele houver uma lesão, segundo a teoria de Mira E.Levini, a enfermagem sempre se caracterizou por seu objetivo

intensamente humanístico (9).

Desta forma, adquirimos experiência e enriquecemos nosso conhecimento sobre a SAE (Sistematização de Assistência de Enfermagem) e foi observado que as diversas profissões estão interligadas a saúde de um individuo. Entretanto, devido a problemas políticos internos o projeto regrediu, ocorrendo a dispersão e desistência dos membros. A partir de então, o grupo de enfermagem precisou reestabelecer critérios e objetivos afim de reconstruir a equipe interdisciplinar, sabendo a importância do mesmo para os transplantados renais de Dourados e região.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim como os pacientes atendidos no projeto, nós acadêmicos de enfermagem, aprendemos a importância do trabalho em equipe e a importância do atendimento qualificado a partir da atuação de vários profissionais de saúde ao mesmo indivíduo, lembrando sempre do olhar humanístico. A partir deste exemplo, espera-se a criação de novos projetos e/ou trabalhos direcionados a outras especialidades, principalmente as que não possuem uma atenção específica e direcionada, como no caso os transplantados em geral.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1)

Kusumota L, Rodrigues RAP, MARQUES S. Idosos Com Insuficiência Renal Crônica: Alterações do Estado de Saúde. Rev Latino-am Enfermagem. 2004; 12(3):525-32.

(2)

Freitas KSL, Bassinelo GAH, Polins BRG. Hemodiálise Relação Paciente x Maquina. Araras-SP:2005.

(3)

Ravagnani LMB, Domingos NAM, Miyazaki MCO. Qualidade de vida e estratégias de enfrentamento em pacientes submetidos a transplante renal. Estudos de Psicologia. 2007; 12(2), 177-184.

(4)

Ferraz P. No tempo ideal. Saude paulista. São Paulo, 4(12), 2004.

(5)

Horta WA. Teorias das Necessidades Humanas Básicas. In: Horta WA. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU, 1979. p.27-32.

(6)

Bennett AM, Foster PC. Dorothea E. Orem. In: George JB. Teorias de Enfermagem. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 2000. p.83-102.

(7)

George JB. Myra Estrin Levine. In: George JB. Teorias de Enfermagem. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 2000. p.159-168.

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Galbreath JG. Callista Roy. In: George JB. Teorias de Enfermagem. Porto Alegre: Artes Medicas Sul, 2000. p.203-224.

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Referências

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