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PROJETO DE EXECUÇÃO DE ALTERNATIVAS PENAIS VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

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Academic year: 2021

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GOVERNO DE MINAS GERAIS

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA

SUBSECRETARIA DE POLÍTICAS DE PREVENÇÃO SOCIAL À CRIMINALIDADE NÚCLEO DE ALTERNATIVAS PENAIS

CENTRO INTEGRADO DE ALTERNATIVAS PENAIS

PROJETO DE EXECUÇÃO DE ALTERNATIVAS PENAIS – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Lorena Dias Faroni1

Lucas Brandão Pereira Rosa2

Marlene Aparecida Bezerra3

Marcelina Martins Alves4

Kamilla Aparecida Soneghett Delfino5

CEAPA - 2018

GOVERNADOR VALADARES / MG

1 Analista Social do Programa Ceapa com formação em Direito. 2 Analista Social do Programa Ceapa com formação em Psicologia. 3 Analista Social do Programa Ceapa com formação em Serviço Social. 4 Gestora da Unidade de Prevenção à Criminalidade Base Municipal. 5 Analista Social do Programa Ceapa com formação em Psicologia.

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OBJETIVO GERAL

Proporcionar um espaço de reflexão aos cumpridores de pena alternativa encaminhados pelo Poder Judiciário por responderem por agressão a mulheres, enquadrados na Lei Maria da Penha (11340/06).

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Promover o devido cumprimento das medidas alternativas aplicadas pelo Poder Judiciário aos cumpridores que respondem por agressão a mulheres;

 Favorecer o diálogo reflexivo para conscientização e reeducação dos autores de violência doméstica;

 Fomentar o conhecimento e acesso à rede de proteção, especialmente a relacionada a temática, fazendo encaminhamentos quando necessário;  Propiciar informações legais a respeito do tema, esclarecendo dúvidas

que possam surgir;

 Contribuir para reflexão sobre questões de gênero, os direitos da mulher e os caminhos para descontruir a ideia de cultura agressiva;

 Trabalhar a responsabilização dos participantes e implicá-los no processo de mudança;

 Explanar sobre os conceitos de violência e comunicação não violenta;  Promover um espaço de reflexão que permita aos cumpridores avaliar

seu comportamento diante da resposta violenta.

 Cumprir efetivamente a medida aplicada através da participação nos encontros;

 Abordar sobre paternidade, direitos humanos e substâncias psicoativas. PÚBLICO ALVO

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O grupo será formado por cumpridores encaminhados pelo Poder Judiciário, em decorrência de pena restritiva de direito baseada em delitos que envolvam violência doméstica enquadrados na Lei Maria da Penha (11340/06).

METODOLOGIA

A proposta metodológica deste Projeto envolve o trabalho por meio de grupos reflexivos, dinâmicas de grupo e rodas de conversa com os atendidos pelo Programa CEAPA encaminhados pelo poder judiciário em cumprimento de penas e medidas alternativas. Neste contexto, a intervenção realizada em grupo torna-se uma ferramenta importante para formar vínculo e acompanhar suas histórias, vivências e experiências, porque promove o desenvolvimento dos relacionamentos interpessoais, do apoio mútuo, da possibilidade de reflexão pelas falas e escutas compartilhadas.

Os encontros serão realizados pela equipe interdisciplinar do Programa CEAPA, através dos analistas sociais e estagiários, podendo contar com a participação de voluntários e instituições parceiras. Serão ministradas para um grupo de no máximo 20 (vinte) cumpridores, que venham a se enquadrar nos delitos já citados anteriormente ou em situação identificada pela equipe com devida autorização do poder judiciário. O projeto será desenvolvido semanalmente em 6 encontros, com duração acerca de 2 horas.

Os encontros acontecerão no espaço na Unidade de Prevenção a Criminalidade (UPC) Base Municipal, num espaço com mesas e cadeiras para acolhimento dos participantes e também com os seguintes recursos materiais: projetor de multimídia, televisão, computador, DVD, som e também outros materiais que se fizerem necessários para o uso (cartolina, pincel, canetas, lápis, folha A4, giz de cera, cola, tesoura, borracha, fita adesiva, papel crepom, papel cartão, isopor, etc).

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CRONOGRAMA ENCONTROS

1° encontro Dinâmica de Apresentação.

Apresentação da Política de Prevenção a Criminalidade; do programa CEAPA e dos cumpridores. Realização do

Contrato de Convivência.

2° encontro Conceito de violência especificando

violência doméstica

3° encontro Comunicação não violenta

Programa Mediação de Conflitos

4° encontro Identificando a agressividade no dia a dia – Uma perspectiva da psicologia

5° encontro Júri Simulado sobre violência

doméstica

6° encontro Direitos Humanos/Lei Maria da Penha e

Encerramento

7° encontro Dinâmica do recorte de revista –

Trabalhar através dos recortes as possíveis motivações que que ocasionam o ato de violência (álcool)

8º encontro Reprodução dos vídeos: Era uma vez

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9º encontro

10º encontro Atividade de finalização do grupo e confraternização.

11º encontro Reposição

12º encontro Reposição

FORMA DE EXECUÇÃO

Oficinas temáticas de caráter informativo e reflexivo realizadas de forma grupal que atendam as diretrizes do programa de prevenção à criminalidade.

PRIMEIRA REUNIÃO:

Apresentação da Política de Prevenção à Criminalidade, do Programa CEAPA, e do Projeto Temático e dos participantes

A equipe fará uma breve explanação sobre a Política de Prevenção a Criminalidade do Estado de Minas Gerais e do Programa CEAPA.

Momento de Apresentação – Dinâmica Balão com o nome dos participantes

Material: Papeletas com os nomes dos participantes; Balão.

Procedimento: É necessário que tenha uma papeleta com o nome de cada participante do grupo, bem como dos analistas que estarão executando o grupo. Cada participante receberá um balão vazio, o qual encherá e colocará a papeleta com o nome dos participantes. Os participantes irão levantar e jogar o balão no ar, o qual devem misturar e permanecê-los no ar por um tempo. Em seguida, cada qual deverá estourar o balão, pegar o bilhete e procurar a pessoa com esse nome. Encontrando com esta pessoa, terá que fazer algumas perguntas a ela para depois poder apresenta-la ao grupo. Após 5 minutos,

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todos participantes irão sentar em círculo. O analista de referência deverá dar início apresentando a pessoa cujo nome estava no bilhete que pegou. A pessoa apresentada deverá dar seguimento e assim sucessivamente até todos serem apresentados.

Contrato de Convivência: Material: Cartolina, pincel

Procedimento: Os facilitadores junto com os participantes construirão um contrato que será escrito na cartolina e será afixado em todas as reuniões, a fim de nortear atitudes que colaborem para uma boa convivência.

Assinatura da lista de presença e folha de ponto. Propor uma “Caixa democrática”.

A mesma será mantida na sala de grupo até o término do projeto temático, com objetivo de estimular que os participantes construam demandas para discussão em grupo. Os mesmos poderão sugerir de forma sigilosa temáticas a serem discutidas ao longo do processo grupal, estas serão articuladas nos próximos encontros.

SEGUNDA REUNIÃO:

Conceito de violência especificando violência doméstica Dinâmica: Chuva de Ideias

Procedimento: Fazer uma chuva de ideias, na qual os participantes dirão frases e palavras que pensam estar relacionado ao conceito de violência e colar no quadro negro para que fique visível a todos. Fomentar uma reflexão acerca das ideias apresentadas, trazendo a definição de violência de forma geral, e em seguida, o conceito de violência doméstica.

Após esse momento, abordar sobre Violência doméstica. Vídeo: Profissão Repórter sobre Violência contra mulher

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Assinatura da lista de presença e folha de ponto.

TERCEIRA REUNIÃO: Comunicação Não Violenta

 A equipe do Programa Mediação de Conflitos da UPC Base Local irá executar este encontro, considerando a temática proposta.

 Assinatura da lista de presença e da folha de ponto

QUARTA REUNIÃO:

Identificando a agressividade no dia a dia – Uma perspectiva da psicologia

Analisar os pensamentos e emoções que estimulam ao comportamento explosivo.

Abordar sobre o autocontrole diante da emoção de raiva.

Será fornecido um texto sobre a temática de Raiva, o qual abordará estratégias de autocontrole referentes ao comportamento explosivo.

Assinatura da lista de presença e folha de ponto.

QUINTA REUNIÃO: Júri Simulado Objetivo:

Discutir e refletir sobre o tema, levando os participantes do grupo se envolverem e tomar uma posição com relação a temática.

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Desenvolver o senso de responsabilização.

Oportunizar a sensação de empatia relacionada a temática proposta.

Participantes (funções):

a) Juiz: Dirige e coordena o andamento do júri.

b) Advogado de acusação: Formula as acusações contra o réu ou ré. c) Advogado de defesa: Defende o réu ou ré e responde às acusações formuladas pelo advogado de acusação.

d) Testemunhas: Falam a favor ou contra o réu ou ré, de acordo com o que tiver sido combinado, pondo em evidência as contradições e enfatizando os argumentos fundamentais.

e) Corpo de Jurados: Ouve todo o processo e a seguir vota: Culpado ou Inocente, definindo a pena. A quantidade do corpo de jurados deve ser constituído por número ímpar: (3,5 ou 7)

f) Público: Dividido em dois grupos da defesa e da acusação, ajudam seus advogados a prepararem os argumentos para acusação ou defesa. Durante o júri, acompanham em silêncio.

Como Fazer:

1. Coordenador apresenta o assunto e a questão a ser trabalhada. 2. Orientação aos participantes.

3. Preparação para o júri. 4. Juiz abre a sessão.

5. Advogado de acusação (promotor) acusa o réu ou ré (a questão em pauta). 6. Advogado de defesa defende o réu ou a ré.

7. Advogado de acusação toma a palavra e continua a acusação. 8. Intervenção de testemunhas, uma de acusação.

9. Advogado de defesa, retoma a defesa. 10. Intervenção da testemunha de defesa.

11. Jurados decidem a sentença, junto com o juiz.

12. O público, avalia o debate entre os advogados, destacando o que foi bom, o que faltou.

13. Leitura e justificativa da sentença pelo juiz. Avaliação:

1. O que aprendi com essa atividade? 2. Como nos sentimos?

3. O que mais nos agradou? 4. O que podemos melhorar?

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SEXTA REUNIÃO:

Direitos Humanos/Lei Maria da Penha e Encerramento do PEAP Explanação sobre os direitos humanos e da Lei Maria da Penha Avaliação do Projeto: Dinâmica uma palavra

Material: Folha e caneta;

Procedimento: Os facilitadores solicitarão aos usuários que escrevam num papel uma palavra que represente o que significou sua participação no grupo. Pedir que troquem os papeis e cada um lê o papel de outro e diga o que pensou. Depois falará sobre a própria palavra que escreveu.

 Aplicação de questionário

 Mensagem reflexiva para finalizar.  Confraternização (lanche).

 Assinatura da lista de presença e folha de ponto.

NONA REUNIÃO:

1 - Reunião de reposição:

Nesta reunião ocorrerá uma síntese de todos os encontros realizados do projeto. Em seguida será trabalhado uma avaliação dos encontros.

DÉCIMA REUNIÃO 2- Reunião de reposição Dinâmica “roda da vida”

Referências

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