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Controle da Expressão Gênica

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Academic year: 2021

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(1)

Aula de

Bioquímica II

Tema:

Controle da Expressão Gênica

Prof. Dr. Júlio César Borges

Depto. de Química e Física Molecular – DQFM Instituto de Química de São Carlos – IQSC

Universidade de São Paulo – USP

(2)

Controle da Expressão Gênica

Todas as células de um contêm as mesmas informações depositadas no genoma O Gene é expresso quando ele é transcrito em mRNA  Principal ponto de controle

Circuitos regulatórios guiam o desenvolvimento de eucariotos multicelulares e envolvem diversos tipos de mecanismos regulatórios

A expressão de uma proteína pode ser:

Constitutiva: Constantemente expressa

(3)

Controle da Expressão Gênica

Processos que afetam a concentração do produto gênico: pontos potenciais de controle Gene: É um segmento de DNA que leva à produção

de um transcrito de RNA e inclui regiões que antecedem e que seguem a região transcrita, bem como sequências que não são traduzidas (íntrons)

que se intercalam aos segmentos codificadores individuais (éxons), que são traduzidos.

Inclui elementos reguladores, o promotor e oterminador da transcrição

A iniciação da transcrição (1) é o principal mecanismo, pelo menos o mais bem

documentado regulação sincronizadaO processamento pós-transcricional (2) e a estabilidade do mRNA (3) são muito

(4)

Controle da Expressão Gênica

Esquema geral simplificado do promotor de genes de eucariotos

Existem elementos regulatórios a milhares de bases a upstream do promotor

Em procariotos

A identidade da sequência consenso do promotor dita a “força” da transcrição pela

frequência do recrutamento da RNApol

Existe modulação adicional por proteínas

Região promotora do gene da PEP-carboxiquinase

Alta complexidade da regulação deste gene.

Ajuste fino proporcional a importância do processo

(5)

Controle da Expressão Gênica

As informações para o controle da expressão gênica estão no DNA

Regulação negativa

Dependente de Repressores - Inibem a expressão gênica por bloquear o acesso da RNApol ao

promotor

- Dependem da presença do Efetor (sinal molecular)

Tipo característico em procariotos

Elementos operador próximos ao promotor

(6)

Controle da Expressão Gênica

As informações para o controle da expressão gênica estão no DNA

Regulação positiva

Dependente de Ativadores

Induz a expressão Gênica - Dependem da presença do

Efetor (sinal molecular)

Tipo característico em eucariotos

(7)

A Expressão Gênica é regulada por proteínas

Proteínas específicas reconhecem sequências específicas de DNA

Possuem domínios de interação com DNA e de interação com outras proteínas - Normalmente dímeros  reconhecer sequências palindrômicas  simétricas

o papel dos Sulcos maior (mais específico) e menor (menos específico) no DNA

Alta especificidade

KA das proteínas regulatórias pelas sequências-alvo é 4-6

ordens de grandeza maior do que para outras sequências

- Sequências específicas de DNA superfície específica para formação de ligações de H

(8)

Domínios típicos de Ligação ao DNA

-Formam estruturas autônomas separadas do restante da proteína

- Estruturas capazes de interagir estreita e especificamente com o DNA-alvo

- Relativamente pequenos (60-90 resíduos) - projetam-se na superfície das proteínas - Conectadas ao restante da proteína por

regiões flexíveis

O Domínio Hélice-volta-hélice está presente em muitas proteínas ligadores de DNA

- Apresentam-se como “dímeros” de forma a reconhecer a sequência palindrômica no DNA

(9)

Reconhecimento por uma fita beta

Hélice-alça-hélice Homeodomínios Zinc Fingers Leu Resíduos básicos Interação com o Pi Zíper de Leucina

Domínios típicos de Ligação ao DNA

(10)

Controle da expressão em Procariotos

Procariotos produzem proteínas relacionadas a processos interdependentes de forma agrupada

- Mecanismo geral simples para coordenar a regulação de genes inter-relacionados

Sistema óperon: unidade básica de transcrição - Operador  sequência de DNA próximo ao promotor

mRNA policistrônico:

1 promotor  1 mRNA  várias proteínas traduzidas

- Cada sequência codificadora tem seu próprio motivo Shine-Dalguarno

(11)

Controle da expressão em Procariotos

Procariotos induzem a expressão de enzimas conforme a disponibilidade de fonte de energia

β-galactosidade é uma importante ferramenta biotecnológica  atua sobre galactosídios alternativos

(12)

Controle da expressão em Procariotos

A indução da expressão da β-galactosidase  induz a expressão de 2 outras enzimas - Galactosídeo permease: transporte de lactose pela membrana

- Tiogalactosídeo transacetilase: desintoxicação de outras moléculas transportadas pela permease

Indução conjunta de enzimas para adaptação a um novo ambiente:

Mecanismo comum de indução.

Modelo do óperon: Explica a regulação paralela de diferentes proteínas

-Formado por:

- um gene regulador: codifica uma proteína repressora - uma sequência operadora: alvo da proteína repressora

(13)

P: sequência promotor

lacI: gene proteína repressora

O: operadores: sítio de ligação da proteína repressora

lacZ: gene da β-galactosidade

lacY: gene da permease

lacA: gene da tio-transacetilase

lacZ, lacY e lacA formam um mRNA policistrônico ou

poligênico

Operon Lac

Conjunto de genes envolvidos na regulação e expressão das proteínas envolvidas no metabolismo de Lactose.

(14)

Estrutura tetramérica

Cada monômero possui um domínio hélice-volta-hélice que reconhece a sequência operadora

- Ocasiona a formação do loop de DNA

Proteína repressora Lac

Permanece fortemente ligado à sequência operadora na ausência de Lactose - KA 1x106 vezes maior pela sequência operadora do que por outra sequência Impede a transcrição por impedir que a RNApol desenrole o DNA localmente

(15)

Proteína repressora Lac

O ligante da Proteína repressora Lac é um produto secundário da β-galactosidase

1,6-alolactose: INDUTOR

- A lactose não interage com a Proteína repressora Lac

Indutores

α-D-galactopiranosil-(14)-D-glicopiranose

(16)

Operon Lac

1) Na ausência de Lactose, não existe 1,6-alolactose e portanto a Proteína repressora Lac permanece ligada à sequência operadora impedindo a transcrição do DNA

2) Na presença de Lactose, parte desta é convertida a 1,6-alolactose que se liga à Proteína Repressora Lac e reduz a afinidade desta pela sequência operadora. Com a saída da

Proteína repressora Lac da sequência operadora os genes estruturais podem ser transcritos na forma de um mRNA policistrônico ou poligênico

Mesmo na ausência de lactose, existe transcrição basal dos genes estruturais

lacI mRNA

Repressor lacI ligado ao operador bloqueia a transcrição dos genes

lacZ, lacY e lacA

lacI

mRNA lac mRNA (policistrônico)

β-galactosidase

Permease

(17)

[Glicose] alta  [AMPc] baixa e lactose ausente

Controle da Expressão Gênica em procariotos

Comutação de reguladores

Ativação da expressão gênica por AMPc

AMPc (coativador)  indução conjunta de enzimas catabólicas

CRP liga-se ao operador do operon Lac a -51 do Promotor

e “recruta” a RNApol

Atuam em vários óperons AMPc liga-se à cAMP receptor Protein – CRP

[Glicose] baixa  [AMPc] alto e lactose ausente

[Glicose] alta  [AMPc] baixo e lactose presente

Ativação fraca

[Glicose] baixa  [AMPc] alto e lactose presente

Ativação forte

Efeito coordenado entre repressor/ativador

Regulons: rede de óperons com reguladores

(18)

Controle da Expressão Gênica em procariotos

Em procariotos, muitos operons funcionam de forma análoga ao operon Lac

Ex: operon Pur

Controla o metabolismo de Purinas

A proteína Repressor Pur liga-se à sequência operadora na presença de um ligante:

co-repressor

O genoma de E. coli contêm mais de 20 sequências operadora para a proteína

repressora Pur

Regulon

Permite a regulação paralela de todos os passos metabólicos da síntese de

(19)

Controle da Expressão Gênica em procariotos

A estratégia dos atenuadores

- Comum nos operons para síntese aminoácidos

O óperon trp controla a síntese de Triptofano

Altos níveis de Trp reprime o óperon

- Ligação do Trp a proteína repressora induz ligação ao operador

Atenuação do óperon trp

- Ocorre na síntese do mRNA

- Formação de grampos de mRNA auto complementares

Se a [Trp] ↑ síntese rápido do peptídeo líder

Formação alça 3-4  fim da transcrição

Se a [Trp] ↓ síntese lenta do peptídeo líder

(20)

Controle da Expressão Gênica em procariotos

Outros mecanismos, inclui-se a autoindução em biofilmes: quorum sensing Feedback de tradução de óperons de

proteínas ribossomais

- Visa regular a concentração das proteínas ribossomais e rRNA

A proteína ribossomal inibe a tradução de seu próprio mRNA

A medida que o respectivo rRNA é sintetizado, a proteína

ribossomal dissocia-se de seu mRNA e liga ao rRNA

- Maior afinidade pelo rRNA

Controle da tradução

Resposta estringente

- Depende da disponibilidade de aminoácidos - Ausência de aminoácidos

- Recrutamento do fator estringente - Síntese de ppGpp

(21)

Controle da Expressão Gênica em procariotos

Papel de pequenos RNAs  sRNA

Alguns mRNAs bacterianos são regulados por sRNA em cis ou em trans trans: outro sRNA

regula a tradução de um dado mRNA Função dependente da proteína Hfqfacilita formação de duplex RNA-RNA

cis: parte do próprio mRNA regula a própria

tradução - Riboswitches: Aptâmeros naturais de RNA dependentes de ligantes - Ligantes identificados: TPP, cobalamina, FMN, Lys, Gly, purinas e adoMet

(S-adenosilmetionina).

Indução

Repressão

Mecanismo de splicing em eucariotos

(22)

Controle da Expressão Gênica em procariotos

Controle por recombinação

Recombinação regula a expressão de diferentes proteínas do flagelo (FljB e FliC) a cada 1000 gerações

Mecanismo de escape do sistema imuneSistema óperon

- Recombinase Hin inverte posição do promotor (e gene para a hin) para a FljB

(23)

Controle da Expressão Gênica em Eucariotos

O tamanho do genoma

Diversidade Celular

- Impõem mais complexidade para atingir especificidade.

Transcrição e tradução NÃO são processos acoplados.

Os genes de uma mesma via não estão organizados em óperons.

- Existem somente algumas exceções

Transcrição basal não observada  transcrição está inativa para a maioria dos genes

- Regulação positiva  requer Ativadores sempre

- Regulação negativa  necessitaria de grande número de repressores presentes na célula em quantidade há poucos exemplos em eucariotos

Papeis dos ativadores ou fatores de transcrição

1) Montagem do complexo de transcrição basal com os TFII

2) Outras proteínas regulatórias específicas se unem a este complexo basal - Ligam-se à sequências “Enhancer” - Potenciadores

São proteínas modulares e multiméricas Domínio de Ligação ao DNA e Domínio Ativador

(24)

Remodelamento da Cromatina

O DNA de eucariotos se apresenta ligado à proteínas formando os Nucleossomos

- As regiões do DNA que estão sendo transcritas estão menos compactadas - Heterocromatina  fortemente condensada: não disponível para transcrição

- Eucromatina  Parcialmente disponível para a transcrição

(25)

Remodelamento da Cromatina

A acetilação das histonas contribuem para a ativação da transcrição

- Histonas acetilases (HAT) acetilam a Lys da cauda N-Terminal das Histonas 1) Reduz a afinidade da Histona pelo DNA  afrouxa o nucleossoma

2) Recrutamento de outros componentes da maquinaria de transcrição 3) Iniciação da remodelagem da cromatina

Reversão executada por Histonas desacetilasesrepressão da transcrição por compactação da cromatina

(26)

Regiões do DNA que estão mais ou menos compactadas são tecidos específicas

Existem proteínas remodeladoras do DNA tecido específicas que regulam os conjuntos de genes que deverão ser

transcritos e os que devem ser “silenciados”.

O DNA é metilado por Metilases específicas no C5 da C - 70% das 5’-CG-3’ estão metiladas

- A metila projeta-se para o sulco maior bloqueando interações - As 5’-CG-3’ próximas ao 5’ dos genes ativos são

hipometiladas

Remodelamento da Cromatina

Em levedura, os genes necessários para o metabolismo de galactose são ativados pela proteína GAL4.

- Reconhece a sequência: 5’-CGG(N)11CCG-3’  4.000 pontos no DNA de levedura - Somente 10 deles são identificados pela GAL4  99,75% estão bloqueados

(27)

Controle da Expressão Gênica em Eucariotos

As informações para o controle da expressão gênica estão no DNA

Envolve interação, direta ou indireta, de ativadores/repressores e a RNApol em eucariotos

Requerimento de:

- elementos potenciadores (enhancers) a longa distância do promotor

- Regulador de arquitetura para dobrar o DNA (alças ou looping)

- Coativador aumenta a taxa de recrutamento/ativação da RNApol

Repressor pode atuar bloqueando a ação do coativador

Controle combinatório

- Depende do subconjunto de proteínas produzidas naquele tipo celular

(28)

Controle da Expressão Gênica em Eucariotos

Controle combinatório

Dependendo do conjunto de proteínas  diferentes efeitos

Número reduzido de proteínas reguladoras  maior especificidade

reconhecem sequências assimétricas

Ex: 2 famílias de reguladores com 3 membros cada

(29)

Acentuadores

ou

potenciadores

- sequências específicas “acima” do promotor que funcionam como pontos de ligação específicos para proteínas ativadoras ou repressoras.

- Podem estar a milhares de pares de base à 5’ do promotor

- Dependem da presença das proteínas ligadoras específicas - Podem ajudar a expor o DNA para RNApol II

- Podem ajudar a montagem do complexo basal de transcrição

Acentuador da creatina quinase regulando a expressão

(30)

Regulação gênica em eucariotos

Requer ação combinada de diversos agentes

UAS: upstream activator sequences: Sequências ativadoras a montante Pode ser a jusante também

Reguladores da arquitetura: proteínas HMG

Remodelamento da cromatina

Coativadores: Ativadores ou repressores  interação com o MediadorFatores basais de transcrição

(31)

Regulação gênica positiva em eucariotos

Coreografia da ativação da transcrição

Eventos em cascata  variável para diferentes genes

(32)

~ 50 membros no genoma humano Atuam como dímeros  reconhecem

elementos simétricos

Agonistas

Antagonistas

Expressão gênica regulada por hormônios

Receptores Nucleares

Os receptores para hormônios estereoidais atuam induzindo a transcrição

- Proteínas modulares  domínio de ligação ao DNA e domínio de ligação ao hormônio

(33)

Expressão gênica regulada por hormônios

Receptores Nucleares

Os Receptores de hormônios nucleares regulam a transcrição por recrutar Co-ativatores ou

(34)

Expressão gênica regulada por hormônios

Ação hormônios esteroides, tireoidianos e retinóide

- Livre transito pela membrana plasmática

(35)

Regulação por repressão da Tradução

Transcrição e tradução são processos desacoplados  edição do mRNA e transporte para o citoplasma

Envolve o armazenamento de mRNAs inativos no citoplasma

1) Fatores de iniciação da tradução são sujeitos a fosforilação  inibe

2) Proteínas repressoras ligam-se à região 3’ não traduzida (3’UTR - untranslated region) - Bloqueia a iniciação da tradução

(36)

Silenciamento gênico

O papel do microRNA – miRNA60% dos genes humanos

Produção transitória  chamados como pequenos RNAs temporais (stRNA)

Eucariotos superiores (nematódeos, mosca, plantas e mamíferos)

Fazem parte de noncoding RNA (ncRNA)  incluem snRNA, tRNA, rRNA, snoRNA

- Mamíferos codificam mais ncRNA do que mRNA

- O miRNA interage com o mRNA na 3’UTR 

degradação ou inibição da tradução

- Controla o desenvolvimento do organismo - Controle de infecções virais em plantas

Possuem ~70 nt auto-complementares 

duplex RNA-RNAgrampos

Clivagem pela endonuclease DICER ou DROSHA

Interação dos fragmentos de ~22 nt com o mRNA alvo em duplex RNA-RNA  inibição da

tradução ou degradação

- Base da técnica de RNA de interferência (siRNA)

Referências

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