• Nenhum resultado encontrado

Sobre a regularidade de CastelnuovoMumford de arranjos de subespaços lineares no espaço projetivo ndimensional

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Sobre a regularidade de CastelnuovoMumford de arranjos de subespaços lineares no espaço projetivo ndimensional"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

DEPARTAMENTO DE MATEM ´

ATICA

PROGRAMA DE P ´

OS-GRADUAC

¸ ˜

AO EM MATEM ´

ATICA

ROGER OLIVEIRA SOUSA

SOBRE A REGULARIDADE DE CASTELNUOVO-MUMFORD DE

ARRANJOS DE SUBESPAC

¸ OS LINEARES NO ESPAC

¸ O PROJETIVO

(2)

SOBRE A REGULARIDADE DE CASTELNUOVO-MUMFORD DE ARRANJOS

DE SUBESPAC

¸ OS LINEARES NO ESPAC

¸ O PROJETIVO

Disserta¸c˜ao de Mestrado apresentada

ao Programa de P´os-gradua¸c˜ao em

Matem´atica do Departamento de

Ma-tem´atica da Universidade Federal do

Cear´a, como parte dos requisitos

ne-cess´arios para a obten¸c˜ao do t´ıtulo de

Mestre em Matem´atica. ´

Area de

con-centra¸c˜ao: ´

Algebra.

Orientador: Prof. Dr. Jos´e Alberto

Du-arte Maia.

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca do Curso de Matemática

S698s Sousa, Roger Oliveira

Sobre a regularidade de Castelnuovo-Mumford de arranjos de subespaços lineares no espaço proje- tivo n-dimensional / Roger Oliveira Sousa. – 2015.

38 f. : enc. ; 31 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Departamento de Matemática, Programa de Pós-Graduação em Matemática, Fortaleza, 2015.

Área de Concentração: Álgebra.

Orientação: Prof. Dr. José Alberto Duarte Maia.

1. Álgebra. 2. Mumford. 3. Regularidade. 4. Limitação I. Título.

(4)
(5)
(6)

Agrade¸co a minha m˜ae Maria Pereira Oliveria Sousa, pela a boa educa¸c˜ao, que

sempre me norteou na minha caminhada at´e aqui. Obrigado por tudo!

Agrade¸co aos meus colegas de mestrado, pelos momentos valiosos de estudo e

por todas as conversas sobre variados assuntos, men¸c˜ao para meus irm˜aos de orienta¸c˜ao

Renan ”o s´obrio”, Gilson, Z´e Eduardo, Ravik e Jo˜ao Luiz, este ultimo que me ajudou a

colocar minha disserta¸c˜ao no padr˜ao fifa da biblioteca. Obrigado a todos.

Agrade¸co a todos os professores que contribuiram para minha forma¸c˜ao, em

espe-cial ao professor Alberto Maia, pela orienta¸c˜ao, ao professor Francisco R´egis Vieira Alves

que me orientou na minha gradua¸c˜ao e me direcionou para o mestrado, ao CNPQ pelo

apoio financeiro.

(7)

O objetivo deste trabalho ´e estudar o comportamento da regularidade de

Castelnuovo-Mumford em arranjos de subespa¸cos lineares no espa¸co projetivo, para isto, nos

norte-aremospelo artigo de t´ıtulo ”Uma limita¸c˜ao sharp para a regularidade de

Castelnuovo-Munford de arranjos de subespacos”, dos autores Harm Derksen e Jessica Sidman. Em

um primeiro momento, daremos algumas no¸c˜oes preliminares a apresentaremos resultados

auxiliares. Num segundo momento, definiremos os principais objetos deste trabalho,

de-monstraremos os resultados principais e daremos um exemplo que mostra que a limita¸c˜ao

encontrada ´e a melhor poss´ıvel.

(8)

The objetive of this work is study the behavior of the Castelnuovo-Mumford regularity in

arrangements of linear subspces in projetive spaces, for this, we use Jessica Sidman and

Harm Derksen article of title ”A sharp bound for the Castelnuovo-Mumford regularity of

subspace arrangements”. At first, we give some preliminary notions and present auxiliary

results. In a second moment, we define the main objects of this work, proof the main

results and give a example which show that the bound found is sharp.

(9)

SUM ´

ARIO

1

INTRODUC

¸ ˜

AO . . . .

8

2

FEIXE ASSOCIADO `

A M ´

ODULOS . . . .

9

2.1

Aneis e m´

odulos de fra¸

oes . . . .

9

2.2

Espectro de um anel e a topologia de Zariski . . . .

11

2.3

Feixes . . . .

14

2.4

O feixe

M

f

. . . .

16

3

COHOMOLOGIA E RESOLUC

¸ ˜

AO LIVRE . . . .

22

3.1

Homologia e Cohomologia . . . .

22

3.1.1

Homologia

. . . .

22

3.1.2

Cohomologia

. . . .

26

3.2

Cohomologia de

Cech . . . .

ˇ

27

3.3

Resolu¸

ao livre . . . .

28

3.3.1

Resolu¸

ao livre minimal

. . . .

28

4

REGULARIDADE

. . . .

31

4.1

Satura¸

ao . . . .

31

4.2

Regularidade . . . .

33

4.3

Arranjos de subespa¸

cos lineares . . . .

38

5

CONCLUS ˜

AO . . . .

40

(10)

1 INTRODUC

¸ ˜

AO

Ao longo dos ultimos anos os avan¸cos computacionais em geometria alg´ebrica tem gerado

um forte interesse em quantificar a ”complexidade” de ideais e m´odulos. Para um m´odulo

finitamente gerado

M

sobre um o anel de polinˆomios

S

=

k

[

x

0

, ..., x

n

] com

k

um corpo

(11)

2 FEIXE ASSOCIADO `

A M ´

ODULOS

2.1 Aneis e m´

odulos de fra¸

oes

Defini¸

ao 2.1.

Seja

S

um subconjunto de um anel

A. diremos que

T

´e um conjunto

multiplicativo se,

1

T

e para todos

s, t

T

ent˜ao

st

T

.

Definiremos a rela¸c˜ao de equivalˆencia em

A

×

T

da seguinte forma :

(

a, s

) (

b, t

)

(

at

bs

)

u

= 0

para algum u

T

Seja

a

s

a classe de equivalˆencia de (

a, s

), e seja

T

−1

A

o conjunto das classes de equivalˆencia.

Colocaremos uma estrutura de anel em

T

−1

A

definindo as opera¸c˜oes:

a

s

+

b

t

=

(

at

+

bs

)

st

a

s

b

t

=

ab

st

Existe um homomorfismo canˆonico

f

:

A

−→

T

−1

A

definido por

f

(

x

) =

x

1

(mais

geral-mente

f

(

x

) =

xs

s

para algum

s

T

, que n˜ao necessariamente ´e injetivo ).

Defini¸

ao 2.2.

O anel

T

−1

A

´e chamado o anel de fra¸c˜oes de

A

com respeito ao conjunto

multiplicativo

T

.

Proposi¸

ao 2.1.

(Propriedade universal) Seja

g

:

A

−→

B

um homomorfismo de aneis

tal que,

g

(

s

) ´e uma unidade em

B

para todo

s

T

. Ent˜ao existe um ´

unico homomorfismo

h

:

T

−1

A

−→

B

tal que

g

=

h

f

.

Prova 2.1.

i) Unicidade: Se

h

satisfaz a condi¸c˜ao, ent˜ao

h

(

x

1

) = (

h

f

)(

x

) =

g

(

x

)

para

todo

x

A: assim, se

s

T

h

(

1

s

) =

h

((

s

1

)

−1

) = (

h

(

s

1

))

−1

=

g

(

s

)

−1

e portanto,

h

(

a s

) =

h

(

a

1

)

h

(

1

s

) =

g

(

a

)

g

(

s

)

−1

isto ´e,

h

´e unicamente determinada por

g.

ii) Existˆencia: Basta definir

h

(

a

s

) =

g

(

a

)

g

(

s

)

−1

. Ent˜ao

h

´e claramente o

homo-morfismo que procuramos. vamos mostrar que

h

est´a bem definido desta forma. Suponha

que,

as

=

bt

ent˜ao, existe

v

T

tal que

(

at

bs

)

v

= 0

logo,

(

g

(

a

)

g

(

t

)

g

(

b

)

g

(

s

))

g

(

v

) = 0

como

g

(

t

)

´e uma unidade em

B, temos

g

(

a

)

g

(

t

) =

g

(

b

)

g

(

s

)

que implica

g

(

a

)

g

(

s

)

−1

=

g

(

b

)

g

(

t

)

−1

.

Exemplo 2.1.

Seja

p

um ideal primo de

A, ent˜ao

T

=

A

p

´e multiplicativo. Neste

caso escreveremos

A

p

no lugar de

T

−1

A. Os elementos

as

com

a

p

formam um ideal

m

em

A

p

. Se

bt

6∈

m

ent˜ao

b

6∈

p, logo

b

T

desta forma

bt

´e uma unidade em

A

p

. Segue

que, se

I

´e um ideal em

A

p

ent˜ao se

I

6⊂

m

existe um elemento que pertence `a

I

e n˜ao

pertence `a

m, donde

I

deve necessariamente conter uma unidade, da´ı

I

=

A

p

. Portanto

(12)

Exemplo 2.2.

Seja

A

e seja

T

=

{

f

n

}

n>0

. Escreveremos neste caso

A

f

no lugar de

T

−1

A.

A constru¸c˜ao feita de

T

−1

A

pode ser feita trocando o anel

A

por um

A

-m´odulo

M

. Defna a rela¸c˜ao em

M

×

T

da seguinte maneira:

(

m, s

) (

m

, s

)

(

ms

,

m

s

)

u

= 0

para algum u

T

Seja

m

s

a classe de equivalˆencia do par (

m, s

), como antes seja

T

−1

M

o conjunto das

classes de equivalˆencia. ´

E claro que

T

−1

M

´e um

T

−1

A

m´odulo.

Defini¸

ao 2.3.

T

−1

M

´e chamado o m´odulo de fra¸c˜oes do

A-m´odulo

M

com respeito ao

conjunto multiplicativo

T

.

Como nos exemplos acima podemos construir o

M

p

=

T

−1

M A

p

-m´odulo, onde

p

´e um ideal primo de

A

e

T

=

A

p

. Do mesmo modo temos

M

f

=

T

−1

M

o

A

f

-m´odulo,

(13)

2.2 Espectro de um anel e a topologia de Zariski

Defini¸

ao 2.4.

Chamaremos de espectro de um anel comutativo

A

o conjunto de todos

os ideais primos de

A. E o denotaremos por

Spec

(

A

)

.

Um elemento do

Spec

(

A

), ou seja, um ideal primo ser´a chamado um ponto do

Spec

(

A

),

Exemplo 2.3.

Um ideal primo no anel

Z

dos inteiros ´e

(0)

ou

(

p

)

com

p

primo, logo

Spec

(Z) =

{

(0)

,

(2)

,

(3)

, ....,

(

p

)

, ...

}

. Como esxistem infinitos primos, o conjunto

Spec

(Z)

´e infinito.

Nosso objetivo ´e transformar

Spec

(

A

) em um espa¸co topol´ogico, logo precisamos

definir uma topologia neste conjunto. Para isto, precisamos da seguinte defini¸c˜ao.

Defini¸

ao 2.5.

Seja

I

um ideal de

A. Definimos

V

(

I

) =

{

p

Spec

(

A

)

|

I

p

}

.

Note que

V

(

I

)

Spec

(

A

). Se

x

A

denotaremos

V

((

x

)) =

V

(

x

). De posse

desta defini¸c˜ao temos a proposi¸c˜ao que caracteriza estes conjuntos como os fechados da

topologia que tornar´a

Spec

(

A

) um espa¸co topol´ogico.

Proposi¸

ao 2.2.

Sejam

I, J

e

I

λ

ideais de

A

com

λ

Λ

, sendo

Λ

um conjunto de ´ındices

qualquer. Ent˜ao

i)

V

(0) =

Spec

(

A

)

e

V

(

A

) =

ii)

V

(

I

)

V

(

J

) =

V

(

I

J

)

iii)

T

λΛ

V

(

I

λ

) =

V

(

P

I

λ

)

Prova 2.2.

i) Como o elemento zero pertence `a todo ideal, em particular pertence `a todo

ideal primo, logo

V

(0) =

Spec

(

A

)

. Pela defini¸c˜ao de ideal primo, este n˜ao pode conter o

anel todo. Portanto, se

p

´e ideal primo,

p

+

A

ou seja,

V

(

A

) =

.

ii) Se

p

V

(

I

)

ent˜ao

p

I

isto implica que

p

I

J

, ou seja,

V

(

I

)

V

(

I

J

)

.

Da mesma forma vemos que

V

(

J

)

V

(

I

J

)

donde,

V

(

I

)

V

(

J

)

V

(

I

J

)

. Se

p

V

(

I

J

)

por defini¸c˜ao,

p

I

J. Se

p

+

I

ent˜ao existe um elemento

a

I

tal que

a

6∈

P

. Para um elemento arbitr´ario

r

J

temos que,

ar

I

J

p

logo,

ar

p

como

a

6∈

p

e

p

´e primo, temos

r

p. Como tomamos

r

arbitr´ario segue que,

J

p. Assim

p

V

(

J

)

V

(

I

)

V

(

J

)

e temos

V

(

I

J

)

V

(

I

)

V

(

J

)

.

iii) Se

p

T

λΛ

V

(

I

λ

)

ent˜ao

p

I

λ

para todo

λ

Λ

, assim

p

P

I

λ

que

implica

p

V

(

P

I

λ

)

. Se

p

V

(

P

I

λ

)

por defini¸c˜ao

p

P

I

λ

I

λ

para todo

λ

Λ

, isto

(14)

Se chamarmos

Spec

(

A

) =

X

e se

I

´e um ideal de

A

denotarmos por

X

(

I

) =

Spec

(

A

)

V

(

I

). No caso de

f

A

escreveremos

X

f

=

X

(

f

) =

{

p

Spec

(

A

)

|

f

6∈

p

}

. ´

E

claro que os complementares dos conjuntos

V

(

I

) com

I

ideal de

A

satisfazem as condi¸c˜oes

de abertos para a topologia onde os conjuntos

V

(

I

) atuam como fechados.

Defini¸

ao 2.6.

Chamamos de topologia de Zariski para

Spec

(

A

)

. A topologia onde os

abertos s˜ao os conjuntos

X

(

I

) =

V

(

I

)

c

.

Proposi¸

ao 2.3.

Mostre que para todo ideal

I

de

A

temos

X

(

I

) =

S

fI

X

f

.

Prova 2.3.

Observe que para todo

f

I, se

f

6∈

I

ent˜ao

I

*

p

ou seja, se

p

X

f

ent˜ao

p

X

(

I

)

logo,

S

fI

X

f

X

(

I

)

. Reciprocamente, se

p

X

(

I

)

ent˜ao

I

+

p

assim existe

f

I

tal que,

f

6∈

p

logo

p

X

f

S

f∈I

X

f

.

Se o anel

A

for noetheriano, todo ideal ´e finitamente gerado, logo podemos assumir

que,

I

=

{

f

1

, ..., f

n

}

, ent˜ao

X

(

I

) =

S

ni=1

X

fi

. De fato, analogamente ao que foi feito na

proposi¸c˜ao acima temos,

S

ni=1

X

fi

X

(

I

). Por outro lado, se

p

X

(

I

) ent˜ao

I

*

p

, logo

f

i

6∈

p

para algum

i

∈ {

1

, ..., n

}

, pois se todos os geradores de

I

pertencesse `a

p

o ideal

I

estaria contido em

p

. Portanto,

X

(

I

)

S

ni=1

X

fi

. A proposi¸c˜ao acima nos mosrta que os

abertos

X

f

com

f

A

formam uma base para a topologia de Zariski.

Lema 2.1.

Seja

X

=

Spec

(

A

)

, para uma fam´ılia

{

f

λ

}

λ∈Λ

de elementos de

A. A igualdade

X

=

[

λ

X

vale se, e somente se, o ideal

(

f

λ

)

λ∈Λ

gerado pelos

f

λ

gerar o anel todo.

Prova 2.4.

Se a igualdade vale, ent˜ao para todo

p

X

temos que

p

S

λΛ

X

logo,

f

λ

6∈

p

para algum

λ. Isto ´e, todo ideal primo n˜ao cont´em o ideal gerado pelos

f

λ

assim,

A

= (

f

λ

)

λ∈Λ

. Por outro lado, se

(

f

λ

)

λ∈Λ

=

A, se

p

´e um ideal primo de

A. Existe

f

λ

tal

que,

f

λ

6∈

p, implicando que,

p

X

. Portando

X

S

λ∈Λ

X

. A inclus˜ao contr´aria ´e

trivial.

J´a sabemos que todo aberto do espa¸co topol´ogico

X

=

Spec

(

A

) ´e uma uni˜ao de

abertos do tipo

X

f

com

f

A

. Se (

f

λ

)

λ∈Λ

=

A

podemos escolher um n´

umero finito de

elementos

f

λ1

, ..., f

λj

tal que,

j

X

i=1

g

λi

f

λi

= 1

,

satisfazendo (

f

λ

)

λ∈Λ

= (

f

λ1

, ..., f

λj

). Assim obtemos o seguinte resultado.

Lema 2.2.

O espa¸co topol´ogico

X

=

Spec

(

A

)

´e quasi-compacto. Isto ´e, para uma

cober-tura aberta

X

=

[

λ

(15)

ent˜ao existem finitos

U

λj

tal que,

X

=

j

[

i=1

U

λi

.

Lema 2.3.

Seja

X

=

Spec

(

A

)

. Ent˜ao, para

f

e

g

A

temos:

i)

X

f

X

g

=

X

f

g

ii)

X

f

X

g

se, e somente se,

g

p

(

f

)

Prova 2.5.

i) Seja

p

X

f

X

g

ent˜ao

f

6∈

p

e

g

6∈

p

logo,

f g

6∈

p

desta forma

p

X

f g

.

Assim obtemos

X

f

X

g

X

f g

. Se

p

X

f g

por defini¸c˜ao,

f g

6∈

p

logo

f

e

g

n˜ao

podem pertencer `a

p, pois se ao menos um deles pertencer o produto pertencer´a `a

p. Logo

p

X

f

X

g

, e portanto vale i.

(16)

2.3 Feixes

Defini¸

ao 2.7.

Seja

X

um espa¸co topol´ogico. Um pr´e-feixe

F

de grupos ablianos com

espa¸co base X consiste dos seguintes dados:

1)

Para cada aberto

U

X

associamos um grupo abeliano

F

(

U

)

2)

Para cada inclus˜ao

V

U

de abertos de

X

associamos um homomorfismo de

grupos abelianos

ρ

V U

:

F

(

U

)

−→ F

(

V

)

,

satisfazendo as seguintes condi¸c˜oes.

i

F

(

) = 0

ii

ρ

U U

:

F

(

U

)

−→ F

(

U

)

´e o homomorfismo identidade.

iii Se

W

V

U

s˜ao abertos de

X, ent˜ao

ρ

W U

=

ρ

W V

ρ

V U

Os elementos de

F

(

U

) onde

U

´e um aberto de

X

s˜ao chamados de se¸c˜oes do

pr´e-feixe

F

sobre

U

. Os homomorfismos

ρ

V U

s˜ao chamados morfismos de restri¸c˜ao. Da mesma

maneira podemos definir pr´e-feixes

F

de an´eis, basta para isso fazer corresponder a cada

aberto

U

o anel

F

(

U

) e os morfismos de restri¸c˜oes agora ser˜ao homomorfismos de aneis.

As condi¸c˜oes para ser um pr´e-feixe de aneis s˜ao an´alogas as apresentadas acima para o

caso de grupos abelianos. Para fixar ideias, quando falarmos em pr´e-feixes estaremos nos

referindo a feixes de grupos abelianos, caso contr´ario especificaremos que tipo de

pr´e-feixe que iremos manipular. Para simplificar a nota¸c˜ao, a imagem de uma se¸c˜ao

s

∈ F

(

U

)

por meio de

ρ

V U

ser´a denotado por

s

|

V

, ou seja,

s

|

V

=

ρ

V U

(

s

)

∈ F

(

V

)

Defini¸

ao 2.8.

Seja

F

um pr´e-feixe num espa¸co topol´ogico

X. Diremos que

F

´e um

feixe em

X

se satisfaz as seguintes condi¸c˜oes:

1) Para todo aberto

U

e toda cobertura aberta

{

V

i

}

i∈I

de

U

, se

s

∈ F

(

U

)

´e tal

que

s

|

Vi

= 0

para todo

i, ent˜ao

s

= 0

.

2) Se para um aberto

U

munido de uma cobertura aberta

{

V

i

}

i∈I

existirem se¸c˜oes

s

i

∈ F

(

V

i

)

tais que, para quaisquer

i,

j

I

tenhamos

s

i

|

Vi∩Vj

=

s

j

|

Vi∩Vj

, ent˜ao existe uma

se¸c˜ao

s

∈ F

(

U

)

tal que

s

|

Vi

=

s

i

para todo

i

I.

Exemplo 2.4.

Seja

U

um aberto do espa¸co topol´ogico

X

e

C

(

U

)

o conjunto das fun¸c˜oes

cont´ınuas definidas em

U

tomando valores num corpo

k. Definimos a soma e o produto

de fun¸c˜oes

f

,

g

C

(

U

)

da seguinte maneira, para cada

x

U

.

(

f

+

g

)(

x

) =

f

(

x

) +

g

(

x

) (

f g

)(

x

) =

f

(

x

)

g

(

x

)

(17)

ρ

V U

:

C

(

U

)

−→

C

(

V

)

da seguinte forma

ρ

V U

(

f

) =

f

|

V

. Tornamos assim

C

um feixe de

aneis.

Exemplo 2.5.

Se

F

´e um pr´e-feixe em um espa¸co topol´ogico

X

e

U

´e um aberto de

X.

F

junto com a topologia induzida em

U

induzem um pr´e-feixe

F|

U

em

U

. Dado um

aberto

V

U

definimos

F|

U

(

V

) :=

F

(

V

)

. Os morfismos de restri¸c˜ao s˜ao os mesmos do

pr´e-feixe

F

. Desta forma ´e f´acil ver que

F|

U

´e um pr´e-feixe.

Defini¸

ao 2.9.

Seja

F

um feixe em um espa¸co topol´ogico

X. Ent˜ao o talo

F

x

´e definido

como

F

x

= lim

−→

F

(

U

)

onde o limite direto ´e sobre as vizinhan¸cas abertas de

x. O conjunto

das vizinhan¸cas abertas de

x

´e um conjunto direto, basta orden´a-lo com a inclus˜ao inversa,

ou seja,

V < U

se

V

U.

Se

U

e

V

s˜ao vizinhan¸cas de

x

ent˜ao

U

V

tamb´em ´e um

vizinhan¸ca de

x

tal que,

U

V > V

e

U

V > U

. Como

F

´e um feixe, os morsimos de

restri¸c˜ao satisfazem os axiomas que tornam o conjunto das vizinhan¸cas de

x

um conjunto

direto dirigido, o que garante a existˆencia de

lim

(18)

2.4 O feixe

M

f

Defini¸

ao 2.10.

Sejam

X

=

SpecA

e

M

um

A- m´odulo. Definimos o feixe associado

`a

M

, que denotaremos por

M

f

, do seguinte modo:

Para um aberto principal

X

f

X, onde

f

A

fazemos.

f

M

(

X

f

) =

M

f

Teremos como consequˆencia que

f

M

(

X

) =

M.

Para um aberto qualquer

U ⊂

X, faremos

f

M

(

U

) = lim

←−

M

f Xf⊂ U

.

Para ver que

M

f

´e de fato um feixe, note que, quando

X

g

X

f

, teremos

g

p

(

f

)

(pelo

lema

1

.

2

.

3

), ou seja, existem

k >

0

e

a

A

tais que

g

k

=

af. Assim, podemos definir

o morfismo de restri¸c˜ao entre

M

f

e

M

g

da seguinte maneira.

ρ

:

M

f

M

g

;

ρ

(

m

f

r

) =

a

r

m

g

kr

Observe que

M

f

(

X

f

)

n˜ao depende de

X

f

, ou seja, se

X

f

=

X

g

, ent˜ao

M

f

(

X

f

) =

f

M

(

X

g

)

.

De fato, novamente pelo lema

1

.

2

.

3

vale,

p

(

f

) =

p

(

g

)

. Assim,

f

m

=

ag

e

g

n

=

bf

. Defina

F

:

M

f

M

g

;

x/f

p

7→

xb

p

/g

np

. Vamos mostrar que este mapa est´a bem

definido. Se

x/f

p

=

y/f

k

, ent˜ao existe

f

t

tal que,

f

t

(

f

k

x

f

p

y

) = 0

. Assim, usando

que

g

n

=

bf

podemos substituir

f

t

por

gnt

bt

,

f

k

por

gnk

bk

e por fim,

f

p

por

gnp

bp

. Desta forma

obtemos a igualdade,

g

tn

(

b

p

g

nk

x

b

k

g

np

y

) = 0

, ou seja,

F

(

x

fp

) =

xb

p

/g

np

=

yb

k

/g

nk

=

F

(

fyp

)

. Portanto,

F

est´a bem definida. Agora definimos

G

:

M

g

M

f

;

x/g

p

7→

xa

p

/f

mp

.

Analogamente,

G

est´a bem definida. ´

E claro que

F

e

G

s˜ao homomorfismos. Agora vamos

verificar que

G

=

F

−1

.

(

F

G

)(

x

gk

) =

F

(

xak fmk

) =

xakbmk

gnmk

.

Afirmamos que,

x gk

=

xakbmk gnmk

em

M

g

, com efeito

xg

nmk

xg

k

a

k

b

mk

=

xg

nmk

xf

mk

b

mk

=

xg

nmk

xg

nmk

= 0

, portanto,

g

s

(

xg

nmk

xg

k

a

k

b

mk

) = 0

para qualquer

s. O que mostra que

F

G

=

Id

Mg

. De maneira

semelhante se verifica que

G

F

=

Id

Mf

. Logo

M

f

=

M

g

.

Dados

V ⊂ U

abertos, como

M

f

(

U

) = lim

←−

M

f

(

X

f

)

Xf⊂ U

(19)

uma aplica¸c˜ao

ϕ

:

M

f

(

U

) = lim

←−

M

f

(

X

f

)

Xf⊂ U

−→

lim

←−

M

f

(

X

g

)

Xg⊂ V

=

M

f

(

V

)

.

S´o precisamos demonstrar as condi¸c˜oes de feixe na base

X

fi

. ´

E claro que

ρ

Xf,Xf

=

id. Sejam

X

f

X

g

X

h

ent˜ao teremos,

g

n1

=

af

e

h

n2

=

bg

ent˜ao,

h

n1n2

=

ab

n1

f

.

Vamos mostrar que,

ρ

XhXg

ρ

XgXf

=

ρ

XhXf

. Por defini¸c˜ao

ρ

XhXf

(

fyk

) =

yakbn1k

hn1n2k

. Por

outro lado,

ρ

XgXf

(

fyk

) =

yak

gn1k

agora calculando

ρ

XhXg

(

ya k

gn1k

) =

yakbn1k

hn1n2k

. Portando, vale a

igualdade, o que mostra que

M

f

´e um pr´e-feixe. Para mostrarmos que

M

f

´e feixe precisamos

mostrar as condi¸c˜oes

1

e

2

da defini¸c˜ao de feixe. Para simplificar a nota¸c˜ao escreveremos

ρ

i,ij

=

ρ

XfiXfifj

e

ρ

i,f

=

ρ

XfiXf

Se

X

f

=

i∈I

X

fi

e para

s

M

f

ρ

i,f

(

s

) = 0

,

i

I,

ent˜ao

s

= 0

.

De fato, podemos escrever

s

=

fgm

com

g

M

, ent˜ao

s

ser igual `a zero

implica que,

f

k

g

= 0

para algum

k

inteiro positivo. Seja

(0 :

g

) =

{

h

A

|

f g

= 0

}

o anulador de

g. Desta forma,

s

= 0

implica

f

p

(0 :

g

)

, ent˜ao se

p

A

´e um ideal

primo tal que,

(0 :

g

)

p

teremos

f

p. Suponha que

s

6

= 0

em

M

f

.Ent˜ao existe um

primo

p

(0 :

g

)

tal que

f

6∈

p

e o diagrama abaixo ´e comutativo

M

f //

!

!

M

fi

M

p

.

Como

ρ

i,f

(

s

) = 0

, a imagem de

s

em

M

p

tamb´em ´e zero. Portanto a imagem de

g

=

f

m

s

= 0

em

M

p

, logo existe

b

A

p

tal que

bg

= 0

, isto ´e,

b

(0 :

g

)

p

absurdo.

Assim

s

= 0

.

Se

X

f

=

i∈I

X

fi

e para

s

i

M

fi

e

s

j

M

fj

com

i

e

j

arbitr´arios tais que,

ρ

ij,i

(

s

i

) =

ρ

ij,j

(

s

j

)

.

Ent˜ao existe

s

M

f

tal que,

ρ

if

(

s

) =

s

i

. Com efeito, podemos assumir

f

= 1

(veja Kenji

Ueno-Algebraic Geometry 1) isto ´e,

(20)

Pelo lem

1

.

2

.

2

podemos escolher um n´

umero finito de ´ındices, ou seja,

X

=

l i=1

X

fi

.

Com isto, podemos escrever

s

i

=

faim

i

pertencente `a

M

fi

para todo

i

= 1

, ..., l

usando a

mesma potˆencia no denominador. Por hip´otese temos

ρ

ij,i

(

s

i

) =

fm

j ai

(fifj)m

=

ρ

ij,j

(

s

j

) =

fm

i aj

(fifj)m

. Por defini¸c˜ao existe um inteiro

n

ij

tal que,

(

f

i

f

j

)(

f

j

a

i

f

i

a

j

) = 0

1

i < j

l.

Ent˜ao seja

N > m

+

n

ij

para todo

1

i < j

l. Como para um

k

arbitr´ario podemos

escrever

s

k

=

fakm

k

=

akfkp fN

k

=

a′k fN

k

onde

p

+

m

=

N

. Obtemos

a

i

f

jN

a

j

f

iN

= 0

, para todo

1

i < j

l. Por outro lado, como

X

f

=

X

fN

temo,

X

=

li=1

X

N fi

.

Pelo lema

1

.

2

.

1

existem

b

j

A

satisfazendo

l

X

j=1

b

j

f

jN

= 1

Defina

s

=

l

X

j=1

b

j

a

j

M

ent˜ao

f

iN

s

=

l

X

j=1

b

j

f

iN

a

j

=

l

X

i=1

b

j

f

jN

a

i

=

a

i

.

A saber

ρ

XfiX

(

s

) =

a′i fN

i

=

s

i

.

Unicidade: Seja

t

M

;

t/

1 =

s

j

,

j. Dado

P

SpecA

=

X

fi

, existe

X

f

contendo

P

. Da´ı,

s/

1

t/

1 = 0

M

f

. Ent˜ao

s

t/

1 = 0

M

P

,

P

SpecA. Portanto,

s

t

= 0

.

Concluimos que

M

f

´e um feixe. Tamb´em temos que, para todo

P

SpecA, vale

(

M

f

)

P

=

M

P

, ou seja, o talo no ponto

P

´e isomorfo `a localiza¸c˜ao do m´odulo

M

no primo

P

. Com efeito, mostraremos que

M

P

possui a propriedade universal do limite direto.

Primeiro defina:

f

g

X

f

X

g

. Assim,

µ

f g

:

M

f

M

g

, x/f

r

7→

xb

r

/g

rm

, onde

g

m

=

bf

. Note que

f.g

f, g. Defina

v

f

:

M

f

M

P

, x/f

7→

x/f

pois

P

X

f

f /

P

.

´

E claro que

v

g

µ

f g

=

v

f

,

f

g.

(21)

Defina

α

:

M

P

B, x/s

7→

α

s

(

x/s

)

. Mostraremos que

α

est´a bem definida. Seja

y/t

=

x/s, ou seja,

s

(

ys

xt

) = 0

. Como

ts

t, s, teremos que existe

r, d

N

e

c, d

A

tal que

(

st

)

r

=

cs

e

(

st

)

n

=

dt. Note que

µ

s,ts

(

x/s

) =

xc/

(

st

)

r

e

µ

t,ts

(

y/t

) =

yd/

(

ts

)

n

.

Logo,

s

t

((

st

)

r

yd

(

st

)

n

xc

) =

s

t

(

csyd

dtxc

) =

t

cds

(

ys

tx

) = 0

Logo,

µ

s,st

(

x/s

) =

µ

t,ts

(

y/t

)

. Assim,

α

s

(

x/s

) =

α

ts

µ

s,ts

(

x/s

) =

α

ts

µ

s,ts

(

y/t

) =

α

t

(

y/t

)

.

Portanto,

α

est´a bem definida. ´

E claro que

α

f

=

α

v

f

.

Seja

β

:

M

P

B

tal que

α

f

=

β

v

f

. Logo,

β

(

x/s

) =

β

v

s

(

a/s

) =

α

s

(

a/s

) =

α

s

.

Logo,

α

´e ´

unica e assim,

M

P

possui a propriedade universal. Portanto,

lim

−→

PXf

M

f

(

X

f

)

M

P

.

No caso em que

M

=

A

chamaremos

M

f

=

O

A

o feixe sobre o

Spes

(

A

).

Defini¸

ao 2.11.

Seja

G

um semigrupo abeliano com elemento identidade

0

(isto ´e,

G

´e um

conjunto que possui uma lei de adi¸c˜ao

+

satisfazendo: associatividade e comutatividade).

Um anel graduado (ou

G-graduado)

R

´e um anel que se decomp˜oe em soma direta de

subgrupos aditivos

R

=

M

n∈G

R

n

satisfazendo

R

i

R

j

R

i+j

Exemplo 2.6.

Como principal exemplo de anel graduado, temos o anel de polinˆomios com

coeficientes em um corpo

k. Assim o anel

k

[

x

0

, ..., x

r

] =

M

n≥0

R

n

onde

R

n

´e o conjunto dos

polinˆomios homogˆeneos de grau

n.

Defini¸

ao 2.12.

Um

R-m´odulo graduado de um anel graduado

R, ´e um

R-m´odulo

M

munido de uma decomposi¸c˜ao em soma direta de subgrupos

M

n

, isto ´e,

M

=

M

n∈G

M

n

satisfazendo,

R

i

M

j

M

i+j

.

Um elemento

x

M

´e homogˆeneo se

x

M

i

para algum

i

G

, onde

i

´e

chamado o grau de

x

. Um elemento qualquer

x

M

pode ser expresso unicamente da

forma

x

=

X

i∈G

x

i

com

x

i

M

i

, e apenas uma quantidade finita de

x

i

s˜ao diferentes de

zero. Cada

x

i

´e chamado o termo homogˆeneo de

x

de grau

i

. Um subm´odulo

N

M

´e um

subm´odulo homogˆeneo se

N

pode ser gerado por elementos homogˆeneos. Para qualquer

R

-m´odulo graduado

M

denote por

M

(

a

) o m´odulo

M

deslocado por

a

. Cuja gradua¸c˜ao

´e:

M

(

a

)

d

=

M

d+a

Se

S

=

k

[

x

0

, ...., x

r

] e

x

S

´e homogˆeneo de grau

a

, ent˜ao

Sx

´e isomorfo como

S

-m´odulo

`a

S

(

a

). De fato, defina o homorfismo de

S

-m´odulos

ϕ

:

S

(

a

)

−→

S

multiplica¸c˜ao por

x

.

Defini¸

ao 2.13.

Seja

S

um anel graduado e

I

um ideal. Seja

I

d

=

I

S

d

se

I

=

M

d≥0

(22)

Ent˜ao

I

´e um ideal homogˆeneo.

Assim, um ideal

I

´e homogˆeneo se, e somente se, para todo elemento

f

I

,

escrevendo

f

=

f

i1

+

...

+

f

in

ent˜ao cada

f

ij

I

para

j

= 1

, ..., n

. Se

S

´e um anel

graduado, denotaremos por

S

+

=

M

d>0

S

d

.

Defini¸

ao 2.14.

Seja

P roj

(

S

) :=

{

p

|

p

´

e ideal primo homog

ˆ

eneo de Sp

+

M

d>0

S

d

}

o

espectro homogˆeneo de

S.

Novamente, nosso objetivo ´e transformar

P roj

(

S

) em um espa¸co topol´ogico. Para

isto de modo similar ao que foi feito no caso do

Spec

(

S

) definiremos a topologia de Zariski.

Os fechados da topologia de Zariski para o

P roj

(

S

) s˜ao da seguinte forma.

Defini¸

ao 2.15.

Seja

I

um ideal homogˆeneo de

S.

V

(

I

) :=

{

p

|

p

P roj

(

S

)

, p

I

}

Para estes conjuntos vale que,

V

(

IJ

) =

V

(

I

)

V

(

J

) e

V

(

P

I

i

) =

V

(

I

i

). Os

abertos

X

+

(

f

) =

{

P

P rojS

|

f /

P

}

(com

f

homogˆeneo com grau estritamente maior

que zero) cobrem

P rojS

e formam uma base para a topologia de Zariski.

Defini¸

ao 2.16.

Seja

M

um

S-m´odulo graduado, definiremos o feixe

M

f

nos abertos

b´asicos

X

+

(

f

)

da seguinte maneira.

M

f

(

X

+

(

f

)) =

M

(f)

. Onde

M

(f)

denota o subm´odulo

de

M

f

dos elementos de grau zero, ou seja elementos da forma

fxn

onde

x

´e um elemento

homogˆeneo de

M

de grau

ngrau

(

f

)

. E vale

M

]

(

d

) =

M

f

(

d

)

onde

M

]

(

d

)(

X

+

(

f

))

´e igual oa

subm´odulo de

M

f

consistindo dos elemntos de grau

d, isto ´e,

fan

com

grau

(

a

)

ngrau

(

f

) =

d.

No caso em que

S

=

k

[

x

0

, x

1

, ...x

n

] onde

k

´e um corpo qualquer. Diremos que

P roj

(

S

) =

P

n

=

X

.

Defini¸

ao 2.17.

Γ

(

M

f

) :=

M

d∈Z

Γ(

X,

M

]

(

d

))

onde

M

´e um

S-m´odulo graduado.

Γ

(

M

f

) ´e um

S

-m´odulo, cuja a estrutura de m´odulo ´e dada pelo mapa,

Γ(

X, O

X

(

p

))

Γ(

X,

M

]

(

q

))

−→

Γ(

X,

M

^

(

q

+

p

))

Observa¸

ao 2.1.

Existe um mapa canˆonico

τ

d

:

M

d

−→

Γ

(

X

f

,

M

]

(

d

))

para cada

d

que

associa

x

M

d

`a

x1

M

(f)

(

d

)

. Note que essas se¸c˜oes colam e formam uma se¸c˜ao global,

portanto temos um homomorfismo de grau zero;

τ

:

M

−→

Γ

(

X,

M

]

(

q

))

. Nem sempre

τ

´e injetiva e sobrejetiva, no entanto, quando

M

for de tipo finito

τ

d

´e um isomorfismo

para

d

suficientemente grande. Ou seja o feixe

M

f

depende apenas dos termos de grau

suficientemente grande de

M

( lembrando que estamos supondo

M

graduado).

Teorema 2.1.

Seja

S

d

o espa¸co vetorial dos polinˆomos homogˆeneos de grau

d. Ent˜ao

Γ(P

n

(23)

Em particular

Γ(P

n

, O

Pn

) =

k.

Prova

Considere

f

Γ(P

n

, O

Pn

(

d

)),

f

6

= 0. Por defini¸c˜ao a restri¸c˜ao de

f

ao aberto

X

+

(

x

i

) ´e uma fun¸c˜ao racional da forma

Pixr

i

onde

P

i

´e homogˆeneo de grau

d

+

r

. A menos

de simplifica¸c˜ao se necess´ario, podemos supor que

x

i

n˜ao dividi

P

i

. Do mesmo modo a

restri¸c˜ao de

f

ao aberto

X

+

(

x

j

) ´e a fun¸c˜ao racional,

Pj xs

j

onde

P

j

´e homogˆeneo de grau

d

+

s

e

x

j

n˜ao divide

P

j

. Como estes elementos s˜ao restri¸c˜oes de

f

eles coincidem na interse¸c˜ao

X

+

(

x

i

x

j

). Logo s˜ao iguais em

k

[

x

0

, ..., x

n

]

(xixj)

ou no corpo de fra¸c˜oes

k

(

x

0

, ..., x

n

). Da´ı

segue que,

x

s

j

P

i

=

x

ri

P

j

mas, como

x

i

n˜ao divide

P

i

a igualdade s´o ´e poss´ıvel se

d

= 0 e

da mesma forma

s

= 0, ent˜ao

P

i

=

P

j

. Assim, a se¸c˜ao

f

´e dada por um polinˆomio

P

i

de

(24)

3 COHOMOLOGIA E RESOLUC

¸ ˜

AO LIVRE

3.1 Homologia e Cohomologia

3.1.1

Homologia

Defini¸

ao 3.1.

Seja

A

um anel comutativo com unidade. Um complexo de cadeias

com coeficientes em

A

´e uma sequˆencia

C

=(

C

p

, ∂

p

) de

A

-m´odulos

C

p

,

p

0, inteiro, e

homomorfismos

p

:

C

p

−→

C

p−1

tais que

p

p+1

= 0. Escreve-se:

C

:

. . .

//

C

p+1 ∂p+1 / /

C

p ∂p / /

C

p−1 //

· · ·

//

C

1

∂1 /

/

C

0

Cada elemento

x

C

p

´e chamado um

p

-cadeia ou uma cadeia de dimens˜ao

p

. Se

p

x

= 0, diz-se que

x

´e um

p

-c´ıclo ou simplesmente um c´ıclo.

O conjunto

Z

p

dos

p

-c´ıclos ´e um subm´odulo de

C

p

, pois

Z

p

=

Ker∂

p

.

Se

y

=

p+1

x

, diz-se que a

p

-cadeia

y

´e o bordo da (

p

+ 1)-cadeia

x

. O conjunto

B

p

das

p

-cadeias que s˜ao bordos de uma (

p

+ 1)-cadeia ´e um subm´odulo de

C

p

, pois

B

p

=

Im∂

p+1

.

Cada homomorfismo

p

:

C

p

−→

C

p−1

´e chamdo operador bordo. A menos que seja

necess´ario ser mais expl´ıcito, escreve-se

em vez de

p

, de modo que

= 0 para toda

cadeia

x

C

p

.

Temos que

B

p

Z

p

, pois para

y

B

p

ent˜ao

y

=

p+1

x

para

x

C

p+1

. Aplicando

p

em

y

temos

p

y

=

p

p+1

x

= 0

logo

y

Z

p

.

Defini¸

ao 3.2.

O

A

-m´odulo

H

p

=

ZpBp

chama-se o grupo de homologia

p

-dimensional do

complexo

C

com coeficientes em

A

. Seus elementos s˜ao chamados classes de homologia

dos c´ıclos

z

Z

p

.

[

z

] =

z

+

B

p

=

{

z

+

∂x

;

x

C

p+1

}

.

Se

z

e

z

s˜ao c´ıclos

p

-dimensionais tem-se [

z

] = [

z

] se, e somente se,

z

z

=

∂x

para algum

x

C

p+1

. Diz-se ent˜ao que

z

e

z

s˜ao c´ıclos hom´ologos.

Se para cada

p

0 o

A

-m´odulo

C

p

possuir subm´odulo

C

p

tal que,

p+1

C

p+1

C

p

ent˜ao,

pondo

p

=

p

|

Cp

, a sequˆencia

C

= (

C

p

, ∂

p

) ´e um complexo de cadeias, chamado um

subcomplexo de

C

.

Considerando agora para todo

p

0, o

A

-m´odulo quociente ¯

C

p

=

Cp

(25)

homomorfismo ¯

p

: ¯

C

p

−→

C

¯

p−1

que torna comutativo o diagrama abaixo.

C

p ∂p / / j

C

p−1

j

¯

C

p ¯ ∂p /

/

C

¯

p

Onde

j

´e a aplica¸c˜ao quociente. Por defini¸c˜ao ¯

(

jx

) =

j

(

∂x

). Assim

¯

¯

([

x

]) = ¯

¯

(

jx

) = ¯

j

(

∂x

) =

j

(

)(

x

) = 0

pois

= 0. A sequˆencia ¯

C

= ( ¯

C

p

¯

p

) ´e um complexo de cadeias, chamado o quociente

de

C

por

C

.

Sejam

X

= (

X

p

, ∂

p

) e

Y

= (

Y

p

, ∂

p

) complexos de cadeias cujos operadores-bordo

indica-remos com o mesmo s´ımbolo

p

=

. Um morfismo

f

:

X −→ Y

´e uma sequˆencia de

homomorfismos

f

p

:

X

p

−→

Y

p

tais que

f

p

(

∂x

) =

∂f

p+1

x

para todo

x

X

p

. Isto significa

que no diagrama abaixo todos os retˆangulos s˜ao comutativos.

. . .

//

X

p+1 ∂ //

fp+1

X

p ∂ // fp

X

p−1 //

fp−1

. . .

//

X

0

fo

. . .

//

Y

p+1 ∂ //

Y

p

∂ //

Y

p−1 //

. . .

//

Y

0

Assim se

x

Z

p

(

X

) temos

f

p

x

Z

p

(

Y

) pois,

∂f

p

x

=

f

p−1

∂x

=

f

p−1

0 = 0. Portanto

f

p

(

Z

p

(

X

))

Z

p

(

Y

). Al´em disso,

f

p

(

B

p

(

X

))

B

p

(

Y

). Com efeito, se

y

B

p

(

X

) ent˜ao

y

=

∂x

com

x

X

p+1

, aplicando

f

p

temos que

f

p

y

=

f

p

∂x

=

∂f

p+1

x

fazendo

f

p+1

x

=

z

Y

p+1

temos que,

f

p

y

=

∂z

isto ´e,

f

p

y

B

p

(

Y

).

O que foi visto acima nos permite definir por passagem ao quociente (

f

p

)

:

H

p

(

X

)

−→

H

p

(

Y

) induzida por

f

p

, dada por (

f

p

)

[

z

] = [

f

p

z

] para toda classe [

z

]

H

p

(

X

), usualmente

se escreve

f

:

H

p

(

X

)

H

p

(

Y

). Tal homomorfismo ´e natural no seguinte sentido, se

g

:

Y

−→

M

´e outro morfismo entre os complexos de cadeias, considerando para todo

p

0, o homomorfismo

g

:

H

p

(

Y

)

−→

Hp

(

M

), ent˜ao o morfismo

g

f

:

X

−→

M

induz o homomorfiso (

g

f

)

:

H

p

(

X

)

−→

H

p

(

M

) e tem-se (

g

f

)

=

g

f

. Fazendo

(

g

f

)

p

=

g

p

f

p

segue que, (

g

f

)

p

∂x

=

g

p

(

f

p

)

x

=

g

p

(

f

p+1

)

x

= (

g

p

)

f

p+1

x

=

Referências

Documentos relacionados

De maneira sucinta, porém objetiva, este artigo, propôs dirimir possíveis controvérsias à visão do Tratado da Amizade, bem como explicitar relevantes avanços no

parâmetro adimensional [0,1] do modelo de dano não local parâmetros do material para o modelo de dano apresentado no Capítulo 4 parâmetro b3 é chamado genericamente de b em

Considerando a importância dos tratores agrícolas e características dos seus rodados pneumáticos em desenvolver força de tração e flutuação no solo, o presente trabalho

A simple experimental arrangement consisting of a mechanical system of colliding balls and an electrical circuit containing a crystal oscillator and an electronic counter is used

Este dado diz respeito ao número total de contentores do sistema de resíduos urbanos indiferenciados, não sendo considerados os contentores de recolha

29 Table 3 – Ability of the Berg Balance Scale (BBS), Balance Evaluation Systems Test (BESTest), Mini-BESTest and Brief-BESTest 586. to identify fall

Realizar a manipulação, o armazenamento e o processamento dessa massa enorme de dados utilizando os bancos de dados relacionais se mostrou ineficiente, pois o

Para devolver quantidade óssea na região posterior de maxila desenvolveu-se a técnica de eleva- ção do assoalho do seio maxilar, este procedimento envolve a colocação de