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BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA A GESTÃO ORGANIZACIONAL

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BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA A GESTÃO ORGANIZACIONAL

Sertãozinho 2018

Sertãozinho 2019

PÂMELA REGINA MARTINS DE OLIVEIRA

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Sertãozinho 2019

BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA A GESTÃO ORGANIZACIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional Participações S.A, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Ciências Contábeis.

Orientador: Marcelo Cerconi

PÂMELA REGINA MARTINS DE OLIVEIRA

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PÂMELA REGINA MARTINS DE OLIVEIRA

BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO PARA A GESTÃO ORGANIZACIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera Educacional Participações S.A, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª

Prof.ª

Prof.

Sertãozinho, de Dezembro de 2019.

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Não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo.

Peter Drucker

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AGRADECIMENTOS

À Deus criador de todas às coisas.

Aos meus familiares por entender os momentos de ausência.

Aos meus professores pelos ensinamentos.

Ao meu orientado Prof. Marcelo Cerconi pelas horas de dedicação para as devidas orientações e correções.

Aos meus colegas de classe pelas horas compartilhadas.

Aos colaboradores da instituição pelo carinho.

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OLIVEIRA, Pâmela, Regina, Martins de. Planejamento tributário e gestão organizacional. Trinta e três. Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis – Anhanguera Educacional, Sertãozinho, 2019.

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo primário conceituar gestão e planejamento tributário: operacional e tático. Entendendo que o planejamento tributário é uma ferramenta de fundamental importância nas empresas sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, no decorrer do desenvolvimento da pesquisa procurou-se responder a seguintes indagação: Quais os benefícios do planejamento tributário para a gestão organizacional? Para tanto a metodologia caracterizou-se como revisão de literatura com abordagem qualitativa e interpretativa, baseada principalmente em obras de autores da área contábil e fiscal e amparos legais Lima; Rezende (2019), Brasil (2012), Cunha (2000), Fayo (1960), Padoveze (2004), Marion (2006), (2008), (2003), entre outros, além teses, monografias, e artigos publicados em sites de internet. Através dos assuntos abordados acerca do tema percebeu-se que o planejamento tributário é uma ferramenta de gestão eficaz, desde que esteja bem definido o conceito de elisão e evasão fiscal, baseando-se nos amparos legais.

Palavras-chave: Benefícios, Planejamento Tributário, Gestão, Organizacional.

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OLIVEIRA, Pâmela, Regina, Martins de. Tax planning and organizational management. Thirty three. Completion of course work accounting sciences – Anhanguera Educational, Sertãozinho, 2019.

ABSTRACT

This study aimed to conceptualize tax management and planning: operational and tactical. Understanding that tax planning is a fundamental tool in companies, whether small, medium or large, in the course of the research we sought to answer the following question: What are the benefits of tax planning for organizational management?

Therefore, the methodology was characterized as a literature review with a qualitative and interpretative approach, based mainly on works by authors from the accounting and tax area and legal protections Lima; Rezende (2019), Brazil (2012), Cunha (2000), Fayo (1960), Padoveze (2004), Marion (2006), (2008), (2003), among others, besides theses, monographs, and articles published in Internet sites. Through the subjects approached on the subject it was realized that tax planning is an effective management tool, provided that the concept of tax avoidance and evasion is well defined, based on legal support.

Key-words: Benefits, Tax Planning, Management, Organizational

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFOP (Código Fiscal da Operação e Prestação)

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

2 CONCEITOS DE GESTÃO E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: OPERACIONAL E ESTRATÉGICO ... 14

2.1CONCEITODEPLANEJAMENTOTRIBUTÁRIO ... 15

2.2TIPOSDEPLANEJAMENTOTRIBUTÁRIO:OPERACIONALEESTRATÉGICO 17 3 REGIME DE TRIBUTAÇÕES: LUCRO REAL, PRESUMIDO E SIMPLES NACIONAL ... 19

3.1LUCROREAL ... 21

3.2LUCROPRESUMIDO... 22

3.3SIMPLESNACIONAL ... 23

4.1ELISÃO,EVASÃOFISCALEOSBENEFÍCIOSDOPLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ... 25

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30

REFERÊNCIAS ... 31

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1 INTRODUÇÃO

O planejamento tributário tem se apresentado como sendo de fundamental importância para as tomadas de decisões gerenciais nas empresas, relacionadas às atividades diárias de entradas e saídas que envolvam os impostos. Ao se valerem das informações contidas nas demonstrações contábeis, os gestores executam o planejamento tributário e traçam objetivos e metas passiveis de alcance, visando a lucratividade das empresas, independente de porte e ramo de atividade.

Justificou-se a escolha do tema para o desenvolvimento da pesquisa, pela sua relevância que leva a constantes debates entre acadêmicos, estudantes, professores, administradores, contadores, auditores internos e externos, governo, instituições públicas e privadas e profissionais de todas as áreas administrativas, contábeis e fiscais e governo, além dos gestores que buscam através do planejamento estratégico fazer com que as empresas se tornem mais lucrativas, ao formular estratégias, baseando-se nas informações constantes nos relatórios gerenciais emitidos pelo setor contábil.

Diante do exposto, indagou-se: Quais os benefícios do planejamento tributário para a gestão organizacional?

Para tanto definiu-se como objetivo primário, conceituar gestão e planejamento tributário: operacional e estratégico. Já os secundários apresentar os tipos de tributações: Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional e descrever os benefícios do planejamento tributário para o processo de gestão estratégica, visando a redução da carga tributária das empresas.

A metodologia caracterizou-se como revisão de literatura com abordagem qualitativa e interpretativa, baseada principalmente em obras de autores da área contábil e fiscal e amparos legais Lima; Rezende (2019), Brasil (2012), Cunha (2000), Fayo (1960), Padoveze (2004), Marion (2006), (2008), (2003), entre outros, além teses, monografias, e artigos publicados em sites de internet, se valendo das palavras chaves para busca: Benefícios, Planejamento Tributário, Gestão, Organizacional.

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2 CONCEITOS DE GESTÃO E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: OPERACIONAL E ESTRATÉGICO

Os gestores das empresas de pequeno, médio e grande porte, independente do ramo de atividade, tem buscado basear-se nos conceitos de gestão, diferenciando- os dos conceitos de administração, para assim direcionarem recursos visando atingir objetivos e metas traçados pelos administradores. O alcance dos objetivos e metas possibilitam que a empresas saiam a frente de seus concorrentes e as tornem lucrativas ao conquistarem novos mercados.

Segundo Grilo (1996, p.18) “A gestão emergiu a partir do século 19 quando houve a necessidade de sistematizar e orientar a forma de gerir as organizações econômicas”. Esse período foi marcado, pela abertura de novos mercados, e a chegada das multinacionais no Brasil, momento em que as empresas começaram a tomar ciência da necessidade de gestores eficazes e profissionais treinados para permanecerem em um cenário mercadológico, que se encontra em constantes transformações.

Sobre a gestão como ciência organizacional, segundo Cunha (2000, p.47):

A ciência organizacional é entendida como um dos domínios disciplinares que ajudam a formar o território multidisciplinar que é a gestão. Ou seja, nem tudo o que é gestão é do domínio da ciência organizacional, mas toda ciência organizacional pode ser entendida como podendo ser abarcada por uma ciência de gestão que demonstre preocupações não apenas aplicadas, como também, teóricas.

Comprovada como ciência, o conceito e aplicabilidade da administração no âmbito organizacional tem ganhado notoriedade pelo mundo. As empresas que se apresentam como sendo lucrativas são aquelas que buscam através das técnicas administrativas organizar processos e treinar pessoas visando a conquista de novos consumidores, que espalhados pelo mundo, mas mediados pela tecnologia, fecham negócios a qualquer hora de qualquer lugar e fidelizam as empresas que demonstram transparência e responsabilidade de gestão. Para entendimento do conceito de gestão é necessário diferenciá-lo do conceito de administração.

Por ser considerados conceitos mais abrangentes, os conceitos de gestão diferencia-se dos conceitos de administração, segundo Chanlat (1999, p. 31): gestão é “um conjunto de práticas e de atividades fundamentadas sobre certo número de princípios que visam uma finalidade”. Os princípios os quais se refere o autor pode

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ser entendido como sendo a ética e a responsabilidade que os gestores devem ter relacionado à confiança do cargo de diretor, gerente ou líder que lhes foram atribuídos.

Silva (2013), distingue os conceitos de administração e gerenciamento, o administrador estabelece metas e politicas organizacionais, já o papel dos gerentes está relacionado com a execução e acompanhamento das metas e politicas traçadas pelo administrador. Os administradores baseando-se nas informações gerenciais dos relatórios contábeis e recursos do ambiente interno, traçam metas e determinam as políticas que vão conduzir as atividades diárias. Já o gestores direcionam recursos e pessoas para que os objetivos e metas sejam atingidos de forma como foi planejado pelo administrador. Cita-se a importância dos gestores na condução de processos e pessoas, diante do planejamento tributário.

Oliveira; Chieregato; Júnior e Gomes (2011, p. 16), pode-se entender Gestão Tributária como:

Especialização administrativa que tem como principais objetivos o estudo da teoria e a aplicação prática dos princípios e normas básicas da legislação tributária. Ramo da administração responsável pelo gerenciamento dos tributos incidentes nas diversas atividades de uma empresa, ou grupo de empresas, adaptando ao dia a dia empresarial as obrigações tributárias, de forma a não expor a entidade às possíveis sanções fiscais e legais ou apurar o valor justo do tributo.

Alguns gestores, tendo o suporte do setor de contabilidade seja ela interna ou externa, especializam-se como gestores tributários. Esses gestores, passam a ter responsabilidades relacionadas a: conhecimento do cenário econômico, político e social, as mutações das diversas variáveis que envolvem os tributos, os processos de compras, vendas, devoluções de produtos entre outras atividades que envolvem a gestão tributária, para que a empresa não venha a sofrer dispêndio financeiro, muitas vezes irrecuperáveis. Neste contexto o Planejamento Tributário é uma ferramenta de fundamental importância.

2.1 CONCEITO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

A alta carga tributária exige que as empresas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, direcionem esforços através de sistemas de gestão eficazes e pessoas treinadas para o desenvolvimento das atividades diárias, visando o controle dos impostos para assim serem mais lucrativas. Neste contexto os gestores exercem

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papéis fundamentais, ao se valerem das informações constantes nos relatórios contábeis para a elaboração do planejamento tributário.

De acordo com Chaves (2008, p.08) “Planejamento Tributário é o meio legal de redução de carga tributária. Nos tempos atuais, é a ferramenta necessária não só a qualquer empresa como também aos contribuintes. Já para Robbins (2000), o conceito planjeamento estratégico esta relacionado a definição dos objetivos e metas das empresas. Para que os objetivos e metas sejam atingidos é necessário que os gestores coordene pessoas e processos, baseando-se em dois questionamentos: O que será feito? E como será feito?

Levando-se em consideração as citações dos autores Chaves (2008) e Robbins (2000), pensa-se o planejamento tributário como sendo uma ferramenta da administração que objetiva redução da carga tributária através da análise dos trâmites legais e que tenha condições de responder os quesionamento propostos. Para tanto é necessário que os gestores ao traçarem objetivos e metas, visando o planejamento tributário, tenham conhecimento de todas as atividades que envolvam tributos e como essas estão sendo desenvolvidas pelos colaboradores, para assim tomarem decisões acertivas, baseando-se nas informações dos relatórios gerenciais contábeis, como balanço patrimonial e demonstração de resultados do exercício, aconselha-se dos últimos três anos.

O planejamento tributário é classificado em três categorias: conservador, moderado e agressivo. Quanto ao conservador, este aplica-se nas empresas que os os gestores executam o planejamento tributário, baseando-se na lei ordinária, já o planejamento moderado, necessita-se de conhecimento da lei ordinária, Constituição Federal, Código Tributário Nacional e mudanças constantes relacionadas à area fiscal e o agressivo baseia-se no Código Tributário Nacional e na Constituição Federal, sem levar em consideração a lei ordinário (CHAVES, 2008).

Os gestores buscam através do planejamento tributário a redução da alta carga tributária ao se valerem do planejamento tributário, portanto se faz necessário que ao escolherem um dos três tipos: conservador, moderado ou agressivo, leve-se em consideração os embasamentos legais, constantes nas leis vigentes, Constituição Federal e Código Tributário Nacional, para o determinado tipo de empresa e ramo de atividade.

De acordo com Oliveira (2008, p.198), o planejamento tributário é entendido sob a visão de três pontos importantes:

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 Administrativo, por intervenções diretas no sujeito ativo, por exemplo, a consulta fiscal.

 Judicial, pelo pleito de tutela jurisdicional, como em ação declaratória de inexistência de débito fiscal.

 Interno, os atos realizados dentro da própria empresa, como o Comitê de Planejamento Tributário.

O primeiro ponto do planejamento tributário, é o administrativo, quando os gestores se valem das informações contábeis para a consulta dos amparos legais, o segundo ponto é sob a ótica judicial, é quando verifica-se os débitos tributários junto aos orgãos governamentais, e por fim o ponto interno que envolve o Comitê de Planejamento Tributário para traçar objetivos e metas, de acordo com os recursos internos e externos disponibilizados.

2.2 TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: OPERACIONAL E ESTRATÉGICO Os gestores buscam através do planejamento tributário traçar objetivos e metas passíveis de alcance, para assim tornarem as empresas lucrativas. Para tanto é necessário a redução da carga tributária, o que se da através da gestão de pessoas e desenvolvimento das atividades e embasamento nas legislações vigentes.

Sobre o objetivo do planejamento tributário, segundo Latorraca (2000, p.58):

O objeto do planejamento tributário é, em última análise, a economia tributária. Cotejando as várias opções legais, o administrador procura orientar os seus passos de forma a evitar, sempre que possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal.

O objetivo do planejamento tributário é fazer com os gestores, diante dos conhecimentos legais e contando com as informações constantes nas demonstrações contábeis adotem ações que sejam direcionadas de forma eficaz, para o desenvolvimento dos processos de entradas e saídas que envolvem tributos. A redução da carga tributária é possível a partir do momento que haja alterações nas legislações. Para tanto existem três tipos de planejamento tributário, estratégico, tático e operacional.

Sobre o planejamento estratégico tributário Oliveira; Chieregato; Júnior e Gomes (2011, p. 21), explanam que “num planejamento tributário estratégico, a empresa passa a desenvolver suas atividades de forma estritamente preventiva”.

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Quando a alta cúpula da direcionam seus esforços para que o planejamento tributário, seja visto como sendo estratégico para os negócios, o foco nas atividades passam a ser organizadas de forma preventiva, ao analisar os entraves que podem impactar no crescimento e lucratividade das empresas. Quando a empresa chega a esse nível significa que já se pode traçar objetivos e metas tributárias de longo prazo.

Segundo Chiavenato (1995), após traçar objetivos e metas de longo prazo no planejamento tributário estratégico, inicia-se o planejamento tributário tático. O planejamento tributário tático está relacionado com as atividades da empresa que devem ser desenvolvidas em prazos mais curtos, ou seja objetivando atingir as metas, traçadas no planejamento estratégico, visando os objetivos de longo prazo.

No planejamento tributário tático os gestores, cita-se a figura dos gerentes e líderes de áreas, devem direcionam esforços de acordo com os recursos internos disponíveis. Investir em tecnologia para agilizar processos, treinar pessoas e formar equipes de trabalho e motivá-las se faz necessário nessa fase. Destaca-se que a sincronia entre gestão, departamento pessoal, produção, compras, vendas, financeiro, área fiscal, controladoria e contabilidade, por estarem diretamente ligadas aos tributos, são áreas consideradas estratégicas na fase do planejamento tributário tático.

E por fim no planejamento tributário operacional, os gestores com as informações de adequação de processos e pessoas, formulam o plano de ação para que as atividades sejam desenvolvidas, conforme previsão de prazo definidos para que as metas de curto prazo sejam atingidas, visando os objetivos propostos no planejamento estratégico (OLIVERA, 2006).

Os conceitos de gestão, planejamento tributário e seus tipos: estratégico, tático e operacional, vem ganhando ao longo dos anos notoriedade nas empresas. Diante da complexa carga tributária nacional, os gestores devem se valer de tais conceitos para além da organização interna e externa, ainda cumpra os tramites legais da lei, fazendo com que as empresas se tornem além de lucrativas, demonstrem transparência e responsabilidade na forma como conduzem os negócios. A transparência das ações internas das empresas, dentre elas cita-se a quitação dos impostos, é uma das situações analisadas por fornecedores, clientes, acionistas, colaboradores, governo e todos àquelas que desejam adquirir produtos e serviços. A seguir descreve-se sobre a importância do planejamento tributário na escolha do tipo de tributação: Lucro Real, Presumido e Simples.

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3 REGIME DE TRIBUTAÇÕES: LUCRO REAL, PRESUMIDO E SIMPLES NACIONAL

Através do planejamento tributário os gestores tomam decisões estratégicas que fazem com que as empresas se tornem mais lucrativas e permaneçam no cenário mercadológico que se encontra em constantes transformações. Para tanto o desenvolvimento das atividades produtivas e administrativas devem estar em sincronia gerando dados que ao se transformarem em informações contidas nas demonstrações contábeis contribuam para a elaboração do planejamento estratégico.

As estratégias organizacionais devem vir de encontro com os objetivos organizacionais. Ao determinar os objetivos à serem atingidos pelas empresas os gestores devem levar em consideração: os recursos produtivos e administrativos disponíveis para o alcance desses objetivos e tomar decisões estratégicas baseadas nas demonstrações contábeis e planejamento tributário (PADOVEZE, 2012).

Uma forma das empresas atingir seus objetivos, é na redução da alta carga tributária brasileira, baseando-se nas informações contidas nas demonstrações contábeis e desenvolvendo do planejamento tributário, tendo como conhecimento o conceito de tributo.

De acordo com a Lei n.4.320/64, Art.9º.

Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.

Para o Código Tributário Nacional (1966, p.1) art. 3º. “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrado mediante atividade plenamente vinculada” A compreensão dos tributos como sendo: impostos, taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, é fundamental para que os responsáveis pela elaboração do planejamento tributário saiba quais são os tributos que impactam diretamente na receita da empresa e quais ações devem ser direcionadas mediante amparos legais.

Sobre a origem do tributo segundo Atibaia (2000, p.23):

Originariamente, a palavra “tributo” tinha o sentido que se dá hoje às reparações de guerra. Mas, ao passo que estas buscam justificação moral na despesa ou prejuízo que a luta causou ao vencedor, o tributo era imposição pura e simples deste ao vencido. Devia pagá-lo porque estava à mercê do

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20 que o vencerá pelas armas. As guerras eram feitas, muitas vezes, para esse fim apenas.

A importância de saber sobre o conceito e origem do tributo se dá pelo entendimento de que as empresas quando buscam através do planejamento tributário serem lucrativas elas cumprem um papel social econômico. Reduzindo a carga tributária podem oferecer aos seus consumidores produtos e serviços com a qualidade por esses almejadas, com preços mais baixos a alta carga tributário impacta na vida da pessoas físicas também.

De acordo com o Código Tributário Nacional: Art. 24 (2012, p.12): “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico”. Após conhecimento do conceito de tributo e sua significância econômica e social, cabe aos gestores responsáveis pelo planejamento tributário entender para quais órgãos de competência serão destinados a arrecadação.

Sobre o fato gerador segundo Portella (2018, p.66)

Fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente à ocorrência da obrigação tributária. O fato gerador deve necessariamente estar previsto em lei e ser precisamente enquadrado na descrição normativa.

Fato que não tenha o perfeito enquadramento em tal descrição será considerado atípico e, portanto, não estará apto a provocar a incidência, nem tampouco o pagamento do tributo.

No que diz respeito ao fato gerador do tributo definido por lei, é necessário que ao pensar no planejamento tributário, leve-se em consideração todas as atividades ocorridas na empresa e quais fatos geradores dos impostos a empresa está sujeito.

Por exemplo quando houver uma situação de remessa de um computador para conserto é uma operação que não gera tributos, portanto é necessário que ao gerar o documento fiscal (a nota fiscal), use corretamente o CFOP (Código Fiscal da Operação e Prestação), para que não haja cobrança de tributos indevidos.

Outro fator que se deve levar em consideração no planejamento tributário é quanto a competência da legislação dos tributos, segundo a Constituição Federal (1988, p. Art.147: “Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais”.

É de competência da União, Estados e Municípios instituírem os impostos que estão de acordo com os amparos legais, ao desenvolver o planejamento tributário deve-se deixar claro quando e para qual órgão competente destina-se os impostos

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que impactam nas atividades da empresa, seja na compra e venda de mercadoria ou mesmo na contratação de mão de obra e recursos humanos.

Os conceitos de tributos, a origem desses para entendimento da sua importância econômica e social, os fatos gerados que impactam na origem do tributo e a competência da União, Estados e Municípios os quais devem ser direcionados as arrecadações dos tributos, alinhando-se ao porte da empresa (pequeno, médio ou grande porte), o ramo de atividade dessas empresas, o valor de seu faturamento, e as bases legais que as envolvem, através do planejamento tributário decide-se qual o tipo de tributação deve-se enquadrar: Lucro Real, Presumido ou Simples.

3.1 LUCRO REAL

As empresas se tornam lucrativas a medida que haja preocupação dos gestores pela elaboração do planejamento tributário, para assim através das informações nele contidas tomem decisões baseando-se em amparos legais decidam quais as melhores formas de tributações: Lucro Real, Lucro Presumido e Optante pelo Simples.

Quanto ao Lucro Real de acordo com o Decreto 3000 (1999, p.65);

“Art. 247. Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por este Decreto (Decreto Lei nº 1.598, de 1977, art. 6º). §1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais (Lei nº 8.981, de 1995, art. 37, § 1º).

As empresas que devem optar pela tributação do Lucro Real, conforme Lei n.12814 (2013, p.01), art.14 “A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano- calendário anterior seja superior a R$ 78.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses”. Portanto ao elaborar o planejamento tributário deve-se levar em consideração que o valor apurado no período ajusta-se pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas em lei para assim calcular os impostos sobre o Lucro Real.

Cita-se alguns ramos de atividades que obrigatoriamente estão sujeitas ao Lucro Real, conforme Decreto 3000 (1999, p.67):

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta.

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As atividades citadas estão sujeitas a tributação do Lucro Real, significando assim que pelas características são empresas complexas com receitas consideráveis e diversas atividades, cabendo assim aos gestores direcionarem ações visando a adequação de processos e pessoas para que essas atividades, principalmente as que envolvam tributos sejam feitas de forma que os dados enviados para a contabilidade, se transformem em informações capazes de tomadas de decisões assertivas no momento da elaboração do planejamento tributário. Neste contexto os profissionais da área contábil e fiscal, são fundamentais para que a empresa reduzam impostos, mediante amparos legais.

Considera-se também através do Decreto 3000 (1999, p. 67) art. 257. “A pessoa jurídica é obrigada a seguir ordem uniforme de escrituração, mecanizada ou não, utilizando os livros e papéis adequados, cujo número e espécie ficam a seu critério” e Art. 268 (1999, p.69) “A escrituração ficará sob a responsabilidade de profissional qualificado, nos termos da legislação específica, exceto nas localidades em que não haja elemento habilitado, quando, então, ficará a cargo do contribuinte ou de pessoa pelo mesmo designada”.

Portanto é necessário que a escrituração dos livros fiscais é atribuída ao profissional que tenha conhecimentos de impostos e os amparos legais que os evolvem. Esse profissional deve ser orientado pelo setor de contabilidade que tem a responsabilidade de transformar os dados dessa escrituração em informações precisas para as tomadas de decisões gerenciais através das demonstrações contábeis.

3.2 LUCRO PRESUMIDO

Um outro tipo de regime de tributação a qual as empresas estão sujeitas diz respeito ao Lucro Presumido. Esse regime de tributação pode ser definido pelos contadores e gestores, através da análise das informações contidas nas demonstrações financeiras e contábeis emitidas pelo setor contábil.

Conforme Lei 12814 (2013, p.01) art. 13

A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$

6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido.

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§ 1° A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em relação a todo o ano-calendário. § 2° Relativamente aos limites estabelecidos neste artigo, a receita bruta auferida no ano anterior será considerada segundo o regime de competência ou de caixa, observado o critério adotado pela pessoa jurídica, caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no lucro presumido.

Observa-se portanto que os contadores devem transformar os dados do faturamento em informações precisas contidas nas demonstrações contábeis, para que os gestores possam fazer o planejamento tributário baseando-se nos amparos legais do lucro presumido. As empresas que podem optar pelo regime de tributação do Lucro Presumido, são aquelas que que no ano-calendário anterior a receita total bruta tenha sido igual ou inferior a R$78.000.000,00 ou R$6.500.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade, observando o ano-calendário anterior. Ressalta- se que a opção pela tributação do Lucro Presumido será definitiva em relação a todo ano-calendário.

3.3 SIMPLES NACIONAL

Um outro tipo de tributação está pautada na Lei complementar de n.123 de 14 de dezembro de (2006, 1):

Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere: I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias; II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. IV - ao cadastro nacional único de contribuintes a que se refere o inciso IV do parágrafo único do art. 146, in fine da Constituição Federal.

Portanto é uma forma de tributação direcionada a micro e pequena empresa. É considerada micro empresa, quando o faturamento anual é de R$360.000,00 e pequena empresa quando fatura anualmente no máximo R$ 4.800.000,00. Foi uma forma que o governo encontrou para diminuir os custos com impostos dessas empresas e garantir sua permanência no mercado, impactando positivamente na economia. São muitos desafios que os gestores enfrentam para elaboração de um planejamento tributário, diante da complexidade dos amparos legais e alta carga tributária. Mas sabe-se que são muitas as vantagens quando a empresa elabora o planejamento tributário, conforme descreve-se abaixo.

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4 OS BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Diante da complexa legislação e alta carga tributária brasileira as empresas independente de seu porte ou ramo de atividade tem procurado através do planejamento tributário direcionar ações estratégicas para se permanecerem lucrativas frente aos seus concorrentes.

Segundo Gomes (2002) o cenário mercadológico contemporâneo tem exigido das empresas ações que as façam mais competitivas, exigindo mudanças na forma como são conduzidas. A forma de gestão exigida pelo mercado inclui gestores comprometidos com os clientes internos e externos, e a forma como direcionam estratégias baseando-se no planejamento tributário é necessário para que cumpram seu papel social e econômico diante consumidores exigentes e que fecham negócios com as empresas que lhes garantam qualidade almejada para a satisfação de suas necessidades e desejos.

Para Santos (2013) tem sido constante a preocupação de estudiosos, gestores, administradores, contadores, professores, empresários e todos os que interessam pelos tributos para assim encontrarem soluções que diminuam o impacto do valor cobrado desses tributos sobre os produtos e serviços que são disponibilizados pelas empresas, mas sabe-se que diante da complexidade da legislação e interesse dos que arrecadam, União, Estados e Munícipios, pouco tem se conseguido fazer.

Portando enquanto não se consegue a redução da carga tributária é necessário que os gestores direcionam ações através da análise das demonstrações contábeis e financeiras, para assim desenvolver o planejamento tributário, onde objetivos e matas são traçadas para que a empresa usufrua dos amparos legais, adequem atividades e pessoas que as desenvolvam de forma qualitativa para que os dados dessas atividades sejam transformadas em informações pelas áreas contábeis e fiscais, visando a redução de custos, lucratividade e satisfação dos clientes pela redução de preços.

Segundo Costa (2007) a complexidade do Sistema Tributário Brasileira e a alta carga elevada dos tributos, aproximadamente 77 tipos de tributos, distribuídos nas quatro modalidades: tributação no país: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, exigindo assim o Planejamento Tributário. De acordo com Fabretti (2003, p.

32), planejamento tributário é “o estudo feito preventivamente, ou seja, antes da

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realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”.

Portando diante das citações dos autores Costa (2007) e Fabretti (2003), é percebível que através do planejamento tributário os gestores são capazes de antecipar os dispêndios financeiros para que consigam honrar os compromissos com a União, Estados e Municípios, para não ficarem inadimplentes impactando negativamente nos negócios ou até chegando ser uma situação irredutível, tendo como consequência o fechamento do negócio.

Segundo Latorraca (2000 p. 58):

Costuma-se denominar de planejamento tributário a atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis.

Já para Alves (2006 p. 02): “planejamento tributário é a atividade que, feita de maneira exclusivamente preventiva, prevê, coordena e projeta atos e negócios com o objetivo de determinar qual é o meio menos oneroso para a realização destes mesmos atos e negócios”.

Por entender que os atos e fatos aos quais refere-se o autor Latorraca (2000), impactam diretamente na lucratividade da empresa, através do planejamento tributário, treina-se pessoas para desenvolvê-los se valem dos sistemas de gestão integrados e mediados pela tecnologia, para que a contabilidade tenham os dados necessários desses atos e fatos e os transformem em informações confiáveis para a elaboração do planejamento tributário, uma ferramenta considerada por Alves (2006), exclusivamente preventiva para se descobrir o meio menos oneroso de redução dos impostos para que a empresa não seja penalizada, com a elusão fiscal.

4.1 ELISÃO, EVASÃO FISCAL E OS BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

As empresas que visam a lucratividade e permanência no cenário mercadológico em constantes transformações devem se valer do planejamento tributário para assim os gestores tomarem decisões assertivas baseando-se nas informações nele contidas. Para tanto é necessário que as tomadas de decisões

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quanto a diminuição da carga tributária sejam baseadas em parâmetros legais das leis vigentes, para que a empresa não sofra penalizações muitas vezes irreversíveis.

Segundo Avila (2007, p.241):

Na verdade, o contribuinte tem o direito de economizar no pagamento de tributos. Ele não e obrigado a adotar a forma jurídica mais onerosa para conduzir seus negócios. O contribuinte pode estruturar os seus atos ou negócios jurídicos de maneira a pagar menos, ou nenhum, tributo.

O planejamento tributário é uma ferramenta que auxilia as empresas a encontrar soluções viáveis para a redução da carga tributária, desde que essas solução estejam baseadas em amparos legais. Para tanto é necessário que tanto as pessoas físicas como os gestores das pessoas jurídicas tenham conhecimento das leis que envolvem a condução do negócio.

De acordo com Machado (2004, p.139):

Embora não exista uniformidade na doutrina, alguns preferem a palavra evasão para designar a forma ilícita de fugir ao tributo, e a palavra elisão para designar a forma licita de praticar essa mesma fuga. Na verdade, porém, tanto a palavra evasão, como a palavra elisão, podem ser utilizadas em sentido amplo, como em sentido restrito. Em sentido amplo significam qualquer forma de fuga de tributo, licita ou ilícita, e em sentido restrito, significam a fuga ao dever jurídico de pagar o tributo e constituem, pois, comportamento ilícito.

As linguagens utilizada nas empresas quando o assunto envolve os tributos é evasão e elisão fiscal. Ambas podem ser usadas tanto no sentindo amplo, quanto restrito. No sentindo amplo tanto a evasão como a elisão, significa qualquer forma de fugir do pagamento dos tributos, seja ela licita ou ilícita. Já no sentido restrito estão relacionadas a fuga dos deveres jurídicos de pagar os tributos seja para a União, Estados ou Municípios. Neste sentindo significa que as empresas ou as pessoas físicas apresentam comportamentos ilícitos.

Portanto é necessário que se leve em consideração em qual momento a empresa pode considerar de forma ampla a evasão e a elisão no momento em que ocorre alguma ação e tenha tributos envolvidos, como por exemplo no momento da compra, venda de mercadoria, elaboração da folha de pagamento e mesmo na apuração do lucro que conforme visto anteriormente podem se valer dos tipos de tributações Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples Nacional. O planejamento tributário é uma ferramenta que auxilia os gestores nesse sentindo, para isso os envolvidos devem ter conhecimento profundo das leis que envolvem as atividades e porte das empresas. A tecnologia, a comunicação e o comprometimento dos colaborados são fundamentais no desenvolvimento das atividades diárias, para assim

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fornecerem dados que ao se transformarem em informações sejam capazes de tomadas de decisões de qual melhor caminho para redução dos impostos.

Complementa Cavalcanti (2016, p.4):

Tais conceitos, portanto, alimentam a ideia do planejamento tributário, uma espécie de planejamento empresarial voltado para tentativa de diminuição de custos e de otimização de recursos na área fiscal. Trata-se de uma forma de gestão empresarial que atua de forma preventiva antevendo atos e fatos geradores respectivos para determinar o ônus tributário e, em um segundo momento, propor alternativas ou formas de economizar.

Entendeu-se que o Sistema Tributário Nacional é complexo e deixa dúvidas quando o assunto é relacionado a cobrança dos tributos seja pela União, Estados e Municípios, o planejamento tributário apresenta-se como sendo uma ferramenta que auxilia as empresas a reduzirem custos relacionados ao tributo, já que baseado nas demonstrações contábeis e conhecimento de mercado, os gestores antecipam os atos e fatos que podem ocorrer em determinado período de tempo.

O conhecimento o ambiente interno e externo, faz com que os gestores tracem os objetivos que pretendem atingir através do planejamento tributário, e um dos benefícios do planejamento tributário é o entendimento do conceito de elisão e evasão fiscal.

Segundo Ayres e Szuter (2012), quando as empresas traçam o planejamento tributário baseando-se nos conceitos de elisão e evasão fiscal, tem a lucratividade baseada nas determinações legais tributárias, sem correr riscos de penalizações quase sempre irreversíveis.

O planejamento tributário é necessário para as empresas que buscam pela lucratividade através da redução dos custos, mas baseando-se em amparos legais.

Dois conceitos deve-se levar em consideração a elusão e a evasão fiscal. Quando tais conceitos estão bem definidos é possível que objetivos e metas traçados no planejamento tributário sejam alcançadas, trazendo benefícios para as empresas sejam elas de pequeno, médio ou grande porte e independente de seu porte.

De acordo Lima e Duarte (2007, p. 09), quanto aos objetivos e finalidades do planejamento tributário é possível defini-lo como “o caminho menos oneroso que a empresa escolhe a partir de diversas opções apresentadas pela legislação tributária”.

Os caminhos onerosos que a empresa escolher deve estar pautado nos conceitos de elisão e evasão fiscal, dois conceitos que fazem com que o planejamento tributário traga vantagens competitivas para as empresas frente aos seus concorrentes.

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Segundo Cassone (1997), dentre outros benefícios do planejamento tributário estão: é considerado um estudo preventivo da legislação e dos atos e fatos administrativos relacionados às atividades fins da empresa, redução dos tributos, planejamento para pagamento dos tributos e direcionar os gestores a tomadas de decisões estratégicas relacionadas a elisão e evasão fiscal.

O planejamento tributário pode trazer muitas vantagens para as empresas, desde que esteja claro os conceitos de elisão e evasão fiscal. Portanto as informações para a sua elaboração estão constantes nas demonstrações contábeis e o perfil ético do profissional de contabilidade é fundamental para informações transparentes capazes de direcionar gestores à tomarem decisões assertivas.

4.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E ÉTICA DO PROFISSIONAL CONTÁBIL

Através do planejamento tributário as empresas procuram reduzir os custos com os tributos e se tronarem mais lucrativas. Para tanto é necessário que os profissionais estejam informados e comprometidos com os objetivos da empresa.

Dentre esses profissionais cita-se os da área contábil e fiscal que são responsáveis pelo fornecimento das informações que orientam o desenvolvimento do planejamento tributário, na presente pesquisa destaca-se a figura do contador. Profissional estratégico nas tomadas de decisões gerenciais, portanto muitas vezes tende a ceder pressões advindas do ambiente interno, que não condiz com o Código de Ética desse profissional, havendo conflitos com gestores que a todo custo querem lucro mas sem a contrapartida que é a obrigação do pagamento dos tributos devidos.

É necessário que esse profissional diante de suas ações, apresente-se como sendo um profissional ético, que baseia as suas ações nos amparos legais das legislações vigentes. A finalidade do código de ética, segundo Lisboa (2006, p. 59) não é apenas “coibir procedimentos antiéticos” e sim “expressar e encorajar no sentido de justiça e decência em cada membro do grupo organizado”.

Conforme Código de Ética Profissional do Contador (2012, p.7), Art. 2º: São deveres do Profissional da Contabilidade:

I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo IV – comunicar, desde logo, ao

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29 cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores; V inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso;

Pensando na elaboração do planejamento tributário para as tomadas de decisões gerenciais e o papel do contador como sendo o colaborar que apresenta e interpreta as informações constantes nas demonstrações contábeis, cita-se acima alguns deveres aos quais este deve observar no exercício de sua profissão. É preciso zelo pela profissão, diligência, honestidade e capacidade técnica, além de observar todas as legislações vigentes, basear-se nos Princípios de Contabilidade e resguardar os interesse dos seus clientes e ou empregados, mas desde que preserve sua dignidade e independência profissional. Significa que ao orientar na elaboração do planejamento tributário deixar claro que a redução dos impostos, visando a lucratividade da empresa deve ser pautada em amparos legais das leis vigentes sejam elas da União, Estados ou Municípios, qualquer decisão que fuja dessa situação pode trazer prejuízos irreversíveis para a empresa.

Segundo Kraemer (2001, p.36):

Ética profissional é uma complementação por se aplicar a uma atividade particular da pessoa humana, nada mais é do que um conjunto de regras e princípios que regem o comportamento funcional e laborativo de uma determinada profissão”.

Na elaboração do planejamento tributário é necessário que o contador oriente tecnicamente quais as ações devem ser tomadas para evitar o pagamentos dos tributos de forma lícita. Documentar quais decisões podem impactar negativamente que no caso na redução dos impostos, estendendo-se as obrigações a sócios e executivos, para assim ser passiveis de posterior análise.

Fabretti (2003, p. 32) afirma “não há mágica em planejamento tributário, apenas alternativas, cujas relações custo/benefício variam muito em função dos valores envolvidos, da época e do local”. Significando assim que o planejamento tributário deve ser desenvolvido de acordo com os amparos das leis vigentes. Para tanto se faz necessário o conhecimento técnico e teórico do profissional de contabilidade e da área fiscal, baseando-se nos princípios ético que demanda a sua profissão, para que o planejamento tributário seja uma técnica que traga vantagens para as empresas ao reduzir custos e gerar maior lucratividade. As considerações sobre os três capítulos do trabalho, descreveu-se a seguir.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No primeiro capítulo do presente trabalho abordou-se os conceitos de gestão e planejamento tributário: operacional e estratégico. Percebeu-se que a gestão eficaz nos processos e a gestão de pessoas são fundamentais para que as atividades sejam desenvolvidas com êxito, dados repassados para a contabilidade, para assim gerar relatórios gerenciais com informações confiáveis para a elaboração do planejamento tributário, sendo este orientador das decisões gerenciais assertivas.

Já no segundo capítulo descreveu-se sobre os regimes de tributações: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, entendeu-se que os gestores juntamente com os contadores devem se valer do planejamento tributário para tomada de decisões sobre o tipo de tributação a qual a empresa pode se valer para redução da carga tributário, baseando-se na legislação vigente.

E por fim no terceiro capítulo citou alguns dos benefícios do planejamento tributário, identificou-se duas palavras estratégica quando o assunto é tributo que envolve as atividades de entrada e saída das empresas: elisão e evasão fiscal. O conhecimento do conceito e aplicabilidade dessas duas palavras tende a trazer benefícios da redução da carga tributária, baseando-se nas legislações vigentes.

Caso contrário as decisões tomadas visando a lucratividade através da redução da carga tributária as empresas, as empresas podem sofrer penalizações irreversíveis.

Contudo considera-se que o planejamento tributário é uma ferramenta gerencial de extrema importância para que os gestores possam tomar decisões assertivas visando a redução da carga tributária com conhecimentos dos conceito de elisão e evasão fiscal e os amparos legais das atividades de entradas e saídas que envolva tributos.

Espera-se que o trabalho sirva de parâmetro para pesquisadores que venham a se valer do tema seja para conhecimento dos assuntos ou para elaboração do planejamento tributário. Aconselha-se que o conhecimento adquirido seja compartilhado, mas antes atualizados já que estão em constantes mudanças.

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