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Orientar a utilização de técnicas de COOPERATIVISMO na atividade agropecuária Pós Médio 11. Ano letivo Professor Edson da Silva Farias

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Orientar a utilização de técnicas de COOPERATIVISMO na atividade agropecuária

Pós Médio 11

Ano letivo 2021

Professor Edson da Silva Farias

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Um Brasil de todos

Cooperativas começaram a surgir no Brasil a partir de 1889, em Minas Gerais, enquanto a mais antiga em atividade está no Rio Grande do Sul

As primeiras iniciativas cooperativistas no Brasil surgiram pouco tempo depois que o movimento despertou no mundo. Passados menos de 50 anos da criação da primeira cooperativa, na Inglaterra, em 1844, os brasileiros registram formalmente a sua pioneira.

Em Minas Gerais, foi formalizada a Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, no ano de 1889. Assim como os tecelões de Rochdale, os precursores brasileiros eram cooperados de consumo, mas a Sociedade Cooperativa oferecia produtos diversificados, desde gêneros alimentícios até residências e crédito.

A partir da organização mineira, outras rapidamente surgiram pelo País. No início do movimento, muitas cooperativas eram formadas por funcionários públicos, militares, profissionais liberais e operários, que juntos buscavam atender melhor às suas necessidades. Outras estavam vinculadas a empresas, as quais estimulavam a cooperação entre os funcionários, principalmente no Estado de São Paulo.

Ainda no século XIX, nasciam as organizações que se tornaram destaques do cooperativismo brasileiro: as agropecuárias. A primeira registrada foi a Società Cooperativa delle Convenzioni Agricoli, fundada no Rio Grande do Sul, na região de Veranópolis, em 1892. A partir daí, esse segmento se desenvolveu com vigor no Sul do País, estimulado por imigrantes europeus e asiáticos, que traziam dos seus continentes o conhecimento da doutrina e buscavam a união para amenizar as dificuldades de começar vida nova longe da terra natal.

Por volta de 1910, o setor ganhou impulso também em Minas Gerais, no Sudeste do Brasil, quando as cooperativas foram incentivadas pelo então governador João Pinheiro, que buscou organizar a produção e a comercialização do café.

Porém, a cooperativa mais antiga ainda em funcionamento no Brasil é do ramo de crédito.

Em 1902, ela foi idealizada pelo padre jesuíta suíço Theodor Amstad, grande conhecedor do sistema cooperativo europeu. Era formada por colonos de origem alemã que habitavam Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. A organização nasceu com o nome de Sociedade Cooperativa Caixa de Economia e Empréstimos de Nova Petrópolis e desde 1992 adota a denominação Sicredi Pioneira, pois integra o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi).

Portanto, foi no início dos anos 1900 que o cooperativismo começou a se delinear no Brasil, influenciado pela religiosidade e pelo pensamento político dos imigrantes. O movimento seguiu principalmente o chamado “modelo alemão”, idealizado por Friedrich Wilhelm Raiffeisen, que defendia a educação cooperativista para estimular a solidariedade entre as pessoas, a união de todo o sistema na defesa dos interesses comuns e a

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distinção entre o cooperativismo e a economia de mercado, sendo o primeiro marcado pelo comprometimento com a justiça social.

Preparando o terreno

Séculos antes de o cooperativismo ser oficializado como doutrina, os indígenas brasileiros vivenciavam o espírito da cooperação.

Juntos, esses primeiros habitantes tinham mais facilidade para fazer construções e buscar a subsistência. A partir da colonização, as primeiras reduções jesuíticas, nos anos de 1600, também foram sociedades baseadas no trabalho comunitário e na solidariedade.

Até a criação da primeira cooperativa formal, em 1889, muitos exemplos de movimentos baseados na ajuda mútua foram registrados no País. Em 1841, o imigrante francês Jules Mure instituiu em Santa Catarina uma colônia de produção e de consumo com base nas idéias de Charles Fourier. Em 1847, o também francês Jean Maurice Faivre fundava no Paraná a colônia Teresa Cristina, baseada na cooperação. Esses casos podem ser citados como exemplos de pré-cooperativismo no Brasil.

Pedra fundamental

A cidade de Nova Petrópolis, na região serrana do Rio Grande do Sul, é quase um monumento inteiro consagrado ao cooperativismo no Brasil.

Um grande monumento na praça central da cidade de Nova Petrópolis, no interior do Rio Grande do Sul, expõe a vocação dos habitantes locais: a cooperação. Sete figuras humanas em bronze, número que lembra os princípios mundiais do cooperativismo, facilitam a tarefa de segurar uma pedra com a união de esforços. O trabalho conjunto representado na obra é justamente o instrumento que impulsiona a economia e a qualidade de vida no município.

Com cerca de 90% dos 18 mil habitantes sendo de descendência alemã, Nova Petrópolis seguiu o exemplo europeu e transformou o cooperativismo numa ferramenta de justiça social.

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Nessa cidade, onde o nível de desemprego é praticamente zero, nasceu a primeira cooperativa de crédito da América Latina, em 1902. Com o nome atual de Sicredi Pioneira RS, e ligada ao sistema Sicredi, ela é a mais antiga cooperativa brasileira em funcionamento.

A entidade tem uma história de perseverança, resumida na figura do padre suíço Theodor Amstad. No final do século XIX, ele levou o conhecimento adquirido em seus estudos na Inglaterra para a Serra Gaúcha e teve a idéia que possibilitou aos colonos imigrantes do Rio Grande do Sul o acesso a crédito para adquirir ferramentas, sementes e pagar terras.

Amstad encontrou terreno fértil para suas propostas, pois os colonos usavam a união como meio de enfrentar as dificuldades de viver num novo país. Os imigrantes vinham de quatro regiões diferentes da Alemanha e inclusive falavam dialetos distintos, mas na colônia encontraram no trabalho comunitário uma maneira para sobreviver.

Pedras no caminho

O padre Amstad defendia a criação da cooperativa com uma teoria que os imigrantes já tinham comprovado na prática.

Se uma grande pedra se atravessar no caminho e 20 pessoas quiserem passar, não conseguirão se um por um procurar removê-la individualmente. Mas se as 20 pessoas se unem e fazem força ao mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão solidariamente tirar a pedra e abrir caminho para todos. Para defender esse ideal, Amstad percorria toda a região montado num burro. Em Nova Petrópolis, chega-se a dizer que o padre andou o suficiente para dar quatro voltas na Terra na altura da Linha do Equador.

Nem tudo foi fácil na criação da primeira cooperativa de crédito da América Latina. Com a idéia de Theodor Amstad lançada em 19 de outubro de 1902, numa reunião do Sindicato Agrícola “Bauerverein”, o agricultor Antônio Maria Feix se encarregou de elaborar os estatutos da nova entidade. O documento seria apresentado num encontro em 9 de novembro do mesmo ano, na Sociedade Tiro ao Alvo de Nova Petrópolis.

Mas momentos antes do agendado, um temporal fez desabar parte do prédio Sociedade e a reunião teve que ser transferida.

Na nova data marcada, 23 do mesmo mês, mais um imprevisto cancelou o evento. A causa foi o falecimento da esposa do médico Müller von Milasch, um dos entusiastas do movimento. Apesar dos problemas, outro encontro foi combinado, para 28 de dezembro, no salão de bailes de Nicolau Kehl, em Linha Imperial, distrito de Nova Petrópolis. Desta vez tudo correu bem e foi fundada então a Sociedade Cooperativa Caixa de Economia e Empréstimos (Amstad), “Sparkasse Amstad”, com 19 sócios fundadores.

O crescimento foi rápido. Quando souberam da novidade, outros colonos se associaram e no dia 15 de fevereiro de 1903 foram criadas quatro filiais e pontos de coleta de depósitos, ficando a sede social e jurídica fixada em Linha Imperial, na residência do gerente recém eleito, José Neumann Sênior.

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Força de Lei

Nas relações com as instâncias governamentais, o movimento cooperativista registra uma história de evolução e de conquistas gradativas.

Com potência para gerar renda e para irradiar educação, o cooperativismo vem sendo um aliado dos governos e, por isso, tem recebido incentivos e amparo legal. No Brasil, o setor é incluído na legislação pela primeira vez no século XIX, na Constituição Federal de 1891, que garantia aos trabalhadores o direito de se associarem em cooperativas e em sindicatos. O fomento público, entretanto, começou por volta de 1930. Nessa década, as cooperativas foram definidas como sociedades de pessoas, e não de capital, e tiveram garantida a isenção de alguns impostos (Decreto nº 22.239, do então presidente da República Getúlio Vargas, de 1932).

Anos mais tarde, mas na mesma linha de incentivo, foi criado o Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC), em 1951, que oferecia financiamentos para todos os ramos. Só que o fomento passava a ser acompanhado pelo controle governamental. Em 1964, ao ganhar a primeira política nacional de cooperativismo, o País oficializava também a intervenção estatal no setor. As medidas foram incluídas no Estatuto da Terra (Lei nº 4504), que concedia ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (na época Inda), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as funções de normatizar, registrar e fiscalizar o funcionamento das cooperativas e das associações rurais. Apenas os ramos de crédito e habitacional não estavam incluídos, pois eram controlados pelo Banco Central e pelo extinto Banco Nacional de Habitação, respectivamente.

Poucos anos depois, em 1967, o País ganhava um Conselho Nacional de Cooperativismo (CNC, pelo Decreto-lei nº 60.957), ligado ao Incra e com a função de prover recursos ao movimento cooperativista. A década de 1960 foi também um período de regime militar no Brasil. Assim, a democracia e a união de pessoas, características do cooperativismo, provocavam receio no governo, que decidiu extinguir incentivos fiscais às cooperativas e centralizar cada vez mais o controle.

Lei do cooperativismo

Em 1970 foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e formado um grupo de estudos para elaborar uma lei própria para o sistema, composto por representantes do cooperativismo e do governo. A Lei do Cooperativismo (de nº 5.764) foi aprovada em 16 de dezembro de 1971, detalhando a classificação, a constituição e o funcionamento das sociedades cooperativas e determinando para a OCB o papel de representação de todo o movimento.

A lei permitia a organização do setor, criando entidades estaduais ligadas à OCB e estimulando uma modernização. A intervenção governamental, porém, era mantida.

Treze anos mais tarde, a responsabilidade do governo federal pelas atividades ligadas ao cooperativismo e ao associativismo foi transferida para a estrutura do próprio MAPA (pela Lei nº 7.231) e criava-se a Secretaria Nacional de Cooperativismo (Senacoop), pelo Decreto nº 90.393. A secretaria incorporou as atribuições do Incra, como autorizar o funcionamento das cooperativas, promover o cooperativismo, fiscalizar o setor e, inclusive, liquidar cooperativas existentes. Também no mesmo ano foi criada a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), com o objetivo de reunir deputados e senadores para defender os interesses do movimento no legislativo nacional. O movimento sentia a necessidade de autonomia e de fortalecimento.

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No X Congresso Brasileiro de Cooperativismo sugeriu-se a desvinculação do Estado, a criação de ramos cooperativos, a intercooperação e um programa de educação para os cooperados.

Os líderes do setor aproveitaram o período de abertura política (com o fim da ditadura militar, em 1986) e as eleições para a nova Constituição Federal e se articularam, com o auxílio da Frencoop.

Assim, o cooperativismo brasileiro conquistava sua independência e a garantia de apoio do Estado com a promulgação da nova Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.

Apenas o ramo crédito continua tendo controle estatal, pelo Banco Central do Brasil.

Modernizando o país

O Brasil está prestes a modernizar a Lei do Cooperativismo. A Constituição Federal de 1988 promoveu avanços frente à Lei nº 5.764, de 1971, mas a evolução do setor exige novas alterações. O Projeto de Lei nº 171, que trata sobre o setor e foi apresentado em 1999, tramita no Congresso Nacional, juntamente com um substitutivo, apresentado pela Casa Civil da Presidência da República em abril de 2006. Foram apensados ainda o Projeto de Lei nº 605 e o Projeto de Lei nº 450.

Outros projetos de lei sobre cooperativismo ainda tramitam no Congresso, mas tratam de ramos específicos, como o de trabalho e o de crédito.

Além da legislação nacional, sete estados brasileiros já têm leis próprias do setor: Acre, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Apoio no MAPA

A Constituição Federal (CF) de 1988 mudou o papel do Estado junto às cooperativas, de fiscalizador para apoiador. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que já era o interlocutor entre o governo federal e o setor cooperativista, altera suas atribuições. Em 1990, foi criado um departamento de cooperativismo (pela Lei nº 8025) e extinto o Conselho Nacional de Cooperativismo (CNC). O órgão, hoje Departamento de Cooperativismo e Associativismo (DENACOOP), ligado à Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, já nascia com as atribuições de fomentar e de apoiar o setor. Entretanto, os primeiros passos sem a tutela do governo não foram tão fáceis.

A nova situação impôs desafios e somou-se às dificuldades econômicas e políticas que o Brasil enfrentava, consequências de sucessivos planos econômicos e de um impeachment do presidente da República, em 1992. O Banco Nacional de Crédito Cooperativo foi extinto e cooperativas começaram a ter dificuldades financeiras.

Para evitar o agravamento da situação, foram necessárias medidas de apoio mais intensas de parte do governo. Por isso, foi criado o Programa de Revitalização das Cooperativas Agropecuárias (Recoop) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), este pela Medida Provisória nº 1.715, em 1998.

O Recoop constituía um socorro emergencial para o sistema, instituindo linhas de crédito que ficaram disponíveis até 1999. Já o Sescoop é permanente e atua como preventivo, sendo responsável pela educação e pela promoção social do cooperados.

O MAPA, por sua vez, concentra cada vez mais esforços no fomento e no apoio a todos os segmentos do cooperativismo. As ações são coordenadas pelo DENACOOP.

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Aquarela brasileira

O cooperativismo revela incontáveis exemplos de impulso fundamental à economia e ao desenvolvimento das comunidades, vitalizando o País.

O cooperativismo brasileiro é pleno de diversidades. O mosaico de raças e de culturas formado nesse País de dimensões continentais impõe uma mescla de estágios de desenvolvimento econômico. E o cooperativismo não foge à regra. Enquanto o Sul e o Sudeste são potências cooperativas de dar inveja até aos países desenvolvidos, o Norte e o Nordeste pedem atenção especial do governo para evoluir. Por outro lado, as diferenças garantem criatividade e se complementam. Nos 13 ramos do cooperativismo brasileiro são encontrados incontáveis exemplos de impulso à economia das comunidades, de aproveitamento das vocações locais e de superação de crises econômicas ou de problemas climáticos.

Esses casos se multiplicam. Em 1995, 3,5 milhões de brasileiros estavam ligados ao cooperativismo. Uma década depois, esse número simplesmente havia dobrado. Em 2005 havia 6,8 milhões de cooperados, valorizando princípios como a responsabilidade social, a educação e a gestão democrática. O setor soma quase 200 mil empregos diretos em 7.500 cooperativas, que estão presentes em 31% dos municípios brasileiros, conforme dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

E a cooperação é sinônimo de desenvolvimento. O cooperativismo é uma doutrina lastreada por princípios e valores, com uma ética básica que tem os mesmos objetivos de qualquer governo democrático sério: justiça social, equidade, distribuição de renda, defesa do meio ambiente e garantia da segurança alimentar.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) comprova que, enquanto nos municípios sem cooperativas a média de IDH é de 0,6%, onde há cooperação ele aumenta para 0,7%.

Além disso, os bons resultados despontam na agregação de valor aos produtos de cooperativas e no crescimento das exportações. Esse desempenho é um reflexo do investimento nas pessoas, com as inúmeras ações educativas promovidas pelo sistema, muitas das quais apoiadas pelo MAPA. As linhas de resultados positivos no gráfico do setor cooperativo são diretamente proporcionais ao processo de educação. Na agricultura, por exemplo, a renda média dos cooperados é quase duas vezes superior à dos que não estão no sistema.

Isso se deve ao fato de que, capacitadas e conscientemente organizadas, as pessoas somam forças e se tornam robustas o suficiente para enfrentar o mercado. Associados, os indivíduos são capazes de fazer as coisas acontecerem de uma forma mais equitativa, tanto no acesso quanto na distribuição dos recursos. E é aí que mora o grande valor do sistema.

Um terreno fértil

A agricultura é por excelência um terreno fértil para o cooperativismo, movimentando a economia das regiões e impulsionando as exportações.

Na lavoura e na agroindústria estão as maiores expressões econômicas do cooperativismo brasileiro. Esse setor é responsável por cerca de 30% da colheita brasileira de grãos, que em 2005 foi de 113,9 milhões de toneladas. Individualmente, alguns produtos agropecuários vão além deste índice de participação na produção, como trigo, cevada, leite, aveia, algodão e suínos.

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A evolução do segmento é apontada no crescimento da industrialização e das exportações. As cooperativas agropecuárias exportaram US$ 2,2 bilhões em 2005, entre produtos primários e industrializados, volume 197% maior do que o de 2000, segundo dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O Centro- Sul do País é a região que mais se destaca.

A importância desse complexo fez com que ele se tornasse sinônimo de cooperativismo no Brasil por muito tempo, mas seu exemplo se expandiu para outras áreas, que hoje adotam cada vez mais essa doutrina como modelo de desenvolvimento. No cooperativismo agropecuário estão reunidos produtores rurais, agropastoris e de pesca. As cooperativas recebem a produção, armazenam, industrializam, comercializam ou exportam os produtos de forma conjunta.

Essa atuação permite agregar valor e dá mais segurança ao agricultor, permitindo que seus produtos cheguem ao consumidor final com qualidade e preço justo. As cooperativas também agem como instrumentos de transferência e de difusão de técnicas e de tecnologias e ainda regulam os preços no mercado em que atuam.

Somente em 2005, 89 novos registros de cooperativas agropecuárias foram concedidos pela OCB, fazendo com que o setor chegasse a 1.514 cooperativas, com 880 mil associados no cadastro da entidade. Mas os números reais podem ser ainda maiores.

Estima-se a existência de milhares de cooperativas não registradas na entidade. Somente a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), criada em 2005, tem outras mil filiadas, a maioria de agricultura familiar.

O sucesso das cooperativas depende da eficácia com que atuam no mercado competitivo onde estão inseridas, ditada pela capacidade de seus dirigentes na condução dos seus negócios.

Cientes disso, o DENACOOP tem atuado preferencialmente na capacitação destas entidades, bem como no incentivo à agregação de valor aos seus produtos, via exportação.

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NÚMEROS IMPRESSIONANTES Cooperativismo no mundo

Ao redor do mundo o movimento cooperativista representa:

Em 150 países as cooperativas atuam para dar novas oportunidades a seus cooperados e apoiar o desenvolvimento de suas comunidades.

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Cooperativismo no Brasil

O cooperativismo é forte!

Além de gerar trabalho, emprego e renda, nosso modelo de negócios transforma a realidade de milhares de brasileiros, todos os dias. Só nos últimos oito anos, o número de pessoas que se uniram a nós cresceu 62%, gente que veio cooperar por um mundo melhor.

E uma das provas de que isso é possível é a quantidade de empregos gerados que aumentou 43%. E é assim, envolvendo cada vez mais brasileiros, que fortalecemos as

cooperativas e o país.

ESTADO N º ESTADO

São Paulo 1025 Maranhão 158

Minas Gerais 771 Rio Grande do Norte 158

Pará 541 Santa Catarina 258

Rio de Janeiro 493 Mato Grosso 168

Rio Grande do Sul 437 Amapá 165

Distrito Federal 367 Espírito Santo 149

Goiás 219 Acre 145

Paraná 215 Rondônia 129

Bahia 205 Amazonas 128

Pernambuco 280 Roraima 112

Ceará 169 Mato Grosso do Sul 111

Paraíba 163 Sergipe 79

Piauí 87 Alagoas 65

Tocantins 31

TOTAL= 6.828 cooperativas

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Número de cooperados:

Distribuição por gênero do Quadro Social:

Número de empregados nas cooperativas, por Estado: 425.300 empregados

ESTADO N º ESTADO

São Paulo 70.344 Maranhão 830

Minas Gerais 43.425 Rio Grande do Norte 3.653

Pará 4.104 Santa Catarina 63.361

Rio de Janeiro 7.565 Mato Grosso 9.089

Rio Grande do Sul 61.825 Amapá 81

Distrito Federal 1.818 Espírito Santo 7.946

Goiás 12.078 Acre 563

Paraná 101.228 Rondônia 2.590

Bahia 2.233 Amazonas 1.915

Pernambuco 6.586 Roraima 564

Ceará 8.884 Mato Grosso do Sul. 8.219

Paraíba 4.104 Sergipe 727

Piauí 555 Alagoas 256

Tocantins 1.800

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Desempenho relativo aos ramos do cooperativismo:

Um cooperativismo forte é sinônimo de uma economia forte.

A pluralidade de ideias, opiniões e visões nos torna fortes – e diferentes dos demais modelos econômicos – afinal de contas, um dos nossos princípios é a gestão democrática.

E é, também, graças à essa característica que conseguimos, ao longo dos últimos anos, antever as crises e ajustar nossos processos. Agindo assim conseguimos passar pelos momentos de dificuldade e, ainda, obter números satisfatórios. Um grande exemplo disso é o indicador geração de emprego.

Geramos, entre 2014 e 2018, cerca de 18% a mais de postos de trabalho. Bem mais do que os outros setores econômicos. Segundo o IBGE, a população ocupada, termômetro do mercado de trabalho, cresceu apenas 0,36% no mesmo período. Estamos na contramão do desemprego! Tanto que o número de cooperados, ou seja, quem trabalha por um país melhor, também cresceu e o percentual superou as expectativas: 15%.

No que diz respeito ao ativo total e ao ingresso e receitas brutas, nossas cooperativas também apresentaram bons resultados. Elas registram, respectivamente, R$ 351,4 bilhões e R$ 259,9 bilhões. E se a gente cresce, todo mundo cresce. Para ter uma ideia, as cooperativas recolheram aos cofres públicos R$ 7 bilhões, em impostos e tributos, apenas em 2018. Também fizemos a economia girar no ano passado, ao injetarmos mais de R$ 9 bilhões, apenas com o pagamento de salários outros benefícios destinados a colaboradores.

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Cooperativismo e comércio exterior

Sabendo das oportunidades que o mundo guarda, cada vez mais cooperativas brasileiras se internacionalizam, seja para fornecer seus produtos a consumidores estrangeiros, seja para comprar mercadorias necessárias para seus negócios.

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SUGESTÃO DE ROTEIRO PARA ORGANIZAR UMA COOPERATIVA

Este roteiro é uma sugestão para organizar cooperativas. Apresenta alguns pontos a serem seguidos e observados buscando organizar um passo a passo orientador, que deve ser adaptado conforme a necessidade de cada grupo.

FASE PREPARATÓRIA

1) Reunião de um grupo de pessoas interessadas em constituir a cooperativa.

- Finalidade:

Contato Inicial para sensibilização

Nessa etapa é importante que as pessoas envolvidas tenham o maior número possível de informações sobre o tema: objetivos da cooperativa, legislação, funcionamento, direitos e deveres dos associados, limites e possibilidades das cooperativas; viabilidade econômica, financeira, mercadológica e social, etc.

Essas informações deverão ser suficientes para orientar a escolha das pessoas em seguirem ou não com o processo organizativo da cooperativa.

Caso haja uma manifestação inicial de interesse, deixar como tarefa para o grupo a mobilização de um número maior de pessoas, considerando o número mínimo de pessoas necessárias para viabilizar a constituição da cooperativa. Caso seja possível, organize uma palestra ou discussão com um especialista no tema ou com pessoas que já fazem parte de alguma cooperativa bem-sucedida.

Palestra de Sensibilização

Como o nome sugere, o objetivo dessa palestra é sensibilizar as pessoas para o tema. Já com o grupo reunido a partir da tarefa da etapa anterior, esse é o momento de aprofundar a discussão sobre cooperativismo e a cooperativa em si, explorando principalmente aspectos relativos à responsabilidade de cada pessoa no processo e a necessidade de se imprimir um caráter empresarial e transparente na gestão da cooperativa.

É fundamental nessa etapa tentar nivelar a compreensão de todos sobre o que significa organizar a cooperativa, principalmente as responsabilidades individuais e coletivas de todos os envolvidos.

Considerar sempre que a cooperativa é uma organização baseada na atividade econômica de seus cooperados. Diferente das associações que podem contar com doações e outros meios para captar recursos, uma cooperativa, pela própria natureza de seu objetivo, conta basicamente com recursos dos próprios cooperados. São eles que devem aportar os recursos necessários para o capital inicial e, também, por meio do seu trabalho, dispor os meios para a cooperativa realizar suas atividades comerciais.

Caso haja concordância em avançar com o trabalho, é importante organizar entre o grupo pessoas que ficarão responsáveis por levantar informações sobre a legalização da cooperativa, bem como outras que se responsabilizem por estudar a sua viabilidade econômica e as necessidades de infraestrutura e recursos financeiros para viabilizá-la.

Apresentação dos resultados da etapa anterior

Caso o trabalho tenha transcorrido conforme o acordado na fase anterior, o grupo terá levantado informações importantes para decidir se organiza ou não a cooperativa. Terão conseguido informações sobre a documentação e tramitação legal para constituí-la e, principalmente, feito um estudo da viabilidade econômica do negócio.

Agora é hora de dividir as informações recolhidas com todos os envolvidos, priorizando uma discussão que possibilite a todos entender a real potencialidade da cooperativa, sua necessidade financeira e os compromissos que cada um deverá assumir individualmente para viabilizar o empreendimento coletivo.

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Essa etapa é fundamental e não deve em hipótese alguma ser atropelada.

Um estudo de viabilidade econômica, debatido e assumido por todos é um passo determinante para o sucesso da cooperativa.

Como todo empreendimento coletivo baseado na autogestão, como é o caso da cooperativa, debater ideias e chegar a consensos é uma habilidade a ser desenvolvida por seus participantes. Essa etapa inicial funciona como um exercício e aprendizado dessas habilidades e deve ser explorado ao máximo nessa dimensão.

2ª Fase: Constituição

Realização de Assembleia de Constituição

A Assembleia de Constituição é uma etapa formal do processo de legalização. Realizada no ato de constituição da cooperativa, faz-se necessário o mínimo de 20 pessoas presentes, segundo a Lei nº 5.764/71, enquanto o Código Civil prevê apenas que seja em número suficiente para o bom desenvolvimento das atividades propostas. Nessa assembleia será escolhido o nome da cooperativa, sua sede, será definido, discutido e aprovado seu estatuto social, sendo também eleitos os representantes dos órgãos de direção (Conselho de Administração/Diretoria e Conselho Fiscal).

Os estatutos trazem as normas reguladoras das atividades da cooperativa, podendo estabelecer regras reguladoras das relações dos elementos que a compõem. Antes de chegar aqui o grupo já deverá ter discutido o estatuto e definido as pessoas que formarão a diretoria. Após essa etapa encaminhar a documentação para registro.

1) - O Coordenador da Comissão de Organização da cooperativa faz a abertura da Assembleia e solicita aos presentes que escolham o Presidente dos trabalhos na reunião;

o Presidente escolhe um Secretário “ad hoc”;

2) - O Secretário faz a leitura da proposta do estatuto social da cooperativa;

3) - Os presentes discutem e propõem sugestões de emendas ao estatuto;

4) - As emendas colocadas em votação e aprovadas são incluídas na proposta de estatuto;

5) - Votação do estatuto pela Assembleia;

6) - Eleição dos Cargos do Conselho de Administração (ou diretoria) e do Conselho Fiscal da cooperativa, através do voto secreto de todos os presentes, podendo ser eleita qualquer pessoa, desde que não seja:

a. Impedida por lei;

b. Condenada a pena que impeça, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos;

c. Impedida por crime falimentar, de prevaricação etc.

7) - O Presidente dos trabalhos convida o Presidente eleito para dirigir a assembleia;

8) - O Presidente eleito convida os demais membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal a assumirem seus assentos à mesa e declara constituída a cooperativa;

9) - O Secretário faz a leitura da Ata da Assembleia que, após lida e aprovada, deverá ser assinada por todos os associados fundadores da cooperativa.

OBS: - Não é permitida a existência de parentesco até o 2º grau em linha reta ou colateral (pai, filho, avô, irmão, neto, primo, etc.) de quaisquer pessoas componentes dos órgãos de administração ou fiscalização da cooperativa. - Menores de 18 anos de idade só poderão fazer parte de sociedades cooperativas se assistidos por responsável legal ou se emancipados. – O estatuto social e a ata de constituição, antes de ser levados à Junta Comercial, deverá ser apreciado pela OCERGS(opcional), a fim de verificar se não conflita com a legislação cooperativista vigente (Lei 5.764 de 16 de dezembro de 1971). O associado de Cooperativa é contribuinte obrigatório da Previdência Social conforme Instrução Normativa n° 84 de 17/12/2002 publicada no DOU-1 de 23/12/2002, prescrita no Art. 2º, III, L.

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Passos para o registro da cooperativa:

1) Junta Comercial do Rio Grande do Sul - JUCERGS: Após a Assembleia Geral de Constituição, torna-se necessário fazer o registro da Cooperativa na Junta Comercial do Estado. Para obter o registro, a Cooperativa deverá apresentar à Junta Comercial os seguintes documentos:

· Ata de Constituição da cooperativa, em três vias;

· Estatuto Social da cooperativa, em três vias;

· Cópia autenticada da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro da Pessoa Física (CPF) do Conselho de Administração (ou Diretoria).

· Cartão Protocolo (adquirido na JUCERGS);

· DBE – Documento Básico de Entrada

· Preenchimento das FCN e capa de processo disponível no site www.jucergs.rs.gov.br./

Módulo Integrador;

· Documento de Arrecadação da Receita Federal - DARF, no valor de R$ 21,00 com o código da Receita Federal nº 6621 e GA no valor de R$ 97,00 disponível no site www.jucergs.rs.gov.br.

OBS: As três vias da Ata da Assembleia Geral de Constituição e do Estatuto da Cooperativa, devem ser originais. Rubricadas todas demais as páginas e assinadas na última página por todos os fundadores devidamente identificados.

· A Cooperativa deverá providenciar o visto de advogado (carimbo e nº OAB) na última página da Ata de Fundação e do Estatuto Social.

Observações necessárias: Os pagamentos de GA e DARF devem ser realizados em agências do Banrisul ou Banco do Brasil.

2) Registro na OCERGS: Toda cooperativa deve registrar-se na OCE de seu Estado a fim de atender ao disposto no artigo 107, da Lei n. º 5.764/71, integrando-se ao Cooperativismo Estadual e Nacional. Para efetuar o registro na OCERGS, a cooperativa deverá encaminhar os documentos, conforme lista disponível no sitewww.ocergs.coop.br.

No caso de cooperativas em funcionamento, exigir-se-á a documentação dos últimos quatro exercícios sociais.

Devem as cooperativas possibilitar a seus associados programas de educação, formação cooperativista em caráter permanente, além de canais de comunicação e informação que garantam a transparência do andamento dos negócios da mesma.

Vale lembrar que este registro é obrigatório, por lei e por reconhecimento da obrigatoriedade pelo Superior Tribunal de Justiça, via da Súmula 69.

Para obter o registro, a Cooperativa deve se atentar para o que estabelecido na Instrução Normativa nº 101, 19 de abril de 2006, a qual Aprova o Manual das Cooperativas, onde consta o Anexo: Manual Cooperativas Versão Final, o que pode ser obtido em consulta no seguinte link inserido em nota de rodapé17.

3ª Fase: Início das Atividades da Cooperativa

A partir daqui começam os desafios reais da cooperativa. As fases anteriores deverão ter servido como forma de levantar informações para constituir ou não a cooperativa, mas também como laboratório para as pessoas experimentarem sua capacidade de trabalhar juntas em torno de um objetivo comum.

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ESTATUTO DA COOPERATIVA – ESCOLA DOS ALUNOS, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL SANTA ISABEL LTDA.

COOPETESI

CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO, SEDE, FORO DE AÇÃO, DURAÇÃO E ANO SOCIAL

Art. 1º - A COOPERATIVA – ESCOLA DOS ALUNOS, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL SANTA ISABEL LTDA., de nome fantasia a sigla COOPETESI, de fins educativos e econômicos, rege-se pelo presente Estatuto pelas Leis e Resoluções em vigor.

Parágrafo Único: A cooperativa somente poderá entrar em funcionamento após registro na OCERGS, conforme determinação do art. 6º, inciso Xl da Lei Estadual 15.075/04;

Art. 2º - A Cooperativa tem sua sede no 1º Subdistrito do município de São Lourenço do Sul, denominado Santa Isabel, Estado do Rio Grande do Sul, e Foro Jurídico na comarca de São Lourenço do Sul, Rio Grande do Sul.

Art. 3º - A sua área de ação para efeito de admissão de associados, fica adjunta a área de atuação de Escola.

Art. 4º - O prazo de duração da sociedade é indeterminado e o ano social compreendido no período de 1º de Janeiro a 31 de Dezembro de cada ano.

CAPÍTULO II DO OBJETO

Art. 5º - A cooperativa, com base na colaboração recíproca a que se obrigam seus cooperados, tem por objeto a prestação de serviços na área de educação em geral.

§ 1º - Para melhor consecução do seu objetivo a cooperativa poderá:

a) Estimular e promover o processo de autogestão na cooperativa;

b) Estabelecer convênios com órgãos, instituições e empresas públicas ou privadas, com a finalidade de promover o desenvolvimento da sociedade e das unidades educativas de produção, dos projetos relacionados ao programa de empreendedorismo (empresas simuladas, empresas reais e empresas incubadas) assim como contribuir para a formação profissional dos cooperados, professores e dos funcionários envolvidos no processo ensino-aprendizagem;

c) Educar os associados tendo como fundamento a doutrina cooperativista;

d) Contratar serviços temporários de terceiros, se necessários, para a execução de atividades decorrentes do processo ensino-aprendizagem, em atividades especializadas não supridas pela cooperativa;

e) Constituir laboratório operacional para a prática e para a fixação dos princípios educacionais preconizados na doutrina cooperativista;

f) Prestar serviços aos diversos setores da cooperativa para execução de atividades relacionadas a formação profissional de seus cooperados;

g) Promover a defesa econômica dos associados, podendo adquirir bens materiais e insumos em geral, necessários ao exercício da vida escolar, do processo ensino aprendizagem e de outras atividades de interesse da sociedade;

h) Realizar a comercialização dos produtos/serviços decorrentes do processo ensino- aprendizagem, assim como a aquisição de produtos de terceiros, para complementação do processo agro-industrial;

i) Prestar serviços de conveniência do ensino e do interesse da sociedade, visando maior integração com o meio rural e urbano;

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j) Filiar-se em cooperativas centrais ou singulares, de acordo com o interesse da sociedade e do ensino aprendizagem, visando maior integração com o sistema cooperativista;

k) Promover encontros, seminários e demais eventos que contribuam para o aperfeiçoamento das pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem e participar dos mesmos.

§ 2º - A cooperativa atuará sem discriminação política, racial, religiosa ou social e não visará lucro.

CAPÍTULO III

DOS COOPERADOS

Art. 6º - A Cooperativa será constituída por alunos maiores de 12 anos, regularmente matriculados na Escola, que estejam de acordo com os dispositivos Estatutários e Regimentais da Instituição.

PARÁGRAFO ÚNICO– Poderá associar-se à Cooperativa, como Pessoa Jurídica, o próprio estabelecimento de ensino e entidades a este vinculadas.

Art. 7º - A admissão do aluno na Cooperativa far-se-á através do preenchimento da respectiva ficha de matrícula, com assinatura dele e de mais duas testemunhas, bem como a declaração de que optou livremente por associar-se, conforme normas constantes no Estatuto Social da cooperativa, com aprovação pelo Conselho de Administração.

PARÁGRAFO ÚNICO – o interessado deverá frequentar, com aproveitamento, um curso básico de cooperativismo, que será ministrado pela Cooperativa ou outra entidade.

Art. 8º - O número de associados na Cooperativa é ilimitado quanto ao máximo não podendo, porém, ser inferior ao número estabelecido por Lei (vinte pessoas físicas).

Art. 9º - O associado será excluído da Cooperativa quando:

a) Durante um exercício social não tenha cooperado com a mesma;

b) Tiver comportamento prejudicial à sociedade.

c) Houver dissolução da Pessoa Jurídica;

d) Ocorrer morte da Pessoa Física;

e) Deixar de atender aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa;

f) Efetivar-se o desligamento do aluno do Estabelecimento de Ensino.

PARÁGRAFO ÚNICO Os casos de que trata este artigo são de competência do Conselho de Administração.

CAPÍTULO IV

DOS DIREITOS, DEVERES DOS COOPERADOS Art. 10º - Constituem direitos dos associados:

a) Participar das Assembleias Gerais, discutindo e votando os assuntos que forem tratados;

b) Propor ao Conselho de Administração e às Assembleias medidas de interesse da instituição e de alcance social;

c) Votar e ser votado para qualquer cargo eletivo desde que obedecido os dispositivos legais e o regimento interno;

d) Utilizar-se integralmente de todos os serviços da Cooperativa, bem como participar de todas as atividades programadas pela mesma;

e) Demitir-se quando lhe convier, recebendo o valor de suas Quotas-Partes integralizadas, de acordo com o Art. 19º deste estatuto.

PARÁGRAFO ÚNICO – Caso o interessado seja integrante do quadro administrativo da Cooperativa, sua demissão, eliminação, exclusão ou afastamento não o isenta da

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responsabilidade pelos atos e fatos administrativos e financeiros realizados enquanto no exercício do cargo ou função.

Art. 11º - Constituem deveres dos associados:

a) Subscrever e integralizar as quota-parte do capital nos termos deste Estatuto e contribuir com as taxas de serviços e encargos operacionais que forem estabelecidos;

b) Prestar à cooperativa informações relacionadas com as atividades que lhe facultam se associar;

c) Levar ao conhecimento do Conselho Administrativo ou do Conselho Fiscal a existência de qualquer irregularidade que atente contra a lei, e contra o estatuto;

d) Responder subsidiariamente pelos compromissos da cooperativa até o valor do capital por ele subscrito e o montante das perdas que lhe couber, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações;

e) Cumprir com as disposições contidas no Estatuto Social;

f) Participar ativamente das Assembleias Gerais;

g) Zelar pela idoneidade da instituição, cumprindo com as suas atribuições;

h) Realizar, preferencialmente através da Cooperativa, as operações econômicas que constituem as finalidades da Instituição.

Art. 12º - A responsabilidade do associado pelos compromissos da sociedade será limitada ao valor do capital por ele subscrito.

CAPÍTULO V

DO CAPITAL SOCIAL

Art. 13º - O capital social da Cooperativa é formado pela subscrição de Quotas-Partes indivisíveis no valor unitário correspondente a R$ _____ (_________________________).

Art. 14º - O capital social é variável de acordo com o número de associados e de Quotas- Partes subscritas, não podendo ser inferior a R$ __________ (____________________).

Art. 15º - Cada associado deverá subscrever no mínimo duas Quotas-Partes e no máximo o correspondente a um terço do capital social.

Art. 16º - As Quotas-Partes subscritas poderão ser pagas à vista, no ato da inscrição, ou em parcelas mensais consecutivas e de igual valor até cinco vezes.

Art. 17º - O associado só poderá transferir suas Quotas-Partes a outro cooperado quando integralizadas e autorizadas pelo Conselho de Administração, sendo-lhe facultado doá-las à Cooperativa ao deixar o estabelecimento.

Art. 18º - A restituição do valor correspondente às Quotas-Partes integralizadas em caso de demissão, eliminação, exclusão ou afastamento somente será efetuada após aprovação do Balanço do respectivo exercício.

CAPÍTULO VI

DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

Art. 19º - A Cooperativa será administrada e fiscalizada pelos seguintes órgãos:

a) Assembleia Geral;

b) Conselho de Administração;

c) Conselho Fiscal;

d) Comitê Educativo;

e) Comitê de Planejamento Estratégico.

Seção I

Da Assembleia Geral

Art. 20º - A Assembleia Geral é o órgão supremo da Cooperativa, dentro dos limites legais e deste Estatuto, cabendo-lhe a tomada de toda e qualquer decisão de interesse da sociedade e suas deliberações vinculam-se a todos, ainda que ausentes ou discordantes.

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PARÁGRAFO ÚNICO – devido ao seu caráter peculiar como Cooperativa-Escola, as decisões da Assembleia deverão ser homologadas pela Direção da Escola, de comum acordo com o Estatuto Social.

Art. 21º - A convocação para as Assembleias Gerais poderá ser feita pelo Diretor Presidente, assim como por qualquer dos órgãos da administração, Conselho Fiscal, e por 1/5 dos associados, em pleno gozo de seus direitos sociais.

PARÁGRAFO ÚNICO – No caso da convocação ser feita por associados o Edital deverá conter as assinaturas dos quatro primeiros signatários do documento que a originou.

Art. 22º - Em qualquer das hipóteses referidas no artigo anterior, as assembleias Gerais serão convocadas com antecedência mínima de dez dias, estabelecendo o Edital os horários para a primeira, segunda e terceira convocação, respeitando o espaço de uma hora entre elas.

Art. 23º - As assembleias Gerais instalam-se com a presença mínima de 2/3 dos associados em primeira convocação, metade mais um na segunda e, com um mínimo de dez na terceira.

Art. 24º - As Assembleias Gerais tratarão, unicamente, dos assuntos constantes da Ordem do Dia no Edital de Convocação.

Art. 25º - As Assembleias Gerais poderão ser Ordinárias ou Extraordinárias.

Art. 26º - A eleição ou destituição dos membros do Conselho de Administração e Conselho Fiscal é da competência das Assembleias Gerais.

Art. 27º - A direção dos trabalhos e a composição da mesa serão de competência do Diretor Presidente do Conselho de Administração, salvo em se tratando de Assembleias não convocadas pelo Diretor Presidente.

§ 1º - Caberá ao Diretor Presidente convocar um associado para secretariar os trabalhos e lavrar a respectiva Ata que será assinada por este, pelos demais membros da mesa e por uma comissão de dez associados escolhidos pela Assembleia.

§ 2º - Caso a Assembleia não tenha sido convocada pelo Diretor Presidente, a direção dos trabalhos caberá ao associado escolhido, em plenário, devendo compor a mesa aqueles que assinaram o ato de convocação.

Art. 28º - Cada associado terá direito a um só voto, independentemente do seu número de Quotas-Partes.

Art. 29º - As eleições nas Assembleias Gerais poderão ser feitas por aclamação ou votação secreta, conforme deliberação do plenário e serão realizadas da seguinte forma:

a) Chapas específicas para o Conselho de Administração e Conselho Fiscal;

b) Um associado não poderá participar de mais de uma chapa, tanto para o Conselho Administrativo como para o Conselho Fiscal simultaneamente;

c) A votação será por chapas em separado para o Conselho de Administração e Conselho Fiscal;

d) O comitê Educativo será eleito e composto por alunos e professores das respectivas turmas escolares.

Art. 30º - A Assembleia Geral Ordinária que se realizará anualmente no decorrer dos três primeiros meses após o término do exercício social, deliberará sobre os seguintes assuntos constantes da “Ordem do Dia”:

a) Prestação de contas do Conselho de Administração referente ao exercício anterior, acompanhada do parecer técnico do Conselho Fiscal, compreendendo:

- Relatório da Gestão;

- Balanço Geral Contábil;

- Demonstrativo da conta “Sobras e Perdas”;

- Demonstrativo das Sobras e/ou Rateio dos prejuízos;

- Distribuição.

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b) Eleição do Conselho de Administração e dos membros efetivos e suplentes dos Conselhos Fiscais, homologação do Comitê Educativo.

c) Outros assuntos de interesse social, excluindo os enumerados no artigo 34 deste estatuto.

PARÁGRAFO ÚNICO – As deliberações de que trata este artigo serão aprovadas por maioria simples de votos.

Art. 31º - A Assembleia Geral Extraordinária será realizada sempre que necessário e poderá deliberar sobre qualquer assunto de interesse da sociedade, desde que mencionado no respectivo Edital de Convocação.

Art. 32º - É da competência da Assembleia Geral Extraordinária a deliberação dos seguintes assuntos:

a) Reforma do Estatuto;

b) Fusão, incorporação ou desmembramento;

c) Nomeação dos liquidastes;

d) Mudança de objeto da sociedade.

PARÁGRAFO ÚNICO – As deliberações de que trata este artigo só terão validade quando aprovadas por dois terços (2/3) dos associados presentes em qualquer das convocações.

Seção II

Do Conselho de Administração

Art. 33º - A Cooperativa - Escola será administrada por um Conselho de Administração composto por membros titulares e suplentes, escolhidos em Assembleia Geral entre os associados para um mandato de um ano, sendo obrigatório ao término de cada mandato, a renovação de no mínimo 1/3 dos seus componentes.

§ 1º - Os componentes do Conselho de Administração não poderão ter entre si laços de parentesco até o segundo grau, em linha lateral ou colateral.

§ 2º - Dentro de 72 horas da eleição, o Conselho de Administração reunir-se-á, obrigatoriamente, para eleger a diretoria do Conselho de Administração, composto por Diretor Presidente, pelo Diretor Financeiro, pelo Diretor Técnico, pelo Diretor Comercial, pelo Diretor Social e pelo Secretário.

§ 3º - O Conselho de Administração poderá substituir, sempre que julgar necessário os membros ocupantes dos cargos de Diretoria.

Art. 34º - O Conselho de Administração rege-se pelas seguintes normas:

a) Reunir-se-á ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação do diretor Presidente do Conselho de Administração, da maioria do próprio Conselho de Administração, por solicitação do Conselho Fiscal ou pelo Comitê Educativo;

b) Deliberará validamente com a presença da maioria de seus membros, proibida a representação, sendo as decisões tomadas por maioria de votos presentes, cabendo ao Diretor Presidente do Conselho de Administração o voto de desempate;

c) As deliberações serão consignadas em atas circunstanciadas, lavradas em livro próprio, aprovadas e assinadas ao final dos trabalhos, pelos conselheiros.

Art. 35º - Nos impedimentos inferiores a trinta dias, o Diretor Presidente do Conselho de Administração será substituído pelo Vice-Diretor Administrativo, e este por um membro do Conselho de Administração designado pelos conselheiros.

§ 1º - Nos impedimentos superiores a trinta dias, compete ao Conselho de Administração eleger um de seus membros para o cargo vacante;

§ 2º - Se ficarem vagos por mais de trinta dias os cargos do Conselho de Administração, deverá o Diretor Presidente do Conselho de Administração ou membros restantes, caso a presidência esteja vaga, convocar Assembleia Geral para o preenchimento dos cargos;

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§ 3º - Os substitutos exercerão os cargos somente até o final do mandato de seus antecessores;

§ 4º - Perderá automaticamente o cargo, o membro do Conselho que, sem justificativa faltar a três reuniões ordinárias consecutivas, ou cinco intercaladas.

Art. 36º - Compete ao Conselho de Administração dentro dos limites da Lei e deste Estatuto, e atendidas a decisões e recomendações da Assembleia Geral:

a) Fixar as diretrizes de funcionamento da sociedade;

b) Elaborar Plano de Trabalho anual da sociedade;

c) Deliberar sobre a eliminação ou exclusão dos associados;

d) Prestar contas referentes aos recursos provenientes de órgãos públicos ou privados;

e) Autorizar as despesas educacionais e operacionais, conjuntamente com o Coordenador;

f) Regulamentar a aquisição e alienação de bens móveis conforme orientação dos órgãos superiores;

g) Representar a Cooperativa em juízo, ou fora dele, com o devido assessoramento do Coordenador e ou do Diretor da Escola;

h) Autorizar a contratação ou demissão de terceiros julgados necessários à manutenção e desenvolvimento da cooperativa, das Unidades Educacionais e demais áreas de interesse da sociedade.

Art. 37º - Compete ao Diretor Presidente do Conselho de Administração:

a) Representar a sociedade em juízo ou fora dele;

b) Convocar e presidir as Assembleias Gerais e reuniões do Conselho de Administração;

c) Presidir o Conselho de Administração e supervisionar as atividades desenvolvidas pelos seus departamentos;

d) Assinar todos os documentos financeiros, contábeis e contratuais da sociedade.

PARÁGRAFO ÚNICO – O Coordenador será co-assinante dos documentos contábeis de despesas e contratos julgados relevantes.

Art. 38º - Compete ao Diretor Financeiro:

a) Programar e controlar o movimento administrativo e financeiro decorrente das atividades da sociedade;

b) Assinar os documentos financeiros e contábeis juntamente com o presidente e coordenador.

Art. 39º - Compete ao Diretor Técnico:

a) Acompanhar e avaliar as atividades técnico-educativas desenvolvidas pelos associados;

b) Controlar a distribuição e uso racional de materiais necessários para o desenvolvimento das atividades da cooperativa;

c) Acompanhar e avaliar os custos de produção, industrialização e comercialização dos produtos oriundos dos projetos;

d) Acompanhar o desenvolvimento das Unidades Educativas de Produção.

Art. 40º - Compete ao Diretor Comercial:

a) Coordenar toda a comercialização de produtos e insumos da cooperativa;

b) Acompanhar e avaliar todas as operações de compra e venda da cooperativa.

Art. 41 – Compete ao Diretor Social:

b) Coordenar todas as atividades relativas ao bem estar social dos cooperados;

c) Estimular as interrelações entre os associados, as cooperativas-escolas, cooperativas em geral e todas entidades públicas ou privadas, de interesse da sociedade.

Art. 42º - Compete ao Secretário:

a) Organizar as reuniões:

b) Elaborar as atas das reuniões.

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Art. 43º - As execuções das atividades dos departamentos deverão estar em consonância entre si, respaldadas pelo Conselho de Administração e Coordenador e registradas no Livro de Atas do Conselho de Administração.

Parágrafo Único – É função do secretário manter atualizado o livro de atas do conselho Administrativo, bem como os documentos e correspondências recebidas e expedidas pela cooperativa.

Seção III

Do Conselho Fiscal

Art. 44º - O Conselho Fiscal compõe-se de três membros efetivos e de igual número de suplentes, eleitos anualmente, dentre os alunos associados em Assembleia Geral, sendo permitida a reeleição de seus componentes.

§ 1º - Para preenchimento das vagas, os suplentes serão convocados na ordem nominal em que forem eleitos.

§ 2º - Serão inelegíveis para o Conselho Fiscal os parentes entre si, ou os membros do Conselho de Administração até segundo grau em linha reta ou colateral.

Art. 45º - Ao Conselho Fiscal compete:

a) Exercer a fiscalização sobre as operações, atividades e serviços da cooperativa;

b) Fiscalizar mensalmente todas as operações atribuídas ao Conselho de Administração.

c) Fiscalizar a movimentação financeira e a escrituração mensal e anual da cooperativa;

d) Fiscalizar as despesas e investimentos na conformidade com o Plano de Trabalho;

e) Certificar-se das exigências e deveres da sociedade junto aos órgãos tributários, de controle e trabalhistas;

f) Analisar o Balanço e os relatórios anuais, balancetes mensais, e outros demonstrativos financeiros e administrativos, emitindo parecer técnico para a apreciação da Assembleia;

g) Informar o Conselho de Administração da real situação financeira da sociedade e convocar Assembleia Geral para apreciação dos associados;

h) Articular-se com a equipe Técnico-Pedagógica da Escola de maneira a assegurar o cumprimento das finalidades educativas da cooperativa.

PARÁGRAFO ÚNICO Para o exame das operações financeiras e verificação da escrituração contábil e documentos fiscais, o Conselho Fiscal poderá contratar serviços de profissionais especialistas, que juntamente com o Coordenador emitirão parecer técnico.

Art. 46º - O Conselho Fiscal reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente, sempre que necessário com a participação mínima de três de seus membros.

Art. 47º - As deliberações serão tomadas por maioria simples de votos que constarão de atas lavradas em livro próprio, devidamente firmadas pelos presentes, sendo proibida a representação.

Art. 48º - No caso de ocorrência de três ou mais vagas no Conselho Fiscal, o restante de seus membros ou o Conselho de Administração convocará a Assembleia Geral para o devido preenchimento dos cargos.

Seção IV

Do Comitê Educativo

Art. 49º - O Comitê Educativo terá como objetivos:

a) Levar até o Conselho de Administração as reivindicações e sugestões dos associados;

b) Repassar aos associados às decisões tomadas pelo Conselho de Administração;

c) Buscar experiências vivenciadas junto a outras cooperativas.

Art. 50º - O Comitê Educativo será constituído por:

§ 1º - O Comitê Educativo elegerá dois representantes para que o represente nas reuniões do Conselho de Administração.

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§ 2º - O Comitê Educativo deverá possuir um regimento interno próprio que discipline o seu funcionamento, aprovado em Assembleia Geral.

Seção V

Do Comitê de Planejamento Estratégico

Art. 51º - O Comitê de Planejamento Estratégico tem por objetivo auxiliar o Conselho de Administração na promoção do desenvolvimento das UEPs e planejamento das atividades da cooperativa.

PARÁGRAFO ÚNICO O Comitê de Planejamento Estratégico será formado pelos Professores Coordenadores das UEPs, Diretores do DPAD, DEPE, CORE e Coordenador da Cooperativa.

CAPÍTULO VII

DAS RECEITAS, DESPESAS, SOBRAS E FUNDOS

Art. 52º - Constituem Receitas da Cooperativa os recursos oriundos:

a) Da venda de material escolar, de bens de consumo e outros de conveniência do ensino e do interesse da sociedade;

b) Da prestação de serviços a terceiros;

c) De convênios, contratos, subvenções e doações de qualquer natureza, desde que oriundas de atividades licitas e legais;

d) Da comercialização de insumos em geral.

Art. 53º - Constituem Despesas os recursos dispendidos com material de expediente, atividades educacionais e operacionais, bens de consumo e outras necessárias ao pleno funcionamento da sociedade.

Art. 54º - O Balanço Geral será encerrado no dia 31 de Dezembro de cada ano, quando serão verificadas as sobras ou perdas do exercício.

Art. 55º - Constituem Sobras Líquidas os resultados do exercício social apurados no Balanço, deduzidas todas as despesas.

§ 1º - As sobras líquidas apuradas serão distribuídas a fundos indivisíveis entre os associados, sendo:

a) Dez por Cento (10%) para o Fundo de Reserva, destinado a reparar as perdas e prejuízos da Cooperativa;

b) Vinte por Cento (20%) para o Fundo de Assistência Técnica Educacional (FATES) destinado a prestação de assistência médico-odontológica aos associados e desenvolvimento das atividades sociais, educacionais, desportivas, culturais e recreativas.

c) Setenta por Cento (70%) para o Fundo Rotativo da Cooperativa, destinado a promover o desenvolvimento das UEPs.

§ 2º - Os prejuízos de cada exercício social apurados em Balanço, após deduzidos os Fundos, em até Cinquenta por Cento (50%) do valor serão rateados entre os alunos associados na razão direta das Quotas- Partes por estes subscritos na Cooperativa, sendo o excedente coberto pela Escola.

CAPÍTULO VIII

DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO

Art. 56º - A Cooperativa se dissolverá de pleno direito:

a) Quando assim deliberar a Assembleia Geral, desde que os associados totalizando número mínimo exigido por lei, não se disponham a assegurar a sua continuidade;

b) Devido a alteração de sua forma jurídica;

c) Quando o seu número de associados se reduzir a menos de 20 (vinte ou seu capital social mínimo se tornar inferior ao estipulado neste estatuto, salvo se até a realização da

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assembleia geral subsequente, em prazo não inferior a 6 (seis) meses, eles não forem restabelecidos;

d) Pela paralisação de suas atividades por mais de 120 (cento e vinte) dias.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 57º - O Diretor Geral do Estabelecimento de Ensino será o representante da Escola junto à Cooperativa podendo, entretanto, designar um Coordenador com atribuições de orientar as atividades pedagógicas e operacionais da sociedade.

PARÁGRAFO ÚNICO – O Coordenador de que trata este artigo terá poderes para praticar todos os atos administrativos, educacionais e sociais, embasado nesse estatuto e de conformidade com a lei, mantendo informado o Conselho de Administração, assim como participar de todas as reuniões de Assembleias, dos Conselhos, Diretoria e Comitês, propondo sugestões, sem direito a voto.

Art. 58º - Em caso de dissolução da Cooperativa a Assembleia Geral deverá determinar as formas de liquidação e nomear os liquidantes, destinando o remanescente, inclusive o dos fundos mencionados no

Artigo 54º deste Estatuto à Escola, atendendo a legislação vigente.

Art. 59º - Os membros dos órgãos sociais que tiverem seus mandatos findos permanecem respondendo em seus cargos até que se realize a Assembleia Geral para a eleição dos respectivos substitutos.

Art. 60º - A reforma do Estatuto segue as normas da autorização de funcionamento, conforme estabelece a legislação vigente.

Art. 61º - Os casos omissos e as dúvidas sucintas na aplicação do presente estatuto serão resolvidos de acordo com a legislação vigente, ouvidos o Coordenador e os órgãos de representatividade e apoio do cooperativismo.

São Lourenço do Sul, -- de --- de ---

COOPERATIVA-ESCOLA DOS ALUNOS, PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL SANTA ISABEL LTDA.

Nome: Nome:

DIRETORA-PRESIDENTE DIRETOR-FINANCEIRO Cooperados fundadores:

Referências

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