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Os autores são técnicos do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná OCEPAR.

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Academic year: 2021

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Autores:

Gustavo Fischer Sbrissia - assessor técnico e econômico Flávio Enir Turra – gerente técnico e econômico

Robson Leandro Mafioletti – assessor técnico e econômico Nelson Costa – superintendente adjunto

Os autores são técnicos do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná – OCEPAR.

Rua Mateus Leme 575, Centro Cívico, Cep: 80530-010 Curitiba/Pr.

e-mail: analistaeconomico@ocepar.org.br

Grupo sugerido: Comércio Internacional Forma de apresentação: Oral.

Palavras-chave: Portos, Soja, Exportações.

Curitiba, 31 de março de 2005

(2)

Perdas de Espaço do Porto de Paranaguá nas Exportações de Soja e Farelo

RESUMO

O trabalho analisou a evolução das exportações brasileiras de soja em grãos e farelo pelos diferentes portos brasileiros de 2000 a 2004.

Foram utilizados dados do MDIC/SECEX – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior/ Secretaria de Comércio Exterior referentes aos fluxos de exportação de soja e farelo por Estados e Portos Brasileiros.

A principal conclusão é da redução dos embarques de soja e farelo pelo porto de Paranaguá em virtude da falta de investimentos e da política restritiva ao embarque de grãos transgênicos pelo porto. Com esse impasse criado os portos de São Francisco em Santa Catarina e Santos em São Paulo tem aumentado substancialmente seus embarques.

No caso das exportações de soja em grãos no ano de 2000 os portos de Paranaguá, Santos e São Francisco tinham respectivamente as seguintes participações em relação ao total exportado pelo Brasil 39,04%, 25,80% e 2,28% e em 2004 passaram a ter a seguinte participação 26,69%, 29,26% e 5,90%

respectivamente, confirmando a perda de liderança do porto paranaense para o porto paulista.

No caso das exportações de farelo de soja no ano de 2000 os portos de Paranaguá, Santos e São Francisco tinham respectivamente as seguintes participações em relação ao total exportado pelo Brasil 41,08%, 14,63% e 10,87% e em 2004 passaram a ter a seguinte participação 37,79%, 25,39% e 3,70%

respectivamente, confirmando a redução de embarques pelos portos de Paranaguá e São Francisco e aumento dos embarques pelo porto de Santos.

Conclusão é de que a forma de atuação do ainda principal porto brasileiro na exportação do complexo soja tem trazido sérios prejuízos em termos de receitas cambiais para o Estado e Brasil, além dos danos ao setor produtivo refletido nos prêmios negativos para embarque da soja grãos brasileira, comparado com anos anteriores.

1.EXPORTAÇOESDOCOMPLEXOSOJA:GRÃOEFARELO

1.1)EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

As exportações totais brasileiras em 2004 foram de US$ 96,40 bilhões, enquanto que, somente as exportações do complexo soja foram de US$ 10,00 bilhões, representando 10,50% das exportações brasileiras.

No caso das exportações de soja e farelo as exportações brasileiras aumentaram em apenas 0,7% em 2004, de acordo os números da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), no entanto, o Porto de Paranaguá vem perdendo espaço nas exportações do complexo soja quando comparado com o desempenho de Portos localizados em outros estados. Apesar de Paranaguá ainda embarcar a maior quantidade de soja (farelo e grãos), as exportações pelo Porto de Santos em 2004 tiveram um crescimento de aproximadamente 7%, e com isso está se aproximando do total embarcado por Paranaguá. O Porto de São Francisco do Sul,

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em Santa Catarina, também se apresenta como uma opção para os exportadores com um aumento de 27% no volume embarcado. Enquanto o Brasil aumentou em 239 mil toneladas a quantidade de soja em grão e farelo embarcada, o estado do Paraná devido, principalmente, às restrições existentes contra a soja transgênica deixou de embarcar, em 2004 mais de 1,00 milhão de toneladas, um recuo de aproximadamente 9% no embarque de soja (farelo e grãos) em relação ao ano passado.

Tabela 1. Quantidade de Soja em grãos e Farelo embarcados nos diferentes portos brasileiros.

Quantidade (ton) Porto Produto

2003 (a) 2004 (b)

Variação

04/03 a-b

Paranaguá

Soja em Grãos e

Farelo 11.644.507 10.609.076 -8,89% -1.035.431

Santos

Soja em Grãos e

Farelo 8.716.949 9.306.287 6,76% 589.338

Rio Grande

Soja em Grãos e

Farelo 5.555.638 4.031.027 -27,44% -1.524.611 São

Francisco

Soja em Grãos e

Farelo 1.449.973 1.845.533 27,28% 395.560

Outros

Soja em Grãos e

Farelo 6.115.349 7.929.945 29,67% 1.814.596

Brasil

Soja em Grãos e

Farelo 33.482.416 33.721.868 0,72% 239.452

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

No caso do Rio Grande, o menor volume exportado está relacionado a redução da produção em 2004, que foi de 42,28% em relação a safra anterior. No caso do Paraná a redução foi de 8,5%.

1.2) EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DESAGREGADAS EM GRÃO E FARELO DE SOJA

A tabela 2 a seguir demonstra o comportamento dos embarques de soja de forma desagregada para grão e farelo em quatro portos brasileiros que respondem pela exportação de mais de 75% da soja brasileira. Em 2004 o porto que apresentou o maior crescimento nos embarques de farelo em relação a 2003, foi o Porto de Santos com crescimento de 22% e o maior aumento no envio de soja em grão foi em São Francisco com incremento de 34%, seguido pelo embarque em outros Portos que cresceram 30%. Já o Porto de Paranaguá em 2004 reduziu seus embarques de soja em grão em 436 mil toneladas (-7,4%) e em aproximadamente 600 mil toneladas de farelo (-10,45%). O Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, também teve seus embarques de soja em grão reduzidos em 38%, o que pode ser atribuído principalmente à quebra da safra 2003/04 no estado, devido aos problemas climáticos enfrentados pelos produtores gaúchos e o fechamento temporário do Porto.

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Tabela 2. Comparativo das exportações brasileiras de soja em grão e farelo pelos diferentes portos em toneladas – período 2000 a 2004

ITEM Produto 2000 2003 2004

Variação 2003/2004 Farelo 3.851.349 5.910.565 5.474.052 -7,39%

Paranaguá

Grãos 4.492.741 5.733.942 5.135.024 -10,45%

Farelo 1.371.080 3.017.119 3.677.287 21,88%

Santos

Grãos 2.968.713 5.699.830 5.629.000 -1,24%

Farelo 1.146.553 1.824.387 1.718.496 -5,80%

Rio Grande

Grãos 1.402.418 3.731.251 2.312.531 -38,02%

Farelo 1.250.760 603.811 710.891 17,73%

São

Francisco

Grãos 262.567 846.162 1.134.642

34,09%

Farelo 1.754.897 2.245.273 2.903.775 29,33%

Outros

Grãos 2.380.328 3.870.076 5.026.170 29,87%

Farelo 9.374.639 13.601.155 14.484.501 6,49%

BRASIL

Grãos 11.506.767 19.881.261 19.237.367 -3,24%

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

No caso do Porto do Rio Grande, o menor volume exportado está relacionado à redução da produção em 2004, que foi de 42,28% inferior a safra anterior. No caso do Paraná a redução foi de 8,5%.

Ao analisar o comportamento das exportações no período de 2000 a 2004 (Gráfico 1), é importante destacar que a participação do Porto de Paranaguá vem caindo de forma substancial na exportação de soja em grão. No ano de 2000 o porto paranaense participou com quase 40% do volume de grãos de soja embarcados pelo país, no entanto, a participação do porto paranaense caiu para aproximadamente 29% em 2003 e para 26,7% em 2004. O Porto de Santos que em 2000 participava com 25% das exportações de grãos de soja, em 2004 já absorveu quase 30% dos embarques assumindo a liderança no embarque de grãos.

Gráfico 1. Participação dos Portos no e mbarque de soja e m grão

39,04%

26,69%

29,26%

25,80%

5,90%

2,28%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

2000 2003 2004

Paranaguá Santos São Francis co Outros

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

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No caso das exportações de farelo de soja o Porto de Paranaguá continua sendo a principal saída, mas com uma queda de 3,3% na participação, como pode ser observado no Gráfico 2. O destaque é o Porto de Santos que teve sua participação nas exportações de farelo de soja aumentadas em 73% (aumento de mais de 10 pontos percentuais), nos últimos quatro anos, passando a representar atualmente 25% da quantidade exportada pelo país.

Fonte: Secex (2004) elaboração Ocepar

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

1.3)EXPORTAÇÕES PARANAENSES

Gráfico 2. Participação dos Portos no embarque de Farelo de Soja

37,79%

25,39%

41,08%

14,63%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

50,00%

2000 2003 2004

Paranaguá

O fluxo de escoamento da produção paranaense de soja vem passando por alterações que demonstram uma mudança na preferência dos exportadores localizados no estado na escolha do porto. O embarque da soja paranaense por Paranaguá recuou 8,32% em 2004, sendo que o exportador da soja do Estado intensificou suas exportações pelo porto de São Francisco, em Santa Catarina. Das 790 mil toneladas de soja em grão e farelo, não embarcadas por Paranaguá, 537 mil toneladas foram à Santa Catarina, que teve um aumento de 327% nos embarques do produto paranaense, chegando a 702 mil toneladas em 2004. O porto de Santos ainda embarca pouca soja paranaense, mas no último ano já apresentou um aumento de aproximadamente 6.000 toneladas. Nesse último ano o estado teve um recuo de 243 mil toneladas no total de suas exportações de soja, um recuo de cerca 2,5%.

Tabela 3. Escoamento da produção Paranaense de Soja em Grão e Farelo (toneladas).

Porto 2003 (a) 2004 (b) Variação-% a – b Paranaguá 9.506.834 8.716.070 -8,32 -790,764

Santos 15.000 20.960 39.73 5.960

São Francisco do

Sul 164.457 702.071 326,90 537.614

Outros 2.951 6.676 126,23 3.725

Total 9.689.241 9.445.947 -2,51 -243.294

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

Santos Rio Grande São Francisco Outros

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2) REFLEXOS OBSERVADOS:

2.1)EXPORTAÇÕES DO MATO GROSSO

Dada a política restritiva à soja transgênica adotada pelo governo do Estado do Paraná, uma parcela dos produtores do Centro-Oeste preferiram embarcar a soja por outros portos, principalmente pelo porto de Santos e São Francisco. A tabela 4, por exemplo, demonstra que o Mato Grosso, reduziu o embarque por Paranaguá de 811 mil para 700 mil toneladas. Em contrapartida embarcou mais 55 mil toneladas por Santos e 198 mil toneladas em São Francisco do Sul. O estado do Centro-oeste aumentou as exportações de soja em 2004 em 8,2%, ou seja, 620 mil toneladas, dos quais o porto de Paranaguá não se beneficiou desse aumento. Mato Grosso reduziu seus embarques por Paranaguá em 111 mil toneladas.

Tabela 4. Volume de soja em grão e farelo exportado pelo Mato Grosso (toneladas)

Porto 2003 (a) 2004 (b) a - b

Paranaguá 811.349 699.778 -111.571

Santos 3.709.814 3.765.149 55.335

São Francisco 798.856 996.752 197.896

Outros 2.216.992 2.694.368 478.376

TOTAL 7.536.011 8.156.047 620.036

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

A Figura 1 demonstra a variação nos embarques de soja oriundas do estado do Mato Grosso. O embarque em 2004 aumentou em todos os portos, com exceção de Paranaguá, onde o recuo foi de aproximadamente 14%.

Figura 1. Variação das exportações de soja mato-grossense no período de 2003 a 2004 nos diferentes Portos

Fonte: Secex (2004) elaboração Ocepar

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar -13,75%

1,49%

24,77%

21,59%

-20,00%

-15,00%

-10,00%

-5,00%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

Paranaguá Santos São Francisco do Sul Outros

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3)PREÇO DA SOJA E FARELO EXPORTADO

De acordo com a tabela 6, o preço da soja em grão e farelo apresentou constantes reajustes no valor da tonelada exportada no período de 2000 a 2004. Os grãos de soja tiveram suas cotações em 2004 reajustadas em aproximadamente 30% em comparação ao ano anterior. A soja embarcada pelo Porto de Rio Grande, considerada transgênica, apresentou a melhor cotação, negociada em média a US$

286/ton., contra US$ 279/ton. da soja embarcada em Paranaguá, diferença de US$

7,7 por tonelada. Ressalte-se que no passado o preço da soja em Paranaguá sempre se situava um pouco acima dos preços praticados no porto do Rio Grande, como demonstra os números de 2000.

Tabela 6. Valores recebidos (US$/ton) para as exportações de soja nos diferentes Portos

Porto Produto 2000 2003 2004

Paranaguá Farelo $ 176,08 $ 189,46 $ 220,25 Grãos $ 190,15 $ 210,90 $ 278,81 Santos Farelo $ 182,14 $ 195,86 $ 229,70 Grãos $ 191,41 $ 217,04 $ 285,08 Rio Grande Farelo $ 174,48 $ 193,53 $ 231,12 Grãos $ 189,07 $ 221,63 $ 286,54 São Francisco Farelo $ 173,92 $ 192,92 $ 232,66 Grãos $ 188,23 $ 214,18 $ 278,77

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

A figura 2 demonstra que em 2004 a soja em grão embarcada pelo porto de Paranaguá ficou com a menores cotação entre os portos analisados, e o farelo de soja está entre os mais baixos, de acordo com as informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Figura 2. Valores recebidos (US$/ton) para as exportações de soja nos diferentes Portos em 2004

$285,08 $286,54

$278,77

$232,66

$231,12

$229,70 $278,81

$220,25

$200,00

$210,00

$220,00

$230,00

$240,00

$250,00

$260,00

$270,00

$280,00

$290,00

$300,00

Farelo Grãos Farelo Grãos Farelo Grãos Farelo Grãos Paranaguá Santos Rio Grande São Francisco

Fonte: Secex (2005) elaboração Ocepar

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Os prêmios nos portos de Paranaguá e do Rio Grande, como pode ser observado no gráfico abaixo, nos últimos quatro anos tem se mostrado levemente negativo no período de maior embarque compreendido entre os meses de março e maio. No entanto, o comportamento observado esse ano foi muito diferente dos anos anteriores, de maneira que os prêmios ficaram negativos a partir de janeiro e persistiram até julho de 2004 e com valores muito menores do que os observados anteriormente.

Quando se compara a variação dos prêmios para a soja em grãos entre Paranaguá e Rio Grande observa-se que nos anos de 2001 a 2004, em média, os prêmios no porto de Paranaguá são superiores aos do porto de Rio Grande. No entanto de forma atípica no período de janeiro a maio de 2004 os prêmios em Paranaguá ficaram abaixo dos praticados no Rio Grande. Este fato está relacionado principalmente às restrições impostas aos embarques de soja transgênica pelo porto de Paranaguá.

EVOLUÇÃO DOS DIFERENCIAIS DE PRÊMIO PARA A SOJA EM GRÃOS ENTRE PARANAGUÁ E RIO GRANDE - (US$/BUSHEL) - Fonte: Safras & Mercado. 1 bushel = 27,216 kg

-1,80 -1,30 -0,80 -0,30 0,20 0,70

jan/01 mar/01 mai/01 jul/01 set/01 nov/01 jan/02 mar/02 mai/02 jul/02 set/02 nov/02 jan/03 mar/03 mai/03 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04

US$/Bushel

Prêmio Pga - US$/ton Prêmio RS - US$/ton

4)CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Porto de Santos pelo crescimento das demandas por exportação está buscando ampliar a sua infra-estrutura para melhor atender os exportadores.

Através do Programa de Arrendamentos e Parcerias (Proaps) o porto de Santos está atraindo a iniciativa privada para o esforço de ampliar o fluxo de cargas. Santos entrou no ano 2003 com 70,28% do porto administrado por terminais privados e com o número de novos investidores e de empresas interessadas crescendo a cada dia.

De acordo com informações do próprio Porto de Santos já estão assegurados investimentos para modernização do porto de cerca de R$ 679 milhões.

Para o Paraná, a redução das exportações de soja por Paranaguá, além de reduzir a entrada de divisas no estado, representou uma perda incalculável com o

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desaquecimento da economia portuária periférica. Considerando um caminhão com capacidade para 27 toneladas de soja, foram cerca de 22.000 caminhões que deixaram de circular pelo Paraná e injetar no Estado gastos com combustível, alimentos, hospedagem, entre outros.

Perdeu o produtor que ao detectar traços de transgênico em sua safra, teve que buscar outras alternativas para exportar o seu produto (São Francisco e Santos, como foi observado) ou redirecionar a sua produção para a indústria. É importante destacar que o Brasil teve um leve aumento de 0,72% nas exportações de Soja Grão e Farelo em 2004, quando comparado a 2003. Em contrapartida, no mesmo período o Porto de Paranaguá reduziu em mais de 1 milhão (-8,89%) os embarques de Soja em Grão e Farelo. As proibições de embarque em Paranaguá levaram o produtor a muitas vezes ser obrigado a negociar a preços abaixo dos praticados no mercado na época.

5)CONCLUSÕES

a) Comportamento dos embarques brasileiros de soja em grão e farelo por porto entre os anos de 2003 e 2004 (Fonte: Secex, 2005).

ƒ Portos que registraram aumento nos embarques o Santos: + 6,76%

o São Francisco do Sul: + 27,28%

o Outros portos: + 29,67%

ƒ Portos que registraram redução nos embarques o Paranaguá: - 8,89%

o Rio Grande: - 27,44%

b) Evolução da participação dos portos no embarque de soja em grão entre os anos de 2000 a 2004. (Fonte: Secex, 2005)

ƒ Portos que registraram aumento na participação dos embarques de soja em grão

o Santos: passou de 25,80% para 29,26% do grão exportado o São Francisco do Sul: passou de 2,28% para 5,90% do grão

exportado

ƒ Portos que registraram redução nos embarques o Paranaguá: passou de 39,04% para 26,69%

o Rio Grande: 12% em 2000, atingiu 19% em 2003 e retornou a 12% em 2004

c) Comportamento das exportações de farelo e grão de soja efetuada por exportadores paranaenses – 2003 x 2004. (Fonte: Secex, 2005)

ƒ Portos que tiveram aumento nos embarques de soja em grãos e farelo no ano

o Santos: + 39,73%

o São Francisco do Sul: + 326,90%

o Outros portos: + 126%

ƒ Porto que registrou redução nos embarques o Paranaguá: - 8,32%

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d) Comportamento dos embarques de farelo e de soja em grãos de outros estados pelo porto de Paranaguá – 2003 x 2004. (Fonte: Secex, 2005)

o Mato Grosso: -13,75%

e) Comportamento dos preços da soja e do farelo exportado pelos diferentes Portos em 2004. (Fonte: Secex, 2005)

ƒ Preços da soja em grãos

o Paranaguá: US$ 278,81/tonelada o Santos: US$ 285,08/tonelada

o São Francisco do Sul: US$ 278,77/tonelada o Rio Grande: US$ 286,54/tonelada

ƒ Preços do farelo de soja

o Paranaguá: US$ 220,25/tonelada o Santos: US$ 229,70/tonelada

o São Francisco do Sul: US$ 232,66/tonelada o Rio Grande: US$ 231,12/tonelada

f) Perdas monetárias com a soja embarcada em Paranaguá. (Fonte: Secex, 2005)

f.1) Perdas estimadas com as diferenças de preços entre os Portos em 2004

Considerando as diferenças de preços entre os Portos Brasileiros, os exportadores que embarcaram grão e farelo de soja por Paranaguá, caso tivessem exportado seus produtos por outro Porto teriam uma receita superior entre US$ 67 a US$ 107 milhões em 2004. A diferença de preços entre os Portos, e o volume de soja embarcado em Paranaguá (5.474.052 milhões de toneladas de farelo e 5.135.024 toneladas de grão) permitiu levantar a posição das perdas pelos exportadores, que embarcaram soja e farelo pelo Porto Paranaense. Veja os montantes que os exportadores deixaram de receber exportando por Paranaguá ao invés de utilizar outro Porto:

o Santos: US$ 91.699.546 (-3,5%)

o São Francisco do Sul: US$ 67.727.584 (-2,6%) o Rio Grande: US$ 107.626.721 (-4,1%)

f. 2) Redução da arrecadação com tarifas portuárias

Considerando uma redução de exportação de aproximadamente 10,45% em 2004, o Porto de Paranaguá deixou de arrecadar somente com a taxa de embarque de soja em grão algo em torno de US$ 6.730.302, valores estes exclusivamente para as estruturas portuárias, sem considerar redução do fluxo de caminhões e gastos periféricos.

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6. Bibliografia

MDIC/SECEX – www.mdic.gov.br;

MAPA – www.agricultura.gov.br;

Agentes do Mercado – prêmios nas exportações da soja em grãos Banco de dados da Ocepar – www.ocepar.org.br

Referências

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