AMMNIIL & S dOWSIDFSA ÇÕ ES
SOBRE
A DIATHESE ESCROPHULOSA .
Que foiapresentadaa' Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro,esustentada en 14 de Dezembro de 1841;
rot
Antonio 2 osc i ï lorcira t ë
utmarârs
SATLRAI
.
DO RIO DE JA>EIRO,DOCTOR EM MEDICINA PELAMESMA FACULDADE
.
Lessciencesformentunerépublique oùchacun doitêtrelibre dechercher,d’examiner,d’avoir ses opinions et de direcequ’ilpense
.
Lavérité est le but avoué de tous ceux quiles cultivent.
Vü L r i i v
.
RIO DE
«JANEIRO ,
TYPOGRAPHIA UNIVERSAL DE
LAEMMERT ,
RuadoLavradio
,
N.
°53.
1841.FACULDADE DK MEDICINA
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DIRECTOR.
OSa
.
D».
MANOEL DKVALLADAOPIMENTEL.
LENTES PROPRIETÁRIOS
.
Os8ns
.
DooTonns: i.
°As«o.
Botanica Medica,c princípioselementaresde Zoologia
.
PhysicaMedica.
P'
.
F.
ALLEM ÃO,Examinador.
F
.
L EP.CANDI1)0.2
.
®Axso.
Chymica Medica,eprincípios elementares de Mineralogia
.
Anatomiageraledescriptiva
.
J
.
V.TORRESÏIOMEM J.
M.NUNES GARCIA 3.**Axxo.
D
.
R.
DOSG.PEIXOTO. . . .
J
.
M.
NUNESGARCIA,Examinador.
.. .
Anatomia geral e descriptiva.
4
.
° A.xxo.
. . .
Pliysiologia.
Pharmacia,Matéria Medica,especialmentea Brasileira,Thcrapeutica e Arte de formular.
Pathologia interna
.
Pathologiaexterna
.
J
.
J.
DECARVALHO. «I J
.
J.
D* SILVA.
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.
F.FERREIRA.5.®Axxo
.
Operações,AnatomiatopographicaeAparelhos
.
Partos,Moléstias demulheres pejadase]>aridas, ede meninos recem-nascidos
.
C
.
B.
MONTEIRO,Examinador.
F.J
.
XAVIER,Examinador. .
<G.®Asso
.
J
.
M.
DAC.
J OR IM T.
Ci#V
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D EV.PIMENTELVALF
.
P.D ECARVALHO,Presidente.
Medicina Legal
.
HygieneeHistoriade Medicina
.
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Clinicainterna c Anat.Pathologica rcspectiva. . . .
Clinicaexterna eAnat.
Pathologicarcspectiva.LENTES SUBSTITUTOS
.
jSecçãodasScienciasacccssorias
.
Sccçào Medica
.
DOSSANTOS
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DAQUINOA
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F.MARTINS J.
B.DAROSA L.
DEA.
P.
DACUNHA. .
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.
M.
D EA.
AMERICANO.
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FEIJO’,Examinador)
1SecçãoCirúrgica
.
. . )SECRETARIO
.
D«.LUIZ CARLOSDA FONSECA
.
N
.
II.
Emvirtude dehumaR.
soluçãotua,aFaculdadenãoopprova,
nemreprovaatopimde» rmittidas nastheses,asquaca dcvtinserconsideradascomopropriatdescutautores.
A MEU EXTREMOSO PAE , E MEU MELHOR AMIGO ,
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°0r . Antonio 3osc illorrira 0 uimarfles , .
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A MINHA CARINHOSA E MUITO QUERIDA M Ã E
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Dignai-
vos,pois ,accbilarW tyUmtiròdralValho,paraoqual
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'concorreste*, comovivo testemunho da amizade cgratidãodcvossoobedientelilho.
olfoqwiomtbiJmg , obi.
viai- .
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4A MEU COLEiSDISSIMO AVO
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moSr . illanorl 3ooc illorrira .
A MEU PADRINHO
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m#Sr . Concgo Alberto
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A MEUS TIOS
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A MEUS IRM Ã OS E CUNHADOS .
A MEUS PRIMOS E AMIGOS
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Üarboja ©iiimaraca .
Sincero testemunho d amizade , gratidão erespeito
.
O. D. e C
.
© Slutor .
SOBRE
A DIATIIESE ESCROPIIULOSA .
O estudo das escrópliulasafadiga dès muiremotaantiguidade o espirito humano ,oqual , com quanto hojenãoexistaenvoltoemaprimitiva cscureza sobre aorigem, svmplomas,séde,natureza,complicaçõesetherapeulica desta aíTecção,neinporisso,forçosohedizet
-
o,muito arrédo deliaestá.
Porque,si a historia da sciencia offerece , comofructodaslucubrações humanas sobreeste pontodepathologiaduranteessalonga seriede séculos,umamultiplicidadede opiniões ,que reluetãoentresi , heclaro queoespiritohumanonuta ainda cm a resoluçãodosnumerososproblemas concernentes aestamoléstia.
Para realçar oquehemosdicto ,emórmente paraencheraLey, encostados á nossa intclligencia mingoada de forçaseconhecimentos,perscrutaremososfastosda sciencia,edomeyodassuasriquezas exhauriremos materiaes ,comquepos-
samos construir umimperfeito opúsculo, em oqual,prescindindo dasalTecçÕes consecutivas, edascomplicações , trataremos dadiatlieseCscróphulòsa em o estadodeunidade:procuraremosdesempenhar esta tarefa do modo seguinte, expondo: l
.
°osvariados termos empregados pelos medicos antigosemodernos nadesignaçãodamoléstiacscróphulòsa;2.
° anecessidade de dilíerençíir-
se ndiatlieseeslrumósa ,moléstia geraleessencial, das alYecçõcslocaes, quese complicãocom ella; 3
.
°emfiin a descripção da diatliesecscróphulòsa em oestado desimplicidade,no que adoptaremos o melhodn nosographico gcralmenteseguido.
r
-
8ft
.
•VNomenclatflrn,
Synonymia.
Dorã oos Gregosaestamoléstiaonoruedekoirades,derivadodo termokoiros
,
quesignificaporco,por causadaanalogiadostumores escrophulososcomos que frequenleincniealacão osporcos
.
OsRomanosderã o-lhconome tumores,tietúslruma
,
derivadodoverbostruo—
cuamontoo—
porquenesta moléstiaestãomidos, e comoamontoadosuns sobre outros osganglios lymphaticos do pescoço
.
Os Francesesotiescropludes, derivadodovocábulo gregoscropha,que significaporca , porque , segundo uns,osporcos padecemesta moléstia ,e, segundooutros,ellainspira,assimcomooanimalimmundo, comque com- parão-
na ,repugnânciaeborror.
Emsumma, os vocábulosseguintes,atpòrcas, luimorcsfrios ,mal dorei , vicio,
ouvirusestrumoso,cscròphulòso,
&C.
,forãoainda applicados paraasignificação desta moléstia.
Falsasanalogias,sitnplicesapparcncias,circunstancias insignificantes,cren
-
ças supersticiosas1,emfimas erronias de algunsaulhores, eis as razões,com queapoyaràoousodessa diversidade deexpressões
.
Porém em oséculopre-
sente existe no animo detodososmedicosoespiritodo progresso , sentemtodos anecessidade deumanomenclaturapatbologica,quecorresponda aosdiversos estadosmórbidos;quesecomponhadepalavras, (pieexprimãonãosó ana
-
tureza,mas lambern a sede das moléstias;q&esejafinalmenteutil;assimcomo as nomenclaturasanatómicas de Chaussier , ou deDumóril, a çhvmica de Lavoisier,eFourcroy,aorgano
-
pathologicade P.
A.
Piorry,oqualemFrança sentindosobremaneirasemelhantenecessidadepropoza nomenclaturaorgano-
pathologica,que,digamoj
-
ode passagem, sobrepujaemvantagemaantiga.
Logo, todas as denominaçõesapontadas, asquaesantes exprimementes de razão ,queverdadeiras noções do mórboescrópbiiloso,sãoevidentcmenle im
-
próprias
.
Comludo, jáqueaclualmentenão bepossível denominarorganica-
menteas eseróplmías,por quantosãoainda objectes suscepliveisdecontrovérsia aséde, eanatureza dasmesmas,jáqueousoconsagrouasdenominações pre
-
cedentes, ejáqueo neologismo,embora proficuo , desaprouvesempre espíritos aferrados ásantigualhas , julgamos que aquellusvocábulos, sendo alistrahidasdélies asidéyas, queseusinventores llufs ligárào, esendo consi
-
deradoscomosignificativos unicamente domiórbo
aos
questão, pòdomser em
conservados , eindislinctamentcempregados
.
—
9—
Confusão dos estadosmórbidosobservadosno
cscr
ópbuloso.
Necessidade da suadislineção.
Definiçãodomórbo escróphuloso.
O que dissemos tocante á ctymologia dos vocábulos koirades
,
struma , scropfiula,&c. ,
jáinduzoLeitoraprcsenliraIdéya,queosantigosMedicos Gregos, Latinos,&ç,,formavãodomórbo cscrópbuloso.
Parece-
nosque noindivíduo doented’este malnãovifio mais,
que
osingurgitamentosgangliona-
rios exteriores,oijsubcutâneos,Ccrlamentè , osannnes da scicnciaensinão
-
nosque estafoi aopiniãoseguida atéFernelle,Plater , Pison ,Baillou,Th
.
Bonet, 6'sobretudo
atéoimmortalMorgagni , istohe, atóa
épocadafundação da anatomiapalhojogica,depois da qual,por meyo das necroscopies successiva-
mente multiplicadas, veio
-
seinsensivelmente ao conhecimento de que no escróphulòsohaviãofrequentemente ingurgitaçõesanalogas dosganglioslym-
phaticosinteriores,alteraçõesdas principaes visçeras,dos tecidos osmais remotosda estructura glandular, edos próprios ossos
.
Assimascscróplmlas, quenosantigos temposçonsisliãounicãmentonosingurgitamentoslymphaticos exteriores,forão,depoisdadescobertadaanatomiapalhojogica
,tidasporum maldevastador ,queinvadianão só osyslcmalymphaticosubqutaneo, cvis-
ceral,comotambémlodos os orgãos,tecidos, aléoossoo (I )
.
Ora,si, con-
sideradaa épocadainstituiçãodasnecroscópias,comoaextremada Medicina antiga ,edaMedicina moderna, oonsultarem-so ososcriptos da primeira, e os da segundasobreascscróplmlas, não sedeixarádereconhecer quenos primeiros resumbra opensamento seguinte:alteraçõesdasglandulas lymphaticas exterio- res,causadas pela maligna inllueneia deumvicio
,
deumvinis ,deumacido , alkali,
e outrasquejandas modificaçõeshumoraes (’2 );onos segundos o seguinte:ourelíquias das antigas chimeras, ouestragoshumoraes,
eorgânicos, çsparsos pelaeconomia,
cdevidosaumvinis, puprincipiaCsCyòphulòsa;ouemfim desordensnão sóexteriores, como interlopes, proparadas porumquid do organismo herdado, ouadquirido,denominado—
temperamentolymphatico, habito ,constituirão,
dialheseçsçróphulisa,çslrumòsa,
óçc,
ooccasionadas por(1 )Vide DiccionariodqsSclcnciu*medicasom 00 rol
.
,art.
Scropliutes,—
Dicciqnariode Medicinacjn25 yol.,hrt.
Scrophulc*.
[1)GalenIlvpp,,
— —
InI)eisagogeglanduli,íel,
in libr, nd Glauc, Ul>.
11,Ceh
. —
bill.
1, Gap, 28,
—
10—
(I)
.
Quemnãoentrevêna mentedosantigos umexterior,secundário, e oiilroconstí-
ratf ãodíuUlii.ivneia
tlu
couhicimonlos.
influencias externas,ouinternas a idéyã cie doisestados
palhologi
tucional,oprhnilivb
*toquai',i^
noloe demeyos paraa
-
buáacqui.sioão,supfbriãocoinalaUera
çAOImmoralimaginadaíEquemnãoentrevôtambém na dos modernosaidéyade
estados mórbidos,dependentesdeuma causa supposla ,ouinhérentes a uma disposição
constitucional
,?Pç
r consequênciaexisteentreosantigoseos mo-
dernospalpavclconfuzãodasalíecçõcsprimitivas, econsecutivas,observadas noeslrumoso
.
Oquevamosdizer ,evidenciará maisestanossa ultima asserção.
Naverdade ,ohabito,a dialhese,ouconstituiçãocscrópliulósa, segundo parte dos aulliores, tem por causaumcomplexode influenciasgeraes, tem symptomascaracteristicos,que revelãonoindividuo,onde existem,unimodo desernãophysiologiconãosó doseu
-
pbysico, comodosou moral, temsuamarçha ,suas terminações ,ecinfuno seutratamento:lie ordinárionainfan
-
cia,nãoraro naadolescência, evelhice, esempreo mesmo cmtodasasphases da vida
.
AsalTocçõeslocaes porém,quer exteriores,quer interiores,descriptas debaixo do nome domoléstiastfcrôpliulósas,
</ putosdovicioescrôphuloso,
&c.,temcos em
umavariedadede
amor
também suas causas , pelamór partelocaes , seussymptomas, que revelão desordens organicas variadas,temsuamarcha,terminações,etratamentos es
-
peciaes:a idade, o sexo , eoutras muitas circunstancias mudão , senãoa na
-
tureza, ao menos a séde destas aAceções
.
Ora,sãoestasasbases,aquesóe arrimar-
se,
opathologist»paraoestabelecimentodaexistência , ediversidade de estados mórbidos.
Logo, esse modo de existir doorganismo,ondeunsnão vèemoutracoiza,queumadisposiçãoparaascsçróphulas,—
«Lesujetnedoitpointêtreconsidérécommescrophulcux,maisseulement commeéminemmentexposed lemeilledevenir,son»,activit
—
onde outros a incubaéestassoupie,
clla causeçãodooccasioncllc\irusescrôla plus lphulosoégè—
re su«Le/[iraviruspoursomr
é- -
veiller et exciterscs ravages,»
—
c asmoléstiaslocaes, chamadas—
affecçõesescrôphulôsas,c(feitos
,
ouestragosdovirusescrôphuloso,&c., sãoverdadeiroses-
tadospathologicos,distinctes entresi
.
Masimportamuito paraa exacçãoda palliologia,paraautilidade da llierapeulica, cconseguinlcincnle paraobem dahumanidqde,
odiagnóstico dasmoléstias.
Logohenecessário distinguiras moléstiasexistentesnoindividuo escrôphuloso.
Com elícito, noeslrumosoha um estadomorbido
constitucional
,distinclo
(1 )Bordcu
. —
Œ uvrescomplètes.Tom.1.
Dissertationsurlesécrouelles.
Baumes
. —
Traité surle vicescrophulcux.
Aim
.
Le Pelletier.—
Traitécomplet surlamaladie scropliulc (Diccionarios jácitados.
) use.
a —
dosestados
m
órbidoslocaes:o primeirolioprimilivo, ehe a ullecçaopnn-
eipal;os sçgupdos sãoconsecutivos, esão oucomplicações
,
ou albcçoc-
s symptomaticaa: oprimeiro,querherdado,quer adquirido,
nasce especiahnente sob ainfluenciade cau/.
asgeraes, os segundos sob a decauzas
locaes; o primeirohe invariávelcmqualquerépocadavida ,ossegundossãoinvana-
que tocaásuaséde, nasdiversas pha/.esda vida: o serdo destesheporémdependente
veis, sequerno
primeiroheindependentedodos segundos ,oser
do daqucllc: oprimeiro he inexplicávelpelatheoriadairritação , edainflarn
-
jnação; ossegundossão aocontrarioexplicáveis;otratamento daquelle lie qua/.i inleiramente geral,ehygienico, odesteslocal, emedicamentoso;em summa ,podemos dizer, queosestadospathologicos,descriplosdebaixo do nomesãopela mayorde
—
Moléparte irritastiasescròpkulçõesó,
sasou,inflammaeßeitos,çõoucsestragos,
<picapparcccmdorirascm umescróphulosotecido ,—
orgão
,
oumais ,comparticularidadecm os seusvasosbrancos ,eapr.cscntão um caraclcrespecialcmvirtude daaffecçãoconstitucional,gqueaaffecçãogeratconsiste cm urna faltade elaboração,
de animalizarão,
deumverdadeirosem-
viçodostecidosorgânicos ,principalmcntc dayucllcs
,
onde predominão os vasos brancos,lie este ultimo estadopathologico, chamado geralmente dialheseescróphulósa ,que definimos,segundoAim.
Le Pelletier(1), tanto porsuasidéyasnosparecerem asmais razoaveis,
enaturacs,quanto pornãofugirmosaojudicioso preceito de um homemcelebreda antiguidade (2) , estado , aoqual,comojáodissémos , poder-se-
hiadarpromiscuamentequalquerdosnomesmencionados.
Etiologia
.
Numerosassão as causas , que concorrem paraoapparecimento das escró- pnulas
.
Dividiremos-
las,seguindooexemplode muitosauctores, cmprédis-
ponentes, eoccasionacs
.
Causas predisponentes
. —
Estassãorelativasao temperamento,áidade,ao sexo, áinfluencia dos pães , e aoutras circunstancias.
Conformeaobservação dos melhores práticos ,osindividuòsdetemperamento
lymphaticosão dispostosparaaaflecçãoescróphulósa;após osquaes vemsuccessivamcnteososmais
(1)Alm
.
LoPelletier,Ohr.
cit.
,pag.
51.
(2)Omitiscnim, quærationcsuscipilur inslUutiodébetadefinilioucproGcisci,ulintelli
-
gitur, quid»it id,de quodbpulclur
.
Cic.
,de O/Jiciis,Libr.
1.
—
12— dorf
ûdeiro lugar, hitiofeo
(i) de lemperftmontosanguíneo,
nervoso,e , omd’onde ser
-
nos-
haconcedidoo tiraras inferências seguintes:1.
*a nlíecçAooscròpliulósa nãorespeita
temperamento
algum;2.
® açconnnettode jt/eíe-
lymphalico;3
.
®aconstituição,ou o temperamento Ivmphaticoochamado habito,diathose
,
ouconstituiçãoescrópUnlósanão sãouma, e.
aerencta o
mesma coizá,comopensãoalguns auçtoreg
,
Si se consultão asobras de llyppocrates sobreo portado da vida mais sujeitoásescróphulas,acha
-
se <]uinfancia
era aidademais ex|)ostaaestamoléstia , assim elle disse:—
Jpsis( scil.
pueris)verbgrandioribus(scil
.
addentiendi tempus acçç flentibus)tonsillarumin/l mationes,
vertebra-
inoccipitio introrsàm luxattones,
asthn\ata,calculi,
lumbrici rolundi,ascarides,verruca pensiles,
satyriasmi,
struma,
ctalia tubereula(2): tambernacha-
sequeoveRio
deCpzpensava queas escróphulas não apparecião depois da idade adulta,
porquanto disse:— -
Strumapastannum ffuadragesitnum secundumusqtic adsçxages'nnumtertinmnon fiant(3).
Porém, siserecorre ás obras de outrosobservadores
de granderenome
, aprende-
se, que eilectiva-
mente aaITccção estrqm
^
samanifestà-
se deordinário na idadeinfantil , sem ser privativa destaépopadavida; visto queapparecetambém,si bem que rara-
mente, cm outrasidades, segundo a authoridade de Cullen, Richerand , Marjolin,Guersé
nt
,Lalouelte,LePeljclier , &c.
(f|).
Richerand (õ)aflirmo quea
mulher Re
mais sujeita ásescr
óphulas,queo Pai da Medicina tinhapara si , que a eoam
-
(1)LePelletier ,Qbr,cit.
,
p^
g.
37,Bruxelles.
—
Marjolin—
Coursde PathologieChirurgicale,i /'SLeçon, p^
g.
7c8.
—
Dictionnaire de Med.
,Art.
Seropliute$,—
Guerscnt,pag.190.
(2)Ilipp
.
Aphorysm. —
Vid.Sect.
3,Apli.
26,etautec.—
etsuRscq.
(3)Hippocrates
—
Prænot. —
Sect.
,3.
*(.i) Ao1er,oque acabdmidaámos deaodiespirito/.ersobrodaaLpilorinfluencia dasseguinte reflexidadesnaão :produellyppoçáo dasçratescscró,
-
pliulas ,occqrrerá sem
piérparte dosauclorcscitadosjulgáoqueas çscrópliulftsconsistemnostumoreshmphalieos , parlicularmentcexteriores,cccrxicacs,Por est
*
razão,asasserções, que emiuirãosobreá
influencia das idades,verdadeirasnaquerespeita
*
os tumores cscrópliiilôsos,deixã ode selo.
quandoapplicadasaocslfldpmtyWo.constitucional
.
Para di!ueid«çáo.destamatéria ,bastará putrareflex ão :aosiugi^
giiaventes tyWd<u(içoS çscróplmlósos,
jáexteriores, jáinteriorespreexiste sempreodenominado palitoouJiatl.
ccefçrápMása, que be, quantoanós, um estadopiórbosogeral bemcaracterisado de maneira, que aquellespresuppõenecessariamente este J
.
ogo ,siafrequência dos tumores cscrápl.
ulósosnainfancia,e sj asuararidadenas outras Rladcssãofactosverdadeiros , fundadosnaobservaçãodehomenscelebres , reciprocamente afrequênciada aflecção constitucionalnainfancia.
casuararidade,sãodcducçõeítacitamenteverdadeiras
.
(
.
V: njchcrand,Nosojjraph.
cliirurg.
,tom.
1.
png;iSQ.
c a
ouli
-
uspenodosçhv cm—
13—
homem
.
Le Pelletier, para darpor certa esta asserção , fez cm muitoshoí-
pitaesdePariz quadros comparativos,
que
geralmentelheministrarão sultadosseguintes:Oscseróphulósos dosexo feminino estãopara
os dosexo masculino: :õ:3.
Consequentemonteosexofeminino devesercontemplado osre-
comoumacircunstancia,que dispõeparaas escróphulas
.
A herança lieuma causapredisponentenãoconstante ,masmuitocornmutn , admiltida por Hyppocrates,
Fernel
, daaffecção escrópliulósa.
Esta causaBaillou, Boerhaave, VanSwieten
,
Morgagni, Stahl, Haller,ßordeu, La-
louette,Cullen,Portal, eposta emduvida nestesúltimostempos
,
lie , cm a impugnadas,masa verdade, umfacto,cujasexplicaçõespoderiãohoje sorrealidade,não
.
Dissemos que estacausa lie muitocornmutn,e nãoconstante, porque , si porumladoosindhiduoscseróphulósos originão-
se dcordináriode outroscseróphulósos, por outro lado'individuos,cujos ascendentessão, forão eslrumósos, algumas vezes vivem izentos desta moléstia ,oucontrahein
-
O l l
naper accidens
.
Quantoàs outrascircunstancias,considerão
-
se ainda,como causas predis-
ponentes, asseguintes:afecundaçãoduranteoscatamenios,segundoasobser
-
vaçõesde Lalouetteede Lo Pelletier;ocazamentoentredais indivíduosmuito moços oumuitovelhos,ouentreumvelho ,eumadolescente;tal lie aopinião deLePelletier
.
Iloracio assiin disse:Fortescréanturforlibtis. —
Ferneligual-
mente:Scncs et valetudinarii imbécillcs
,
filiosvitiosáconstitutionegignunt(i).
Causas Occasionnes
. — -
lieferem-
se aoar ,áslocalidades,ásaguas, aosali-
mentos, aoexercícioerepouso,aosoinnoevigília,aos trabalhosintellectuaes, áspaixõesdahliaeásmoléstias anteriores, eseutratamento
.
Pensa-
sequeumaalmospheradebaixatemperatura,luimida, pobre de oxvgenco
.
deelec-
tricidade,decalorico, eluzsolares,onde, cmcompendio,pareceafracar
-
se ainiluencia vivificadora destesagentes,prenhe de acido carbonico, esubstancias beterogeneas;queoslugares baixos, húmidos, frios,circundados porpaiies, si- tuadosaopéde montanhascobertas dc neve
,
epoucoexpostosá acção dos modi-
ficadores geraes;que as aguasprivadasde ar,asaguasselcnitósas,ascarregadas desáescalcareos , ematérias estranhas, sãopoderosascausasoccasionnesdas escró
phulas .
Hed’aquiqueprocede, segundoosobservadores, a frequência desta affecção emcertosclimas,por exemplo, nosclimas temperados, frios, ehúmidos;e asuaendemia emalgumaslocalidades
,como nos lugares baixos,paludosos, nasgrandes cidades, noshospitaes, cárceres,&c.
Os máosalimentos, isto lie, nãosóaquclles,que fornecemum cliylocopioso
.
muitopoucoexcitante , v
.
g.
os farináceos ,as substancias adiposas nosmas , ou
(1)Fernel, Deuiorb
.
CJU».
lib.
1.
®cap.
2.
k
-
J/l—
gonlas, nsoleosas, ns carnes
brancas
»molles
ogelatinosas, os frurlos doresuni
cliylo
demánatu-
e
mucilaginosos
,Ove.
; comolambemaquelles
,quedãove/a
.
eimproprio
paraarestauração dasperdas organicasv.
g. ,
oleilede umamulher gravida, cscrópliulósa,cacochyma,oudeoulromodo molcsla,ode animaes demá qualida\le
,
cjáalterado; ogénero de alimentos,
conhecido qual, porumcostumetãogrosseiro geralmenleetrivial,qucomo nomede—
papas—
aoãofunesto,osmeninossão
submellidos
, de ordináriocomposto
de substancias maisoumenosindigestas,ágras,rançosas,malcombinadas
e mal cosidas;opãopouco, ou nã ofermentado,malcosido, epreparado, &c.
&c.
, sãooutras tantascausasoccasionaesdas escróphulas.
Um exercido violento ,ehabitual
,
desproporcionadoás forças doindivi-
duo,particularmentc havendoumamá alimentação ,eincapazderepararos perdasdoorganismo; orepousoeainércia,assim como seobservanos indi
-
víduos,que vivemnamollesaenoocio, naquclles, quepassão uma vidase
-
dentária,genericamentedenominadosporMorgagni
—
Scllarii—
v.
g.
os sa-
pateiros,lecelães,alfaiates,porteiros,&c
.
;oexcesso do somno ,ouda vigilia; ostrabalhosintcllecluaes,especialmenlcquando ompreliendidos porum indi-
viduo muitomoço , cujophvsicoemoral ainda nãoachegou
-
se aográo de crescimento conveniente; aspaixõesdeprimentes d’alnia, r.
g.
omedo, o odio , ainveja,&c.
&c.
,sãocircunstancias , que lambem sepõemno numero dascausasoccasionaes das escróphulas.
Cerlamentc,quantoaoquepertence âspaixõesd'alma ,parece(pieosantigosconheciãomuito bem ainfluencia dasalÍecçõcstristes do espiritonaproducçãoda moléstiaescròphulósa, por quantoliavião-
nasmalcrializado,atlribuindo estauiolesliaáprezença dohumor mclancolico,
serchimcrico , ao qualotemposoubefazerjustiça.
As febresintermittentes, asmoléstias chamadasorganicas, sobretudo asque assenlão
-
seemoeslomago, e cm asprincipaesví
sceras,asdiarrheas prolonga-
das , as irregularidades, ou openoso estabelecimento dos calamenios, afre
-
quênciadasliemorrliagias
,
principaimenleuterinas ,segundo Le Pelletier;a repercussão dos darlros,segundo Haller;asupressãodo fluxobranco, seçundo.
Ilebreard,ouasuacopia,segundo Le Pelletier;asyphilis,porémmórmenlo o seutratamento mercurial; oabusodocoito, amasturbaçãoderado dos narcóticos,sangrias, e
banhos mornos,
&c.
, &c .
, sãoainda circumstancias,
que dizem-
secontribuiroccazionalmentc
paraasescr
óphulas Taessãoascausas prmcipaes da uiVccção eslrum ósa.
ousomimo
-
—
15—
Symplomalologia
.
Parafazermosuma pinturamenosincompletado estado morbozo constitu
-
cional,existente nocscropliuloso,impropriamentedenominado ,temperamento lymphatico
,
habito, diathèse,
constituiçãocstnnnosa,
cscròphulôsa,
etc.
,estado, que,mediante umasynonymia, pódedesignar-
se não sócomasdenominações precedentes, mas tambenfcom asdecscrópliulas,
estruma,
etc. ,
assimcomojãodissemos; cáque ligão-se nãonecessariamenteasa íTecçõeslocaes subse
-
quentes,chamadasmoléstiascscròpliulósas
,
c/
fritos dovirus ,ouviciocscropliuloso,
etc
.
, examinaremosaumindividuo,que padeça esta moléstia desonascimento , por quantoosseussymptomas significativoscongregão-
semuitoraramente nos que adoecem cm uma época crescidada vida.
Corramos portantocom os olhosopbysicoe omoral de um talindividuo,cdestas duaspreciosasfontes extraiamosossymptomas .
Phvsico do Individuo
.
Complcxão
. —
Oscaracteres,que exleriormcnte assignalão ocscropliuloso, sãopoucomaisoumenos osseguintes:umaestatura ordinariamentebaixa;corpodeordináriocm umestado deintumescência geral,molle ,esem rubòr , devidaásuperabundância dos humores ccllulo
-
lymphaticos,gmento dasubstanciaadiposa;algumas vezes porém em umestado real dc polysarcia adiposa; adipe íYequentementc molle , e amarellenta,ás comconsistência ,c sem côr; formaslaxas, maisou menosarredondadas, e pouco elegantes; pellemuitofina ,branca ,diapbana,lusidia,csemeada dc veiasasuladas;algumasvezesembaciada,secca ,arida,cdecòrterrca;cabeça volumosa,ouporcausado crescimento docraneo, ouda face,o
que
lie mais frequente:entãosuafórma he ,segundocostuma dizer-
se, a depão dc cabellosfinos,
commummente louros, raramenteescuros, ou pretos;olhos grandes, azues ,ordinariamente brilhantes,
sensiveisál u z,clagrimosos;pál-
pebras frequcnlcmcnle grossas, cinfiltradas,cspccialmcnleaoacordar,com asmargens vermelhas,rcmclosas,muitasvezes sem cilios,oulccrosas;abertu- rasnasacsinchadas,
luzentes ,
vermelhas,com
escoriações, ecomcrustas: e nao ao au-
vezes
assacar;
—
10—
pituitária
commummente
oasscnlodo calharros, quo
sc solvem semprc incom-
plctamente, ctúrgida:dondeessaeslreituradasfossasnazacs,essavozfanho
-
sa,essadifliculdadcderespirar pelo nariz ,cesse hiato constantedaboca
,
que os escróphulósosofferccem, cque imprime nelles uma facièspropria , a qual não escapa ao medico observador; lábios grossos, volumosos, sobretudoo superior,muitasvezes grelados» dolorosos cin ílammadosem os temposfrios; gengivas molles, descoradas, algumas vezes sanguentas aomenor
toquo;dentes commummente máos dèsaprimeira dentição , id est,
curtos, amarellos ,separados por grandes intervalios,deumesmalte, que faeilmeutecorroe-
se,desapega-seemlaminas,ougréta profundamente; dentes,que com facilidade ennegreccm-
se , carião ,e caemantes da idade;mandíbuladiacranianna muitolarga;face intumescida,pallida
,
ealgumas vezes com rubormalar, oqualcontrastacomaalvurado resto dapelle,e dá á pbysionomiaumaapparcnciadefresquidão,
cde saude ,capazde illudir as pessoas do mundo, masnuncaomedico attenlo ; pescoço ordinariamente delgado, longo , sem algumaproporção ; algumasvezes curto ,elargo paraa nuca;ganglios lymphaticos, inguinacs, axillares, eparticularmente cervicaes duros , arredondados ,erolando sobapressãodigital;thorax commummente malconformado,idest,estreito,arqueadoadiante, eesquinado, assim como odospassaros, edispostoatraz scmolbantcmente;espadoas rcsaltadas,c que parecem despegadasdotronco; ventre frcquentemenle volumoso,tenso, resistente , calgumasvezesdoridoaoapalpamcnto; membros deordinário fracos,delgadosem aparte media,
mayormenleos inferiores;musculos quasi ntróphicos,nãoprominentes,c nãorelevadosemasuperficieda pelle;articu- laçõesgrossasevolumosas.
Funcçoesde rclarãó
. —
Sentidoscommummenteobtusos; slaçãopoucosegura, vacillante;progressãopoucoprcciza , lenta,
cpromptamente
afadigósa.
Vóz deum timbresempre desngradavcl,de ordinário fanhosa, rouca , ousibilante, eraramerite grossa.
Quantoápbysionomia, olhosbrilhantes, poréin ordina-
riamentelanguidos, c vagueandopelos objectos;olhar expressivoda dor dabondade, daternura,efrequentementeda melancolia, eda dòr;cointudo algumasvezesocaractcr physionomie»nãobe
distingu
ível.
Funcçõesdcnutrição
. —
Digestãoordinariamente irregular, epenósa;ora
inappclencia, óraanorexia,óra pelo contrario uma fome insaciável,verdadeira
bulimia; muitas vezes lambem perversão do appetite, id est.
dezejo de comer sabã o, sal, sôbo , papel, &c
.
; digestão estomacal, ou chymificação ordinariamente diflicil, acompanhadadecructaeões,ácidos
,
ealgumas vezes mesmodc vomiturições;constipação , cdiarrhea alternadamente ,
edcordinário, llcspiração penosa; osseus phenomenon ura ,uma
arrotos
—
17—
mecânicos lentos, c difliccis; os chymico
-
vitacs , a hcmatosis,
sempreimperfeitos; hálito ordinariamente acido, ou mesmode um cheiro iuso portável,fétido, c nauseabundo
.
Circulação ordinariamente poucoactiva; o coração com difßculdade impclle ate os últimos ramos arteriósos osanguedestinado para corar , estimular
,
enutriraspartes, porondeliedis-
tribuído; pulso
,
em apluralidade , lento ,mólle , pequeno ,e irregular;os vazoscapillarescarecemdaenergia conveniente paraas suasfuncçôes.
Nutrição, segundo Le-
Pelletier , alterada ,imperfeita,emá.
Pcrspiraçãocutanea ordina-
riamentepoucoactiva;quandocomexercicios violentos ,v
.
g.
carreira , dança,&c
.
,estaexhalaçãoaugmenta-
se ,osuor,dizLe-Pelletier , lança umcheiro desagradavel, ágro, nauseabundo,quasi semelhanteaodosôro deleiteem putrefaeção , equesepódeexprimircomotermo de—
agri-doce. —
Secreçõesfollicularcsmncósas, frequentemente augmentadas, mesmode ummodopa
-
thologico;porquea pluralidadedosindividuos padececorrimentosmucósos em um,ou maispontos dosyslema<lomesmonome ,r
.
g.
emamucosaocular, nasal,bronchica,intestinal, &c.
:são estescorrimentos, que constituemos catharroschronicosescrôphulósos.
Secreçõesglandulares commummente mais, ou menosalteradas:assim ohumor prolifico,segundoasobservações d?Le-Pelle-
tier , hequasi inteiramente aquoso , sem cheiro,ernfim, carecedordas qualidades physiologicas;abílis,segundoBordeu,eLe
-
Pelletier, menoscorada, menosamarga
,
cm umapalavramenoselaborada,queemum indivíduosão ;asurinas sãoabundantes,cconforme asanalyzes chimicas deFourcroy, ha nesteliquidoumafalta deelaboração secrcloria
.
Funcçôesde reproducção
. —
Ohomemparece ordinariamente indifferente ao ajuntamento dos sexos, cdepoisdomesmocaheemextremoabatimento.
A mulher temoscatnmenios difliceis ,eirregulares, e liefrequenlemenle allieya do sentimento doamor.
Moral doIndivíduo
.
Faculdades intellectaaes
. —
A intelligence,
depoisdedesenvolver-
se ,diz Le-
Pelletier , íicaemapluralidadedosindividuosabaixo da medida geral, ehe emalguns tãocurta , queigualaaoidiotismo em a esphera dosuasoperações : contrariamenteemoutroshedotada degrande vigor ,ecapazdeconcepções amplas,esublimes,ás vezesmesmoantesdo
tempo
da madureza ,cdeuma maneira, quepasma.
I)oqueacabámosdedizer,resulta «piedebaixo deste5
— IK —
ponto de vistanãoliaumaregrageral,
applicavel
alodososindivíduos:com tudo pòde dizer-
sequeem omayornumerooseguintes:apercepçãolieordinariamente lenta ,algumasvezesmesmoddiicil; asidéyassãopouconumerosas,succcdem umasasoutras
vagarosamente
,po-
rémsão claras,eduradouras;ojui/.oalgumasvezes
apparece
muitocedo ,e comtanta madureza, quecausaadmiração : oque bastapara imprimir indivíduos, aosquaes coubeaquella partilha, mesmoem uma idade tenra, esseargrave,creflectido ,essajusteza, esolidez de raciocínio,que singular-
mentecontrastãocom aimperfeição doseuphysico
.
Pelo quepertenceá me-
mória,cmgeral,amemoriadas palavrasliefraca,porquantoamayorparte dos indivíduosreiemapenasoque actuourapidamentea sua
memoriados factosporémlie vigorosa ,porque
permanecem
longamente suareminiscênciaascoi/.as ,que actuárãoaomesmotempoosseus sentidos, e o seuentendimento:emfrni aimaginaçãomuito freqUenteinentepoucofe-
cunda ,epouco brilhante;dondeprovavelmenteaorigem dessasimplicidade de gostos, edecostumestãocommum aos escrópludósos
.
Faculdadesaßectwas
. —
Asãffecçoesdaalma,queassignálão osindivíduos , que padecem aconstituição escróphulósa ,sãoconforme Le-Pelletier pouco mais,oumenos asseguinles: omayornumero lie dotadode allahilidadc,de timidez,edeofficiosidade;plenaracntecônscio dasuafraqueza, além deser jápronoaumapreguiçainsuperável, e atunaapatiiia,que lheliefunesta, prefereoermo , aescuridão ,eavida pacificaásoccupaçõesembaraçosas ,ás«grandes emprezas, einfun ãvida laboriosa;e,como aindilferençalie ,oque principalmentecaracterizaomayornumero ,allieyo de paixõesviolentas , e luinulluósas,kl
.
est.
, de amor ,odio, ambição,cólera ,&c.
,passaseusdias en-
treoprazer, e adòr, semex[)erimènlarvivamentenem uma,nemoutracoiz.a
.
Eis o resultado das pesquizasdeLe
-
Pelletier a este respeito:importa-
nos repetir:lieapplicavelápluralidade, cnãoáuniversalidade dos indivíduos.
Tal lieocomplexo dossignaes,quoçaracterisão osindivíduos , que temo habito, adiathcsc, aconstituirãocslrumòsa, cscróplmlòsa
,
&c.
,segundoalin- guagem dos auctorcs.
Taessã o, segundo outralinguagem, asmodificaçõesana-
tomico
-
pliysiologicas,existentesnosrados,dispostospara asescrópliulas,modificações,queconstituemcmpatliologia os symploinas , cclaramcnle signilicãoummodo deser nãophysiologicoda ocouomia
.
Tal lie, cmresumo , oestado physicocmoral dos indivíduosdis-
pçstospara asaffcçõcsescróphulósas>estadoverdadeira
,
erealmentc patliologico.
entendimento temoscaracler<*s
nos
intelligencia;a ema
indivíduos, que dizem
-
sesu/citos.
prepa-
—
10—
Sede
,
c natureza dasescróphulas.
Tlieorias relalivas aesleobjecto
.
Parecequeoespirito humanoliedestinado a trilhartodososcaminhos,que conduzemaoerro ,primeiro queacerte comaquelle,queencaminhaaodes
-
cobrimentodaverdade:estasproposições,queencerrão umabem tristever
-
dade, podemserapplicadasáquestãoda sede, enaturezadas escróphulas
.
llealmente,foi aqui,ondeoespiritohumano,disse,suppòz ,propôz , eexco- gitou tudo:foi aqui, ondeelleesgotou as abstraeções , eas hypotheses; e talvezsepossa dizer , quelieainda aqui, onde , senão.subsistedetodoenco- berta a verdade,senãosubsisteaignorância,existe aomenos aduvida , e a perplexidade
.
Mas,
como a omissãodestepontocontroverso,aindaquando nãoimportasseaodiagnostico, e átherapeulicacoisaalgumaemprolda uti-
lidade desta , e dacxacçãodaquclle, nãodeixaria de importaraonossotra
-
balho mayorimperfeição , havemos demisterexpôr,eesmiuçarasopiniõesdos auctores a esterespeito
.
Em duas classes podemserdivididososauctores,quemanifestarãosua opi
-
niãosobre esta materia:em umapóderáõcollocar
-
se, osque estimarão as escróphulasemumaalTecção local;em outra , osqueeslimarào-
hasemumamoléstiaconstitucional
.
Aprimeiraclassecrêqueas escróphulas consistemnoingurgitamentofrio dos gungtioslymphaticosdo pcscoro
.
Masliesabido:l.
°quenoindivíduoestrumoso Irequen lernenteobservão-
seingurgitamentososcróplnilósosdo resto dosvsteina lymphatic©subcutâneo ,edosystema lymphatico espianchnicojunta, ousepa-
vadumente,segundoaautoridade de lliolan , de Gui de(lhauliac, de llussel , Morgagni,Portal, ehePelletier ,6cc
.
;2.
°quenoindividuo estrumoso, afóra osingurgitamentos dasglandulaslymphalicas, observão-se comIrequencia catharrosescróphulósos,ulcerascutaneas domesmonome , &c.
;3%° que estas a ílecções , oualteraçõeslocaes , observadasnorentes ,ouinhérentesn'umaconstituiçãomorbosa,n’umorganismojá doente demodo,que ellas unicamentesão ouacccssorias,
lestia geral
,
econstitucional,
assim como esforçámo- nos
aprovar em outro lugar;!\.
°íinalmente que,nahypothèsedehavernoescr
óphulososómente alte-
raçãodas glandulas lymphalicascervicacs, póde aindasercontrariadaanatu
-
*
escróphuloso , estãoouadhe
-
symptomaticasdamo
-
ou