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INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL EM AÇÃO

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Academic year: 2022

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INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL EM AÇÃO

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

RUI CARVALHO OLIVEIRA JOSÉ SOEIRO FERREIRA (EDITORES)

INVESTIGAÇÃO OPERACIONAL EM AÇÃO. CASOS DE APLICAÇÃO

CASOS DE APLICAÇÃO

RUI CARVALHO OLIVEIRAJOSÉ SOEIRO FERREIRA (EDS.)

IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS

2014

9789892607375

José Soeiro Ferreira. Professor Associado com Agregação da FEUP - Faculdade de Enge- nharia da Universidade do Porto, DEGI - Departamento de Engenharia e Gestão Industrial.

Investigador e Responsável de projetos do INESC TEC - Tecnologia e Ciência, CESE - Centro de Engenharia de Sistemas Empresariais.

Doutorado (PhD) em Investigação Operacional (DTU – Technical University of Denmark).

Licenciado em Engenharia Eletrotécnica (FEUP).

Foi Presidente da APDIO – Associação Portuguesa de Investigação Operacional.

Sócio da APDIO e do INFORMS – Institute for Operations Research and the Management Sciences.

Rui Carvalho Oliveira. Professor Associado do Instituto Superior Técnico (IST) e in- vestigador do CESUR, tem realizado trabalho de investigação, projeto e consultoria centrado no desenvolvimento de formulações, modelos e instrumentos avançados de apoio à decisão aplicados nomeadamente no domínio dos sistemas industriais, logís- ticos e de transporte.

Doutorado em Engenharia de Sistemas (IST), MSc. em Management Science and Operational Research (Business School da Universidade de Warwick - Inglaterra) e licenciado em Engenharia Civil (IST). É Presidente do Conselho de Auditoria e foi anteriormente Vice-Presidente da APDIO.

A obra integra uma coleção de casos de aplicação da Investigação Operacional em Portugal, relatando atuações reais com forte ligação empresarial que constituem um complemento à formação académica tradicionalmente mais enfocada na resolução de

“canned problems”.

Os casos selecionados apresentam uma abrangente diversidade temática em termos de objetos de estudo (desde o setor dos serviços até à agricultura e pescas, passando pela indústria, logística e transportes), ao mesmo tempo que cobrem um largo espetro em termos de métodos de IO e técnicas resolutivas empregues.

Estes casos de aplicação da IO em Portugal ilustram bem o caráter transversal e a multidisciplinaridade que, desde os seus primórdios, caraterizam a IO e sua capacidade para responder aos desafios que o mundo real, nos mais diversos contextos, nos coloca, desenvolvendo formulações ajustadas ao problema em apreço e explorando métodos e técnicas analíticas que permitem, de forma objetiva e cientificamente fundamentada, comparar os méritos das soluções alternativas e otimizar decisões.

Pretende-se com este livro contribuir para a divulgação e promoção da IO junto de gestores e decisores, expondo o potencial desta ciência aplicada para abordar situações desafiantes e complexas. Mas também para professores e, sobretudo, estudantes destas matérias, alargando os seus horizontes para além dos exercícios tipicamente utilizados nas aulas, motivando-os e dando-lhes oportunidade para explorar abordagens alternativas aos casos reais apresentados.

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

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C

CASO 14

A FETAÇÃO MULTICRITÉRIO DE RECURSOS A PORTEFÓLIOS DE ATIVIDADES DA REFER

R

R ic a rd o M a te u s

Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST), Instituto Superior Técnico Universidade de Lisboa, ricardo.mateus@sapo.pt

Jo sé A . A n tu n e s F e rre ira

CESUR-IST, Instituto Superior Técnico Universidade de Lisboa, antunes.ferreira@tecnico.ulisboa.pt

Jo ã o L o u re n ç o

Centro de Estudos de Gestão do IST (CEG-IST), Instituto Superior Técnico Universidade de Lisboa, joao.lourenco@tecnico.ulisboa.pt

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R

E S U M O

O Plano de Atividades de uma organização é o instrumento de gestão que define, para um determinado período de tempo, os objetivos a atingir, as atividades a desenvolver e os recursos a afetar a essas atividades. Os recursos disponíveis para a implementação do Plano tipicamente não permitem realizar todas as atividades de interesse para a organização, o que obriga à existência de um processo de seleção de atividades. Neste contexto de restrição de recursos, a elaboração de um Plano de Atividades consiste num processo de seleção do portefólio de atividades que mais benefícios pode gerar para a organização face aos recursos que consome. Neste artigo apresenta-se a metodologia multicritério de apoio à decisão de afetação de recursos preconizada para a elaboração do Plano de Atividades da Direção Geral de Engenharia da REFER. A metodologia apresentada integra técnicas e ferramentas de índole técnica (tais como, os mapas cognitivos, a análise multicritério, o método MACBETH e a afetação de recursos com o Equity) e social (como é o caso das conferências de decisão). Neste enquadramento, o papel do apoio à decisão é o de clarificar, modelar e integrar as diferentes perspetivas existentes no processo de seleção do portefólio de atividades, através do desenvolvimento de uma linguagem de comunicação comum e de uma estrutura formal de interação entre os diversos atores da REFER (decisores e técnicos especialistas), seguindo uma abordagem construtiva e de

aprendizagem, conducente à recomendação das atividades a incluir no Plano.

P

A L A V R A S

-C

H A V E

Análise de decisão multicritério; Afetação multicritério de recursos; Análise de portefólios de atividades.

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

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1. Introdução

A REFER é a empresa pública responsável pela administração da rede ferroviária portuguesa, que em 2005 se estendia ao longo de 3.613 km, dos quais 2.839 km com tráfego ferroviário. A REFER desenvolve a sua atividade em duas áreas principais: a gestão da infraestrutura, que inclui a sua conservação, manutenção e exploração; e a construção, instalação e renovação da infraestrutura.

Como entidade pública, a REFER está obrigada à elaboração de planos de atividade anuais e plurianuais, levando em consideração os objetivos estratégicos estabelecidos pela tutela para o setor em que opera. Um Plano de Atividades estabelece os objetivos a alcançar, as atividades em curso e planeadas e os recursos necessários para as desenvolver.

No final de outubro de 2005, tomou posse um novo Conselho de Administração, que teve de definir e aprovar num curto espaço de tempo o Plano de Atividades da REFER para o ano seguinte. Para o efeito, o Conselho solicitou à Direção Geral de Engenharia (DGEN), responsável pela área de construção, instalação e renovação da infraestrutura (Figura 1; REFER, 2005a), a listagem das atividades em curso e planeadas para 2005, juntamente com uma breve caracterização das mesmas. O novo Conselho transmitiu a necessidade de definir objetivos, custos e indicadores para a seleção e priorização das atividades a incluir no respetivo Plano de Atividades (Monteiro, 2006). De acordo com as diretrizes da tutela, o Conselho transmitiu também como orientação prioritária a dinamização de uma política de contenção de custos (REFER, 2005b).

De acordo com as normas internas e procedimentos vigentes (REFER, 2004), o Plano de Atividades da DGEN (daqui em diante designado por Plano) deveria ser preparado tendo por base as orientações estratégicas emanadas pelo Conselho. A partir das orientações e informações recebidas, o Diretor Geral da DGEN deveria identificar as prioridades de investimento em conjunto com as diversas Direções da DGEN e em estreita colaboração com os restantes órgãos da empresa (Figura 1; REFER, 2004). Após a sua elaboração, o Plano deveria ser submetido para aprovação ao Conselho de Administração.

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Figura 1: Estrutura organizacional da REFER

O procedimento para a elaboração de cada Plano anual consistia genericamente em adicionar novas atividades, propostas pelos diversos órgãos da empresa e previamente aprovadas a nível superior, ao conjunto de atividades em curso ou planeadas em anos anteriores. Embora o procedimento adotado pela REFER pareça intuitivamente correto, de facto padece de um conjunto de problemas identificados na literatura da análise de decisão relativa à afetação multicritério de recursos, tais como:

• Não coloca em causa atividades selecionadas anteriormente, mantendo atividades com benefícios marginais apenas porque no passado já se investiu nelas, ao invés de considerar em cada avaliação apenas os custos e benefícios que as atividades podem gerar no futuro (Hammond et al. (2006) designam esta prática como a armadilha dos custos afundados);

• Não quantifica de forma clara os benefícios das diversas atividades de forma a criar as condições para uma melhor tomada de decisão;

ADMINISTRAÇÃO

Secretário Geral Comunicação e Imagem

Jurídico e Contencioso

Relações Internacionais

Planeamento Estratégico (PE)

Plano e Controlo

Auditoria e Sistemas de Qualidade Segurança (S)

Ambiente (A)

Economia e Finanças Recursos Humanos Aprovisionamentos e Logística Sistemas e Tecnologias de Informação Património Imobiliário

Direção Geral de Engenharia (DGEN) Direção Geral de

Exploração e Conservação (DGEC)

Delegação da REFER do Norte

Direção de

Exploração (DEx) Direção de Conservação (DC)

Empreendimentos

Coordenação e Controlo de Gestão (CCG)

Beira Baixa

Sines - Elvas Travessia Norte-Sul Sintra - Cascais Porto de

Aveiro Lisboa - Algarve Linha do

Norte Direção de

Engenharia (DE)

Direção de Investimentos (DI)

Direção de Inovação e Normalização (DIN)

Direção de Atravessamentos e Gestão de Passagens de Nível (DAGPN)

Instalação do Caminho-de- Ferro na Ponte 25 de Abril Planeamento e Controlo

de Gestão (PCG) Via

Sinalização e Telecomunicações (ST) Edifícios e Espaços Intermodais Catenária e Energia de Tração Obras de Arte Geotecnia

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

Referências

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