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Título: Fundação Getúlio Vargas MBA Executivo em Saúde 2017 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL: O DESAFIO ONA

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Fundação Getúlio Vargas MBA Executivo em Saúde 2017

Título:

ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL: O DESAFIO ONA

Aluno(a): Rachel Pereira Lima

Turma: MBA Executivo em Saúde 2017 Conveniado FGV: ISAE Curitiba

Local: Curitiba

Abril/2019

(2)

Fundação Getúlio Vargas .

Título:

ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL: O DESAFIO ONA

Trabalho de Conclusão de Curso para atender à exigência curricular do MBA Executivo em Saúde, da Fundação Getúlio Vargas.

Local: Curitiba Abril/2019

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PROGRAMA FGV MANAGEMENT CURSO MBA EM Executivo em Saúde

O Trabalho de Conclusão de Curso

ACREDITAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL: O DESAFIO ONA

elaborado por Rachel Pereira Lima

e aprovado pela Coordenação Acadêmica do curso MBA XXXXXXXXX, foi aceito como requisito parcial para obtenção do certificado do curso de Pós-Graduação, nível de especialização, do Programa FGV Management.

Data:

_______________________________________

Jamil Moysés Filho Coordenador Acadêmico

_______________________________________

Professor Avaliador

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DEDICATÓRIAS/AGRADECIMENTOS

À Deus, meu marido amado que é tão companheiro e compreensivo, meu filho que é o sol dos meus dias, aos meus familiares e amigos por compreenderem a ausência dos finais de semana.

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A busca pela qualidade em saúde é um assunto de ampla discussão desde o início do século XX, gerando diversos estudos sobre o tema, e como consequência métodos de padronização foram desenvolvidos na tentativa de então ser possível mensurar e qualificar níveis de qualidade dentro das unidades hospitalares, bom como em outros locais de prestação de serviço em saúde. No Brasil, as iniciativas de classificação e categorização de hospitais e outros serviços de saúde sempre pertenceram ao poder público. Os esforços nesse sentido datam da década de 30, com o Censo Hospitalar do Estado de São Paulo, no qual formulou-se uma primeira proposta de regionalização e hierarquização de serviços, que não chegou a ser implementada, mas serviu de inspiração para outras classificações criadas posteriormente. Essa busca pela qualidade em saúde torna-se mais estruturada a partir da criação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) no ano de 1999, havendo também posteriormente a entrada de entidades acreditadoras internacionais nos hospitais e unidades prestadoras de serviço em saúde em nosso País. Nota-se, porém, proporcionalmente que ainda apresentamos proporcionalmente baixos índices de acreditação em todo cenário nacional tanto nas unidades privadas quanto nas unidades do SUS.

Palavras-chave: Qualidade, Acreditação, ONA, SUS.

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ABSTRACT

The Search for Quality in health is a subject of broad discussion since the beginning of the 20th century, generating several studies on the subject, and as a consequence methods of standardization were developed in an attempt to then be possible to measure and qualify quality levels within Hospital units, as well as in other health service facilities. In Brazil, the initiatives of classification and categorization of hospitals and other health services have always belonged to the government. The efforts in this sense date back to the 30s, with the Hospital Census of the State of São Paulo, in which a first proposal for regionalization and hierarchization of services was formulated, which was not implemented, but was inspired for other Classifications created later. This Search for quality in health becomes more structured based on the creation of the National Accreditation Organization (ONA) in the year 1999, and subsequently the entry of international accrediting entities in hospitals and providing units Health service in our Country. We Note, however, proportionally that we still present proportionally low rates of accreditation in every national scenario, both in private units and in SUS units.

Key words: Quality, accreditation, ONA, SUS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACS ...Colégio Americano dos Cirurgiões CEP ... Controle estatístico de processo CFB...Constituição Federal Brasileira de 1988 CNQPS ...Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade em Saúde IAP´S ...Institutos de Aposentadorias e Pensões INAMPS ...Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social ISO ...International Standardization Organization JCAH ………...Joint Commission on Accreditation of Hospitals OMS... Organização Mundial de Saúde ONA ... Organização Nacional de Acreditação OPAS ... Organização Pan-Americana de Saúde OSS ... Organização Social de Saúde PHP ………...………..Programa de Padronização Hospitalar RECLAR ...Relatório de Classificação Hospitalar SUS ... Sistema Único de Saúde

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 CEP ... 20 Figura 2 Ciclo PDCA... 20 Figura 3 Indicadores ONA ... 42

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Quadro A Padrões mínimos ACS ... 23

Quadro B Os 07 pilares da qualidade... 25

Quadro C Ficha de Inquérito Hospitalar... 28

Quadro D Padrões mínimos do centro cirúrgico... 29

Quadro E Formadores da ONA... 34

Quadro F Instituições Avaliadoras ... 39

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Hospitais Acreditados na Região Norte... 45

Gráfico 2 Hospitais Acreditados na Região Nordeste... 46

Gráfico 2 Hospitais Acreditados na Região Centro-Oeste ... 47

Gráfico 2 Hospitais Acreditados na Região Sudeste... 48

Gráfico 2 Hospitais Acreditados na Região Sul... 49

Gráfico 2 Hospitais ONA... 50

Gráfico 2 Hospitais Geridos por OSS... 50

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Número de Hospitais acreditados pela ONA por estado e região. 41

Tabela 2 Número de hospitais acreditados pela ONA de acordo com

Nível de Acreditação. 42

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

1.1 Contextualização e Relevância do Tema 15

1.2 Problema da Pesquisa 15

1.3 Objetivo Final do TCC 15

1.4 Delimitação do Estudo 16

1.5 Metodologia da Pesquisa 16

1.5.1 Quanto à Natureza da Pesquisa 16

1.5.2 Quanto à Forma de abordagem do Problema 16

1.5.3 Quanto aos Fins 16

1.5.4 Quanto aos Meios 16

1.5.5 Organização do Estudo 16

2 CAPÍTULO I - Sobre a Qualidade 17

3 CAPÍTULO II - Qualidade em saúde.: Um breve relato histórico. 21 4 CAPÍTULO III - - O processo de acreditação 26 5 CAPÍTULO IV - Organização Nacional de Acreditação (ONA) 30 6 CAPÍTULO V - Acreditação Hospitalar ONA em números 42

7 ANÁLISE e/ou APURAÇÃO DE RESULTADOS 50

8 CONCLUSÃO 51

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52

10 APÊNDICE e/ou ANEXO 54

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1. INTRODUÇÃO

A busca pela qualidade atravessou os séculos desde a antiguidade como parte da natureza humana. Com as grandes revoluções ao longo da história da humanidade, essa busca veio alcançando diversos patamares em categorias diferentes como na revolução industrial por exemplo. Considerando a evolução da medicina moderna, a introdução da anestesia, e posteriormente dos antibióticos, ficou evidente a necessidade de padronização nas ações para a melhoria dos cuidados, e assim finalmente a qualidade torna-se relevante nos processos de saúde de maneira efetiva.

No Brasil, a preocupação com a qualidade da assistência à saúde surgiu de forma sistematizada, quando as instituições hospitalares buscaram estratégias de atendimento e metodologias de avaliação da qualidade, com vistas à preservação dos princípios da ética. Neste momento, seu principal alvo de intervenção não era o paciente, mas o meio que o circundava (FOUCAULT, 1996 apud ROQUETE;

SANTOS; & VIANA 2015). Assim, somente na década de 1970, foi que iniciou a regulamentação de normas e portarias para a implantação de um sistema de avaliação da qualidade da assistência à saúde.

A busca da excelência, por meio da Acreditação, foi introduzida no Brasil nos anos 1990, sob influência da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial de Saúde (OMS). A prioridade era o desenvolvimento da infraestrutura do sistema de saúde, com as primeiras experiências de adequação da metodologia à realidade hospitalar. (Roquete; Santos; & Viana 2015) O Brasil desenvolveu nos anos que se passaram diversas experiências em certificação na área da saúde, que posteriormente foram transformadas em uma única metodologia, de consenso, para a implementação de um Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar (PBAH). Assim, foi construída uma identidade nacional do modelo de qualidade hospitalar a ser adotado no País, incorporando muito do conhecimento e experiência previamente adquiridos. O assunto acreditação começa a ser discutido com maior intensidade no âmbito do Ministério da Saúde em junho de 1995 que, para consolidar o processo, organizou, em 1997, a Comissão Nacional de Especialistas, que teve o objetivo de desenvolver o modelo brasileiro de Acreditação. A busca da qualidade dos serviços de saúde teria como resultado o

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estabelecimento de um certificado de qualidade hospitalar. O feito se concretizou na década seguinte, quando foi lançada a 1ª edição do “Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar”. Através deste documento, foram oficializados os mecanismos de busca da qualidade da assistência no Brasil e os parâmetros para promover esse aperfeiçoamento. (FHEMIG, 2009)

Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar (PBAH) visa o amplo conhecimento a respeito de um processo permanente de melhoria da qualidade assistencial, mediante a avaliação periódica do serviço. Para isso instituiu, no âmbito hospitalar, mecanismos para avaliação e aprimoramento contínuos da qualidade da assistência prestada. Sua concretização ocorreu mediante a elaboração do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH), o qual aborda os benefícios que as organizações de saúde obtêm ao se inserirem no processo de Acreditação Hospitalar, uma vez que a instituição demonstrará responsabilidade e comprometimento com a segurança, com a ética profissional, com os procedimentos que realiza e com a garantia da qualidade do atendimento à população.

O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar é um instrumento de avaliação da qualidade institucional, o qual é composto de seções e subseções. As seções representam os serviços, setores ou unidades com características semelhantes para que a instituição seja avaliada segundo uma consistência sistêmica; as subseções tratam do escopo de cada serviço, setor ou unidade, segundo três níveis, do mais simples ao mais complexo, sempre com um processo de incorporação dos requisitos anteriores de menor complexidade. (MANZO, 2012) O PBAH é operacionalizado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), responsável pela difusão da acreditação entre as organizações de saúde, incluindo os hospitais. (MENDES, 2015).

“Em 1999 a ONA foi fundada por entidades públicas e privadas do setor de saúde e sua metodologia de avaliação foi desenvolvida a partir da revisão desses modelos de acreditação regionais e dos manuais da América Latina e de países como Estados Unidos, Canadá, Espanha e Inglaterra. Para ser utilizado nacionalmente, o manual da ONA foi testado em instituições de saúde nas cinco regiões do Brasil. (ONA, 2019)”

No Brasil, segundo dados da ONA, em 2013 estimava-se que menos que 5%

dos hospitais possuíssem o certificado de acreditação. É um número tímido em

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relação ao total de hospitais existentes no País. Atualmente esse valor não se alterou de forma significativa representando apenas 5,19% do total dos hospitais (públicos e privados)

O presente trabalho tem por objetivo final apresentar uma breve revisão sobre a realidade brasileira em relação a busca da qualidade em saúde baseada nos processos de acreditação nacional feitos pela ONA, traçar um mapa estatístico em relação as regiões brasileiras, e quanto a natureza das instituições.

1.1 Contextualização e Relevância do Tema

A busca pela qualidade nos processos em geral, sobretudo na saúde é assunto de ampla discussão em todo o mundo, e torna-se ainda mais significativo no Brasil pela expressiva quantidade de hospitais e leitos disponíveis. Compreender o processo Acreditação Hospitalar e sua importância para garantia da qualidade dos serviços é de fundamental importância para os gestores da área da saúde tanto para o sucesso das instituições, quanto para a melhoria da qualidade de vida da população assistida.

1.2 Problema da Pesquisa

Em tempos de aumento de judicialização da saúde é evidente a importância dos processos de qualidade no âmbito da saúde, bem como o uso da acreditação para validar os esforços realizados na área. Segundo dados do Superior Tribunal de Justiça o número de casos especificamente de erro médico passou de 466 em 2015 para 589 em 2016. Em 2017, foram computados 26 mil processos. (Freitas Carneiro Filho, 2019) Neste contexto, a pergunta que será respondida durante esta pesquisa quão avançado está esse processo em nosso país pelo ponto de vista da entidade brasileira habilitada para tal? estamos próximos do ideal?

1.3 Objetivos

O presente trabalho tem por objetivo final apresentar uma breve revisão sobre a realidade brasileira em relação a busca da qualidade em saúde baseada nos processos de acreditação nacional, e fazer uma análise estatística atual baseada nas regiões do país.

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1.4 Delimitação do Estudo

O estudo está baseado em publicações sobre os temas qualidade e acreditação hospitalar e nos dados numéricos fornecidos pela ONA.

1.5 Metodologia da Pesquisa

A pesquisa é de natureza exploratória, ampliando o conhecimento do assunto através da explanação do tema, quantitativa por trazer dados estatísticos referentes a realidade brasileira, diagnóstica pois visa evidenciar a carência de unidades acreditadas, de caráter bibliográfico e documental por estar baseada em pesquisas em livros, periódicos, manuais e normas certificadoras.

1.6 Organização do Estudo

Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) está organizado da seguinte forma:

 Capítulo I – Sobre a Qualidade.

o I.I Qualidade e o contexto histórico.

o I.I Como conceituar qualidade.

 Capítulo II–Qualidade em saúde.: Um breve relato histórico.

 Capítulo III - O processo de acreditação

 Capítulo IV - Organização Nacional de Acreditação (ONA) o IV.I – Sobre a criação da ONA

o IV.II - Do Processo de acreditação pela ONA

 Capítulo V- Acreditação Hospitalar ONA em números

 Análise/Discussão e/ou Apuração de Resultados

 Conclusão

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2. CAPÍTULO I - Sobre a qualidade I.I Qualidade no contexto histórico:

O termo qualidade vem sendo cada vez mais discutido e difundido, apesar de apresentar diferentes definições na literatura. É sabido que o conceito de qualidade tem seu primeiro registro histórico no Código de Hamurabi (2150 a.c.), que vigorava entre os povos babilônicos.: “Se um construtor ergue uma casa para alguém e seu trabalho não for sólido e a casa desabar e matar o morador, o construtor será imolado”. Há também relatos na civilização Fenícia, onde os inspetores amputavam a mão do fabricante do produto com defeito que não estivesse dentro das especificações estabelecidas. As especificações representavam a iniciativa do governo em padronizar os produtos e sua fabricação.

Esses conceitos evoluíram com o passar dos séculos. Na era pré-revolução industrial a qualidade era baseada no produtor, ou artesão e não no produto, já a era da revolução industrial os processos de sistematização da produção, colocando a ênfase na tarefa porém ainda não garantiam a qualidade do produto.Com a criação do Fordismo houve a revolução da produção em massa mudando os conceitos de fabricação, onde o prazo de produção era prioritário em relação a qualidade.

No início do século XX, Frederick Taylor, por meio da administração científica, deu ênfase à conformidade nos processos e produtos. Ele apresentou a ideia de analisar e medir a forma como o trabalho era realizado, para torna-lo mais eficaz, por meio do estudo de tempos e movimentos. Com a industrialização e a produção em massa foram desenvolvidos sistemas baseados em inspeções, em que um ou mais atributos eram examinados, medidos ou testados. Surge a figura do inspetor ou supervisor da qualidade.

Houve, no entanto, uma grande mudança no processo de inspeção. Walter A.

Shewhart, estatístico norte-americano, reconheceu a variabilidade como inerente aos processos industriais, utilizando técnicas estatísticas para o controle de processos. Ele desenvolveu um sistema de mensuração dessas variabilidades que ficou conhecido como controle estatístico de processo (CEP) (Figura 1).

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Figura 1: CEP

Fonte (Rodrigues, 2011)

Criou também o ciclo PDCA (plan, do check, action), método essencial da gestão da qualidade, que ficou conhecido como ciclo Deming da Qualidade.

(RODRIGUES, 2011.)

Figura 2: Ciclo PDCA

Fonte Júnior, 2009

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No período da IIa Guerra Mundial houve uma importante expansão industrial, e pela necessidade do aumento de produção percebeu-se uma piora na qualidade dos bens e dos serviços levando a necessidade de melhoria contínua. Nesse momento começa a estruturação de programas formais de qualificação de pessoal. (Paladini, 1995 apud Rodrigues 2011, p.19). Com o término da IIa Guerra sociedades para controle da qualidade foram fundadas ao redor do mundo como no Estados Unidos da América e no Japão, país que apresentava baixa qualidade em seus produtos e em crise no pós-guerra necessitava de uma mudança em sua economia. Com o auxílio de notáveis consultores estatísticos como Juran, Deming e Feigenbaun, aliados a postura de disciplina tradicional do povo japonês, o Japão inicia uma mudança silenciosa em seus processos de produção introduzindo conceitos como

“Just-in-time” e “Kanban”, técnicas que modificaram a cadeia produtiva em todos os níveis, garantindo ao país o sucesso como potência econômica até os dias de hoje.

Toda essa mudança de paradigma nos aspectos diretamente ligados a produção também levou a mudanças nos setores gerenciais levando ao desenvolvimento do gerenciamento e planejamento estratégico, com sua consolidação na década de 1980.

Desde a antiguidade o ser humano vem buscando por processos que se adequem a sua realidade e as suas necessidades. O século XX trouxe muitas mudanças nos processos de qualidade, transitando pela conformidade dos produtos, a quantificação dos custos da qualidade, os processos de controle total, e técnicas militares e dos programas aeroespaciais.

I-II - Como conceituar qualidade?

Qualidade, hoje em dia, é uma palavra de fácil compreensão, porém de difícil definição. Segundo a ISO (INTERNATIONAL STANDARDIZATION ORGANIZATION), Qualidade é a adequação ao uso, é a conformidade às exigências.

Já para “Juran (1998) Qualidade significa as características dos produtos que atendem às necessidades do cliente e, portanto, proporcionam a satisfação do cliente. E também liberdade de deficiências - liberdade de erros que exigem trabalho

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repetido (retrabalho) ou que resultam em falhas de campo, insatisfação do cliente, reclamações do cliente e assim por diante”

Qualidade é o atributo que faz as coisas ou pessoas distinguíveis entre si.

Pode-se dizer que qualidade é o que determina a natureza das coisas. Ela permite a avaliação, a aprovação, a aceitação ou a recusa de um bem ou serviço. Entretanto, qualidade é um conceito abstrato, que varia de acordo com o tempo, os costumes, a tecnologia e a cultura (Rodrigues, 2011)

Desta forma, o atributo qualidade a ser trabalhado pelas organizações tem uma redefinição completa do ponto de vista do cliente/consumidor: não são os fornecedores do produto, mas aqueles para quem eles servem - os clientes, usuários e aqueles que os influenciam ou os representam -que têm a última palavra quanto a até que ponto um produto atende às suas necessidades e satisfaz às suas expectativas. (Coltro, 1999)

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3.CAPÍTULO II - Qualidade em saúde: Um breve relato histórico

Um dos primeiros relatos sobre a adoção de novas medidas visando o bem- estar do doente de forma metodológica, vem do século XIX onde a enfermeira inglesa Florence Nightingale, durante a Guerra da Criméia, adotou medidas como ventilação do ambiente, uso de lâmpadas durante a noite e uso de desinfetantes, melhorando o ambiente de cuidados aos soldados feridos nos campos de batalhas.

Isso reduziu de forma drástica a taxa de mortalidade. Foi pioneira também no uso de gráficos para demonstrar os números de óbitos hospitalares, conseguindo assim implantar as modificações supracitadas também nos Hospitais gerais ingleses.

Já no século XX, o Relatório Flexner que avaliou 155 escolas médicas, permitiu reorganizar e regulamentar o funcionamento das escolas médicas, com a busca da excelência na preparação dos futuros médicos. também no século XX o médico cirurgião, Enerst Amory Codman, desenvolveu um trabalho chamado

End Results Systems (Sistema de Resultados Finais). Esse trabalho visava identificar intercorrências negativas nos processos, para então propor medidas de melhoria podendo assim garantir a qualidade na assistência prestada. Em 1913 ocorre a fundação do Colégio Americano de Cirurgiões (ACS) [American College of Surgeons], que adota o “Sistema de Resultados Finais” como uma de suas premissas, e em 1917, um conjunto de padrões chamados de “Minimum Standards”

(Padrões Mínimos) (Quadro A). Esse é o primeiro grupo de padrões relacionados com processos de melhoria da qualidade de forma oficial, e associados a um programa de padronização hospitalar

Quadro A: Padrões Mínimos ACS

1.Médicos e cirurgiões com o privilégio de exercer a prática profissional no hospital devem estar organizados como um grupo ou um corpo clínico.

2. A admissão dentro do corpo clínico é restrita a médicos e cirurgiões que sejam graduados em Medicina com licença legal para a prática em seus respectivos Estados ou províncias, competentes e valorosos em caráter e em relação à ética.

3. O corpo clínico inicia suas atividades com a aprovação do conselho diretor do

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hospital, adota regras, regulamentos e diretrizes no trabalho no hospital:

a- reuniões do corpo médico ao menos mensalmente (em grandes hospitais podem optar por se reunir separadamente);

b- revisão e análise da experiência clínica deve ser feita em intervalos regulares nos vários departamentos e o prontuário dos pacientes, deverá ser a base desta revisão e análise.

4. Os registros dos pacientes devem ser precisos e completos e devem estar escritos de forma acessível a todo hospital - inclui dados de identificação, queixa, história pessoal e familiar, história da moléstia atual, exame físico, exames especiais como consultas ou laboratório clínico ou raio-x, entre outros, hipótese diagnóstica, tratamento médico ou cirúrgico, achados patológicos, evolução clínica, diagnóstico final, condição de alta, seguimento, e, no caso de morte, achados de autópsia.

5. Recursos diagnósticos e terapêuticos, devem estar disponíveis para o estudo diagnóstico e tratamento dos pacientes, incluindo ao menos um laboratório clínico com serviços de análises químicas, bacteriologia, sorologia e patologia e

departamento de raio x com serviços de radiografia e fluoroscopia.

Fonte: (Jama,1987).

Em 1918, o CAC realizou as primeiras avaliações iniciando então o Programa de Padronização Hospitalar (PHP) e ficou evidente o caos que estava instalado, uma vez que de 692, apenas 89 hospitais atendiam os padrões mínimos. Com o reconhecimento das melhorias implantadas, em 1950 mais de 3000 hospitais já haviam sido avaliados de forma voluntária. Em 1951, ocorre a criação de uma entidade não governamental, independente e sem fins lucrativos: a Joint Commission on Accreditation of Hospitals (JCAH) a partir da união do CAC, em conjunto com a Associação Americana de Clínicos, a Associação Médica Americana, a Associação Americana de Hospitais e a Associação Médica Canadense, com a missão de prover avaliação, em caráter voluntário.

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Oficialmente em 1952 o ACS transfere o PHP para a JCAH, que em 1953 publica o primeiro Manual para Acreditação de Hospitais (Standards for Hospital accreditation), passando desde então a acreditar hospitais nos EUA. E, em 1959, a Associação Médica Canadense se retira da JCAH para criar uma agência acreditadora no Canadá.

Quem também foi peça fundamental no processo evolutivo sobre qualidade no âmbito da saúde, é Avedis Donabedian, médico libanês, erradicado nos EUA, que foi um dos maiores autores do tema. Elaborou diversos materiais, incluindo ferramentas para aplicação de suas técnicas, fomento a pesquisas no tema, e a criação de instrumentos relacionados a melhoria da qualidade na saúde. Muitos pesquisadores ainda hoje que seguem a base de seus estudos para pesquisas na área. Um de seus principais livros, “Os 07 pilares da qualidade”, de 1990, traz aspectos que ele considerou relevantes nos cuidados ao paciente.

Quadro B: “Os 07 pilares da qualidade”

Eficácia Capacidade de a arte e a ciência da

Medicina produzirem melhorias na saúde e no bem-estar. Significa o

melhor que se pode fazer nas condições mais favoráveis, dado o estado do paciente e mantidas constantes as demais circunstâncias.

Efetividade Melhoria na saúde, alcançada ou

alcançável nas condições usuais da prática cotidiana. Ao definir e avaliar a qualidade, a efetividade pode ser mais precisamente especificada como sendo o grau em que o cuidado, cuja

qualidade está sendo avaliada, alça-se

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ao nível de melhoria da saúde que os estudos de eficácia têm estabelecido como alcançáveis.

Eficiência Medida do custo com o qual uma dada

melhoria na saúde é alcançada. Se duas estratégias de cuidado são igualmente eficazes e efetivas, a mais eficiente é a de menor custo.

Otimização Torna-se relevante à medida que os

efeitos do cuidado da saúde não são avaliados em forma absoluta, mas relativamente aos custos. Numa curva ideal, o processo de adicionar

benefícios pode ser tão desproporcional aos custos acrescidos, que tais

“adições” úteis perdem a razão de ser.

Aceitabilidade Sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, expectativas e valores dos pacientes e de suas famílias. Depende da efetividade, eficiência e otimização, além da acessibilidade do cuidado, das características da relação médico-

paciente e das amenidades do cuidado.

Legitimidade Aceitabilidade do cuidado da forma em

que é visto pela comunidade ou sociedade em geral.

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Equidade Princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na distribuição do cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma população. A equidade é parte daquilo que torna o cuidado aceitável para os indivíduos e legítimo para a sociedade.

Fonte: Donabedian,1990 apud Junior, 2015)

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4. Capítulo III - O processo de acreditação

“O termo acreditação foi introduzido justamente com o objetivo de indicar que um processo estava estabelecido para verificar o quanto de credibilidade ou confiança determinado serviço ou instituição possuía, frente a um conjunto de padrões, critérios ou requisitos preestabelecidos, conforme apresentado em minha abordagem inicial nesse capítulo. Esse conjunto de padrões, critérios ou requisitos utilizados pela metodologia de acreditação está, como regra geral, organizado em manuais, como os inicialmente aplicados pela JCAH para os hospitais americanos.”

(Junior, 2015)

“O verbete Acreditação não faz parte da maioria dos dicionários da língua portuguesa, mas o verbo acreditar tem como uma de suas definições conceder reputação; tornar digno de crédito, confiança; e o adjetivo acreditado tem como significado aquele/aquilo que tem crédito, que merece ou inspira confiança;

autorizado ou reconhecido por uma potência junto à outra.”

(Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 1999)

A acreditação é um método que desenvolve padrões de avaliação para a melhoria contínua da qualidade do atendimento aos pacientes e do desempenho organizacional, oferecendo confiança da comunidade no seu hospital. O passo inicial deve ser o estabelecimento de padrões de qualidade que possam servir de referência para os avaliadores neste processo para acreditação. (Novaes, 2015)

Já para o Ministério da saúde Brasileiro o processo de acreditação hospitalar é um método de consenso, racionalização e ordenação das instituições hospitalares e, principalmente, de educação permanente dos seus profissionais e que se expressa pela realização de um procedimento de avaliação dos recursos institucionais, voluntário, periódico e reservado, que tende a garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente estabelecidos; (Ministério da Saúde, 2002).

O Brasil apresenta uma história bastante recente na busca da qualidade e acreditação hospitalar. Talvez o primeiro estudo no sentido de melhorar a qualidade na organização dos hospitais tenha sido de Odair Pedroso em 1935, ao conceber uma Ficha de Inquérito Hospitalar (Quadro C) para a Comissão de Assistência Hospitalar do Ministério da Saúde, substituída posteriormente pelo Serviço de

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Medicina Social, hoje extinto. Em 1951, com o 1o. Congresso Nacional do Capítulo Brasileiro do Colégio Internacional de Cirurgiões realizado em São Paulo foram estabelecidos os primeiros padrões mínimos para Centro Cirúrgico e estudados tanto os aspectos de planta física como a organização desta unidade hospitalar (Quadro D).

Quadro C: Ficha de Inquérito Hospitalar

1.Corpo clínico organizado, com obrigatoriedade de médico plantonista residente 2.Corpo administrativo.

3.Corpo de Enfermeiros e auxiliares em número proporcional à capacidade e serviços clínicos do hospital, inclusive para plantão noturno.

4.Serviços radiológico e fisioterápico.

5.Laboratório clínico.

6.Necrotério com equipamento para necropsia.

7.Salas de operações com equipamentos suficientes e anexos.

8.Farmácia.

9.Serviços auxiliares (cozinha, lavanderia, desinfecção).

Fonte: (Feldman, 2005)

Quadro D: Padrões mínimos centro cirúrgico

1) Chefia: A administração do Centro cirúrgico será exercida por uma enfermeira, devidamente treinada.

2) Pessoal: Deverá ter número suficiente, devidamente treinado.

3) Regulamento: O regulamento do Centro cirúrgico deverá fazer parte do Regulamento do Hospital.

4) Rotinas: Deverá ser assegurado o seu bom funcionamento e divulgado a todos.

5) Avaliação do trabalho profissional: Será organizado um fichário contendo

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elementos que permitam avaliar a capacidade profissional do cirurgião.

6) Prontuário médico:

a) nenhum doente poderá ser operado sem possuir prontuário médico que deverá conter o diagnóstico provisório;

b) ao citado prontuário serão anexados: descrição do ato cirúrgico, ficha de

anestesia, diagnóstico operatório e evolução pós-operatória, devendo o prontuário ser assinado pelo médico responsável.

Fonte (Feldman, 2005)

Antes porém, em 1941, o então Ministério da Educação e Saúde cria a Divisão de Organização Hospitalar (DOH) vinculada ao Departamento Nacional de Saúde, com o objetivo de coordenar, cooperar e orientar, em todos os níveis, estudos e soluções de problemas relacionados à atenção aos doentes, deficientes físicos e desamparados, além de estabelecer normas e padrões para instalação, organização e funcionamento de instituições assistenciais de saúde, incentivando o desenvolvimento e a melhoria de instituições e serviços assistenciais.

Na década de 1960 alguns dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP’s) instituem “padrões” a serem cumpridos pelas instituições de saúde que desejassem prestar serviços a seus beneficiários. Tais padrões abrangiam: planta física (23 itens - 300 pontos), equipamento (10 itens - 220 pontos) e organização (10 itens – 480 pontos), especificando itens para a área “estrutura”. (Feldman, 2005) o que motiva uma nova classificação hospitalar em 1968. É criado em 1974 O Relatório de Classificação Hospitalar conhecido RECLAR, é o documento que guarda maior relação com os processos de avaliação de serviços de saúde atuais (Schiesari, 1999). Ainda segundo Schiesari (1999), a avaliação era feita pela aplicação do RECLAR, que constava de exigências e parâmetros instituídos pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS, que tinha como finalidade o pagamento das internações hospitalares de acordo com a

classe onde o hospital se enquadrava. A avaliação proposta pelo RECLAR objetivava habilitar o hospital a oferecer leitos ou serviços ao INAMPS, e a classificá- lo a uma unidade de referência para pagamento do leito ou serviço a ser contratado.

(29)

Embora a metodologia considere a qualidade, essa preocupação ainda era incipiente. A preocupação dos hospitais era ser credenciado pelo INAMPS, uma vez que se tinha garantido a venda e remuneração dos serviços (Schiesari, 1999).

Em 1988 a nova Constituição Federal Brasileira de 1988, em seu artigo 196, define a saúde como direito de todos e dever do Estado, e garante acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. No artigo 198 definiu-se que as ações e serviços de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, ou seja, desta forma, os hospitais deixam de ser o centro do modelo assistencial, e passam a fazer parte de uma rede progressiva e integral de atenção à saúde, sob gestão estadual ou municipal (CFB, 1988). Com a criação de um novo sistema de saúde, o Sistema único de saúde (sus) o acesso a saúde passa a ser universal, diferentemente de como era feito pelo INAMPS que garantia cobertura apenas aos seus beneficiários (apenas os trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes) (ministério da saúde, 2002) ampliando a rede de acesso, e a necessidade de implementação de padrões de qualidade de uma forma ampla.

Em paralelo a esse movimento nacional, para a Organização Mundial da Saúde - OMS a partir de 1989, a Acreditação passou a ser elemento estratégico para o desenvolvimento da qualidade na América Latina. Em 1990 foi realizado um convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS, a Federação Latino Americana de Hospitais e o Ministério da Saúde para elaborar o Manual de Padrões de Acreditação para América Latina. Em abril de 1992 retomando o desenvolvimento da Acreditação na América Latina, a Organização Pan-americana de saúde - OPAS promoveu em Brasília, o primeiro Seminário Nacional sobre Acreditação, no qual foi apresentado o Manual de Acreditação da OPAS. (Albuquerque, 2017)

Em um movimento contínuo pela busca da qualidade, em 1995 houve a criação do Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde e Estabeleceu ainda a Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade em Saúde - CNQPS que desempenhou importante papel na elaboração das diretrizes do programa e na sua disseminação, inclusive em outras esferas do governo, (Ministério da Saúde, 2002), e em julho de 1997, o Ministério da Saúde anunciou medidas para desenvolver a Acreditação na tentativa de unificar os esforços

(30)

nacionais. Com isto iniciou o projeto junto ao REFORSUS com o Programa de Apoio Financeiro para o Fortalecimento do Sistema Único de Saúde, e o financiamento pelo Banco Mundial, chamado Acreditação Hospitalar. (Feldman, 2005)

O Programa Brasileiro de Acreditação foi oficialmente lançado em novembro de 1998, no Congresso Internacional de Qualidade na Assistência à Saúde em Budapeste, bem como o instrumento nacional desenvolvido e conduzido por Humberto de Moraes Novaes. Posteriormente, foram elaboradas propostas para o Sistema Nacional de Acreditação, ou seja, as normas básicas do processo de acreditação: credenciamento de instituições acreditadoras, qualificação e capacitação de avaliadores, código de ética e programa brasileiro de acreditação hospitalar. (Feldman, 2005)

(31)

5. Capítulo IV - Organização Nacional de Acreditação (ONA)

IV-I – Sobre a Criação da ONA

No período entre 1998 e 1999, o Ministério da Saúde realizou o projeto de divulgação da “Acreditação no Brasil”. Constituiu-se de um ciclo de palestras envolvendo 30 localidades, em âmbito nacional, entre elas as 27 capitais de Estado, atingindo desta forma, todas as regiões do país. O ciclo de palestras teve como objetivo apresentar o projeto desenvolvido pelo Ministério, para sensibilizar e melhorar a compreensão sobre o Sistema Brasileiro de Acreditação bem como sua forma de operacionalização o que culminou com a criação da entidade ONA - Organização Nacional de Acreditação, em maio de 1999. (Albuquerque, 2017)

“A ONA foi por entidades públicas e privadas do setor de saúde. Sua criação está ligada às mudanças que ocorreram após a Constituição de 1988, que definiu a saúde como um direito de todo cidadão. “ (ONA,2019)

Havia um consenso de que a O N A deveria ser privada para evitar a criação de mais um órgão fiscalizador, então ela reuniu alguns representantes dos compradores de serviços de saúde, entidades prestadoras de serviços de saúde, e Entidades privadas que se pautavam por princípios que regem o direito público. No Quadro E podemos observar quais entidades participaram do processo de formação.

Quadro E: Formadores da ONA

 Entidades compradoras de serviços: a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (ABRAMGE);

 a Associação Brasileira das Autogestões em Saúde Patrocinadas pelas Empresas (Abraspe)

 Comitê de Integração de Entidades Fechadas de Assistência à Saúde (Ciefas);

 Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg);

 Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed).

 Entidades prestadoras de serviços de saúde: a Associação Brasileira de Hospitais Universitários e de Ensino (ABRAHUE);

 Confederação de Misericórdias do Brasil (CMB);

 a Confederação Nacional de Saúde dos Hospitais, Estabelecimentos e Serviços

(32)

 (CNS)

 Federação Brasileira de Hospitais (FBH).

 Entidades privadas que se pautavam por princípios que regem o

 direito público:

 Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems);

 Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS).

(Fortes, 2013)

Houve também, segundo Fortes, a percepção de que um único organismo não conseguiria atender ao país inteiro. Sendo esse o caso, a ONA tornou-se uma entidade que credenciaria instituições interessadas em utilizar a sua metodologia de acreditação. Desse modo, no primeiro momento, a ONA credenciou as instituições que já estavam trabalhando com a acreditação no Brasil, como o CQH, o IPASS, o IAHCS e o CBA, que formaram o primeiro grupo de instituições acreditadoras - IAC.

A configuração também permitiu a liberdade para que os hospitais pudessem escolher a instituição acreditadora que melhor lhes conviesse.

A consolidação conceitual e metodológica do Programa, com participação dos avaliadores/as estaduais tiveram as seguintes atividades, segundo NOVAES em 2015:

o Constituição da Comissão de Revisão/Redação do Manual de Acreditação e do Manual dos Avaliadores

o Reuniões de consulta a nível dos Estados.

o Consolidação dos princípios do Manual de Acreditação e dos instrumentos dos auditores.

o Revisão da legislação e propostas de estabelecimento do programa reitor a nível nacional e do organismo acreditador.

o Desenho do modelo curricular para preparação dos futuros auditores.

Apresentação ao Ministro da Saúde da Proposta Brasileira de Acreditação de Hospitais.

A ONA teve seu reconhecimento formalizado pelo Ministro da Saúde José Serra, sucessor de Carlos Albuquerque, na Portaria GM/MS nº 538, de 17 de abril de 2001. (Anexo 1). Nesse mesmo ano, o Ministro José Serra assinou também a Portaria GM/MS nº 1.970, de 25 de outubro de 2001 reconhecendo a Organização

(33)

Nacional de Acreditação como instituição competente e autorizada a operacionalizar o desenvolvido do Processo de Acreditação Hospitalar (Anexo 2)

“A ONA caracteriza-se como Pessoa Jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e de interesse coletivo, com área de atuação nacional, objetivando a implantação do processo de acreditação. A missão da ONA é aprimorar a gestão, qualidade e segurança da assistência no Setor Saúde, por meio do Sistema Brasileiro de Acreditação. Nossa metodologia é reconhecida pela ISQua (International Society for Quality in Health Care), associação parceira da OMS e que conta com representantes de instituições acadêmicas e organizações de saúde de mais de 100 países. O objetivo de nossa ação é promover um processo constante de avaliação e aprimoramento nos serviços de saúde e, dessa forma, melhorar a qualidade da assistência no País.” (ONA, 2019)

IV- II– Do Processo de acreditação pela ONA

Para seguimento do processo de acreditação ONA além do Manual brasileiro de acreditação, existem as normas orientadoras que tem como objetivo determinar as diretrizes do processo de avaliação para a acreditação, desenvolvido sob orientação da ONA. Elas usam como referência para o processo de avaliação as próprias normas Orientadoras anteriores, o Manual Brasileiro de Acreditação, as Resoluções do Conselho de Administração da ONA. As normas se aplicam a Organização Nacional de Acreditação, as Instituições Acreditadoras Credenciadas, as Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde, aos Programas de Saúde e Prevenção de Riscos, aos Serviços Odontológicos e aos avaliadores do Sistema Brasileiro de Acreditação. Dentro das normas também são instituídas as responsabilidades de cada parte integrante da ONA de do processo de acreditação como descrito no quadro E.

Quadro F: Integrantes da ONA

Conselho de Administração da ONA

o Deliberar sobre o Sistema Brasileiro de Acreditação.

o Definir as taxas de avaliação para a acreditação.

o Homologar os processos de acreditação.

o Homologar os processos de cancelamento de acreditações.

(34)

o Deliberar sobre situações não previstas nesta norma.

Organização Nacional de Acreditação

o Promover o entendimento desta norma pelas Instituições Acreditadoras Credenciadas.

o Acompanhar o cumprimento da referida norma pelas Instituições Acreditadoras Credenciadas.

o Revisar e atualizar a referida norma.

o Divulgar e disponibilizar a referida norma.

o Acompanhar e validar o processo de certificação.

o Emitir o certificado de Acreditação.

Instituições Acreditadoras Credenciadas o Cumprir com as determinações da norma.

o Cumprir com as deliberações do Conselho de Administração da ONA.

o Promover o entendimento da norma pelos avaliadores do Sistema Brasileiro de Acreditação.

o Promover o entendimento da norma as organizações de saúde, serviços e programas da saúde.

o Garantir que somente organizações, serviços ou programas elegíveis ao processo de acreditação sejam avaliados.

o Assegurar a qualidade da avaliação e do relatório de avaliação para a acreditação.

o Disponibilizar para a ONA as informações sobre os processos de avaliação para a acreditação, sempre que solicitado.

Comitê de Certificação

o Analisar tecnicamente o relatório de visita.

o Validar ou não, no âmbito da Instituição Acreditadora Credenciada, o nível de acreditação recomendada pela equipe de avaliadores.

o Cumprir com as determinações da norma.

o Cumprir com as deliberações do Conselho de Administração da ONA.

Equipe de Avaliadores

(35)

o Planejar a visita para a acreditação.

o Realizar a avaliação para a acreditação.

o Elaborar o relatório de avaliação para a acreditação e emitir o parecer quanto ao processo de avaliação.

o Cumprir com as determinações da norma.

o Cumprir com as deliberações do Conselho de Administração da ONA.

Organizações de Saúde, Serviços e Programas da Saúde o Cumprir com as determinações da norma.

o Cumprir com as deliberações do Conselho de Administração da ONA.

o Realizar o pagamento da taxa de certificação para a acreditação.

(ONA, 2018)

O processo de avaliação para acreditação consiste em um conjunto de atividades inter-relacionadas que verifica, nos diversos processos da organização ou programa de saúde o atendimento aos padrões e requisitos estabelecidos no manual Brasileiro de Acreditação – ONA, específico, e por consequência o nível de acreditação alcançado. A conclusão deste processo resulta na acreditação ou não das organizações de saúde, serviços e programas da saúde. As organizações de saúde, serviços e programas da saúde da saúde estão obrigatoriamente vinculadas à Instituição.

Acreditadora Credenciada escolhida durante o processo de avaliação e durante a vigência da sua condição de acreditado. São elegíveis à avaliação para a acreditação segundo a metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA as organizações de saúde, serviços e programas da saúde que cumprirem com os requisitos determinados abaixo de acordo com a Norma Orientadora ONA (09/2018):

1. Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde

a. Enquadrar-se na definição de Organização Prestadora de Serviços de Saúde, conforme determina a Norma para o Processo de Avaliação específica (NA).

b. Estar legalmente constituída a pelo menos 1 (um) ano.

(36)

c. Possuir alvará de funcionamento.

d. Possuir licença sanitária.

e. Possuir licenças pertinentes à natureza da atividade.

f. Possuir registro do responsável técnico, conforme o perfil da Organização Prestadora de Serviços de Saúde.

g. Dispor de prazo superior a 1 (um) ano, no caso de o processo de avaliação realizado resultar em Organização Prestadora de Serviço de Saúde não Acreditada, a contar da data da homologação pelo Conselho de Administração da ONA.

h. Dispor de prazo superior a 1 (um) ano, em caso de cancelamento de certificação anterior pela metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA, a contar da data da homologação do cancelamento, pelo Conselho de Administração da ONA.

i. Para processo de certificação única é necessário:

I. A existência de uma matriz e respectivas filiais

II. As unidades escolhidas para certificação única devem pertencer à mesma Norma para Processo de Avaliação

III. A aplicação de raiz quadrada para avaliação, só poderá ser utilizada quando a Norma para o Processo de Avaliação for aplicável. Não sendo aplicável a Norma para o Processo de Avaliação, todas as unidades deverão ser avaliadas.

IV. Os certificados serão emitidos por unidade inscrita no processo de avaliação.

2. Programas da Saúde e Prevenção de Riscos:

a. Enquadrar-se na definição de Programa da Saúde e Prevenção de Riscos, conforme determina a Norma Orientadora específica.

b. Dispor de prazo superior a 1 (um) ano, no caso de o processo de avaliação realizado resultar em Programa da Saúde e Prevenção de Riscos não Acreditado, a contar da data da homologação pelo Conselho de Administração da ONA.

c. Dispor de prazo superior a 1 (um) ano, em caso de cancelamento de certificação anterior pela metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA, a contar da data da homologação do cancelamento, pelo Conselho de Administração da ONA.

(37)

3. Serviços Odontológicos

a. Enquadrar-se no conceito de Serviço Odontológico conforme determina a Norma para o Processo de Avaliação específica (NA).

b. Estar legalmente constituído há pelo menos 1 (um) ano.

c. Possuir CNPJ distinto de qualquer Organização Prestadora de Serviços de Saúde (OPSS).

d. Possuir alvará de funcionamento.

e. Possuir licença sanitária.

f. Possuir licenças pertinentes à natureza das atividades.

g. Possuir registro do responsável técnico conforme perfil do serviço.

h. Dispor de prazo superior a 1 (um) ano, no caso de o processo de avaliação realizado resultar em Serviços Odontológicos não Acreditado, a contar da data da homologação pelo Conselho de Administração da ONA.

i. Dispor de prazo superior a 1 (um) ano, em caso de cancelamento de certificação anterior pela metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA, a contar da data da homologação do cancelamento, pelo Conselho de Administração da ONA.

A equipe de avaliadores é constituída por um avaliador líder, que é o responsável final, perante a Instituição Acreditadora Credenciada, pelo processo de avaliação para fins de acreditação, a partir da etapa de Programação da Visita, e da Equipe de Avaliadores que coletam e analisam as evidências para a formulação de conclusões relativas organização de saúde, serviço e programa da saúde avaliado.

No Processo de avaliação são necessárias algumas etapas antes da visita como a solicitação de informações da instituição ou programa a de saúde a ser avaliado, e a contratação de uma instituição acreditadora credenciada que receberá toda a documentação necessária e fará a análise da viabilidade para aquela instituição. Apenas as instituições credenciadas citadas no quadro b podem fazer a avaliação pelo sistema ONA. Detalhamento sobre as instituições avaliadoras no anexo III

(38)

QUADRO F: Instituições avaliadoras

Instituto Qualisa de Gestão – IQG – São Paulo.

DNV GL Business Assurance Avaliações e Certificações Brasil Ltda. São Paulo.

Fundação Carlos Alberto Vanzolini – FCAV. São Paulo.

Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde – IBES – São Paulo.

Instituto de Planejamento e Pesquisa para Acreditação em Serviços de Saúde – IPASS – Paraná.

Instituto de Acreditação Hospitalar e Certificação em Saúde – IAHCS – Rio Grande do Sul.

(ONA, 2019)

Após a avaliação da viabilidade a Instituição Acreditadora Credenciada realiza a solicitação de inscrição da organização de saúde no sistema ONA. Aceita a inscrição procede-se para o agendamento da visita para a avaliação para acreditação. Os processos de avaliação de nível 1, nível 2, nível 3 ou manutenção, poderão ser acompanhados por um Observador ONA, mediante seleção randomizada, sendo que a ONA informará à Instituição Acreditadora Credenciada, o Observador ONA escolhido para o acompanhamento da visita num prazo máximo de até 72 horas antes do primeiro dia da avaliação. A avaliação ONA tem custo chamado de taxa de avaliação para acreditação e o valor é definido periodicamente pelo Conselho de Administração e publicado no portal da ONA para consulta.

Com a confirmação do agendamento o plano segue com planejamento da visita, que deve ser feito pelo avaliador líder e este planejamento deve ser submetido à apreciação da empresa a ser avaliada para que a mesma poça estar de acordo com os termos da visitação. A empresa a ser avaliada deve informar seus funcionários, ter as documentações necessárias em mãos, e deve fornecer acesso as instalações a serem avaliadas, bem como uma sala de apoio aos avaliadores.

O processo de avaliação para a acreditação inicia-se com a Reunião de Abertura com o objetivo de apresentar os membros da equipe de avaliadores à alta administração e demais responsáveis da organização, reforçar a importância do processo da avaliação para a acreditação. Após inicia-se a vista de áreas pré- estabelecidas no plano de visita e devem estar presentes um avaliador e

(39)

obrigatoriamente um representante da unidade avaliada. É obrigatório para as visitas de acreditação, que a equipe de avaliadores seja formada por no mínimo 3 (três) membros sendo um médico, um enfermeiro e um profissional com experiência em gestão.

O avaliador deve basear seu parecer nas evidências encontradas durante o processo de visita, não as pautar em opiniões pessoais. No final da visita uma Reunião de Encerramento deve ser realizada pela equipe de avaliadores. Se forem encontradas não conformidades pontuais, que não apresentem impactos relevantes, a prestadora de serviço deverá elaborar um plano de ação e anexar ao Sistema ONA. Caso sejam encontradas uma ou mais não conformidades sistêmicas, ou quando a avaliação não atingir o percentual estabelecido deve-se definir a realização de uma nova avaliação à organização prestadora de serviço de saúde.

Quanto ao Resultado o Processo de Avaliação segundo a Norma Orientadora da ONA (setembro/2018) será considerado Não Acreditado:

I. A organização de saúde, serviço ou programa da saúde que não atingir em todas as áreas/unidades/processos avaliados, conformidade com os requisitos referentes aos padrões, e Norma para o Processo de Avaliação específica, estabelecidos no referido manual.

II. A organização que não enviar à Instituição Acreditadora Credenciada a documentação e/ou plano de ação exigido para a nova avaliação.

III. A organização que não apresentou, durante a revisita, evidências que comprovem o atendimento das não conformidades apontadas na visita inicial.

IV. A organização prestadora de serviço de saúde que não apresentou, durante a revisita, evidências que comprovem o atendimento aos requisitos pontuados como não conforme e/ou parcialmente conforme, apontados na visita inicial de acordo com a “Tabela de percentual para acreditação” estipulada no referido manual.

V. A organização que não possuir condições de atender em até 90 (noventa) dias as não conformidades apontadas na visita inicial.

VI. A organização prestadora de serviços de saúde que não possuir condições de atender em até 90 (noventa) dias o atendimento aos requisitos pontuados as como não conforme e/ou parcial conforme, apontados na visita inicial, de acordo com a

“Tabela de percentual para acreditação” estipulada no referido manual.

(40)

VII. A organização que não cumprir os referidos prazos, conforme pré-estabelecido em Norma Orientadora específica.

Uma organização de saúde, serviço ou programa da saúde Não Acreditado, somente poderá solicitar uma nova avaliação para a Acreditação, 1 (um) ano após o processo de avaliação ter sido concluído, a contar da data da homologação pela Organização Nacional de Acreditação.

Também quanto ao Resultado o Processo de Avaliação, segundo a Norma Orientadora da ONA (setembro/2018), será considerado Acreditado em níveis I, II e III:

o Acreditado ou Nível I:

A organização de saúde, serviço ou programa da saúde que atingir em todas as áreas/unidades/processos avaliados, conformidade com os requisitos dos padrões de nível 1, e Norma para o Processo de Avaliação específica, estabelecidos no referido manual. O resultado de acreditado é válido por 02 (dois) anos.

o Acreditado pleno, ou nível II:

Será considerado Acreditado Pleno, a organização de saúde, serviço ou programa da saúde que atingir em todas as áreas/unidades/processos avaliados, conformidade com os requisitos dos padrões de nível 1 e nível 2, e Norma para o Processo de Avaliação específica estabelecidos no referido manual.

O resultado de Acreditado Pleno é válido por 02 (dois) anos.

o Acreditado com Excelência, ou nível III:

Será considerado Acreditado com Excelência, a organização de saúde, serviço ou programa da saúde que atingir em todas as áreas/unidades/processos avaliados, conformidade com os requisitos de nível 1, nível 2 e nível 3 de forma sistêmica e global, e Norma para o Processo de Avaliação específica estabelecidos no referido manual. O resultado de Acreditado com Excelência é válido por 03(três) anos.

Abaixo segue figura ilustrativa evidenciando os níveis de acreditação, e suas diferentes especificações.

(41)

Fonte: Maria, 2018

Figura 3: Indicadores ONA

(42)

6.Capítulo V- Acreditação Hospitalar ONA em números

Na tabela e nos gráficos a seguir podemos observar por região a disponibilidade de unidades acreditadas.

Tabela 1 : Número de Hospitais acreditados pela ONA por estado e região

Estado Hospital Privado Hospital Púbico

N

Amazônia 04 0

Acre 0 0

Roraima 0 0

Rondônia 0 0

Amapá 01 0

Pará 04 08

Tocantins 0 0

NE

Maranhão 02 0

Piauí 01 0

Ceará 02 03

Rio Grande do Norte 0 0

Paraíba 02 01

Pernambuco 05 0

Alagoas 02 0

Sergipe 02 0

Bahia 13 01

CO

Goiás 07 04

Mato Grosso 02 0

Mato Grosso do Sul 04 0

Distrito Federal 10 01

(43)

S

Rio Grande do Sul 16 03

Santa Catarina 13 02

Paraná 18 01

SE

Espírito Santo 07 02

Rio de Janeiro 24 01

São Paulo 94 27

Minas Gerais 42 02

Total 275 56

Fonte: ONA,2019

Tabela 2: Número de hospitais acreditados pela ONA de acordo com Nível de Acreditação.

Acreditados Plenos Excelência

Norte 4 4 9

Nordeste 9 10 16

Centro-Oeste 11 7 10

Sudeste 35 59 104

Sul 21 12 20

Total 80 92 159

Fonte: ONA, 2019.

(44)
(45)
(46)
(47)
(48)
(49)

Fonte: ONA, 2019

Fonte: ONA, 2019

56; 17%

275; 83%

Hospitais ONA

publico privado

Organização Social de Saúde;

20; 26%

total ; 56; 74%

HOSPITAIS GERIDOS POR OSS

(50)

7. ANÁLISE e/ou APURAÇÃO DE RESULTADOS

Atualmente a ONA apresenta 798 instituições acreditadas no país, dessas são 331 unidades hospitalares entre unidades particulares, e sus, correspondendo em 16,9% de hospitais públicos, e 83,08% hospitais privados. Entretanto em um universo de 6.820 hospitais no Brasil, segundo dados da Confederação Nacional de Saúde e da Federação e da Federação Brasileira dos Hospitais de 2018, esse número ainda é muito pequeno representando apenas 4,85% do total.

A maior concentração de unidades se encontra no sudeste do país com 59,81% das instituições cadastradas, e a menor porcentagem está na região Norte com apenas 5,13%. Também é no sudeste que se concentra de forma absoluta a maior parte das instituições com Nível 3, ou Nível de Excelência, com 31,41%, e a Região Norte tem o maior percentual proporcional com 52,94% do total.

Outro dado importante é referente ao número de instituições públicas administradas pelas Organizações Sociais de Saúde. No total das 56 instituições públicas 35,7% são gerenciadas por esse modelo de gestão. A Organização social é uma qualificação jurídica que um órgão da administração pública direta pode conceder a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para o desempenho de serviços públicos sociais, tais como saúde, educação, cultura e assistência social. (Prado, 2019)

(51)

8. CONCLUSÃO

O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise do cenário atual da qualidade hospitalar no Brasil baseando-se em informações da principal acreditadora nacional. Podemos observar que apesar dos múltiplos esforços em prol do avanço da acreditação seguimos ainda com valores muito inferiores em relação a totalidade da capacidade de atendimento nacional.

É nítido observar também a diferença importante entre o número de unidades privadas em detrimento das unidades públicas, o que pode nos gerar um questionamento, como qual as etapas no processo de gestão que estão sendo ignorados na prática pública? Dentre essas unidades públicas um total expressivo de mais de 35% é gerido pelas OSS, entidades sem fins lucrativos. O maior exemplo nessa questão é a região Norte, onde proporcionalmente possuímos mais unidades públicas acreditadas pela ONA, todas são geridas por OSS. Além das OSS no âmbito do SUS quanto a administração pública quase 27% é composto de Hospitais de Ensino, mais comumente Hospitais Universitários., entidades com método de gestão diferente das unidades comuns.

Podemos notar que mesmo quase 20 anos após o início oficial do Programa de Acreditação Brasileiro, ainda estamos muito longe do ideal. Poucos avanços foram feitos em relação ao processo no SUS, mas na contramão apresentamos bons resultados nas unidades de saúde privadas com um grande número de instituições qualificadas em Nível III ou de Excelência pela ONA.

A ONA segue e seguirá desempenhando papel fundamental para a melhoria da qualidade em nosso país. Para muitos hospitais o primeiro selo de acreditação marca um divisor de águas na assistência, levando a unidade e seus profissionais a se adequarem a normas mais rígidas, focada na segurança e na satisfação do paciente, e em um segundo momento levando a busca por selos de acreditação internacional.

Concluo baseando-me na pesquisa que ainda há muito a ser feito no processo de gestão pública, mas também na gestão privada para que se atinja de forma efetiva e duradoura metas de qualidade em saúde talvez com uma nova

(52)

mentalidade em relação ao cuidado do paciente, quanto a administração de recursos.

(53)

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(54)

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Referências

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