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Rev. Bras. Enferm. vol.49 número4

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Academic year: 2018

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EDITORIAL

A NOVA LEI PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIA.

Alvo de muitos question�mentos e críticas, g rupos a favor e contra, chega

para ser aplicada, após oito anos da promulgação da última Constituição

Federal, a nova lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , batiada com o

nome de seu ardente defensor - Lei Darcy Ribeiro (n° 9394, 20 de

dezembro e

1 996).

Passamos à

fase da reivindicação de mudanças e aperfeiçoaenos

a

i. É

chegada a hora de aprofundar o seu entendimento, tirando todos

0$ pro

veitos

possíveis do dito e do entredito. Como toda lei,

é

passível de i

nterp

reta

ç

õ

es

e

interpretações. Cabe aos que têm o dever de

executá-Ia bom senso,

responsabilidade, evitando que opotunistas a apliquem

visando interesses

ouros incompatíveis com a boa formação do cidadão brasileiro.

Para melhor situar aqueles que deverão realizar

a m udança imposta pela lei

atual, recomenda-se um necessário encontro,

mediante criteriosa reflexão, com

o Capítulo

111

da Constituição Federal de 1 988.

É

i

mpo

ta

nte o estudo de seus

atigos de números 205

a

2 1 4 ,

além das emendas constitucionais números

11

e

1 4 de 1 996 - que tratam

das diretrizes e princípios da educação nacional, para

que de fato

se possa entender como a lei em pauta conduzirá ao cumprimento

do que preconiza a referida Constituição:

I

)

- erradicação do analfabetismo;

11

)

- universalização

do atendimento escolar;

111

)

- melhoria da qualidade do ensino;

IV

)

- formação para o trabalho;

V

)

- promoção human ística , científica e tecnológica do Pa ís.

A avaliação d

os cursos nos vários n íveis está prevista . Assim , a instituição de

sistemas contín uos e permanentes de inspeção, que submetem o trabalho

desenvolvido em

seu processo como em seu produto a exame, a comparação e

verificação de suas potencialidades e dificu ldades de avançar, estão na pauta do

dia.

No que diz

respeito ao corpo docente, determina que este seja composto por

um terço mínimo de mestres ou doutores

e esteja dedicado em um m í n imo de

8

horas diretamente

com os

alu

nos

.

Entre as alterações,

o vestibular se apresenta aberto a mudanças e

inovações.

Sobre

a representatividade dos diferentes seg mentos da U niversidade em

seus Conselhos, muito há que se d iscutir e atualizar. Certamente o processo de

avanço ou atraso de cada

i

nstituição facilitará ou dificu ltará a absorção do

exigido pela lei.

(2)

Potanto, é chegaa a hora de ação. Espera-se que ao menos seja reletida, despida de alienação, geradora de um bom motivo para mexer com a Univesidade em geral e a Enfermagem em paticular.

Talvez se possa pensar em alguns critérios e formas de admissão ao curso de enfermagem - sem fugir às regras determinadas para seleção do candidato universitário em geral.

O momento que se vive é decisivo, pois uma nova ordem social vem se

impondo à sociedade brasileira. Potanto exige-se lucidez daqueles que estão administrando os projetos e programas educacionais vigentes em todos os níveis. Temos a lei, mas ela não nos exime do dever de lutarmos e mantermos os nossos princípios que busam a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, que se tornará impossível caso não haja compromisso governamental com a educação públia e gratuita.

Entre o projeto da LDB emendado na Câmara dos Deputados e a lei aprovada no Senado Federal duas diferenças são marcadas: a lagrante

diminuição das responabilidades do Estado com relação à educação,

evidenciada a patir do nível médio, e a redução elou exclusão da sociedade civil organizada das decisões acerca do ensino. Isto pode significar paralisação ou mesmo retrocesso para os anseios de aprimoramento democrátio no exercício das Políticas Públias do País.

É

neste sentido que chamamos a atenção dos exercentes da docência de

enfermagem em especial e dos profissionais e alunos em geal para não se enganarem nestes novos tempos, em que nem toda inovação proposta significa avanço ou mudança.

Impota nestes tempos de estranhamentos e perplexidades a clara deinião de princípios e referências que nos movam a construir um mundo melhor. Esta é a pérola que devemos cultivar: somente ela evitará a oopção pelo brilho fantasioso dos espelhinhos com que nos presenteiam e o afastamento dos nossos ideais.

Aos que cabem fazer acontecer a educação neste país, cobra-se também a hercúlea tarefa de desenvolver mecanismos de controle social que interpretem a

letra da lei de forma a democratizar o aesso de todos à educaão através do

crescente exercício da cidadania;

Maria Ifurezinia .ó6rega áa Silva

Referências

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