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PDF PT Jornal Brasileiro de Pneumologia 4 14 portugues

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Cartas ao Editor

248 J Pneumol 29(4) – jul-ago de 2003

CARTAS AO EDITOR

S e nho r Edito r:

Durante o IV Congresso Brasileiro de Asma, em Gra-mado – RS, na mesa-redonda intitulada “Dos Consensos à Prática Clínica”, demonstramos a necessidade de se in-vestigar adequadamente o paciente com asma de difícil controle antes de se cogitar a possibilidade de uso de dro-gas alternativas. Naquela ocasião, apresentamos um al-goritmo como p rop osta p ara investigação diagnóstica abrangente, hierarquizada e flexível, que se adaptaria à

Asma grave: uma questão de prescrição ou de diagnóstico?

disponibilidade de diferentes serviços de pneumologia (Fi-gura 1 ). Dentre os médicos que assistiram à apresenta-ção, alguns solicitaram cópia deste roteiro diagnóstico. Por isso, escrevo para disponibilizar a mais colegas pneu-mologistas esta sugestão de abordagem do paciente com asma grave. Como tudo em medicina, este algoritmo não é definitivo, mas um ponto de partida para auxiliar os colegas que tratam dos pacientes asmáticos mais graves.

A pné ia obs trutiva do so no, em bolia, fib rose cís tica , deficiê ncia de a 1-a nti-tr ips ina, ins ufic iênc ia c ar día ca , disfunç ão d e c ordas vo ca is e v as cu lite de C hu rg -S trau ss

Indic ad a qua nd o n en h u m a c o-m o rbida d e for iden tific ada . A se r rea liza da por m é dico c om e xpe riênc ia e m br onc os cop ia de as m átic os .

Ex pos içã o a m bie ntal:

H is tória oc up ac io n al Ava lia çã o n a s f éria s A valiaç ã o do m ic iliar

F a tore s psic ol ógicos e s oc ia is C on diç ões so ciais e ec o nôm ic a s?

R elaç ão pacien te-doen ça? A valiaç ão ps ic oló gica

B roncoscop ia S e T C norma l, pe squi sa adic ional

de : TC a lt a re s oluç ão: (bronq uiec tas ia , e nfi se m a ,

in fil tra do a l ve olar )

Ri nos s inus opa tia Tr a tam ento rinite Ra diogra fia/T C A v a li a ção ORL

Re flux o ga stroes ofá gico T e s te tera pê utic o

Endos c opia pH-m e tria

A s pe rgi lose Te ste cutâ ne o D osa gem d e IgE total

Sor ologia e s pec í fica

Asm a de dif ícil con t r ol e

Com tr atam ent o da Etapa IV do Cons ens o Br as i l ei r o(1 ),

m an tém gr avidade.

Res post a Clí n ica Sat is f at ór i a

Manter CS in al atór i o Aj us tar dos e do cor ticos ter ói de

e dos br oncodi latador es

As m a Gr ave

def i ni da por hi s t ór i a/ EF , es pi r om etr ia e r adi ogr afi a

Figura 1 – Algoritmo para investigação da asma de difícil controle

ELCIO OLIVEIRA VIANNA

Docente da Divisão de Pneumologia, Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

R

EFERÊNCIA

1 . III Consenso Brasileiro no Manejo da Asma. J Pneumol 2 8 (Sup l 1 ): S1 3 .

α αα

(2)

J Pneumol 29(4) – jul-ago de 2003 249

Cartas ao Editor

S e nho r Edito r:

Tenho o prazer de comunicar a recente nomeação do Professor J osé Roberto Lapa e Silva, Professor Titular da Pneumologia da Universidade Federal do Rio de J

aneiro-UFRJ, para o cargo de Professor Titular Honorário de

Imunologia Médica (A djun ct Professor of Im m un ology in Medicin e) do Weill Medical College of Cornell Univer-sity. Esta nomeação representa o reconhecimento pelos dez anos de colaboração ativa entre o Programa Acadê-mico de Tuberculose da UFRJ, por mim dirigido, e a Divi-sion of In tern ation al Medicin e & In fectious Diseases da Cornell, no terreno da pesquisa básica, pré-clínica, clí-nica e operacional em tuberculose e AIDS. Esta colabora-ção se consubstancia em projetos de pesquisa e de treina-mento em p esquisa, financiados através do N at ion al In titutes of H ealth-N IH e outros órgãos de fomento de pesquisa e/ ou de ensino, sejam nacionais ou internacio-nais. Recentemente, nosso grupo, em colaboração com universidades norte-americanas, teve um outro

importan-te projeto aprovado quanto ao mérito junto ao N IH na área de treinamento em pesquisa, aguardando decisão final quanto ao financiamento. Caso confirmado, este projeto garantirá a manutenção da colaboração até o fi-nal de 2 0 0 8 e tem como meta fundamental priorizar ati-vidades em parceria, no Brasil, do Programa Acadêmico de TB da UFRJ com outras Universidades, Institutos de Pesquisa, Programas de Controle de TB e AIDS em nível federal, estadual, municip al, além de Organizações da Sociedade Civil.

A nomeação do Prof. Lapa e Silva é motivo de orgulho para a UFRJ, para o Jorn al de Pn eum ologia, no qual ele integra o Corpo Editorial, e para a comunidade tisiológi-ca e pneumológitisiológi-ca brasileira, demonstrando a enorme capacidade que nossos pares têm na área de produção de conhecimento em enfermidades de relevância em saúde pública, como a tuberculose, em parceria com pesquisa-dores de países desenvolvidos.

AFRÂNIO KRITSKI

Coordenador

Programa Acadêmico de Tuberculose Instituto de Doenças do Tórax/ UFRJ

S e nho r Edito r:

Mês de maio, últimos preparativos para a A m erican T horacic S ociety 2 0 0 3 , que foi em Seattle, Estados Uni-dos. Passaporte, visto, passagem, reserva de hotel, con-feri o poster a ser apresentado, enfim tudo preparado. Pronto para a viagem lembrei-me de uma conversa com J oão J orge Leite, médico, Assistente Doutor da Discipli-na de Pneumologia da FMUSP e responsável pelas ergoes-pirometrias de nosso serviço. Há muitos meses falávamos sobre viagens aéreas, e ele me disse que certa vez usara um oxímetro em voo.

Parafraseando Glauber Rocha, com uma idéia na ca-beça e um oxímetro na mão, radiografia de tórax e espi-rometria normais, asssintomático respiratório, dirige-me ao aerop orto de Guarulhos p ara meu embarque p ara Seattle com escala de um dia em Nova York.

Entrei no avião, um velho MD1 1, sentei na minha ca-deira na classe econômica e fiz a primeira medida de sa-turação de oxigênio (SatO2) ainda com as portas da aero-nave abertas. Escolhi o dedo indicador da mão esquerda, coloquei o oxímetro e anotei o valor da SatO2 e da fre-qüência cardíaca que permaneceu por mais tempo no display por um período de dois minutos (9 5 % e 9 0 bats/ min, respectivamente). Medi novamente com as portas fechadas e o avião ainda no solo, e fui repetindo o proce-dimento a cada 1 0 minutos até uma hora de voo, ocasião

em que solicitei ao comissário que perguntasse ao co-mandante a quantos pés a cabine estava pressurizada (Ta-bela 1 ). A resposta veio rápida, após minhas explicações e justificativas para aquele pequeno aparelho no meu dedo, estávamos pressurizados ao equivalente a 6.000 pés (1.828 metros).

TABELA 1

Saturação de oxigênio no procedimento de subida de aeronave

M inutos Saturação de O2 (% )

0 95

10 94

20 93

30 93

40 92

50 91

60 91

(3)

Cartas ao Editor

250 J Pneumol 29(4) – jul-ago de 2003

TABELA 2

Saturação de oxigênio no procedimento de descida de aeronave

M inutos Saturação de O2 (% )

60 91

50 91

40 92

30 93

20 94

10 95

0 96

Acredito que estes valores por mim obtidos, levam a uma importante reflexão a todos nós pneumologistas. É certo que um número cada vez maior de nossos pacien-tes hipoxêmicos, principalmente portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica, estão sendo transportados por via aérea, e nós não estamos informando e

orientan-do adequadamente a toorientan-dos eles, sobre o perigo da dessa-turação durante a viagem.

A suplementação de oxigênio é prática comum, mas deve ser solicitada com antecendência de quatro-cinco dias em certos voos internacionais. É bom sempre lem-brar que as máscaras que se encontram no compartimen-to situado sobre as cabeças dos passageiros não servem para esta finalidade.

Acho importante salientar também que aviões diferen-tes pressurizam a cabine a valores diferendiferen-tes, e esdiferen-tes da-dos podem ser solicitada-dos ao serviço médico da compa-nhia aérea ou obtidos em sites especializados.

A todos aqueles que querem saber um pouco sobre que medidas tomar para orientar um paciente hipoxêmico que necessita uma viagem aérea recomendo o artigo “Man a-gin g passen ger with respiratory disease plan n in g air travel: British T horacic S ociety recom m en dation s. T ho-rax 2 0 0 2 ;5 7 :2 8 9 -3 0 4 ”. Em tempo: minha saturação foi maior em Nova York, pois esta cidade se encontra a me-nor altitude que São Paulo.

MÁRIO TERRA FILHO

Imagem

Figura 1 – Algoritmo para investigação da asma de difícil controle

Referências

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