• Nenhum resultado encontrado

... no entanto, ao mesmo tempo e em outro nível...

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "... no entanto, ao mesmo tempo e em outro nível..."

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

“... no entanto, ao mesmo tempo e em outro nível...” Grotstein

PSICANÁLISE

Grotstein descreve fielmente o modo como os analistas de inspiração kleiniana, pós-kleiniana e bioniana trabalham, e detalha com maestria as teorias nas quais eles se apoiam, indo adiante até transformá-las em uma síntese própria e única. (...) Este livro é um convite generoso para que o leitor reflita sobre seu próprio estilo analítico e o desen- volva de um modo que inclua familiaridade com as con- tribuições de Klein e de Bion.

Thomas Ogden

James S. Grotstein

Foi professor de psiquiatria na University of California (UCLA) School of Medicine, analista e supervisor no Los Angeles Psycho- analytic Institute e no The Psycho- analytic Center of California. Foi membro do conselho editorial do International Journal of Psychoanalysis e vice-presidente norte-americano da International Psychoanalytical Association (IPA). Publicou mais de 250 artigos e foi autor e coeditor de diversos livros, como Who is the dreamer, who dreams the dream? e Do I dare disturb the universe? A memorial to W. R. Bion.

Dividido em dois volumes, este livro é organizado como uma introdução e um guia, um “início”, para esclarecer princípios gerais de como o psicanalista ou psicote- rapeuta de orientação psicanalítica pode oferecer e manter um setting ótimo para a prática da psicanálise, ouvir e processar as associações livres do analisando ou paciente e, finalmente, intervir por meio de interpretações – sobretudo dentro da perspectiva kleiniana/bioniana.

O volume 2, após uma breve reca- pitulação da aplicação clínica da técnica kleiniana/bioniana, ilustra essa técnica por meio de relatos de caso detalhados.

“... no entanto,

ao mesmo tempo e em outro nível...”

James S. Grotstein

PSICANÁLISE

Aplicações clínicas na linha kleiniana/bioniana Volume 2

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Capa_Grotstein_V2_grafica2.pdf 1 27/11/2017 17:20:59

(2)

“… NO ENTANTO, AO MESMO TEMPO E EM OUTRO NÍVEL…”

Aplicações clínicas na linha kleiniana/bioniana

Volume 2

James S. Grotstein

Tradução

João Paulo Machado de Souza Patrícia F. Lago

(3)

Authorised translation from the English language edition published by Karnac Books Ltd.

“... no entanto, ao mesmo tempo e em outro nível...”: aplicações clínicas na linha kleiniana/bioniana – volume 2

Título original: “... but at the Same Time and on Another Level...”: Clinical Applica- tions in the Kleinian/Bionian Mode – volume 2

© 2009 James S. Grotstein

© 2017 Editora Edgard Blücher Ltda.

Equipe Karnac Books

Editor-assistente para o Brasil Paulo Cesar Sandler Coordenador de traduções Vasco Moscovici da Cruz Revisora gramatical Beatriz Aratangy Berger

Conselho consultivo Nilde Parada Franch, Maria Cristina Gil Auge, Rogério N.

Coelho de Souza, Eduardo Boralli Rocha

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Angélica Ilacqua CRB-8/7057

Índice para catálogo sistemático:

1. Psicanálise Rua Pedroso Alvarenga, 1245, 4o andar

04531-934 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: 55 11 3078-5366

contato@blucher.com.br www.blucher.com.br

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, conforme 5. ed. do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, Academia Brasileira de Letras, março de 2009.

É proibida a reprodução total ou parcial por quaisquer meios sem autorização escrita da editora.

Todos os direitos reservados pela Editora Edgard Blücher Ltda.

Grotstein, James S.

“... no entanto, ao mesmo tempo e em outro nível...” : aplicações clínicas na linha kleiniana/bioniana – volume 2 / James S.

Grotstein ; tradução de João Paulo Machado de Souza, Patrícia F. Lago. – São Paulo : Blucher, 2017.

432 p.

Título original: “... but at the Same Time and on Another Level...”: Clinical Applications in the Kleinian/Bionian Mode – volume 2

Bibliografia

ISBN 978-85-212-1248-5

1. Psicanálise 2. Klein, Melanie, 1882-1960 3. Bion, Wilfred R. (Wilfred Ruprecht), 1897- 1979 I. Título.

17-1395 CDD 150.195

(4)

Conteúdo

parte i

Técnica psicanalítica

1. Entrevista: a sessão inicial ... 19 2. A análise tem início: estabelecimento do enquadre ... 25 3. Recomendações sobre técnica: Freud, Klein, Bion e

Meltzer ... 47 4. Como ouvir e o que interpretar ... 61 5. Encerramento ... 109 6. O tratamento psicanalítico de estados psicóticos e

borderline e outros transtornos mentais primitivos ... 117 7. Premissas básicas da técnica kleiniana/bioniana:

uma recapitulação ... 129 parte ii

Apresentação de casos

8. Exemplo clínico 1 ... 143 9. Exemplo clínico 2 ... 189

(5)

14 conteúdo

10. Exemplo clínico 3: breve exemplo clínico da técnica

predominantemente “bioniana” ... 219

11. Exemplo clínico 4: um paciente analisado no estilo dos kleinianos contemporâneos (minha versão) ... 223

12. Exemplo clínico 5: “bicicletas” ... 239

13. Exemplo clínico 6 ... 251

14. Exemplo clínico 7 ... 267

15. Exemplo clínico 8 ... 281

16. Exemplo clínico 9 ... 287

17. Exemplo clínico 10 ... 295

18. Exemplo clínico 11 ... 307

19. Exemplo clínico 12: psicoterapia psicanaliticamente informada ... 321

20. Exemplo clínico 13 ... 329

21. Exemplo clínico 14 ... 337

22. Exemplo clínico 15 ... 343

23. Exemplo clínico 16 ... 349

24. Exemplo clínico 17 ... 353

25. Exemplo clínico 18 ... 359

26. Exemplo clínico 19 ... 369

27. Exemplo clínico 20: “a mulher que não conseguia refletir” ... 379

Epílogo ... 413

Referências ... 415

(6)

1. Entrevista: a sessão inicial

Ao entrevistar o futuro analisando pela primeira vez, a expe- riência sugere que pode ser melhor para o analista não confundir esta entrevista com a análise em si. Etchegoyen (1991) acredita que uma distinção clara deve ser feita entre a consulta original cara-a- -cara e a análise futura de modo a permitir que o potencial ana- lisando desenvolva uma impressão da realidade da presença do analista – ao menos uma imagem baseada naquilo que ele é capaz de apreender durante a consulta. Klein e seus seguidores, inclusive Bion, parecem frequentemente fazer algo diferente disso. Eles con- sideram que a análise já começou desde o início da entrevista ini- cial e, embora se interessem pela história passada, não perguntam diretamente sobre ela, mas permitem que ela se revele por conta própria. Em outras palavras, eles seguem as associações livres do analisando e interpretam a transferência desde o princípio. Essa foi minha experiência em minhas análises kleiniana (Albert Mason) e kleiniana/bioniana (Bion). No entanto, Mason (comunicação pes-

(7)

20 entrevista

soal) defende o ponto de vista de que ele prefere coletar alguns dados sobre o passado do analisando para evitar ser surpreendido pelo aparecimento de psicoses, vícios e outros transtornos do tipo.

A entrevista inicial permite a avaliação do analisando em potencial no que diz respeito à sua adequação para a análise e representa a melhor oportunidade para que o analista esclareça a natureza do procedimento analítico, a justificativa para o uso do divã, o estabelecimento dos honorários, o agendamento das ses- sões e as regras do analista com relação às faltas.

Também descobri que pode ser útil em certas ocasiões esten- der a entrevista inicial por até seis sessões consecutivas para uma melhor avaliação, principalmente da adequação para a análise – comigo. Minha postura varia de um analisando em potencial para outro no que se refere à coleta de uma história detalhada. Geral- mente, prefiro não fazê-lo – prefiro entrar em contato com ela con- forme ela emerge durante a análise. Em outros casos, no entanto, posso optar por focar-me sobre a história por acreditar, naquela ocasião, que devo proceder assim: ou, para criar uma piada bio- niana apócrifa, “Não há problema em coletar uma história desde que você se esqueça dela rapidamente!”

Uma vez que tenhamos concordado sobre a indicação da psi- canálise e após minha sugestão de que os pacientes venham ideal- mente cinco vezes por semana, os futuros analisandos podem ficar chocados e assustados, especialmente por associar esta frequência com a gravidade de sua psicopatologia. Explico então que a fre- quência não tem nada a ver com sua doença, mas que representa a natureza do procedimento que funciona de modo ideal sob estas condições. Sigo adiante dizendo que, com os atendimentos ocor- rendo nesta frequência, as emoções e os pensamentos que uma sessão analítica podem evocar podem então ser abordados na

(8)

21 james s. grotstein

sessão ou nas sessões seguintes. Do contrário, eles retornariam ao inconsciente e não seriam trabalhados.

O analisando compreende rapidamente, uma vez que a análise esteja em curso, que a frequência resulta no estabelecimento de um

“ritmo de segurança” (Tustin, 1990, p. 160): um ciclo invariante que corresponde à experiência que o bebê tem da congruência ideal entre dois ciclos: (a) a chegada e a extinção de suas necessidades alimentares e (b) a chegada e a partida da mãe para satisfazer sua carência. Quando ocorrem alterações ou quebras desta frequência, o “ritmo de segurança” é rompido (“mudança catastrófica”: Bion, 1970): essa experiência representa um aspecto importante do con- texto adaptativo1 (Langs, 1976a, 1976b) e/ou do objeto analítico2 (Bion, 1965).

No passado, o uso do divã era recomendado apenas em tra- tamentos de quatro ou cinco sessões semanais. Atualmente, mui- tos psicoterapeutas e mesmo psicanalistas utilizam o divã para tratamentos baseados em uma, duas ou três sessões por semana.

Acredito que cada analista ou terapeuta deva utilizar seus próprios critérios e possa consultar outros colegas a este respeito – mas tam- bém acredito que, independentemente da frequência, o analista e/

ou terapeuta deve assumir e preservar a postura analítica com o paciente.

Em minha prática clínica, explico o uso do divã da seguinte forma:

Freud aparentemente pensava que era um tipo de deco- dificador do código secreto do inconsciente que emergia a partir das associações livres do paciente. Ele se via tão profundamente concentrado na função de decodificar que se sentia invadido quando o analisando, sentado à sua frente, mantinha o olhar sobre ele. Freud então,

(9)

22 entrevista

para sua própria conveniência, institui o procedimento de fazer com que o analisando olhasse em outra dire- ção e, enquanto o fazia, permanecesse deitado para ficar mais confortável. Freud não tinha ideia na época de que, ao posicionar o analisando desta maneira, isto é, com o olhar desviado e na posição horizontal, ele havia de fato revelado o funcionamento do hemisfério cerebral direito, que é não linear, menos organizado, orientado para o campo e mais emotivo e devaneador por natureza.

(Grotstein, 1995c)

Minha experiência me informa que a sugestão do uso do divã não deve ser dogmática. Tenho contato com analisandos nos quais observo um apego tênue e noto que eles geralmente preferem perma- necer sentados para que possam utilizar seus olhos para se ligar ao analista. Acredito que esta observação deva ser mantida em mente.

Também explico ao futuro analisando o modo como ele deve proceder uma vez que a análise tenha início: que a regra funda- mental (Freud, 1913[1912-13], p. 207) preconiza que ele deve dizer tudo que lhe venha à mente, não importando quão irrelevante ou embaraçoso possa parecer. Com respeito ao modo como eu devo proceder, explico que minha tarefa é ouvir suas falas livremente criadas até que eu tenha alguma ideia sobre o que a parte incons- ciente de sua personalidade esteja tentando nos dizer. Minhas intervenções serão principalmente interpretações – isto é, minha impressão em um dado momento sobre o que parecem ser suas próprias “interpretações” sobre si mesmo. Posso também fazer per- guntas sobre informações que não se encontram à minha disposi- ção. Posso ainda tentar esclarecer alguma coisa. Também explico que suas próprias perguntas dirigidas a mim serão consideradas como associações livres e podem, portanto, não ser respondidas

(10)

23 james s. grotstein

diretamente ou mesmo absolutamente; esclareço que esta prática não é evasiva ou grosseira por parte do analista, mas que se deve ao fato de que um pensamento, afirmação ou fantasia estivera ope- rando antes que a questão fosse elaborada e que este precursor da pergunta (porque esta pergunta foi feita?) tem primazia sobre a própria pergunta no pensamento analítico.

Notas

1. O contexto adaptativo diz respeito a qualquer fator ou a todos os fatores do ambiente externo e/ou da análise aos quais o ana- lisando está se adaptando naquele momento (Langs, 1976a, 1976b). Qualquer “turbulência emocional” (Bion, 1965, p. 157) decorrente de uma “mudança catastrófica” (Bion, 1970) torna-se parte do contexto adaptativo.

2. O “objeto analítico” (Bion, 1962b, p. 68) constitui a essência da máxima ansiedade inconsciente do paciente; isto é, ele representa a expressão do principal tema narrativo subjacente da sessão. Ele pode ser detectado, de acordo com Bion, por meio de “sensação, mito e paixão”, com os quais acredito que ele queira se referir à observação e à fantasia inconsciente – ou ao mito pessoal e ao mito geral ao qual ele pode corresponder (por exemplo, o mito de Édipo e as emoções vivenciadas com relação ao tema de que ele trata).

(11)

Veja na loja

"... no entanto, ao mesmo

tempo e em outro nível..." - Vol. 2 James S. Grotstein

ISBN: 9788521212485 Páginas: 432

Formato: 14 x 21 cm Ano de Publicação: 2017 Peso: 0.468 kg

Clique aqui e:

Referências

Documentos relacionados

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

A Variação dos Custos em Saúde nos Estados Unidos: Diferença entre os índices gerais de preços e índices de custos exclusivos da saúde; 3.. A variação dos Preços em

A Tabela 3 apresenta os resultados de resistência ao impacto Izod e as caracterizações térmicas apresentadas em função dos ensaios de HDT, temperatura Vicat e a taxa de queima do

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação

By interpreting equations of Table 1, it is possible to see that the EM radiation process involves a periodic chain reaction where originally a time variant conduction

O desenvolvimento desta pesquisa está alicerçado ao método Dialético Crítico fundamentado no Materialismo Histórico, que segundo Triviños (1987)permite que se aproxime de