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Língua Portuguesa para o TRT-6ª Região

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Academic year: 2022

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AULA 00

Língua Portuguesa para o TRT-6ª Região

Ortografia e Acentuação Professor Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br

(2)

Olá!

Você já deve saber que o novo concurso para o TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6ª REGIÃO foi publicado. Há cargos de nível médio e nível superior aguardando por você. A banca organizadora é a conhecida FCC, e as provas já foram marcadas: 29/04/2018.

É importante lembrar a você que Língua Portuguesa vem constituindo uma das provas mais importantes dos concursos públicos do país, pois ela representa a maior parte das questões objetivas do grupo

“Conhecimentos Gerais”. Além de responder a questões objetivas, OS candidatos também serão submetidos a provas discursivas.

Leia abaixo o que iremos estudar juntos neste curso. Cabe ressaltar que o conteúdo programático de Língua Portuguesa é igual para todos os cargos. Portanto os futuros técnicos e analistas do TRT-6ª Região podem estudar pelo meu material sem qualquer problema.

Aula Conteúdo

00 Ortografia e acentuação

01 Pronomes (emprego, formas de tratamento e colocação) 02 Verbos (emprego de tempos e modos, vozes)

03 Regência nominal e verbal e ocorrência de crase 04 Morfossintaxe dos termos da oração

05 Estudo das orações e emprego de conectivos 06 Emprego dos sinais de pontuação

07 Concordância nominal e verbal (flexão de nomes e verbos)

08 Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas)

09 Análise de textos

É interessante também apresentar-lhe o sumário desta aula demonstrativa:

(3)

Ortografia ... 4

Usa-se, normalmente, a letra X ... 4

Usa-se, normalmente, a letra G... 5

Usa-se, normalmente, a letra J ... 6

Usa-se, normalmente, a letra Ç ... 6

Usa-se, normalmente, a letra S ... 7

Usa-se, normalmente, SS ... 8

Usa-se, normalmente, a letra Z ... 8

Mal X Mau ... 10

Por que X Por quê ... 11

Porque X Porquê ... 13

Senão X Se não ... 14

Afim X A fim de... 15

Onde X Donde X Aonde ... 15

Acerca de X A cerca de X Há cerca de ... 17

De encontro a X Ao encontro de ... 19

A princípio x Em princípio ... 22

Emprego do hífen ... 22

Acentuação Gráfica ... 25

Regras Gerais de Acentuação Gráfica ... 26

Monossílabos tônicos ... 26

Oxítonos ... 26

Paroxítonos ... 27

Regras Especiais de Acentuação Gráfica ... 31

Hiatos ... 31

Ditongos ... 33

Gue, gui e que, qui ... 33

Acento diferencial ... 34

Lista das Questões Comentadas ... 41 Sumário

(4)

Gabarito das Questões Comentadas ... 52

Ortografia

Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que for preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras ortográficas

• Usa-se, normalmente, a letra X:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar

2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar

encher, encharcar, enchova, enchumaçar e derivados dessas palavras

3 – depois da sílaba ME,

quando “fechada” mexa (verbo), mexerico mecha (substantivo) = pronúncia “aberta”

1. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Técnico Judiciário) A frase em que há palavras escritas de modo INCORRETO é:

a) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as safras de grãos.

b) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações, considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na circulação do ar.

c) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.

d) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e inabitável deserto.

(5)

e) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao redor do planeta.

Comentário – A alternativa D apresenta dois problemas. A palavra

“indescriminado” deve ser grafada assim: indiscriminado (= sem controle, sem ordem, sem critério, descontrolado, desordenado, desregrado). Veja outro exemplo da aplicação dessa palavra: Ministério Público quer reprimir o uso indiscriminado de agrotóxicos na capital e no interior de Sergipe. O segundo erro está na grafia do vocábulo “estenso”, que deve ser escrito com x: extenso (=

que tem (grande) extensão, amplo, espaçoso, vasto). Veja outra aplicação desse palavra: planície extensa.

Resposta – D

• Usa-se, normalmente, a letra G:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nos sufixos AGEM, IGEM e UGEM

viagem (substantivo), vertigem, ferrugem

pajem, lajem,

lambujem 2 – nos sufixos AGIO,

EGIO, IGIO, OGIO e UGIO

pedágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio

3 – nas palavras derivadas daquelas que possuem G no radical (você perceberá que esse princípio vale também para o emprego de outras letras)

margem/margear,

homenagem/homenagear

monge/monja, eu dirijo (flexão do verbo dirigir).

Imaginem se

mantivéssemos a letra

“g” nas palavras derivadas...

2. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário – adaptada) Quanto à ortografia, julgue as alternativas abaixo:

(6)

a) Nós não nos insurjimos contra esse despropositado aparato de leis porque não temos quaisquer convicções quanto aos nossos fundamentos morais.

b) A lengalenga de leis, em que se vão transformando nossos códigos, opõe- se à concisão das normas que vijem de modo implícito na sociedade sudanesa.

Comentário – Grafa-se com G o verbo insurgir (= rebelar(-se) contra a ordem estabelecida, ou seu(s) representante(s); revoltar(-se); insubordinar(-se);

revolucionar(-se)). Em suas flexões, tal letra deverá ser mantida, exceto diatne de A ou O: nós nos insurjamos; eu me insurjo.

Recomendação semelhante vale também para o verbo viger (=

vigorar). Tradicionalmente considerado verbo defectivo, tem ocorrido, todavia, também no presente do subjuntivo: ...para que a lei vija...

Resposta – Itens errados.

Usa-se, normalmente, a letra J:

QUANDO EXEMPLO

1 – nas palavras de origem indígena, africana e árabe

pajé, jibóia, jeca, jenipapo, jirau, jiló, cafajeste, jerico, jequitibá

2 – nas flexões dos verbos que possuem J no radical

viajar (verbo) – que eles viajem;

bocejar – eu bocejei 3 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem J no radical gorja – gorjeta; lisonja – lisonjeado 4 – nas palavras de origem latina jeito, hoje, majestade, injetar,

objeto, ultraje

• Usa-se, normalmente, a letra Ç:

QUANDO EXEMPLO

1 – nas palavras derivadas daquelas que possuem T no radical

exceto – exceção, setor – seção, cantar – canção

2 – nas palavras de origem indígena, árabe e africana

miçanga, paçoca, muriçoca, muçulmano, açougue, açoite

(7)

3 – nos sufixos AÇU e AÇO babaçu, Paraguaçu, Nova Iguaçu, golaço, poetaço, atrevidaço

4 – depois de ditongo compleição, feição, beiço

• Usa-se, normalmente, a letra S:

QUANDO EXEMPLO

1 – nos substantivos que designam origem, título honorífico e feminino

chinês, japonês, baronesa, duquesa, sacerdotisa, poetisa

2 – Nos sufixos ASE, ESE, ISI e OSE fase, ascese, eletrólise, apoteose 3 – nos sufixos OSO e OSA formoso, formosa, gostoso,

gostosa 4 – nas palavras derivadas daquelas

que possuem D, RT ou RG no seu radical

iludir – ilusão, defender – defesa;

divertir – diversão, inverter – inversão; imergir – imersão, submergir – submersão

5 – no prefixo TRANS e nos seus derivados

transatlântico, trasladar (ou transladar)

6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa 7 – nas formas verbais derivadas dos

verbos QUERER e PÔR quis, quisera, pusera, compusera

3. (FCC/2013/PGE-BA/Assistente de Procuradoria) No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. Por uma ..., ainda que superficial, podemos ... com ... a falta de um ... de discrição dos ...

de pais despreparados para educá-los.

As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do texto acima estão corretamente grafadas em:

(A) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos (B) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos (C) análise - enchegar - clareza - jesto - disípulos (D) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos

(8)

(E) análize - enxergar - claresa - gesto - dissípulos

Comentário – Primeira lacuna: o sufixo grego –ise entra na formação da palavra análise, como em eletrólise, por exemplo. Sendo assim, despreze as alternativas D e E.

Segunda lacuna: após a sílaba EM, normalmente usamos X, como em enxame e enxergar, por exemplo. As exceções ficam por conta das palavras encher, encharcar, enchova, enchumaçar e outras delas derivadas (enchente, encharcado...). Portanto você também pode desprezar as alternativas B e C. A resposta ficou evidente: letra A

Terceira lacuna (só para você confirmar a resposta): grafa-se com Z, e não com S, a terminação EZA do substantivo abstrato que deriva de adjetivo (puro > pureza; rico > riqueza; duro > dureza).

Resposta – A

• Usa-se, normalmente, SS:

QUANDO EXEMPLO

1 – nas palavras derivadas daquelas que possuem as expressões CED, GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no radical

suceder – sucessão, regredir – regressão, comprimir – compressão, demitir – demissão, intrometer – intromissão, discutir – discussão 2 – prefixo terminado em vogal +

palavra começada por S

pre + sentir = pressentir

(repare que o “s” foi duplicado”)

• Usa-se, normalmente, a letra Z:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas terminações EZ e

EZA, formando

substantivos

abstratos derivados de adjetivos

insensato – insensatez, nu – nudez; claro – clareza, belo – beleza

(9)

2 – nas terminações

IZAR, formando

infinitivos verbais

sintonia – sintonizar, real – realizar, visual – visualizar

a) se a palavra possuir S em sua parte final, o infinitivo verbal também levará S: análise – analisar, paralisia – paralisar;

b) Hipnose – hipnotizar;

Síntese – sintetizar;

Batismo – batizar;

Catequese – catequizar;

Ênfase – enfatizar.

(Lembre-se da sigla de um famoso banco, só que com E no final:

HSBCE).

3 – como consoante de ligação

pé + udo = pezudo; guri + ada = gurizada

4. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Superior – Administrador) É adequado o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase:

(A) Os poetas românticos eram obsecados por imagens que, figurando a distância, expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal.

(B) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longínqua, parece então mais próxima que nunca – paradoxo pleno de poesia.

(C) A abstensão da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista, que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação.

(D) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da amada longeva avisinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca.

(E) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhos acusam não exclue a proximidade que o nosso coração promove.

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Comentário – Alternativa A: grafa-se com C no lugar do “s” o adjetivo obcecados (que está com a consciência obscurecida; paralisado do intelecto;

cego de entendimento); já a palavra gozosa (em que há gozo, prazer, satisfação) deve ser escrita com Z no lugar do primeiro “s”.

Alternativa B: não há erro ou inadequação aqui. Destaque para o acréscimo do sufixo OSO ao substantivo prazer, o que derivou o adjetivo

“prazeroso”.

Alternativa C: deve ser escrito com Ç em vez do segundo “s”

o vocábulo abstenção (ação ou efeito de privar a si mesmo de algo – comida, bebida, hábito ou vício etc.); além desse, outro erro sutil: o verbo agir deve ser escrito sem “h”, mesmo conjugado no presente do subjuntivo: aja. Com “h”

(“...que nossa afetividade aflore e haja...”), a referência é ao verbo haver, que não se adéqua ao sentido da frase.

Alternativa D: o verbo avizinhar (fazer ficar mais perto ou chegar mais perto – física, espacial, temporal ou moralmente) é grafado com Z em vez de “s”.

Alternativa E: emprega-se a letra I na sílaba final de formas conjugadas dos verbos terminados em –UIR (diminui; influi, influis; possui, possuis, instiui; exclui etc.).

Resposta – B

Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que, certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.

MAL x MAU

a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem, refere- se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa adverbial; equivale-se a assim que, logo que; indica circunstância de tempo)

(11)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo, contrário de bom)

d) A notícia causou-lhe um grande mal. (substantivo)

Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma classificação gramatical nas alternativas “a”, “b” e “d”. Isso é importante porque a banca examinadora pode sugerir o contrário. A FCC, por exemplo, pode selecionar algumas frases em que esse vocábulo aparece, destacá-lo e formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos em destaque possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes de responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade.

Quero que você perceba que o vocábulo MAU é grafado com U quando é adjetivo.

POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (advérbio interrogativo de causa, usado no início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)

b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase interrogativa é indireta)

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e o

“que” é tônico)

d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)

(12)

Note a colocação no final da frase ou no final de oração, antes de pausa, com sentido de motivo, razão pela qual, sendo tônico.

Ex.: O cantor estava inquieto, sem saber por quê. (Sem saber por quê, o cantor estava inquieto.

Advertido pelo presidente da Mesa, o deputado quis saber por quê.

Ninguém lhe dava atenção. Por quê?

5. (FCC/2014/TRF-3ª Região/Contador) Em nossa cultura, ... experiências ... passamos soma-se ... dor, considerada como um elemento formador do caráter, contexto ... pathos pode converter-se em éthos.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) às - por que - a - no qual b) as - por que - a - do qual c) às - porque - a - em que d) às - pelas quais - à - de que e) as - que - à - com que

Comentário – Antes de tudo, observe que a segunda lacuna não pode ser preenchida pela forma “porque”. Ela deve ser preenchida com a preposição por e um pronome relativo. Este retoma o antecedente “experiências”. Pense assim:

quem passa, passa por alguma coisa. Então, descarte as opções C e E. Agora, olhe para a última lacuna. Pense comigo: pathos pode vonverter-se em éthos em que contexto? Fica evidente a necessidade da preposição em antes do pronome relativo. Descarte as letras B e D.

Resposta – A

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PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial, indica circunstância de causa)

b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa explicativa)

c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de artigo, é substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta), use a expressão separada.

6. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na piada − Por quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com o padrão culto escrito, é a da frase:

(A) Eu não sei o ... de sua indecisão.

(B) ... foi tão inábil na condução do problema?

(C) Ele está tão apreensivo ...?

(D) Decidiu-se somente ontem ... dependia de consulta à família.

(E) A razão ... partiu sem avisar ainda é desconhecida.

Comentário – Como o examinador indicou a grafia separada e com acento, o melhor a fazermos é encontrar uma lacuna no final de uma pergunta. Ela só aparece na letra C, na frase Ele está tão apreensivo por quê? Veja agora a grafia correta referente às outras lacunas:

- alternativa A: porquê (substantivo). Note que o vocábulo está antecedido do artigo “o”.

- alternativa B: Por que (pronome interrogativo). A expressão encontra-se no início de uma frase interrogativa.

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- alternativa D: porque (conjunção). Quando se trata de uma explicação, justificativa, causa ou razão, a expressão é escrita sem separação, como um vocábulo apenas.

- alternativa E: por que (preposição + pronome relativo).

Observe que é possível a substituição por pela qual.

Resposta – C

7. (Vunesp/2012/Cetesb/Advogado) Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre ... praticar atividade física ... benefícios para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para ... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade. (Ciência Hoje, março de 2012)

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) porque … trás … previnir b) porque … traz … previnir c) porquê … tras … previnir d) por que … traz … prevenir e) por quê … tráz … prevenir

Comentário – De acordo com o que aprendemos, não cabe a forma “porquê”.

Note que não há artigo antes para substantivar a expressão. Também não convém “porque”, pois a sentença não se trata nem de uma explicação, nem de uma causa de um fato anterior. Logo, sobram apenas as opções D e E. Como a expressão não está no final de uma pergunta, o que nos resta?

Resposta – D

SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica alternância de ideias que se excluem mutuamente)

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b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim, porém, a não ser)

c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é substantivo)

d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)

É muito útil perceber que a expressão será separada apenas quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.

AFIM x A FIM DE

a) Temos ideias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em número para com ele concordar)

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva, denota finalidade, objetivo, intenção)

ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada por em + onde).

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de + onde).

c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”: “Aonde”

= a + onde).

8. (FCC/2010/TCM-CE/ACE – adaptada) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

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Sendo também ele próprio funcionário público e escritor, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica aonde fala de tal caso.

Comentário – Não precisamos do texto para analisar o item. Basta perceber que a expressão “aonde” foi usada erroneamente. Não existe verbo de movimento que exija a preposição “a”.

Resposta – Item errado.

9. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira – adaptada) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares, aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.

Comentário – Aqui também não precisamos do texto para analisar o item.

Basta perceber de novo que a expressão “aonde” foi usada erroneamente. Não existe verbo de movimento que exija a preposição “a”. Além disso, o sujeito da forma verbal “Estão” é o termo “toda a argúcia das fábulas populares”, cujo núcleo é o substantivo singular “argúcia” (= perspicácia, sagacidade, argumento astucioso, matreiro). Isso obriga o verbo a se flexionar na terceira pessoa do singular: “Está”.

Resposta – Item errado.

10. (FCC/2015/TRT-3ª Região/Técnico Judiciário) Está redigida com correção e clareza a frase:

a) Alguns alimentos vinculam-se à infância de certas pessoas de uma maneira tão surpreendente que as transportam, de imediato, ao passado.

b) A cabeceira da mesa era aonde se sentava o pai, enquanto irmãos e demais parentes ocupavam os lugares nas laterais, que os eram designados segundo um critério hierárquico.

c) O cronista disposto de escrever um livro de memórias deve rememorar sobre os hábitos alimentares da família, dando-os um papel de destaque em seu texto.

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d) Nas famílias brasileiras, um gesto de que se pretende demonstrar respeito ou afeto a algum familiar é reservá-lo um lugar especial à mesa.

e) Em sua crônica “O céu da boca”, Drummond faz alusão de alguns alimentos que lhe remetem ao tempo em que era menino em Minas Gerais.

Comentários – Alternativa A: correta.

Alternativa B: errada. A expressão aonde expressa ideia de movimento e deve ser empregada com um verbo que exija a preposição a (Vai aonde?). Correto estaria o emprego de onde. Além disso, o pronome oblíquo os deveria ser substituído por lhes, por causa da função sintática desempenhada na oração.

Alternativa C: errada. Há problemas quanto à regência. Veja a correção: O cronista disposto a escrever um livro de memórias deve rememorar [sem a preposição sobre] os hábitos alimentares da família, dando-lhes um papel de destaque em seu texto.

Alternativa D: errada. Há problemas de regência também aqui.

Perceba as correções possíveis: Nas famílias brasileiras, um gesto com que se pretende demonstrar respeito ou afeto a algum familiar é reservar-lhe um lugar especial à mesa.

Alternativa E.: errada. As regências nominais corretas são alusão a e que o remetem.

Resposta – A

ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva  “dos” = de + os , equivale-se a sobre, a respeito de)

b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos. (refere- se a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (significa: aproximadamente)

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11. (Iades/SEAP-DF/Professor/2011) Observe o trecho “cerca de 10 milhões de estudantes”. Assinale a alternativa correta, na qual a expressão em destaque (negrito) foi utilizada, mantendo-se a mesma significação.

(A) O próximo posto de combustível está a cerca de 20 quilômetros.

(B) Fala-se acerca da educação brasileira.

(C) Há 10 milhões de anos, o ser humano viveu como caçador, acerca de sua evolução.

(D) Ele saiu vencedor e falando acerca da derrota.

(E) Há, no Brasil, um grande número de comentários acerca de futebol.

Comentário – No trecho entre aspas, a expressão negritada indica uma quantidade aproximada, o mesmo sentido que a expressão “a cerca de” possui na letra A. Observe: O próximo posto de combustível está aproximadamente a 20 quilômetros.

Nas demais opções, o sentido é: a respeito de.

Resposta – A

12. (Vunesp/2013/TJ-SP/Técnico Judiciário) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão.

Além disso, _______ certamente __________ entre nós __________ do fenômeno da corrupção e das fraudes.

a) a … concenso … acerca b) há … consenso … acerca c) a … concenso … a cerca d) a … consenso … há cerca e) há … consenço … a cerca

Comentário – A primeira lacuna deve ser preenchida com a flexão do verbo haver (com sentido de existir). Isso nos deixa apenas com as alternativas B e E.

Em relação à segunda lacuna, acabamos de aprender que a locução acerca de equivale a sobre, a respeito de. Sobrou, então, a segunda alternativa.

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Resposta – B

DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.

(indica posição contrária, colisão, confronto)

A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.

b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável, concordância)

13. (FCC/2009/TRT 7ª Região (CE)/Analista Judiciário – adaptada) Julgue a assertiva seguinte.

Traduz-se corretamente o sentido do segmento destacado em:

Contra o trabalho infantil alinham-se = vão ao encontro do trabalho infantil.

Comentário – A expressão “ao encontro de” exprime ideia de favorabilidade, concordância. O sentido do segmento inicial é de oposição, marcada pela preposição “Contra”.

Resposta – Item errado.

“Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado (...)”.

14. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Na construção Não se trata de ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir (3º parágrafo), os elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

(A) contrariar - desconhecer - procrastinar (B) ir ao encontro - ignorar - suspender (C) contradizer - desmerecer - extinguir (D) contraditar - discordar - reprimir (E) ir de encontro - rejeitar - suprimir

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Comentário – Se você ficou com dúvidas, quanto aos significados das expressões, sugiro resolver a questão eliminando as mais fáceis. Conforme explicado acima, ao encontro de exprime favorabilidade, concordância, o que altera o sentido do texto. Elimine a alternativa B. Abolir pode significar extinguir, suprimir, eliminar, deixar de lado, abandonar; mas não procrastinar (= deixar para depois, adiar, postergar) ou reprimir (= conter, refrear, coibir, controlar).

Elimine as alternativas A e D. Finalmente, desmerecer significa menosprezar, depreciar – por isso não serve como sinônimo de “não reconhecer”. Elimine a alternativa C.

Resposta – E

15. (FCC/2010/TRF 4ª Região/Analista Judiciário) A informação negativa do segmento chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas deve-se, sobretudo, ao elemento sublinhado. O mesmo ocorre em:

(A) A tese foi rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda (...) (B) (...) não se dispunham a cumprir sequer metas modestas.

(C) (...) mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios (...) (D) (...) inconformados por terem sido escanteados nas conversas finais.

(E) O resultado final foi um documento político genérico (...)

Comentário – Ao utilizar a expressão “sobretudo”, a banca indicou que quer como resposta aquela em que há ênfase do sentido negativo. Note, na segunda alternativa, o elemento de negação “não” anteposto à palavra “sequer” (= ao menos). Permita-me falar um pouco mais sobre ela:

Essa palavra é sinônimo de ao menos e nem sempre é bem empregada na frase. Algumas pessoas pensam que ela, por si só, exprime sentido negativo, o que é um engano.

a) O resultado seria diferente se a equipe tivesse sequer um pouco de entusiasmo. (não há sentido negativo; substitua sequer por ao menos).

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b) Como o time estava muito mal, a torcida sequer compareceu ao estádio. (a intenção era dizer que a torcida não compareceu, mas foi dito que a torcida ao menos compareceu).

Em “b”, o problema pode ser resolvido com a anteposição de uma partícula que exprima sentido negativo:

c) Como o time estava muito mal, a torcida nem sequer compareceu ao estádio. (...nem ao menos compareceu...)

Em “C”, o advérbio sequer poderia até ser dispensado, pois ele apenas enfatiza a ideia negativa.

Resposta – B

16. (FCC/2010/TRE-RS/Analista Judiciário – Área Judiciária) A frase em que a palavra destacada está empregada de modo equivocado é:

(A) Inerme diante da ofensiva tão violenta, não lhe restou nada a fazer senão render-se.

(B) Há quem proscreva construções linguísticas de cunho popular.

(C) Fui informado do diferimento da reunião em que o fato seria analisado.

(D) A descriminalização de algumas drogas é questão polêmica.

(E) A flagrância do perfume inebriava a todos os convidados.

Comentário – Alternativa A: a palavra “Inerme” foi empregada adequadamente e significa que não tem meios de se defender.

Alternativa B: a palavra “proscreva” foi empregada adequadamente e significa proíba, condene.

Alternativa C: a palavra “diferimento” foi empregada adequadamente e significa adiamento.

Alternativa D: a palavra “descriminalização” foi empregada adequadamente e significa ato ou efeito de descriminalizar, anular a criminalidade de um ato.

Alternativa E: a palavra “flagrância” exprime a condição daquilo que é flagrante, o momento em que ocorre um flagrante e não foi

(22)

adequadamente empregada na frase. Em seu lugar, deveria ser usada a palavra fragrância, que significa cheiro agradável das flores, plantas, perfumes etc.

(fragrância de morango, fragrância de rosas); aroma.

Resposta – E

A PRINCÍPIO x EM PRINCÍPIO

a) a princípio significa à primeira vista, inicialmente, primeiramente, de início. Exemplo: A princípio, não era contra sua ideia; mas depois soube os detalhes e me decepcionei.

b) em princípio significa em tese, em teoria, teoricamente, em termos, de modo geral. Exemplo: Em princípio, a prova de Língua Portuguesa deverá ser fácil para você, que está estudando.

17. (Iades/PG-DF/Analista Jurídico/2011) A expressão “em princípio” (linha 10) equivale a a princípio, pois ambas apresentam o mesmo significado:

inicialmente, primeiramente.

Comentário – Você precisa do texto depois da explicação acima? Seja sincero!

Não há equivalência entre as expressões.

Resposta – Item errado.

EMPREGO DO HÍFEN

Resumirei aqui os casos importantes.

Prefixos Usa-se hífen Não se usa hífen

Agro, ante, anti, arqui, auto, contra, extra, infra, intra, macro, mega, micro, maxi, mini, semi, sobre, supra, tele, ultra...

Quando a palavra seguinte começa com h ou com vogal igual à última do prefixo: auto- -hipnose, auto- -observação, anti-herói,

a) Em todos os demais casos: autorretrato, autossustentável,

autoanálise, autocontrole,

antirracista, antissocial, antivírus, minidicionário,

(23)

anti-imperalista, micro- -ondas, mini-hotel

minissaia, minirreforma, ultrassom... (perceba que as letras R e S são duplicadas).

b) Quando se usam os prefixos des- e in-, caem o h e o hífen:

desumano, inabitável, desonra, inábil.

c) Também com os prefixos co- e re- caem o h e o hífen: coordenar, coerdeiro, coabitar, reabilitar, reeditar, reeleição.

Hiper, inter, super

Quando a palavra seguinte começa com h ou com r: super-homem, inter-regional

Em todos os demais casos: hiperinflação, supersônico

Sub, sob, ob, ab

Quando a palavra seguinte começa com b, h ou r: sub-base, sub- -reino, sub-humano (ou subumano)

Em todos os demais casos: subsecretário, subeditor

Vice, ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró

Sempre: vice-rei, vice-presidente, além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-casado, recém-nascido, sem-terra

(24)

Pan, circum, mal

Quando a palavra seguinte começa com h, m, n ou vogais: pan- americano, circum- hospitalar

Em todos os demais casos: pansexual, circuncisão

Quero enfatizar o seguinte:

1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição, extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.

3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário, super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.

Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar, interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico, superexigente, superinteressante, superotimismo.

18. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A palavra em destaque está adequadamente empregada na seguinte frase:

(A) Esse é o produto anticético mais poderoso já utilizado no hospital.

(B) Temendo que sua fala fosse caçada, evitou agressões.

(C) Esse estrato social é o mais afetado quando há chuvas torrenciais.

(25)

(D) A correta emersão dos pães no caldo é que vai garantir o sucesso da receita.

(E) O ilícito tráfego de influências que praticava o levou ao banco dos réus.

Comentário – Foram cometidos vários erros ortográficos.

Na alternativa A, a grafia correta da palavra sublinhada é antisséptico – produto que impede a contaminação e combate a infecção (diz-se de medicamento). Anticéptico (com p) indica aquele que é adversário dos cépticos ou do cepticismo, isto é, doutrina dos que examinam e duvidam;

estado dos que duvidam ou afetam duvidar de tudo; descrença.

Em B, “caçada” com “ç” significa ação ou resultado de caçar, procurar com grande empenho, perseguição. Eis a forma adequada: cassada – revogação, anulação (mandato, licença, direitos políticos etc.); impedimento da continuidade ou da realização de algo; proibição.

Na alternativa C, a palavra foi corretamente escrita e empregada adequadamente na frase; ela significa grupo ou camada social de uma população, definido em relação ao nível de renda, educação etc. Extrato com “x”

pode expressar o produto de uma extração, aquilo que se extraiu; pequeno trecho extraído de um texto maior, para ilustração ou exemplificação; registro pormenorizado de operações bancárias realizadas em um determinado período.

Na alternativa D, deveria ter sido utilizada a palavra imersão para indicar a ação ou o resultado de imergir(-se), de mergulhar(-se) em um líquido (imersão de um submarino). Emersão é a ação ou o resultado de emergir, vir à tona (emersão do submarino), antônimo de imersão.

Em E, a palavra adequada é tráfico, comércio ilegal e clandestino. Tráfego é o mesmo que movimentação ou fluxo de veículos;

trânsito.

Resposta – C

Acentuação Gráfica

A partir de agora, vamos falar sobre acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa. Comecemos assim:

(26)

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos vocábulos:

MONOSSÍLABOS TÔNICOS

O acento é empregado naqueles terminados por A(S), E(S) ou O(S) Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.

Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.

Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir, prosseguir.

Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os = pô-los; fez + a = fê-la.

OXÍTONOS

A sílaba tônica da palavra é a última. Usa-se o acento quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:

Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns

Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão acentuados, salvo se estiverem em hiato.

Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo

(27)

PAROXÍTONOS

A sílaba tônica é a penúltima. São acentuados aqueles que terminam em I(S), US, Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO ORAL.

Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável, abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, íons, vôlei, jóquei, história, gênio.

Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou pólenes)

Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão acentuados: semi-histórico, super-homem.

19. (Cespe/DPU/Técnico em Assuntos Educacionais/2010)

(...) e sendo cada vez mais urgente a tomada de decisões em tempo recorde (...)

O vocábulo “recorde” também poderia ser corretamente grafado com acento – récorde.

Comentário – Existem inúmeras palavras que são proferidas erroneamente por pessoas menos familiarizadas com a norma linguística – são casos de silabadas.

O conhecimento do que está na tabela abaixo evitará que esses equívocos aconteçam.

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas

Cateter austero ádvena

Cister avaro aeródromo

Condor aziago aerólito

Gibraltar batavo édito (ordem judicial)

Hangar ciclope elétrodo

Masseter edito (lei, decreto) ínterim

(28)

Mister filantropo lêvedo

Negus fortuito arquétipo

Nobel gratuito aríete

Novel ibero crisântemo

Obus látex hieróglifo

Oximel maquinaria ímprobo

Ureter misantropo lúgubre

necromancia munícipe

rubrica notívago (ou noctívago)

nenúfar protótipo

pudico recôndito

recorde trânsfuga

vermífugo zênite Resposta – Item errado.

20. (FCC/2011/TRT 14ª Região (RO e AC)/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Das frases abaixo só NÃO há erros de ortografia em:

(A) Carbohidratos ricos em fibras são importantes aliados para manter estável o nivel de energia do organismo.

(B) Sabe-se que uma substancia encontrada no guaraná pode estimular a função cerebral e auxiliar na concentrasão.

(C) Consumir alimentos ricos em vitaminas e minerais pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do estresse.

(D) O consumo de proteínas e gorduras em exceço pode ser nossivo para o processo digestivo.

(E) Manter o organismo mau hidratado pode prejudicar a eliminação de toxínas e provocar sérios problemas de saúde.

(29)

Comentário – Alternativa A: errada. Grafa-se sem h a palavra carboidratos. A palavra nível deve receber acento, como todas as que terminam em L, N, R, X, PS, ON(S), UM, UNS, I(S), US, Ã(S), DITONGO ORAL.

Alternativa B: errada. A palavra substância, conforme foi dito acima, recebe acento, pois é paroxítona terminada em ditongo oral. Com ç está correta a palavra concentração (o sufixo nominal –ção é usado para formar substantivos que indicam ação ou resultado dela).

Alternativa C: correta. Não existe erro de qualquer natureza aqui.

Alternativa D: errada. Preste atenção:

Usa-se, normalmente, SS:

QUANDO EXEMPLO

nas palavras derivadas daquelas que possuem as expressões CED, GRED, PRIM, MIT, MET e CUT no radical

exceder/excesso regredir/regressão comprimir/compressão demitir/demissão

intrometer/intromissão discutir/discussão

Já a palavra nocivo deve ser escrita corretamente com c no lugar do “s” que foi usado.

Alternativa E: errada. Preste atenção:

MAL x MAU

a) Ele se sentiu mal. (advérbio de modo, contrário de bem, refere-se a um verbo)

b) Mal deitou, já dormiu. (conjunção subordinativa adverbial, equivale-se a assim que, indica circunstância de tempo)

c) Mesmo com mau pressentimento, superou o medo. (adjetivo, refere-se a um substantivo, contrário de bom)

Resposta – C

(30)

21. (Vunesp/2013/TJ-SP/Técnico Judiciário) Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio e antropológico.

a) Distúrbio e acórdão.

b) Máquina e jiló.

c) Alvará e Vândalo.

d) Consciência e características.

e) Órgão e órfãs.

Comentário – Intercâmbio recebe acento porque é paroxítona terminada em ditongo, como consciência. Antropológico é proparoxítona e todas são acentudas, como características.

Resposta – D

22. (FCC/2014/TJ-AP/Técnico Judiciário) Acentuam-se devido à mesma regra os seguintes vocábulos do texto:

a) também, mantêm, experiências.

b) indígenas, séculos, específico.

c) acúmulo, importância, intercâmbio.

d) políticas, história, Pará.

e) até, três, índios.

Comentário – Alternativa A: temos, respectivamente, oxítona termianda por EM; acento diferencial de número (forama verbal derivada de ter); paroxítona termianda em ditongo.

Alternativa B: todas as palavras são acentuadas por serem proparoxítonas. Sem exceção, toda paroxítona deve receber acento.

Alternativa C: apenas a primeira palavra destoa das demais, por se a única proparoxítona.

Alternativa D: as palavras são, respectivamente, proparoxítona, paroxítona terminada em ditongo e oxítona terminada em A.

(31)

Alternativa E: aqui temos oxítona terminada em E; monossílaba tônica terminada em E(S); paroxítona terminada em ditongo.

Resposta – B

REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA Note as mudanças introduzidas pelas novas regras HIATOS

a) Não se acentua mais a primeira vogal dos hiatos OO, EE.

Ex.: voo, enjoos, creem, deem, leem, veem. (3ª pessoa do plural dos verbos crer, dar, ler e ver)

b) Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e ocupam a segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.

Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

23. (FCC/2017/TCE-SP/Agente de Fiscalização) Sempre se imaginou que o uso exagerado de smartphones e tablets, com o corpo curvado e a atenção sugada pela tela, pudesse fazer _______ para o corpo. Estudos recentes constatam: faz sim. Uma das pesquisas revela um malefício surpreendente:

o _________ eletrônico acelera o surgimento de rugas no pescoço. Criou- se até um termo, tech neck (neck é pescoço, em inglês), para designar os ______ que resultam da postura equivocada. Um trabalho coordenado pela Universidade Chung-Ang, da Coreia do Sul, mostrou que mulheres a partir dos 29 anos apresentaram vincos na região do pescoço – enquanto o natural seria depois do 40. O ponto em comum entre as pessoas investigadas: o _______ uso dos eletrônicos.

(Taís Botelho. Erga a cabeça! Veja, 16.08.2017. Adaptado)

(32)

De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) mal … vicio … prejuizos … mal b) mau … vício … prejuízos … mau c) mau … vicio … prejuizos … mal d) mal … vício … prejuízos … mau e) mau … vício … prejuizos … mal

Comentário – Primeira lacuna: o contráio de “bem” é “mal” (com “l”).

Segudna lacuna: “vício” recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo.

Terceira lacuna: “prejuízos” (com acento). Acentuam-se as vogais I(S) e U(S), quando formam a sílaba tônica e ocupam a segunda posição do hiato sozinhas ou acompanhadas de S.

Quarta lacuna: “mau” é o contrário de “bom”.

Resposta – D

24. (Iades/PG-DF/Analista Jurídico/2011) Os termos: “constituído” (linha 4),

“identitária” (linha 9) e “indivíduos” (linha 11) recebem acento gráfico pela mesma razão: são paroxítonas terminadas em ditongo.

Comentário – Separe as sílabas da palavra constituído: cons-ti-tu-í-do.

Perceba que o emprego do acento justificase pela regra acima. Apenas as palavras identitária e indivíduos são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo.

Resposta – Item errado.

25. (Iades/PG-DF/Analista Jurídico/2011) As palavras “ágil” (linha 6) e

“prejuízo” (linha 7) seguem a mesma regra de acentuação gráfica.

(33)

Comentário – Na mesma prova, o examinador emplacou duas questões semelhantes. A palavra ágil é acentuada por ser uma paroxítona termiada em L. Já a palavra prejuízo... bem, você acabou de ler a regra. Separe as sílabas palavra: pre-ju-í-zo.

Resposta – Item errado.

Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in- da, sa-ir, ju-iz, ra-i-nha.

Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta). O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.

Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura.

Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo Piauí.

Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, a palavra é oxítona.

Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças ortográficas.

DITONGOS

a) EI, OI: deixam de receber acento agudo quanto tônicos, abertos e como sílabas tônicas de palavras paroxítonas; mas o recebem em outras ocasiões (quando a palavra for oxítona ou monossílaba tônica, por exemplo).

Ex.: chapéu, assembleia, jiboia, céu, herói.

GUE, GUI e QUE, QUI

(34)

a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE, GUI e QUE, QUI não receberá mais trema quando for pronunciada fracamente (sendo, pois, semivogal).

Ex.: aguentar, pinguim, linguiça, eloquente, quinquênio.

b) A letra U não receberá mais acento agudo quando for pronunciada fortemente (sendo, pois, vogal).

Ex.: averigue, apazigue, argui, obliques.

Quando a letra U não for pronunciada (quilo, quente, guerra, guincho), teremos simplesmente um dígrafo representado pelas letras “qu” e “gu”.

ACENTO DIFERENCIAL

Com a vigência das novas regras, foi abolido, salvo algumas exceções.

Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo) Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S) recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo, um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e perguntam se a concordância está correta.

Obviamente, se a forma verbal empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique atento para esse detalhe.

(35)

Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial) não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto, continue a usá-lo.

(...)

19 Hoje, a tradição e a religião, com seu enorme acervo de histórias, já não têm a mesma importância e, de certa forma, vêm sendo abandonadas. (...)

26. (Iades/PG-DF/Técnico Judiciário/2011) Nos vocábulos “têm” (linha 20) e

“vêm” (linha 21), são utilizadas as mesmas regras para o uso do acento gráfico, embora essas formas verbais apresentem sujeitos diferentes.

Comentário – Muita calma nessa hora! Parte da afirmação é verdadeira: os verbos ter e vir recebem acento circunflexo diferencial por estarem flexionados na terceira pessoa do plural (eles/elas têm/vêm – ele/ela tem/vem). Entretanto, a parte final da afirmação é falsa: o sujeito (composto) das formas verbais é o mesmo: “a tradição e a religião”.

Resposta – Item errado.

27. (FCC/2013/PGE-BA/Assistente de Procuradoria) Todas as palavras estão acentuadas de acordo com as normas oficiais em:

(A) Aquí também se observam as preferencias musicais dos jovens que usam o transporte público.

(B) As raizes da falta de educação dos jóvens se devem também à falta de educação dos pais.

(C) Os ônibus contem uma verdadeira platéia ouvindo musicas altas nem sempre de carater muito agradável.

(D) Os passageiros não têm como evitar o terrível som do ruído das falas, ao celular, dentro dos ônibus.

(36)

(E) Alguem falando alto ao telefone, numa forma pouco rápida, revela um comportamento publico repreensível.

Comentário – Apontarei os erros das alternativas que precisamos descartar.

São eles:

Alternativa A: “Aquí” – oxítona terminada em “i” não recebe acento (aqui), salvo de pudermos aplicar a regra do hiato (eu construí) já vista nesta aula; “preferencias” – paroxítona terminada em ditongo oral recebe acento (preferências).

Alternativa B: “raizes” – como a letra “i” representa a segunda vogal do hiato, constitui a sílaba tônica e está sozinha nela, deve ser acentuada (raízes); “jóvens” – acentuam-se as paroxítonas terminadas em N (hífen), mas não em ENS (hifens), como ocorre com as oxítonas (parabéns).

Alternativa C: “contem” – essa forma verbal é oxítona e se refere a um sujeito na terceira pessoa do plural, por isso dever receber acento circunflexo (contêm); “musicas” – toda palavra proparoxítona recebe acento (música); “carater” – por ser uma paroxítona terminada em R, deve receber acento (caráter); a observação vai para a palavra “platéia”, que, conforme as regras antigas, pôde receber esse acento até 31/12/2015.

Alternativa E: “Alguem” – a terminação EM das palavras oxítonas recebe acento (Alguém); “publico” – o adjetivo público deve ser acentuado como qualquer proparoxítona; a observação vai para o substantivo

“forma”, cuja acentuação é explicada algumas linhas abaixo.

Resposta – D

28. (Vunesp/2013/TJ-SP/Médico) Assinale a alternativa que completa, respectivamente, as lacunas das frases, com sentido coerente e atendendo às regras do português padrão.

Muitos temem que as radiações eletromagnéticas possam___________

doenças a quem mora nas proximidades das antenas de celulares.

(37)

Pacientes com câncer começam a se sentir mal quando entram na sala da quimioterapia, porque eles ______________a expectativa de sentir náusea após a sessão.

A bula dos remédios alerta para os riscos que o tratamento_____________

traria aos pacientes.

a) infringir … têm … possívelmente b) infligir … têm … possivelmente c) infligir … tem … possívelmente d) infringir … tem … possivelmente e) infringir … têm … possivelmente

Comentário – Primeira lacuna: infligir significa impor ou fazer incidir, causar prejuízo ou dano. Segunda lacuna: o verbo ter deve flexionar-se na terceira pessoa do plural para concordar com o sujeito “eles”, o que o faz receber o acento diferencial (têm). Terceira lacuna: a palavra possivelmente é paroxítona terminada em “e” e por isso não recebe acento.

Resposta – B

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo)

Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm, todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

(38)

29. (FCC/2014/TJ-AP/Técnico Judiciário) Acentuam-se devido à mesma regra os seguintes vocábulos do texto:

a) também, mantêm, experiências.

b) indígenas, séculos, específico.

c) acúmulo, importância, intercâmbio.

d) políticas, história, Pará.

e) até, três, índios.

Comentário – Alternativa A: “também” recebe acento por ser oxítona terminada em EM. O acento circunflexo em “mantêm” é diferencial de número (terceira pessoa do plural). Já “experiências” recebe acento por ser paroxítona terminada em ditongo.

Alternativa B: todas as palavras são obrigatoriamente acentuadas por serem proparoxítonas.

Alternativa C: “acúmulo” também recebe acento por ser proparoxítona; mas as outras palavras são paroxítonas terminadas em ditongo.

Alternativa D: temos, na sequência, uma proparoxítona, uma paroxítona terminada em ditongo e uma oxítona terminada em A.

Alternativa E: “até” é oxítona terminada em E; “três” é monossílaba tônica terminada em E(S); “índios” é paroxítona terminada em ditongo.

Resposta – B

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve usá-lo.

Pôr (verbo) Por (preposição)

ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR. Você deve usá-lo.

(39)

Fôrma (substantivo = molde)

Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?

30. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A frase totalmente correta do ponto de vista da grafia e/ou da acentuação é:

(A) É o caso de se por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos dados.

(B) Referiu-se àquilo que todos esperavam − sua ascensão na empresa −, com um misto de humildade e prepotência.

(C) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos de rejuvenecimento.

(D) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ogeriza à ela transpareça.

(E) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, porisso foi devolvido pelo banco.

Comentário – Alternativa A: incorreta. O verbo pôr grafa-se com acento circunflexo para ser diferenciado da preposição por. Nem o novo Acordo modificou isso.

Alternativa B: correta. Destaque para o acento circunflexo do vocábulo “prepotência”, justificado por ser uma paroxítona terminada em ditongo oral.

Alternativa C: incorreta. A forma verbal “construimos” deve receber acento agudo no “i”, pois esta letra constitui a sílaba tônica da palavra, representa a segunda vogal do hiato que forma com a vogal “u” e está sozinha na sílaba: construímos. Além disso, faltou um s na palavra “rejuvenecimento”:

rejuvenescimento.

(40)

Alternativa D: incorreta. A grafia correta da palavra é com j:

ojeriza, e não com g, como foi escrita. Além disso, não se emprega acento grave indicativo de crase antes de pronome pessoal, seja do caso reto, seja do caso oblíquo. O certo, então, é: a ela.

Alternativa E: incorreta. Escreve-se separadamente a conjunção conclusiva por isso. O verbo adivinhar deve ser escrito com o primeiro

"i". Isso não ocorreu e também é um motivo de invalidação da sentença.

Resposta – B

Bons estudos, um grande abraço e até a próxima aula!

Albert Iglésia

(41)

Lista das Questões Comentadas

1. (FCC/2009/TRT 16ª Região/Técnico Judiciário) A frase em que há palavras escritas de modo INCORRETO é:

(A) A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste brasileiro aparece agora, para assombro de todos, na região Sul, comprometendo as safras de grãos.

(B) Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações, considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na circulação do ar.

(C) Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das florestas torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em todo o planeta.

(D) O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas e altera o ciclo das águas, pode transformar um continente em um estenso e inabitável deserto.

(E) Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da evaporação da água do oceano é puxado para o continente, distribuindo a chuva ao redor do planeta.

2. (FCC/2004/TRT 22ª Região (PI)/Analista Judiciário – adapatda) Quanto à ortografia, julgue as alternativas abaixo:

(A) Nós não nos insurjimos contra esse despropositado aparato de leis porque não temos quaisquer convicções quanto aos nossos fundamentos morais.

(B) A lengalenga de leis, em que se vão transformando nossos códigos, opõe- se à concisão das normas que vijem de modo implícito na sociedade sudanesa.

3. (FCC/2013/PGE-BA/Assistente de Procuradoria) No Brasil, a falta de educação entre as pessoas vem aumentando. Por uma ..., ainda que

Lista das Questões Comentadas

(42)

superficial, podemos ... com ... a falta de um ... de discrição dos ...

de pais despreparados para educá-los.

As palavras que preenchem, respectivamente, as lacunas do texto acima estão corretamente grafadas em:

(A) análise - enxergar - clareza - gesto - discípulos (B) análise - enchergar - claresa - gesto - dicipulos (C) análise - enchegar - clareza - jesto - disípulos (D) análize - enxergar - clareza - jesto - discípulos (E) análize - enxergar - claresa - gesto – dissípulos

4. (FCC/2009/PGE-RJ/Técnico Superior – Administrador) É adequado o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase:

(A) Os poetas românticos eram obsecados por imagens que, figurando a distância, expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal.

(B) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longínqua, parece então mais próxima que nunca – paradoxo pleno de poesia.

(C) A abstensão da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista, que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação.

(D) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da amada longeva avisinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca.

(E) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhos acusam não exclue a proximidade que o nosso coração promove.

5. (FCC/2014/TRF-3ª Região/Contador) Em nossa cultura, ... experiências ... passamos soma-se ... dor, considerada como um elemento formador do caráter, contexto ... pathos pode converter-se em éthos.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

a) às - por que - a - no qual b) as - por que - a - do qual c) às - porque - a - em que

(43)

d) às - pelas quais - à - de que e) as - que - à - com que

6. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na piada − Por quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com o padrão culto escrito, é a da frase:

(A) Eu não sei o ... de sua indecisão.

(B) ... foi tão inábil na condução do problema?

(C) Ele está tão apreensivo ...?

(D) Decidiu-se somente ontem ... dependia de consulta à família.

(E) A razão ... partiu sem avisar ainda é desconhecida.

7. (Vunesp/2012/Cetesb/Advogado) Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre ... praticar atividade física ... benefícios para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para ... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade. (Ciência Hoje, março de 2012)

As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

a) porque … trás … previnir b) porque … traz … previnir c) porquê … tras … previnir d) por que … traz … prevenir e) por quê … tráz … prevenir

(44)

8. (FCC/2010/TCM-CE/ACE – adaptada) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Sendo também ele próprio funcionário público e escritor, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica aonde fala de tal caso.

9. (FCC/2010/TCE-SP/Agente da Fiscalização Financeira – adaptada) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares, aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais.

10. (FCC/2015/TRT-3ª Região/Técnico Judiciário) Está redigida com correção e clareza a frase:

a) Alguns alimentos vinculam-se à infância de certas pessoas de uma maneira tão surpreendente que as transportam, de imediato, ao passado.

b) A cabeceira da mesa era aonde se sentava o pai, enquanto irmãos e demais parentes ocupavam os lugares nas laterais, que os eram designados segundo um critério hierárquico.

c) O cronista disposto de escrever um livro de memórias deve rememorar sobre os hábitos alimentares da família, dando-os um papel de destaque em seu texto.

d) Nas famílias brasileiras, um gesto de que se pretende demonstrar respeito ou afeto a algum familiar é reservá-lo um lugar especial à mesa.

e) Em sua crônica “O céu da boca”, Drummond faz alusão de alguns alimentos que lhe remetem ao tempo em que era menino em Minas Gerais.

11. (Iades/SEAP-DF/Professor/2011) Observe o trecho “cerca de 10 milhões de estudantes”. Assinale a alternativa correta, na qual a expressão em destaque (negrito) foi utilizada, mantendo-se a mesma significação.

(A) O próximo posto de combustível está a cerca de 20 quilômetros.

(45)

(B) Fala-se acerca da educação brasileira.

(C) Há 10 milhões de anos, o ser humano viveu como caçador, acerca de sua evolução.

(D) Ele saiu vencedor e falando acerca da derrota.

(E) Há, no Brasil, um grande número de comentários acerca de futebol.

12. (Vunesp/2013/TJ-SP/Técnico Judiciário) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão.

Além disso, _______ certamente __________ entre nós __________ do fenômeno da corrupção e das fraudes.

a) a … concenso … acerca b) há … consenso … acerca c) a … concenso … a cerca d) a … consenso … há cerca e) há … consenço … a cerca

13. (FCC/2009/TRT 7ª Região (CE)/Analista Judiciário – adaptada) Julgue a assertiva seguinte.

Traduz-se corretamente o sentido do segmento destacado em:

Contra o trabalho infantil alinham-se = vão ao encontro do trabalho infantil.

“Não se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos específicos, de não reconhecer a vantagem de se empregar um termo técnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulário especializado (...)”.

14. (FCC/2010/DPE-SP/Agente de Defensoria) Na construção Não se trata de ir contra (...), de não reconhecer (...), de abolir (3º parágrafo), os elementos sublinhados têm, na ordem dada, o sentido de

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