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MATRIZ CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

PROEF – PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA EM REDE NACIONAL

PRODUTO FINAL

MATRIZ CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

NIVEL: PRÉ-ESCOLA

GRUPO ETÁRIO: CRIANÇAS PEQUENAS – 4 ANOS A 5 ANOS E 11 MESES

PRODUTO VINCULADO AO PROJETO DE PESQUISA:

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA PROPOSTA NA PERSPECTIVA DO MOVIMENTO HUMANO

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Catalogação na Publicação

Bibliotecária responsável Eunice Passos Flores Schwaste

CRB10/2276 G635m

Gonçalves, Mara Simone de Oliveira.

Matriz curricular de educação física na educação infantil [recurso eletrônico] / Mara Simone de Oliveira Gonçalves. – Ijuí: [S.n.], 2020.

22 f. : il. ; 30 cm.

Apresentado como produto de Dissertação pelo Programa de Metrado Profissional em Educação Física em rede Nacional -ProEF da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul –

UNIJUÍ, 2020.

“Orientador: Paulo Carlan”.

1. Educação infantil. 2. Educação física. 3. Movimento humano.

4. Matriz curricular. 5. Planejamento. 6. Projeto. 7. Experiência.

I. Carlan, Paulo. II. Título.

CDU: 796:37

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AUTORIA

Mara Simone Gonçalves

REALIZAÇÃO

UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

PROEF – Programa de Pós-Graduação no Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional

REVISÃO Paulo Carlan

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SUMÁRIO

1 PROPOSTA DA MATRIZ CURRICULAR ... 5

1.1 INTRODUÇÃO... 5

1.2 ESTRUTURA DA MATRIZ CURRICULAR ... 6

1.3 QUADRO DEMONSTRATIVO/ANÁLISE DOCUMENTAL ... 8

1.4 MATRIZ CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL (PROPOSTA ELABORADA PELA PESQUISADORA) ... 10

2 PROJETO DE APRENDIZAGEM ... 13

2.1 TÍTULO ... 13

2.2 DURAÇÃO ... 13

2.3 JUSTIFICATIVA... 13

2.4 PRINCÍPIOS FUNDADORES DO PROJETO ... 15

2.5 OBJETIVO GERAL ... 16

2.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 16

2.7 DESENVOLVENDO O PROJETO ... 17

2.7.1 Proposta de experiências de movimento no jogo de capoeira categorias significativas ... 17

2.7.2 Desenvolvimento das aulas ... 19

2.7.2.1 Ciclo de simbolização ... 19

2.7.2.2 Sequência de experiências de movimento ... 20

2.8 AVALIAÇÃO ... 21

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1 PROPOSTA DA MATRIZ CURRICULAR

1.1 INTRODUÇÃO

Considerando que a Educação Infantil, é hoje, a primeira etapa da Educação Básica, o início do processo educacional de uma criança em um contexto diferente do familiar, que a BNCC (2017) traz como uma organização curricular os cinco campos de experiências. Que estão organizados, de forma a nos trazerem os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, que devem garantir os direitos de aprendizagem, para que as crianças tenham condições e possibilidades de produzirem seu conhecimento como agente ativo dentro de um ambiente que venham a provocá-las a construírem a aprendizagem significativa de si do outro e do ambiente. Esses direitos de acordo com a BNCC:

- Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas.

- Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.

- Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.

- Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.

- Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens.

- Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário.

Portanto, os campos de experiência, em se tratando de dimensão curricular para a Educação Infantil, tratam da valorização da vida cotidiana, articulação entre os saberes da criança com o patrimônio cultural, ímpeto da criança por aprender, saúde e bem-estar e o desenvolvimento integral.

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E considerando que os eixos estruturantes das práticas pedagógicas, segundo as DCNEI (2010), que são as interações e brincadeiras e da concepção de criança como ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores, que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado, por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social (BNCC, 2017). E que segundo Arroio (2012), o corpo em movimento e a imaginação da criança, nos tempos e espaços da Educação Infantil, mostram o modo como elas com seu imaginário podem construir história, cultura e arte através do movimento humano.

Por isso, é urgente o repensar de como garantir os direitos de aprendizagem as crianças da Educação Infantil, a partir de uma proposta de valorização do movimento humano, onde se efetive o reconhecimento das crianças como sujeito de direito, quando estão em jogo seus corpos em movimento.

Para pensar em uma forma de planejar que venha observar o movimento humano, na perspectiva do se movimentar infantil, de acordo com a teoria do Kunz (1994), é que essas dimensões do corpo em movimento precisam ser vistas como parte da cultura corporal das crianças pequenas nas práticas pedagógicas da Educação Física na Educação Infantil (ARROIO, 2012).

Ainda é preciso que o movimento humano, o se movimentar da criança, seja percebido na sua perspectiva pedagógica, ou seja, considerar o ser humano que se movimenta mais além do que os movimentos realizados, pois somente assim a Educação Física na Educação Infantil produzirá aprendizado com sentido/significado, que levará a criança a fazer descobertas concretas em relação a ela e as ações do movimento a que foram vinculadas (GONZÁLEZ;

FENSTERSEIFER, 2014).

1.2 ESTRUTURA DA MATRIZ CURRICULAR

A partir da intencionalidade, que se deve ter em planejar aulas de Educação Física na Educação Infantil, é que consiste a proposta de matriz curricular e o projeto de aprendizagem, apresentado neste trabalho. Em que os conteúdos da Educação Física possam ser pensados a partir do campo de experiência da BNCC, CORPO, GESTO E MOVIMENTO, que dialoguem com os objetivos propostos neste campo e, diante disso, a organização de objetivos que unifiquem o conjunto de práticas e

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interações que a BNCC nos traz para a Educação Física e para a Educação Infantil, dentro do grupo etário crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses).

Pois o trabalho na Educação Infantil é realizado de forma interdisciplinar, não ocorre a fragmentação de conteúdo, mas sim a unificação dos objetivos que venham garantir os direitos de aprendizagem, vinculadas com o cuidar e o educar, ampliando o universo de experiência, conhecimentos e habilidades das crianças através das interações e brincadeiras.

De acordo com a BNCC (2017), o campo de experiência, corpo, gesto e movimento mostra que:

Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o e os objetos do seu entorno, estabelecem relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes linguagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre corpo, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sensações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, identificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover oportunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorregar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar, equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).

Neste sentido, é importante que a prática pedagógica incorpore a exploração, a expressividade, a experimentação e a sensibilização, nas ações propostas as crianças através das experiências e dos objetivos de aprendizagem, pois as práticas de movimento humano oferecidas para as crianças, vão permitir que elas desenvolvam capacidades e construam repertorio próprio, ampliando as possibilidades expressivas do próprio movimento (RCNEI, 1998).

Nessa lógica de possibilidades do movimento humano que oportuniza a criança a construir conhecimento a partir do mover-se, e dessa maneira obtenha novas referências sobre seu corpo (GONZÁLEZ; SCHWENGBER, 2012), é que este trabalho se organiza, na perspectiva de trazer um olhar mais sensível do professor

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como mediador, e planejar de forma interdisciplinar, a partir de uma matriz curricular, um projeto de aprendizagem na perspectiva do movimento humano.

Então pensar o movimento humano, na perspectiva do se movimentar nas aulas da Educação Infantil, é recolocar o conceito de movimento humano enquanto sempre uma possibilidade de interpretação-compreensão do movimento enquanto diálogo com as outras crianças, consigo e com o mundo. Quando instigamos a criança a criar movimentos, inventar movimentos, recriar movimentos, imaginar movimentos, temos uma criança que podemos considerar sujeito da experiência.

Sendo assim, apresenta-se o quadro demonstrativo com conteúdo de Educação Física, objetivos de desenvolvimento e aprendizagem para a Educação Infantil, e o se movimentar a partir da teoria do Kunz, como um processo de reflexão sobre as condições de planejamento, pois se tratando da Educação Física, cabe dizer que esta foi inserida recentemente na Educação Infantil, e de forma geral, influenciada por práticas que priorizam aspectos psicomotricistas e desenvolvimentistas, fragmentando as concepções de Ensino da Educação Física neste nível de ensino.

E para que as crianças possam compreender a realidade da complexidade e enriquecer sua percepção sobre ela, os conteúdos devem ser trabalhados de forma integrada, relacionados entre si. E para isso, está integração precisa ser analisada por diferentes aspectos, sem fragmentá-la, mas articular com os documentos legais da Educação Física e Educação Infantil.

1.3 QUADRO DEMONSTRATIVO/ANÁLISE DOCUMENTAL

Proposta de Educação Física que hoje se utiliza na Educação Infantil e no fundamental, a partir da análise dos documentos oficiais.

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Unidade temática do componente curricular Educação Física (BNCC)

Ensino Fundamental

Objetivos de desenvolvimento e aprendizagem do campo de

experiência: corpo, gesto e movimento (BNCC) Educação Infantil

O se-movimentar da criança (KUNZ, 2007)

Jogos e brincadeiras, esportes, ginástica, lutas, dança, práticas corporais de aventura (Ensino Fundamental)

(EI03CG01) Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.

(EI03CG02) Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

(EI03CG03) Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música.

(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação, conforto e aparência.

(EI03CG05) Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e necessidades em situações diversas.

- Conceber um se- movimentar dialógico.

- Potencializar as experiências sensoriais (olfato, audição, visão, paladar, tato).

- Potencializar as estruturas perceptivas, tempo, espaço, ritmo, som.

- Estimular os quatros elementos da natureza, água, fogo, terra, ar.

- Consciência corporal (atividades expressivas).

- Experiências de respiração e descontração.

- Música, movimento e ritmo.

- Linguagem e movimento.

- Arte, desenho e movimento.

- Movimentos e acrobacias.

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora.

Considerando essa fragilidade, isto é, desenvolver uma Educação física na Educação Infantil, a partir do movimento humano baseada em concepções críticas de ensino, que articulem com todas as áreas do conhecimento, é que a matriz curricular construída, apresenta seus objetivos e as competências que os alunos podem/precisam desenvolver por meio da realização de experiência de movimento.

Portanto, para o desenvolvimento com sentido/significado desses objetivos é necessário a compreensão, de que deve-se utilizar uma metodologia que proponha uma relação direta com a experiência e vivencia da criança, ou seja, o saber da criança precisa ser valorizado e observado pelo professor, somente assim, se dará o aprendizado com sentido e significado para a criança. A partir disso, objetiva-se possibilitar o aluno a desenvolver algumas capacidades durante o processo de ensino e aprendizagem, conforme aponta Kunz (1994, p. 31):

O aluno enquanto sujeito do processo de ensino deve ser capacitado para sua participação na vida social, cultural e esportiva, o que significa não somente a aquisição de uma capacidade de ação funcional, mas a capacidade de conhecer, reconhecer e problematizar sentidos e significados nesta vida, através da reflexão crítica.

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Então para se ampliar a unidade temática apresentada pela BNCC (2017) para o componente curricular Educação Física no ensino fundamental, como: Jogos e Brincadeiras, Esportes, Ginástica, Lutas, Dança, Práticas corporais de Aventura, é que apresenta-se a seguir uma proposta de seleção e reorganização de objetivos de desenvolvimento e aprendizagem dentro do campo de experiência Corpo, gesto e movimento, direcionado para o grupo etário de crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses), agrupando em blocos de experiência de movimento como:

experiências de movimento coletivas, de movimento individuais, de movimento rítmicas e expressivas, de movimento folclóricas e de movimento junto a natureza.

1.4 MATRIZ CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL (PROPOSTA ELABORADA PELA PESQUISADORA)

Proposta de Matriz curricular de educação física na educação infantil Campo de Experiência:

CORPO GESTO E MOVIMENTO

GRUPO ETÁRIO CRIANÇAS PEQUENAS – 4 anos a 5 anos e 11 meses Experiências de movimento

Individual

- Realizar experiência de movimento em que a criança seja o sujeito da ação, em que as intenções ou possibilidades apresentadas pela criança, promova o favoreça o aprendizado significativo.

- Identificar através da experiência de movimento, o conhecimento, as possibilidades, os limites do corpo e os desafios em superá-los, através da sua subjetividade em realizar os movimentos.

- Reconhecer os limites do seu próprio corpo, respeitar suas especificidades individual.

- Usar as habilidades manipulativas individual em relação aos objetos.

- Explorar a representação do movimento corporal, através de recursos expressivos do próprio corpo.

Experiências e movimento Coletivo

- Possibilitar experiência de movimento que as crianças demostrem as intenções individuais interligadas com as dos colegas, identificando-os como sujeitos participantes de um grupo.

- Compreender a interação e a cooperação como um processo dialógico que proponha construir, organizar e modificar regras das experiências de acordo com os propósitos do grupo, a partir de um processo dialógico.

- Experienciar momentos em grandes e pequenos grupos dialogando e interagindo de forma respeitosa com todos e com o meio.

- Experimentar de forma lúdica as diferentes formas de posições de relativa imobilidade.

- Explorar e usar as possibilidades de ações do seu corpo em relação ao outro e ao meio.

Experiências de movimento Rítmicas e expressivas

- Provocar através de experiência de movimento, momentos de vivencia em deslocamentos harmoniosos no espaço e tempo, que componham elementos expressivos e estéticos.

- Oportunizar experiências de movimento que provoquem a expressão, a sensibilização, o reconhecimento corporal de suas potencialidades motoras e físicas.

- Possibilitar experiências de movimento que a criança evidencie sua capacidade de se expressar através de diferentes ritmos simples e complexos.

- Expressar sensações corporais produzidas pelas possibilidades de realizar diferentes movimentos com o corpo.

- Aumentar o repertorio musical, a partir do reconhecimento da letra e melodia das músicas.

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Experiências de movimento Junto à natureza

- Propiciar experiência de movimento em que o meio ambiente seja o principal espaço para sua realização.

- Proporcionar as crianças experiências de movimento com as mais diferentes sensações e percepções do meio ambiente em que os aspectos de aventura, de exploração e de liberdade estejam presentes.

- Vivenciar experiência de movimento em que a criança venha interagir com o ambiente explorando e preservando de maneira consciente.

- Utilizar os recursos da natureza para experimentar as diferentes possibilidades de movimento.

- Compreender da importância dos cuidados com a higiene e alimentação para uma vida saudável e para respeito consigo, com o outro e com o meio.

Experiências de movimento Folclóricas

- Participar de experiência de movimento em que as tradições de um determinado grupo sejam apresentadas em forma de costumes, contos, canções, brinquedos e brincadeiras.

- Participar de experiência de movimento em que o reconhecimento corporal, as relações interpessoais, a criatividade e a valorização de outras culturas sejam expressas de fora lúdica.

- Participar de experiência de movimento em que as diferentes manifestações culturais e a interação com elas, sejam identificadas de forma lúdica.

- Experimentar as possibilidades de se movimentar e formas básicas de deslocamento habituais e não habituais em situações de jogos e brincadeiras.

- Experimentar através do movimento corporal os diversos ritmos e formas de danças.

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora.

Assim, a partir da matriz o professor terá mais um instrumento para subsidiar seu planejamento, mas deve observar que esses objetivos estejam conectados e adequados a realidade das crianças, que os possibilitem a entender e viver o mundo de forma autônoma, crítica, reflexiva e criativa.

Portanto, o papel do professor neste contexto e de suma importância, pois ele precisa ter claro seu papel de mediador e facilitador. Em que precisa proporcionar as crianças experiências e vivencias que os possibilitem a entender a sua realidade social e sua própria experiência, para assim construir sua aprendizagem cm sentido e significado.

Dessa forma, a proposta da matriz curricular apresentada, a partir da análise dos documentos legais, não sinaliza uma questão finita, mas sim quer provocar, uma reflexão e um amadurecimento por parte de todos os professores, para que além de ter clareza nos objetivos, necessita investir em sua formação, pesquisando sua própria pratica, para que ultrapasse na Educação Física na Educação Infantil, as práticas tradicionais descontextualizadas sem sentido e sem significado para construção do conhecimento pela criança.

Diante disso, trazemos um projeto, a partir da experiência do movimento humano, e do se movimentar da criança, como forma de exemplificar a aplicação dos objetivos da matriz construída a partir da análise dos documentos legais RCNE

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(1998); DCNEI (2010); BNCC (2017) e, diante disso, traz também momentos pedagógicos de aprendizagem, em que através da compreensão por parte do professor do campo de experiência CORPO, GESTO E MOVIMENTO (BNCC, 2017) dos objetivos propostos na matriz, realizar uma reflexão do processo de aprendizagem das crianças diante das propostas de experiências de movimento.

Também esse processo de escrita reflexiva servira para o professor, identificar e garantir que os direitos de aprendizagem e as competências que a BNCC (2017), nos apresentam sejam de fato expressas nas experiências de movimento propostas para as crianças.

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2 PROJETO DE APRENDIZAGEM

2.1 TÍTULO

Os Paranaue da Roda de Capoeira.

2.2 DURAÇÃO

2 aulas por semana – 1h cada aula – durante 30 dias.

2.3 JUSTIFICATIVA

Este projeto foi organizado e elaborado pela pesquisadora, para exemplificar a possibilidade de utilização da matriz curricular proposta neste trabalho, como uma ferramenta para construção de um projeto de aprendizagem. Vale ressaltar que no contexto escolar a prática de organização de um projeto, deve ser elaborada a partir da escuta e olhar atento do professor para as intenções e narrativas que as crianças sinalizam nos momentos que estão na escola, pois considerando que a criança é um sujeito potente de direito e protagonista de sua aprendizagem. Então elas devem ter a participação ativa na construção e organização de um projeto, que vão lhe trazer oportunidades de construção significativa com sentido de conhecimento para sua vida.

Para tanto, a proposta apresentada traz como tema os jogos e brincadeiras, com abordagem na Capoeira, em que as experiências apresentadas serão desafiadoras no sentido de provocar a partir do movimento a experimentação, a aprendizagem e a criatividade.

Pois é através do lúdico, da brincadeira que a criança se apropria do conhecimento. São nesses momentos que ela demostra e vivencia aquilo que está inserido em seu contexto social, valorizando os direitos de aprendizagem que a BNCC (2017) nos apresenta como relevante para a aprendizagem das crianças da educação infantil.

Sendo assim, é importante e necessário possibilitar através das brincadeiras presentes no ensino da Capoeira para crianças, momentos de vivência, experimentação e do agir comunicativo entre as crianças (KUNZ, 2001), oferecendo

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oportunidade de expressar o entendimento do mundo social, e de forma interativa todos possam construir conhecimento e aprendizagem com sentido e significado.

Sendo assim, a proposta do projeto é oportunizar as crianças a vivenciarem momentos de experiências de movimento, em que ao jogar a capoeira, além de serem inserida nesta cultura, sejam incentivadas a descobrirem através do se movimentar as possibilidades corporais, a explorarem o ritmo, a música, gesto, jogo luta e dança.

Portanto, este projeto a partir dos objetivos da matriz curricular, vem apresentar o jogo da capoeira, como uma sugestão de inserção das crianças na cultura afro-brasileira, pois a capoeira, como sendo uma manifestação corporal e cultura que faz parte de nossa história, pode ser trabalhada com as crianças de Educação Infantil de uma forma lúdica, sem deixar de lado o sentido educativo e cultural que ela tem em sua história.

Para tanto vale ressaltar que a inserção da capoeira nas escolas pode ser considerada relativamente recente, e ainda tem provocado discussões, pelo fato de que no ambiente escolar a copeira tem uma abordagem diferente com valores divergentes dos que possui a cultura inicial capoeira.

Mas apesar dessas discussões a capoeira na escola, pode ser tematizada, de uma forma que possa levar as crianças a ressignificarem a aprendizagem no sentido crítico emancipatório, a partir de estratégias pedagógicas, em um conjunto de experiências de movimento que poderá possibilitar as crianças a ampliação do conhecimento através da experimentação do jogo da capoeira, e assim expressar o conhecimento desta cultura, inserida em nossa sociedade.

Entendo que a capoeira no contexto escolar a partir da tematização, enquanto mundo de movimento, com abordagem crítico emancipatória, direcionada ao se movimentar através do jogo, tratada dentro de uma perspectiva de cultura de movimento humano, possibilite as crianças na Educação Infantil a ampliar seu conhecimento através de experiências desafiadoras, em relação a capoeira.

Esta proposta de projeto da capoeira, aqui apresentado, está vinculada ao

“se movimentar” do homem concreto, que tem história que tem contexto que tem vida. Se justificando pela intencionalidade pedagógica, que propõe de forma mais abrangente a construção do conhecimento com sentido e significado para as crianças, em que se tem a possibilidade de envolver as crianças mais ativas, atentas e curiosas como também as crianças passivas e pouco curiosas.

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São nas interações e mediação do professor na ação educativa, com experiência que venham estimular a aprendizagem, possibilitando as crianças a se expressarem, usar a criatividade, fazer explorações e relatarem suas descobertas, que o projeto vai colaborar para a construção do conhecimento, e assim permitir que a criança através do lúdico, de forma consciente entenda os limites e seja educada para a cidadania.

2.4 PRINCÍPIOS FUNDADORES DO PROJETO

A intencionalidade educativa de aprendizagem que trata um projeto, deve ser fundamentada em princípios que darão sentido na formação de todos os envolvidos, tornando-os pessoas e cidadãos mais autônomos, responsáveis, solidários e cada vez mais comprometidos para a construção de um destino coletivo, em que se potencialize os mais nobres sentimentos do ser humano.

Para tanto, o projeto de aprendizagem, deve ser organizado de forma que venha refletir esses princípios, a autonomia, solidariedade, responsabilidade e a democracia, sendo eles que orientam e inspiram o projeto.

Diante disso, o projeto de aprendizagem como referencial de pensamento e ação, necessita valorizar a construção da identidade pessoal, no sentido de afirmar a criatividade, iniciativa e a responsabilidade das crianças.

Considerar a criança como ser potente, protagonista de sua aprendizagem, e também em processo de construção de conhecimento, é fundamental para a elaboração de um projeto de aprendizagem fundamentado em princípios que respeita as singularidades e características individuais de cada um.

Portanto, prestar atenção as narrativas que as crianças nos apresentam, perceber a complexidade e valorizar a cultura que cada criança é portadora, são atitudes fundamentais para o ato educativo, sendo considerado como currículo vivo, que permeia a Educação Infantil.

Assim, um projeto de aprendizagem na Educação Infantil deve permitir que a criança contribua individualmente, e também, dialoguem, discutam e busquem suas metas e objetivos comuns, como estratégias de ação para suas descobertas, fazendo-a descobridora de significados e transformando suas aprendizagens em ações competentes.

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2.5 OBJETIVO GERAL

- Realizar através da proposta do movimento humano experiências de movimento que proporcionem as crianças vivencias no jogo de capoeira.

2.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Identificar a origem da capoeira e através da vivência dos movimentos experimentar a meia lua, de forma que cada criança represente de acordo com suas possibilidades e conhecimento do jogo da capoeira.

- Compreender o significado da ginga e da benção na capoeira, e vivencias os movimentos através de interações com os colegas nas brincadeiras no jogo da capoeira.

- Compreender através da vivência do jogo cooperativo de capoeira, que todos podem participar tendo o cuidado e o respeito mútuo na realização das brincadeiras do jogo.

- Participar do jogo da capoeira, com a utilização das palmas e instrumentos para a marcação do ritmo.

- Expressar corporalmente a escuta da música na execução dos movimentos no jogo de capoeira.

- Realizar movimentos de capoeira em espaço junto a natureza, em que o berimbau pandeiro, música e palmas sejam utilizadas para o jogo da capoeira.

- Construir com materiais não estruturais e com elementos da natureza os instrumentos utilizados no jogo da capoeira.

- Utilizar todos os elementos de capoeira apresentados para se realizar o jogo cooperativo na roda de capoeira.

- Realizar um festival de capoeira, com exposição dos trabalhos e registros realizados pelas crianças, durante realização do projeto.

Objetivos utilizados da matriz curricular, como base para a elaboração dos objetivos específicos do projeto.

- Realizar experiência de movimento em que a criança seja o sujeito da ação, que as intenções ou possibilidades apresentadas pela criança, promova e favoreça o aprendizado significativo.

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- Possibilitar experiência de movimento que as crianças demostrem as intenções individuais interligadas com as dos colegas, identificando-os como sujeitos participantes de um grupo.

- Provocar através de experiência de movimento, momentos de vivência em deslocamentos harmoniosos no espaço e tempo, que componham elementos expressivos e estéticos.

- Propiciar experiência de movimento em que o meio ambiente seja o principal espaço para sua realização.

- Participar de experiência de movimento em que as tradições de um determinado grupo sejam apresentadas em forma de costumes, contos, canções, brinquedos e brincadeiras.

2.7 DESENVOLVENDO O PROJETO

2.7.1 Proposta de experiências de movimento no jogo de capoeira – categorias significativas

Considerando que a capoeira é uma construção social, que faz parte da nossa cultura, tem nela as raízes de nosso povo, que propomos a tematização a partir de experiências de movimento que parte da capoeira, vinculada ao movimento humano com finalidade crítico emancipatória.

Neste sentido, as experiências que serão apresentadas as crianças serão organizadas a fim de proporcionar um melhor aproveitamento, ou seja, com uma finalidade/intencionalidade pedagógica, em que a criança a partir de sua experimentação dos mais variados movimentos possa recriar, vivenciar e construir conhecimento com sentido e significado.

Para isso trazemos a proposta de elaboração das aulas, no projeto, evidenciando a intencionalidade pedagógica e também valorizando os direitos de aprendizagem (BNCC, 2017) da seguinte forma: encenação, problematização, ampliação e reconstrução do conhecimento, que segundo Kunz (1994), traz essa constituição de estratégias de aulas, dentro de uma perspectiva de transcendência de limites, que aqui adotaremos o mesmo sentido, com a finalidade de realizar alguns desdobramentos e também na avaliação das ações pedagógicas propostas pelo professor como também na aprendizagem das crianças.

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Então fundamentando a estrutura organizada para a elaboração das aulas, a encenação se constitui na realização das experiências de forma lúdica, a partir dos rituais consagrados ou não dentro do contexto da capoeira, consiste na apresentação do jogo da capoeira, em que as crianças terão a oportunidade de manipularem, explorarem os materiais, os instrumentos, e também de forma dialogada compreenderem a história, os diferentes papeis, e todo o contexto sociopolítico desta manifestação da cultura brasileira.

A problematização consiste em apresentar para as crianças a possibilidade de interagirem e confrontarem suas ideias e conhecimento acerca do que está sendo apresentado sobre a capoeira. Neste aspecto é onde as crianças irão discutir em nível racional de entendimento sobre as questões sociais, ou seja, as contradições e os conflitos que vivemos em nossa sociedade e, diante disso, refletirem criticamente as possibilidades de entendimentos e consensos que venham ajudar a serem cidadãos que valorizam e compreendem a sua cultura.

A ampliação segundo Kunz (1994), “consiste no levantamento de dificuldades/empecilhos verificados nas ações, bem como na apresentação pelo professor e pelos alunos de subsídios diverso que ampliem a visão em relação a temática vivenciada”.

A reconstrução coletiva do conhecimento, consiste na elaboração do conhecimento com sentido e significado, dentro do tema abordado, ou seja, a criança constrói seu conhecimento e agrega ao que já tinha adquirido no meio em que está inserido, e isso dentro de uma perspectiva pedagógica, trará a aquisição para a criança de uma visão mais ampliada da capoeira, desprovida de preconceitos e estigmas reducionistas que não são compatíveis com uma proposta de educação critica emancipatória.

Sendo assim, as experiências de movimento apresentadas neste projeto de aprendizagem foram elaboradas a partir da proposta que está descrita na matriz curricular, em que os objetivos de aprendizagem contemplem os conteúdos de educação física, em uma concepção de movimento humano, valorizando o se movimentar da criança.

Este projeto também propicia para a aprendizagem das crianças o que Kunz (1994) chama de categorias significativas, ou seja são subsídios que podem ajudar o professor a propor momentos em que a criança de forma criativa, a partir das reproduções mentais, das reflexões repetidas, representações e debate de fatos,

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possam compreender a respeito da ludicidade, do gênero, do ritmo, da música, do gesto, da expressão corporal, da técnica, do jogo da luta e da dança, do referencial afro-brasileiro e da ritualização histórica, categorias que estão implícitas na capoeira, e devem ser a partir das experiências de movimento vivencias e experienciadas pelas crianças, e assim construírem conceitos que as tornem cidadãos mais humanos.

2.7.2 Desenvolvimento das aulas

2.7.2.1 Ciclo de simbolização

Temas Ciclos de simbolização

Origem da capoeira Ginga e benção

Atabaque, palmas e música de capoeira

Encenação

Neste ciclo todas as aulas devem iniciar com uma conversa com as crianças sobre o assunto que iremos abordar, professor deverá realizar junto das crianças a experimentação dos movimentos que irão ser realizados.

- Crianças de forma bem descontraídas realizar os movimentos imitando animais.

- Em dupla ou em grupo brincarem de fazer movimentos diferentes do colega.

- Caminhar de varia maneiras sem soltar o colega.

- Realizar deslocamentos abraçados, ou segurando o colega (abaixar levantar...).

- Manuseio dos instrumentos.

- Tentativa de tocar instrumentos.

- Brincadeiras com bexigas e outros materiais (não estruturas e elementos da natureza) para realizar movimentos de pernas, ginga, golpes.

- Estas experiências devem propor a criança vivenciar através de tentativas, realizar de acordo com o que ele sabe sobre a

capoeira. Seriam experiências em que as crianças vão representar seu saber sobre a capoeira.

Pandeiro e junção de golpes Berinbau, construção dos instrumentos

Roda de capoeira

Problematização

Neste ciclo as experiências devem ser voltadas para questionamentos a respeito do tema, em conversas com as crianças.

- Movimentos realizados são dança, luta jogo?

- Todos devem fazer sempre os mesmos movimentos.

- Nomes dos movimentos, golpe ginga...

- Origem da capoeira (brasileira ou africana).

- Refletir sobre nossa origem e o preconceito com as crianças.

- Todos podem participar, meninas e meninos? Por quê?

- Meninas gostam de fazer capoeira?

- Como devemos nos comportar com o cuidado com o outro?

- Como se sentiram ao realizar os movimentos com ajuda do colega.

- Música e os instrumentos, como deve ser cantada?

- Ritmo, dança, todos os movimentos.

- Principais instrumentos da capoeira?

- Porquê da música e das palmas?

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Temas Ciclos de simbolização Ampliação

Neste ciclo, será a oportunidade de se ampliar o conhecimento a partir de informações dadas pelo professor, e pelas pesquisas que podem ser realizadas pelas crianças sobre o assunto da aula. Aqui podem ser apresentados filmes, vídeos, fotos, a presença de um contramestre(a) ou mestre(a) de capoeira, que juntamente com as crianças e também de uma forma lúdica, com brincadeiras, ampliar e clarear as diferentes e formas de

movimentos da capoeira.

- Utilizar materiais não estruturados e elementos da natureza para que as crianças realizem os movimentos da capoeira (em grupo ou individual) Música e os instrumentos, as palmas a batida correta, o ritmo, a importância da utilização desses materiais?

- Por que dos cânticos? Qual outra luta que se canta para se realizar?

- Somente na capoeira os instrumentos são utilizados.

Jogo cooperativo de capoeira Festival de capoeira

Reconstrução coletiva do conhecimento

Este ciclo e o momento que as experiências irão evidenciar o aprendizado de todos os envolvidos no projeto.

- Construção de instrumentos.

- Registros através de modelagem com argila com massa de modelar caseira, desenhos, vídeos e fotos registrado pelas crianças, construção de textos coletivos (professor como escriba) falas das crianças registrado pela prof.

- Realização de roda de capoeira utilizando todos os

movimentos, refletindo sobre descoberta de valores de ser e de se estar no mundo.

- Realização de um festival de capoeira, em que as crianças, expliquem para os presentes a cultura da capoeira e depois realizem uma apresentação de uma roda de capoeira.

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora.

2.7.2.2 Sequência de experiências de movimento

As experiências propostas no quadro acima, podem ser construídas com as crianças, o professor pode trazer algumas possibilidades, mas pode deixar que as crianças a partir de seu conhecimento, apresentem propostas de experiências, e assim compartilhem com os colegas.

A criança como portadora de cultura, potente e protagonista de seu aprendizado, precisa ser valorizada, o professor deve sim, intervir, mas de forma a mediar esse conhecimento, com proposições de forma lúdica que ajudem a criança na ampliação do seu saber cultural.

Neste ciclo de experiências em que a encenação, a ampliação, a problematização e a reconstrução do conhecimento, nos propiciam o enxergar, através de objetivos definidos sobre o assunto que deverá ser abordado dentro do tema capoeira, a ação pedagógica da capoeira sendo evidenciada de uma forma

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lúdica, com experiências agradáveis, em que o conhecimento e aprendizagem das crianças sejam ampliadas.

Desta forma, podemos dizer que o potencial pedagógico de se ensinar capoeira na escola, na educação infantil, é um fator preponderante para que as crianças, possam compreender a respeito da ludicidade, do gênero, do ritmo, da música, do gesto, da expressão corporal, da técnica, do jogo da luta e da dança, do referencial afro-brasileiro e da ritualização histórica, entre outros agentes históricos, muitas vezes deixados de lado, fatos esses que são de extrema relevância no exercício da cidadania.

2.8 AVALIAÇÃO

Para tanto Kunz (2001) nos apresenta dentro de uma concepção critica emancipatória o que ele denomina de transcender limites, ou seja, uma forma de confrontar a criança com a realidade do que está sendo proposto, para que ela construa seu conhecimento de forma autônoma e critica. Para isso resume essa forma em situações:

- Que os alunos descubram, pela própria experiência manipulativas, as formas e os meios para uma participação bem-sucedida em atividades de movimentos e jogos.

- Que os alunos sejam capazes de manifestar pela linguagem ou pela representação cênica, o que experimentaram e o que aprenderam numa forma de exposição que todos possam entender.

- Que os alunos aprendam a perguntar e questionar sobre suas aprendizagem e descobertas com a finalidade de e entender o significado cultural dessa aprendizagem, seu valor prático e descobrir, também, o que ainda não sabem ou aprenderam.

Sendo assim, o projeto vai abordar em sua forma de avaliação do processo de aprendizagem das crianças, e da ação pedagógica do professor, uma abordagem critico emancipatória, que oportunize libertação de falsas convicções e a contribuição para o desenvolvimento de um contexto livre de violência e de coação (MARQUES, 1990, p. 133).

Então diante das experiências propostas se fará uma análise reflexiva, da documentação pedagógica, ou seja, dos registros que foram realizados durante a execução das experiências pelas crianças.

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Diante das estratégias pedagógicas, as experiências de movimento, traz-se as condições e possiblidades de avaliação, pelos seguintes passos, a forma direta, a forma aprendida e a forma criativa, que consiste em confrontar a aprendizagem da criança com a realidade do ensino, ou seja, transcender limites, em que se reflita sobre a experimentação no sentido de manipulação da realidade, e da construção das relações sócio emocionais entre outras, também, a aprendizagem reflexiva em que criança deverá acompanhar, executar e propor soluções, e por fim o sentido/significado que foi definido para a situação e como tudo proporcionou a aprendizagem da criança.

No caso da capoeira, bem como em todas as propostas de projetos, o professor deve atuar como um mediador, sem deixar de perceber e observar as narrativas que as crianças sinalizam através do movimento e da expressão corporal, ter sempre uma escuta sensível e um olhar atento as várias linguagens que a criança demostra em realizar as experiências oferecidas pelo professor.

O professor precisa ter a clareza de todos os conceitos que deve ser avaliado, sempre tendo em evidência os saberes culturais de cada criança, seu cotidiano, suas características e o tempo pedagógico que cada criança tem pra aprender.

Neste sentido, que as experiências de movimento devem priorizar o brincar, o imitar, jogar, correr, pular, dançar, saltar, práticas esportivas, enfim todas a práticas corporais que propiciam o desenvolvimento motor, social e emocional da criança.

Referências

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