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MAYCON COSMO HOLANDA DE SOUSA PROGRAMA BOLSA FAMILIA E SEUS IMPACTOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS SEUS BENEFICIÁRIOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO - FEAACS

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

MAYCON COSMO HOLANDA DE SOUSA

PROGRAMA BOLSA FAMILIA E SEUS IMPACTOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS SEUS BENEFICIÁRIOS

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MAYCON COSMO HOLANDA DE SOUSA

PROGRAMA BOLSA FAMILIA E SEUS IMPACTOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS SEUS BENEFICIÁRIOS

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Economia, Administração, Atuarias, Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Econômicas.

Orientador: Prof. Dr. Paulo de Melo Jorge Neto

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MAYCON COSMO HOLANDA DE SOUSA

PROGRAMA BOLSA FAMILIA E SEUS IMPACTOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DOS SEUS BENEFICIÁRIOS

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Economia, Administração, Atuarias, Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Econômicas.

Aprovada em: 21 de março de 2014

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________ Prof. Dr. Paulo de Melo Jorge Neto (Orientador)

Universidade Federal do Ceará - UFC

_________________________________________ Me. Dércio Nonato Chaves de Assis

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente a Deus, que me manteve firme e forte mesmo com todas as situações adversas para continuar a minha caminhada e por colocar pessoas ao meu lado que me auxiliaram para chegar ate aonde eu cheguei e ainda vou chegar.

Aos meus pais, Paulo Ricardo e Sleyda Cosmo pelo amor, confiança, dedicação e pelos seus ensinamentos. Onde me ensinaram a ter humildade e foram meus exemplos em minha vida. Aos meus avôs maternos e paternos e do coração dando ênfase a minha Avó Nilce Maria que foi quem preencheu todas as lacunas que a vida deixou. Foi um pai, uma mãe, uma avó, um anjo em minha vida.

Meus colegas de faculdade, Richard, Emanoell, Alisson que me deram força e me ajudaram com os estudos da faculdade e a todos os outros que não citei.

A minha esposa Jéssica e meu enteado Guilherme por estarem do meu lado dia após dia me dando amor e um lar feliz e saudável para eu poder enfrentar os desafios da vida com mais facilidade.

Ao meu Orientador Paulo Neto, pela paciência, dedicação e contribuição fundamental para o desenvolvimento deste trabalho.

Aos meus professores da UFC e todos os colaboradores da instituição que sempre foram muito atenciosos e dedicados facilitando essa batalha pela Graduação.

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RESUMO

No atual processo de desenvolvimento global ainda existem pessoas que estão distante de desfrutar de seus benefícios, são excluídos sociais e econômicos que estão sendo prejudicados com o aumento das desigualdades sociais. O governo brasileiro assim como de outros países, buscam maneiras de atenuar o abismo social onde uma pequena parte da população detém a maioria dos recursos. Programas de transferências diretas de renda é atualmente uma solução em um curto prazo para que as pessoas venham a sair da situação de extrema pobreza. O programa bolsa família foi criado com intuito de transferir renda para estes excluídos proporcionando-lhes meios necessários para sua sub existência melhorando assim indicadores sociais em contra partida exigindo a matrícula e permanecia na escola das crianças das famílias beneficiadas assim como o acompanhamento na saúde. Com isso o crescimento econômico esteja atrelado com o bem-estar-social gerando além de riqueza, uma educação de qualidade, um programa de saúde eficaz, uma alimentação básica, diminuindo assim o problema da falta de renda. Na elaboração deste trabalho serão observadas teorias, índices e indicadores sociais para analisar os resultados do programa bolsa família.

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ABSTRACT

In today's global development process there are still people who are far from enjoying its benefits are social and economic factors that are being hurt by the increase in social inequalities excluded. The Brazilian government as well as other countries seek ways to mitigate the social abyss where a small part of the population owns most of the resources. Direct income transfer programs are currently a short-term solution for people to come out of extreme poverty. The family allowance program was created with the intention of transferring income to these excluded providing them necessary for their sub existence means thereby improving social indicators matched against requiring registration and remained in school children of beneficiary families as well as health monitoring. With this economic growth is tied to the well being and social as well as generating wealth, quality education, a program of effective health, basic nutrition, thus reducing the problem of lack of income. Based on books, articles and websites on the topic of this monograph. In preparing this report observe theories, indices and social indicators to analyze the results of the Bolsa Família program.

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LISTA DE FIGURAS

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Programa Bolsa Família (PBF) - valor total dos benefícios em dezembro - período 2004 a 2012... 32 Gráfico 2 - Evolução da taxa de crescimento dos gastos do programa, portal - 2004 a

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LISTA DE TABELAS

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SÚMARIO

INTRODUÇÃO...10

1 BASES TEÓRICAS... 12

1.1 Definição de pobreza...12

1.2 Análises de políticas de transferência de renda no mundo... 15

1.3 Análise sobre exclusão social... 18

1.4 Análise do IDH... 21

2 O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA... 23

2.1 Programa Bolsa Família no modo geral...23

2.2 Objetivos básicos do Bolsa Família... 24

2.3 Condicionalidades para os beneficiários... 25

2.4 Valores do benefício... 27

3 BOLSA FAMÍLIA E SEUS BENEFÍCIOS... 29

3.1 Bolsa Família - aspectos mais específicos...29

3.2 Resultados... 29

3.3 Bolsa Família e sua melhoria na renda... 35

3.4 Diminuição da desigualdade...37

3.5 Discussão dos resultados...38

4 CONCLUSÃO... 40

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INTRODUÇÃO

Este estudo é oriundo da necessidade de uma revisão teórica dos conceitos de crescimento e desenvolvimento, das definições de pobreza e a analise de programas de melhoramento de distribuição de renda de forma direta, definição de alguns indicadores sociais e econômicos e de uma análise do programa de distribuição de renda, o “Bolsa Família”, mostrando dados e seus resultados. Analisando índices como IDH, o índice de GINI e se houve de fato um melhoramento na distribuição de renda e uma melhora na qualidade de vida de seus beneficiários.

Notada a necessidade dos programas de distribuição de renda para aquele que pretende tentar sobreviver numa situação de pobreza, o Bolsa Família está sendo o programa usado nos últimos governos que possui os melhores resultados, por oferecer as pessoas mais necessitadas a oportunidade de melhorar sua de renda.

O referido mecanismo tem se evidenciado dentro do Brasil como ferramenta de combate à pobreza que hoje se estima 15,7 milhões de pessoas vivendo nesta situação (IPEA). De fato, no Brasil, vários estudos foram realizados no sentido de avaliar este mecanismo. O estudo contempla uma avaliação do impacto da renda do mais necessitado onde se busca enfatizar o papel da qualidade de vida dos beneficiários.

A pesquisa se justifica sob dois enfoques: financeiro, uma vez que o Bolsa Família pode contribuir para melhor sustento da pessoa a luz do trabalho de pesquisas teóricas e estudo de caso sobre os beneficiários citados.

Este estudo deve-se ao fato da uma análise do programa, como as melhores alternativas para o Bolsa Família. Assim como será a distribuição da renda e os deveres dos beneficiários para que se possam obter as vantagens deste conceito moderno de distribuição de renda que agrega condicionantes, que os ajudem a usufruir melhores dias.

Por fim, a pesquisa deixa de ser vista como uma área discriminada, que se preocupa somente em descrever o referido sistema de distribuição aos mais carentes e sim como uma forma de se entender as influências que a mesma tem sobre a sociedade.

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Esse programa que hoje tem um grande orçamento, porém, surge a dúvida que este estudo pretende esclarecer. Programa Bolsa Família esta melhorando a qualidade de vida de seus beneficiários.

Neste estudo, será analisado o caso da Bolsa Família e os beneficiários verificando-se todas as etapas de introdução da pobreza, distribuição de renda e outros, planejamento dos objetivos e dos indicadores e dificuldades de implementação, inclusive com descrição das falhas verificadas durante o processo.

Procurar-se-á fazer um detalhamento de cada etapa desse caso para que se observe as dificuldades que, na prática, são interpostas que pretendem implementar o programa e metodologia .

No trabalho monográfico serão investigadas por meio da pesquisa do tipo um; Bibliográfica, procurando explicar o problema por meio da analise da literatura já publicada em forma de livros, periódicos e publicações avulsas que envolvam o tema dois. Documental, por meio de pesquisas na internet, dados e estatísticas colhidas sobre a educação realizadas dentre outros documentos que tratam sobre a questão do programa e do saber sempre buscando utilizar material novo que ainda não foi analisado.

De posse do material bibliográfico passa à leitura interpretativa, de conformidade de Gil (1996). Inicialmente procede-se à leitura analítica dos documentos, que passará pelos seguintes momentos:

a) Leitura integral da obra selecionada, para se ter uma visão do todo; b) Identificação das ideias-chave;

c) Hierarquização das ideias; d) Sintetização das ideias.

Por último, extrair-se-ão as informações relacionadas ao tema do trabalho. Na leitura interpretativa busca-se ir além dos dados conferindo-lhes significado, através de sua ligação com outros conhecimentos já obtidos.

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1 BASES TEÓRICAS

1.1 Definição de pobreza

A sociedade brasileira, nos últimos anos, vem acompanhando o desenvolvimento e a busca de espaços por meio dos diversos seguimentos da sociedade civil organizada, que avança para consolidação dos direitos que emanam das vontades do povo. A partir da Carta Regia, extraído os Estatutos que estabelecem os elos de garantias de direitos amparadas pelas políticas públicas para o estabelecimento da equidade entre pessoas, independente de sua condição social.

Nos últimos 30 anos, nas grandes cidades brasileiras, verifica-se a presença cada vez mais expressiva da pobreza. A problemática das pessoas em situação de miséria é uma questão resultante das mudanças no mundo do trabalho, na política e da distribuição de renda. A cada dia, a situação dos empobrecidos se agrava, e prevalece a lógica do sistema capitalista acirrado com a luta pelo acúmulo cada vez maior de capital.

Transferência de Renda como uma política pública concebida no âmbito do direito à cidadania com perspectiva de estabelecer uma relação direta Estado/cidadão, com transferência monetária alocada diretamente aos beneficiários, com possibilidade de contribuir para mudanças nas práticas políticas e na democracia, pela perspectiva de superar o clientelismo e o uso eleitoreiro que têm marcado as políticas sociais brasileiras. (YAZBEK, 2007, p. 191).

Mediante a afirmação observamos que o apoio contra a pobreza terá função relevante, pois envolve muito mais que atenção e medidas paliativas, trata-se do resgate de vida e da autoestima de cada um para encarar e/ou emergir de uma trajetória complicada de vida que cada um carrega, movidos pela depressão e diversos problemas familiares e econômicos que acabam por enfraquecer sua autonomia. Morais e Ranciaro (2002-2003, p. 49), acrescentam que essa auto estimulação gera “dessemelhança” e a queda da solidariedade

entre os homens, à perda da identidade, o que nos leva a refletir o descaso social e as formas eficazes para o tratamento dessas mazelas.

Nessa instância o acolhimento contra a pobreza e o Bolsa Família não seria aqui o único problema a ser analisando, mas também a questão dos laços familiares que são quebrados em decorrência dessas transformações econômicas e sociais no seio da sociedade.

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miséria, vivendo da rua, sob os viadutos e marquises. As pessoas se aglomeram nas ruas da cidade na expectativa de se alimentarem das sobras do luxo social, sem qualquer amparo, principalmente a idosos e pessoas com deficiência.

Define necessidades a serem satisfeitas em função do modo de vida predominante na sociedade em questão (...). Implica, consequentemente, delimitar um conjunto de

indivíduos ‘relativamente pobres’ em sociedades onde o mínimo vital já é garantido

a todos. (ROCHA, 2003, p. 11).

Os problemas econômicos e sociais do Brasil se concentram e eclodem em grande medida nos centros e nas áreas urbanas promovendo uma situação de miséria. Na realidade, a problemática da pobreza é intimamente ligada à forma de organização social no Brasil, marcada pela concentração de renda, desigualdades sociais, condições de vida urbana, com moradias e educação de formas precárias.

O crescimento desordenado causa sempre grande impacto, principalmente com as pessoas sem qualificação, pois a nação cresce conforme o capitalismo, pois esse sempre exige pessoas qualificadas para que ele possa crescer cada vez mais, quando temos uma educação de baixo nível, onde muitos ficam excluídos, principalmente os que não tem qualificação, causando com isso a desigualdade social.

E esses fatores, determinantes da situação de pobreza favorecem o entendimento e a legitimação desta situação, inclusive pautando suas denominações no transcorrer da história.

O protagonismo deste grupo no processo de libertação e superação da situação vivida. No entanto, a interação com grupos que tinham presente a dimensão religiosa trouxe outra interpretação a esta expressão, que se desgastou e adquiriu conotação pejorativa. Surge, ao poucos, a consciência de não se tratar mais de pessoas isoladas na rua, mas de um grupo expressivo de pessoas excluídas dos direitos sociais. O termo sofredor È substituído por novas terminologias com preocupações sociais e econômicas como povo da rua, morador de rua e outros. Povo quis reforçar a consciência de grupo, morador quis expressar a negação de um direito. (COSTA; DIAS, 2005, p. 17).

Muitas vezes os próprios pobres não querem ser protagonista destes cenários, mas, a própria sociedades os põem como protagonista. Mesmo assim, ambos procuram soluções, até pelo fator do sofrimento pessoal, aumento da violência e outros tipos de agressões que estão ligados a própria miséria. Assim leva a uma reflexão sobre o lado de vulnerabilidade.

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Expressa muito bem o sentido da representação e a importância da pobreza para todo o cidadão, constituindo-se como direito e a Proteção Social de alta complexidade necessária nas adversidades da natureza, principalmente aos que sofrem em função da vulnerabilidade estampada na vida dos cidadãos invisíveis.

Para isso faz-se necessária a aproximação com os desafortunados das cidades no sentido de estabelecer relações que avaliem todas as circunstâncias que vitimavam essa parcela da população, a fim de encontrar mecanismo de reintegração ao amparo do poder público como promotora de cidadania.

No que tange a estrutura social de cada indivíduo, para minimizar esta pobreza –

não depende necessariamente de vontade de cada um, mas sim das oportunidades alheias a esta, na perspectiva da cadeia produtiva. Com isso leva-nos a concordar que o homem possui infinitamente potencialidades laborais, para desenvolvê-las necessitam de recursos, apoio, e muitos estão sujeitos aos donos do capital para esse crescimento, quando essa capacidade não é de interesse do Capital, ou seja, explorada, esta fica tolhida ao acaso que podem surgir até mesmo dentro desses asilos, carecendo suscitar as habilidades laborais que ultrapassem atividades de terapia no processo de desenvolvimento e autonomia daqueles que já estão esquecidos enquanto classe trabalhadora.

[...] A estrutura social e o Estado decorre constantemente do processo de vida de determinados indivíduos; mas não resulta daquilo que estes indivíduos apresentam perante si mesmo, ou perante outros, e sim, daquilo que são na realidade, isto é, como agem, como produzem materialmente, como trabalham, portanto, em determinados limites, premissas e condições materiais que não dependam da sua vontade. (MARX, 2005, p. 25).

O trabalho, no sentido de minimizar a pobreza, mostra-se como essência e a razão da própria existência do homem, enquanto instrumento que proporciona vida e prosperidade, é praticamente impossível seguindo a premissa das condições materiais.

Ao refletir o resultado do desenvolvimento e avanço econômico não podemos deixar de observar que também foi volumoso o crescimento da pobreza.

É importante salientar que a pobreza atual não teve a absorção total da mão de obra por parte das atividades industriais, um contingente de trabalhadores passou a conviver com a favelização, criminalidade e uma cadeia de fatos de vulnerabilidade social, o número de desempregados e subempregados foi muito grande, nossa sociedade não estava preparada para configurar com esse novo cenário, motivo que até hoje ainda não está deixando ao descaso social.

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1.2 Análises de políticas de transferência de renda no mundo

Diversas notícias têm enfatizado uma análise das políticas de transferência de renda no mundo. Os acontecimentos das últimas décadas colocaram o excluído social sob o foco de interesse nacional, sem um retrato honesto de sua vida nas diversas comunidades e países, onde se encontram sem representatividade. Nasce assim a necessidade das nações buscarem inserir essas pessoas no contexto econômico, social e cultural, pois, ainda existem pessoas que encaram o miserável como um mau elemento.

Euzéby (2004) também demonstrou com dados empíricos que os Programas de Renda Mínima são eficazes, especialmente no que tange à redução da pobreza. Na Dinamarca, em 1997, a taxa de pobreza era de 29% antes das transferências de renda e passou para 8% após a sua introdução.

Este é o caminho a ser trilhado e pessoalmente pode haver uma enorme satisfação em se ter uma política de transferência que tenha respaldo econômico e cultural dos governos.

O mais importante na política de transferência é que deveria motivar os brasileiros e outros governos a um envolvimento maior nos problemas de suas próprias comunidades, com o intuito de evidenciar o momento de ficarem com os braços abertos e solidários às pessoas que buscam qualidade de vida, renda e crédito.

Em 1961, a Alemanha criou um programa denominado auxílio social (Sozialhilfe), que mudou de nomenclatura em 2005 para Arbeitslosengeld II, o qual tem contribuído decisivamente para que nesse país não exista praticamente fome e miséria. O Programa Arbeitslosengeld II é orientado sob a ótica dos direitos, ou seja, não existem condicionalidades, as pessoas podem recorrer ao auxílio enquanto não encontram um trabalho que julgarem ser mais digno. (ZIMMERMANN; FROTA, 2009).

Isto com certeza motiva muita gente em transformar suas vidas, interessados pela renda e sobrevivência.

A relação de renda em vários países tem sido, na verdade, não muito positiva, onde não se possui políticas satisfatórias praticadas pelos governos, como no México, Argentina e outros.

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O conteúdo essencial do modelo de relações internacionais definido pelos europeus era a chamada política das portas abertas. A periferia não tinha opção, quando firmava tratados: abria seu mercado aos manufaturados europeus e voltava-se para atividades primárias. O liberalismo europeu continha apenas uma face, para fora. Os países europeus somente aceitarão o liberalismo para dentro quando dispuserem de vantagens comparativas intangíveis, como o conhecimento, a tecnologia e a organização empresarial. A economia ricardiana, de prevalência do livre comércio, primeiro na periferia e depois no centro, induziu, desse modo, a divisão internacional do trabalho, na qual a periferia, como a América Latina, voltava-se para relações em que prevaleciam as vantagens comparativas de tipo natural. Centro e periferia submeteram-se, como evidencia a pesquisa dos latino-americanos desde 1950, a funções complementares que reproduziriam simultaneamente as condições de desenvolvimento e de subdesenvolvimento (CERVO, 2013, p. 4).

Na verdade, embora as nações possam se queixar com justiça de práticas de subsídios, as mesmas devem provar que estão certas, ou seja, apesar da pressão política, os casos de políticas de transferência são julgados com base em dados precisos.

Os canadenses, por exemplo, buscam o melhor que o mundo tem a oferecer, ou seja, os mesmos querem qualidade, e embora a indústria possa gostar de algumas barreiras comerciais, taxas, rendas e juros, pode apostar que a população almeja dias melhores. Os canadenses estão começando a compreender que a política de transferência com taxas menores e a política de renda é a mola propulsora da economia na proporção em que o mesmo produz bons empregos e eleva o padrão de vida dos mais carentes.

O Brasil está tentando inovar e incrementar a política de transferência com o bolsa família que o país prossegue na modernização da sua infraestrutura, aos mais carentes que são essenciais para a economia. O Brasil tende a desempenhar um papel mais participativo na transferência e isso facilita também as carências de pessoas em busca de trabalhos. A questão de um país bem visto em termos econômicos de transferência de renda satisfatória é bom para facilitar também novos estímulos para a mão de obra.

Os melhores dados se referem ao Reino Unido, onde há pesquisas domiciliares de abrangência nacional desde 1939. Nenhum outro país conta com boas pesquisas domiciliares tão antigas e comparáveis. Os dados ingleses advêm da Survey of Personal Incomes. Apesar dos dados serem coletados por uma pesquisa domiciliar, eles se referem à distribuição da renda per capita entre domicílios fiscais. Embora o conceito de domicílio fiscal seja próximo do conceito de domicílio, não é idêntico, e isso leva a diferenças potenciais entre as duas distribuições de renda. Por exemplo, frequentemente é vantajoso para cada um dos cônjuges declarar seus impostos separadamente, embora isto fosse mais raro no período sob análise. Se os dados fossem oriundos das estatísticas fiscais, haveria ainda o problema de omissão de dados dos domicílios mais pobres, que não declaram imposto de renda. No entanto, no caso da Survey of Personal Incomes, trata-se de uma pesquisa domicilia (SOARES, 2010, p. 6).

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econômico está entrelaçado, contribuindo assim de certa forma para mudanças favoráveis na pobreza.

Com o ritmo das negociações em termos de transferência de renda e sua política, por exemplo, não existe razão para o Brasil discordar de negociações para impulsionar rendas aos mais carentes, pois isso tudo impulsiona o ritmo de crescimento sendo favorável àquelas pessoas que querem uma vida melhor.

O México é uma das nações da América Latina que adotou medidas de combate à miséria absoluta com o “Progressa”, com foco nas famílias rurais que se destina a atender, também, as famílias urbanas (VILLATORO, 2005).

Conforme teóricos há necessidades e buscas de satisfação dos governos e como reagir quando não consegue alcançar os objetivos. Baseado nisso percebe-se a relação com o processo de transferência, na busca de realizações.

É notório o processo de transferência desde os anos 90-2000, a partir dessa época as nações, como a do México, buscavam conquistar segurança econômica, mais notadamente devido a conflitos, guerras e outros.

Oportunidades funciona con corresponsabilidades: los apoyos monetários (para la alimentación, educación) son condicionados al cumplimento de condicionalidades: asistencia de losmiembros de la familia a los servicios de salud y de los titulares a sesiones de salud; asistencia regular de los niños a la escuela. Pero México amplió la población objetivo del programa por médio de la incorporación de los adultos mayores de 70 años integrantes de las familias beneficiarias. El país también promueve outra innovación com jóvenes em Oportunidades que funciona como estímulo a la conclusión de la educación media superior. Los jóvenes reciben 300 dólares como ahorro para lo que quieran hacer (FONSECA, 2001, p. 10-11).

Na verdade, são melhoria das condições de vida, em busca de crescimento social, com foco em bancos, governos que possam dar um crescimento aos mais pobres.

A linha de pobreza simplesmente aponta a renda monetária necessária para que um indivíduo possa ter acesso a uma cesta de bens e serviços essenciais à satisfação de suas necessidades básicas. Mas como determinar quais das necessidades são básicas? Uma saída seria tentar utilizar um critério fisiológico e definir necessidades básicas como o imprescindível para garantir a sobrevivência física (DUPAS, 1999, p. 24).

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Criticar a posição do governo é uma forma de exploração barata da imprensa, que utiliza os problemas de renda e pobreza, insuflando um nacionalismo baixo, explorando sentimentos de orgulho nacional ofendido, sem entrar realmente nas causas existentes quer nas nações que recebem ou mesmo nas nações que não possuem uma política de transferência de renda.

Uma bolsa indica algo temporário, passageiro, que possui um prazo para terminar, sem levar em conta a situação de vulnerabilidade das pessoas. Um direito não pode se concebido na forma de bolsa, temporariamente, mas como algo permanente, a ser auferido enquanto houver um quadro de vulnerabilidade social (ZIMMERMANN, 2006, p. 41).

Portanto, é importante a questão da transferência e uma política e dos aspectos internacionais nas relações entre os países que precisam atuar numa renda aos mais pobres e são consequências serias que começa desde a sua origem e se coloque os motivos do fracasso de uma má distribuição nas autoridades e haja a percepção da realidade e por fim criticar o próprio envolvimento com o Brasil.

La crisis económica y los programas de ajuste agravaron la pobreza y fue en este contexto que surgieron en nuestra región las redes de protección social para focalizar en los grupos más vulnerables. Es también en este contexto y por la mitad de los años 90 que surgen em la región los primeros programas de transferencias condicionales de ingreso. En resumen, reforma en los modelos de seguro y transferencia monetária condicionada para los más pobres (FONSECA, 2006, p. 7).

De fato, os comentários sobre a pobreza e a má distribuição de renda são superficiais, pois se aplicam a outros países que não possuem uma política de transferência coerente e justa, onde lucram sendo uma forma para se preencher buracos no Governo ao mesmo tempo não ter nenhum compromisso com os pobres.

Evidente que na época de recessão, inflação e outros este contingente não é mais necessário e então começa a se desenvolver a economia de desempregados corajosa se transformando numa melhoria, toda e qualquer cultura, para toda uma comunidade.

1.3 Análise sobre exclusão social

A exclusão social foi originada para compreender e poder amparar no futuro as pessoas onde, principalmente no Brasil, o modelo foi muito desfocado comprometendo o setor das pessoas e das relações econômicas e sociais.

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tornando-se insustentável sem uma transformação drástica do sistema social e político brasileiro.

Para entendermos a exclusão social são necessários vários recortes, pois se trata, ao mesmo tempo de um fenômeno, um processo, uma lógica que possui várias interpretações. Esta multiplidade de concepções permite afirmar que a exclusão social é relativa, cultural, histórica e gradual. Isso significa que a exclusão social pode variar entre os países, em diferentes momentos de um mesmo país, como também variar na sua graduação em um mesmo momento. (SPOSATI, 1999, p. 65). De fato, os programas do governo em distribuição de renda foram usados para outras finalidades, diferentes dos interesses da inclusão social. Os mesmos na verdade foram utilizados na constituição e na elevação de capital de diversas empresas, como compensação pela execução de serviços e de consumo através da renda gerada pelo pagamento de benefícios.

O Índice de Exclusão Social (IES), com a perspectiva de que ele se constitua numa boa aproximação, ou mesmo numa boa tentativa de captação de percentuais de pobres, ou de excluídos no Brasil, entendida no seu sentido amplo, bem como a sua distribuição entre os municípios, as grandes regiões e os estados brasileiros. Estas estimativas, obviamente, não estarão isentas das dificuldades listadas no texto, mas não se tem outra forma de busca de aferição que esteja absolutamente imune a quaisquer avaliações críticas. Estes são questionamentos que devem estar nas mentes quando estamos discutindo e analisando índices que tentam captar conceitos complexos. (LEMOS, 2007, p. 77).

A inclusão social procura proteger o empregador, o morador e o pobre contra os riscos e dificuldades e as pessoas precisam ter a certeza de que disporam de um poder aquisitivo que lhes permita sobreviver.

O IES foi construído a partir da identificação das dificuldades que o IDH tem para aferir padrões de bem estar (ou de mal estar) nas economias mais atrasadas, justamente por causa da falta de fidedignidade do computo da variável esperança de vida ao nascer, como já discutimos neste trabalho (LEMOS, 2007, p. 78).

Um sistema social envolve uma enorme massa de obrigações sendo necessário que cada político contribua com seu esforço, principalmente o social que se baseia no caráter contributivo.

De fato, a distribuição de renda necessita estar em ações que deem retorno positivo com as regras da inclusão social, beneficiando indivíduos de menor poder aquisitivo. Essa solidariedade com os carentes é uma regra que tende a desenvolver o social. Sendo importante identificar o sistema essencialmente como um mecanismo de minimização das desigualdades sociais.

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avaliar, a duração dos benefícios concedidos com todas as transformações conforme a forma de financiamento será suficiente para cobrir os benefícios mantidos em termos de local. (KOGA, 2001).

O equilíbrio local é importante não apenas para dar segurança aos excluídos, cuja expectativa é se beneficiar, mas também garantir segurança dos que necessitam de um auxilio de renda.

Para que aconteça de fato a estruturação da inclusão social não basta somente impor novas normas, e sim iniciar a dar suporte às estruturas em todas as classes mais necessitadas.

No entanto a situação somente irá ter resultados positivos se a pobreza, que é formada por excluídos de baixa e média renda, possuir uma política social compatível com a dignidade dos envolvidos.

A exclusão social deveria ter uma política social igual para todos, principalmente no tocante aos direitos dos mais necessitados, que também é um processo demorado.

As pessoas acham que os responsáveis pelos prejuízos da exclusão social são os governos, porém, na verdade, tende a ter mais causas. Há problemas não antevistos por quem organizou e desenvolveu toda a sistemática do sistema social.

O debate em torno da exclusão social é bastante atual. Nesta virada de milênio, quando a ciência e a tecnologia atingem elevado grau de desenvolvimento, é de se indagar por que a sociedade continua a permitir tanta desigualdade e tantas desvantagens para grande parte da população no desenvolvimento de seu potencial humano. Sabe-se que esse processo não é novo. Desde os primórdios da história, encontram-se formas de dominação e de apartação entre os homens. Superá-las é o desafio. (SPOZATI, 2000, p. 30).

De fato fazer um juízo de valor sobre esta problemática sem ter uma pesquisa real, não se obtém resultados fiéis e positivos sobre o contexto exclusão.

Conforme a inclusão para desenvolver-se do país, tende a possibilitar uma melhor organização o que gera maiores distribuição de renda e diminuição das taxas, assim como decréscimo do emprego e tendência de aumento no social com sucesso. (BOWLES, 2001).

Toda esta transformação tem também o intuito de abolir as coisas erradas na exclusão como má distribuição de renda, localização e outros, sendo denotada como grave em todas as relações políticas do País.

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1.4 Análise do IDH

Se analisarmos a relação do desenvolvimento humano de um ponto de vista de uma população ativa, certamente teríamos uma concepção de sobrevivência de um segmento populacional.

Pelas próprias características de organizações do crescimento humano os pobres carregam consigo as marcas das diferenças sociais a que estão condenados, as relações que são estabelecidas, no dia a dia, demonstram pelas representações sociais os inícios onde se pode observar tanta carência, assim como as forma de comportamento de cada um.

Um outro problema, não menos importante, é que as análises associadas ao debate sobre desenvolvimento humano tendem a desconsiderar a importância das relações de poder internacionais,na produção da desigualdade de acesso à riqueza entre os países pobres, com consequências sobre as desigualdades internacionais, centralizando a discussão no debate sobre a eficiência da ação do Poder Público. (CARDOSO, 1998, p. 46).

O comportamento dos indivíduos não se baseia nas suas vontades de conduta, porém o próprio habitar onde se convive determina seja ele governamental ou até mesmo dos próprios miseráveis que aumentam a cada dia.

A utilização desses conteúdos para a noção de desenvolvimento humano, ou mesmo a utilização da comparação internacional como metodologia revelam um viés etnocêntrico que toma os padrões ocidentais modernos como modelos a serem atingidos por todas as nações do planeta. Por exemplo, em sociedades com baixo grau de institucionalização das relações mercantis, a renda é um critério pouco efetivo para avaliar a produção e a circulação de bens e riquezas. Da mesma forma, existem sociedades em que o acesso ao conhecimento se dá a partir de meios ligados à tradição ou transmissão oral, mais eficaz para lidar com as realidades locais, do que a alfabetização. (CARDOSO, 1998, p. 46).

Na verdade, a própria complexidade dos meios de vida dos necessitados, devido a vários fatores e formas de vida que esses indivíduos já vivenciaram e também pelas quais passam a desenvolver, muitas até pelo próprio motivo de sobrevivência e de estar convivendo em lugar que não seja família.

Ao fazer uma análise de vida desses indivíduos, pode observa que muitos já trazem consigo herança dos seus antepassados, grande parte dos miseráveis pode observar que vai se passando der geração para geração, o desagregamento familiar e um dos grandes fatores, com isso fazendo que o poder público esteja sempre presente nas situações por eles impostas.

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há disponibilidade de indicadores tão cômodos – como a ambiental, a cívica, ou a cultural – é duvidoso que seja essa média aritmética a que melhor revele o grau de desenvolvimento atingido por uma determinada coletividade (neste caso o município). Ao contrário, é mais razoável supor que o cerne da questão esteja justamente no possível descompasso entre o nível de renda obtido por determinada comunidade e o padrão social que conseguiu atingir, mesmo que revelado apenas pela escolaridade e longevidade. (VEIGA, 2003, p. 12).

A inserção do miserável em uma melhora de qualidade de vida, para o IDH não se dá de forma repentina, e sim gradativamente. Como índice sempre observa os dados relativos a renda, quantidade de desempregados dificultam uma melhora no índice, principalmente no que diz respeito as causas da pobreza. Situação essa que o miserável necessita de tempo para poder se qualificar e com isso melhorar sua renda.

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2 O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA

2.1 Programa Bolsa Família no modo geral

O Bolsa Família é considerado uma modalidade de transferência de renda direta em um curto prazo, já que o governo age através de depósitos para os beneficiários e representa a maior fonte de recursos de curto prazo para aqueles que possuem o perfil para o benefício.

A criação do Programa Bolsa Família - PBF foi determinada essencialmente por dois aspectos básicos: o primeiro foi de ordem política relacionado a criação do Programa Fome Zero, criado em 2003, que após um ano não apresentou resultados concretos e o segundo de ordem técnica gerencial, decorrente de uma avaliação realizada no período de transição de governos em 2002, onde registrava-se a fragmentação administrativa de programas de transferência condicionadas de renda (MESQUITA, 2007, p. 22).

Na verdade, o programa é hoje uma ferramenta tão importante na vida das pessoas mais carentes que já é do cotidiano que o mesmo seja mantido para outras administrações políticas posteriores.

Além de possibilitar o aumento nas rendas da família e seu nível de atividade econômica, estimula o consumo influenciando a demanda e a produção das empresas, ajudando as pessoas na obtenção de moradia, serviços, bens e alimentos.

Para Rodrigues (2011) a palavra Bolsa Família tem um significado importante nas rendas atuais do Governo e do social brasileiro. A nomenclatura tem como característica acreditar em transformar em mais renda e em melhoria de qualidade de vida dos pobres, no Brasil. O referido sistema de ajuda aos pobres teve como origem prática no Governo de Fernando Henrique nos anos 90, porém foi no Governo do PT, nos anos 2000, que se percebeu a possibilidade de alavancar maiores operações de estrutura e funcionamento do mesmo precisando ser mais atualizado e criando condicionantes sobre as transferências dos recursos aos pobres.

O mesmo Governo formou uma equipe com foco na dinâmica da economia e como poderia atender a população necessitada visualizando um futuro promissor para desenvolver alternativas aos carentes e ter uma fonte de distribuição, para sair da condição da miséria em que viviam.

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Um aspecto importante com relação ao programa são as dificuldades enfrentadas pelo segmento e falta de recursos. O governo neste aspecto possui participação no crescimento, pois tem implementado ideias com as instituições destinadas às pessoas que precisam de renda.

O Bolsa Família reúne importantes considerações e pode ser considerado fruto de uma ação simples como: melhorar a vida do brasileiro, as garantias reais e manter qualidade de vida melhor em relação a antes do fato. O programa se revela numa tentativa de atingir segmentos pobres, em especial subempregados, miseráveis e famílias sem sustento (WEISSHEIMER, 2010).

Na visão do Governo a falta de renda é um dos principais entraves para o desenvolvimento do país que representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e 60% dos empregos, conforme dados há a necessidade de pesquisa mais criativa sobre as rendas e sua distribuição.

2.2 Objetivos básicos do Bolsa Família

De acordo com o art. 4º da Lei Nº. 10.836/2004 são objetivos básicos do Programa Bolsa Família com relação aos seus beneficiários:

I - Promover o acesso das famílias mais pobres à rede de serviços públicos, em especial os de saúde, educação e assistência social; II - Combater a fome e incentivar a segurança alimentar e nutricional; III- Estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza; IV- Combater a pobreza; e V- Promover a intersetorialidade, a complementaridade e a sinergia das ações sociais do poder público (MDS, 2004)

Na obtenção do benefício é preciso o desenvolvimento, como também a visão de concessão de renda às pessoas mais carentes. Na verdade o programa é o mecanismo novo de renda para aqueles que estão na miséria absoluta e para carentes que não têm acesso as garantias reais de uma vida melhor .

Para Suarez e Libardoni (2007) a capacidade de vida deixa de ser o principal ponto analisado no Bolsa Família para ser considerado o mesmo peso destinado aos pobres. Ao se concentrar no futuro as pessoas são capazes de gerar renda, dias melhores e superação da pobreza sendo o diferencial deste mecanismo.

A noção de que os pobres têm que receber dinheiro é respaldada pela transferência de renda direta que os coloca numa situação de inferioridade. O Bolsa Família apresenta essa

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No fim de 2009, o Bolsa Família atendia cerca de 12,4 milhões de famílias em todos os municípios do Brasil, envolvendo recursos de R$ 11,3 bilhões. Esses valores representam 0,39% do PIB de 2008, o que indica o custo relativamente baixo do programa, considerando o retorno positivo em termos de combate à pobreza, de redistribuição de renda e de inclusão social. A estimativa do governo federal é de que, em 2010, o programa aplique R$ 13,1 bilhões em transferência de renda direta (WEISSHEIMER, 2010, p. 34).

Por isso o impacto social do referido programa é positivo, dada a situação de miséria no Brasil sendo uma forma de se democratizar o acesso melhor à renda. O mecanismo vem firmando-se como uma importante estratégia destinada a enfrentar a exclusão social.

Para Schwarzman (2009), o Bolsa Família tem sofrido limitações como a alta taxa de mortalidade durante o primeiro ano de vida e a falta de confiança dos políticos, mas esse sistema conseguiu alcançar os mais pobres subutilizando seu potencial para combater a pobreza.

Nos últimos anos, é importante ressaltar que o programa tornou-se uma medida de contentamento às condições dos pobres e um novo mercado para várias outros países e portanto, fatores importantes que o bolsa está tendo dando exemplo a outras nações.

Já para Silva (2006) o Bolsa Família vem crescendo, porém é claro como o desenvolvimento do credito governamental está ajudando mais pobres a saírem das condições precárias. De fato, existem alguns cuidados a serem dados no direcionamento da sociedade com mais oportunidades, para que não seja um exemplo perdido entre os pobres.

2.3 Condicionalidades para os beneficiários

As Condicionalidades são os compromissos que as famílias devem assumir para receber o benefício do programa, visando o aumento do acesso ao social. Na verdade as condicionalidades responsabilizam os governos pela oferta dos serviços e assistência social.

No setor de saúde, as famílias assumem o compromisso de acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento das crianças menores de 7 anos. As mulheres de 14 a 44 anos fazem o acompanhamento e, se gestantes, devem realizar o acompanhamento da sua saúde e das crianças.

No setor de educação todas as crianças e adolescentes devem estar matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária.

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O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)/2013 faz o acompanhamento do programa articulado com os Ministérios da Educação e da Saúde. Já nas cidades o acompanhamento deve ser em comunhão com as áreas de saúde e educação focando:

monitorar o cumprimento dos compromissos pelas famílias beneficiárias, como determina a legislação do programa; responsabilizar o poder público pela garantia de acesso aos serviços e pela busca ativa das famílias mais vulneráveis; identificar, nos casos de não cumprimento, as famílias em situação de maior vulnerabilidade e orientar ações do poder público para o acompanhamento dessas famílias.

O governo deve fazer o acompanhamento de gestão para identificar as não obrigações e ações de famílias que não seguem a cartilha consideradas em risco.

com a condicionalidade o Programa estaria livre só do pecado da simples transferência de recursos a que muitas vezes é criticada como simples esmola. Na forma original como bolsa-escola, os pais precisariam recíproca mandando os filhos para a escola; na forma ampliada além da escola, as crianças precisam ser vacinadas, as mulheres grávidas precisam fazer o pré-natal e seguir outras orientações do Ministério da Saúde (SCHWARZMAN, 2009, p. 2).

Na verdade, o programa é um desenvolvimento local que vai muito além do simples ato da renda. Tem início com a escolha de famílias carentes despertando a sensibilidade para a solidariedade e a colaboração enquanto estratégia de um modelo de desenvolvimento justo e sustentável.

Para Britto (2010) o programa oferece aos mais carentes acompanhamento para melhor renda distribuída, com o intuito de integrá-los de forma competitiva facilitando a movimentação dos que precisam.

A tomada de decisões deste mecanismo é muito oportuna, em oferecer uma renda e sustento das famílias.

Para Mesquita (2007) o processo de realizar distribuição de renda, emprego e novas oportunidades através do bolsa família tende a se aperfeiçoar pois se está levando em consideração as situações encontradas .

Com a definição de uma política voltada aos carentes surge a necessidade de levar em consideração o que de fato determina a capacidade de pagamento desses pobres, este é um fator relevante e que contribui para o sucesso do programa.

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Para Silva (2010) através deste programa o gerente consegue fazer com que os carentes realizem suas atividades no cotidiano. É essencial atentar que os pobres resolvam os problemas conforme a situação verificada pelo mesmo.

De acordo com Britto (2010) as noções de bolsa família são antigas e alguns estudiosos destacam que foram encontradas evidências no governo anterior ao LULA, mas o mesmo não deu prosseguimento como poderia ser feito.

Entretanto, até mesmo nos dias de hoje, o Bolsa Família cumpre importante papel na economia, principalmente pelo meio de renda.

2.4 Valores do benefício

O quantitativo que cada família recebe é baseado no perfil no Cadastro Único, mais precisamente nas informações familiar, onde verifica-se a renda mensal per capita, o quantitativo de integrantes, de crianças e adolescentes de até 17 anos, além da existência de gestantes.

O Programa estabelece benefícios: de R$ 70,00 dentre outras características especiais como:

Concedido apenas a famílias extremamente pobres, ou seja, com renda mensal por pessoa menor ou igual a R$ 70,00; Benefício Variável de 0 a 15 anos: R$ 32,00 Concedido às famílias com crianças ou adolescentes de 0 a 15 anos de idade; Benefício Variável à Gestante (BVG): R$32,00 Concedido às famílias do PBF que tenham gestantes em sua composição; Pagamento de nove parcelas consecutivas, a contar da data do início do pagamento do benefício, desde que a gestação tenha sido identificada até o nono mês; A identificação da gravidez, necessária para a concessão do BVG às famílias do PBF, é realizada no Sistema Bolsa Família na Saúde e no Sistema de Condicionalidades. O Cadastro Único não permite identificar as gestantes. Benefício Variável à Nutriz (BVN): R$ 32,00. (MDS, 2012).

Com relação ao beneficio para a superação da pobreza, o mesmo independe da composição de família. Com renda mensal de 70,00, “o Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 70 a R$ 140) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 70)” (CGU, 2013, p. 9).

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assegurar a qualidade do seu desenvolvimento e da atenção aos carentes prestada pelas equipes de trabalho e a participação dos atores envolvidos na organização da estratégia e na oferta e demanda, são importantes nas ações e qualificação do mencionado programa.

Portanto, vai se configurando no Brasil, uma postura de relação entre os programas de renda voltada para a geração de novos conhecimentos e novas formas de organização do mecanismo referido. As ações devem buscar a participação conjunta dos governos estaduais também sobre os distintos aspectos relacionados às ações de controle do programa e com uma vida mais saudável. (SUAREZ; LIBARDONI, 2007).

Buscando superar as diversas limitações relacionadas à expansão da estratégia do programa são incentivar o número de equipes para o trabalho na estratégia e fortalecer os processos de renda.

Muitos profissionais vêm se engajando em experiências de atenção ao programa bastante inserida no meio operacional onde passam a conviver com seus movimentos e, sua dinâmica interna, o pioneirismo do Bolsa Família tem propiciado que governos inovem de forma criativa a relação com as pessoas. (SCHWARZMAN, 2009).

Apesar de aparentemente trivial, o Bolsa Família ainda é um conceito que requer maiores enfoques para os Governos e população as quais se busca associá-la estabelecendo uma definição própria. “A unificação, ainda, segundo seus formuladores, pode contribuir para melhor focalização nas famílias consideradas elegíveis no campo de enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil, permitindo ainda o desenvolvimento sistemático do monitoramento e avaliação do programa” (SILVA, 2010, p. 33).

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3 BOLSA FAMÍLIA E SEUS BENEFÍCIOS

3.1 Bolsa Família - aspectos mais específicos

Para essa pesquisa foi realizado um estudo do Bolsa Família analisando suas estratégias de relacionamento com os pobres.

Para Bisquerra (1989, p. 74) o estudo de caso é uma análise profunda de um sujeito considerado individualmente. Às vezes pode-se estudar um grupo reduzido de sujeitos considerado globalmente. Em todo o caso observam-se as características de uma unidade individual, como por exemplo, um sujeito, uma classe, uma escola, uma comunidade, etc. O objetivo consiste em estudar profundamente e analisar intensivamente os fenômenos que constituem o ciclo vital da unidade, em vista a estabelecer generalizações sobre a população à qual pertence.

A principal finalidade desse estudo foi desenvolver o embasamento teórico, e na leitura interpretativa busca-se ir além dos dados a sua ligação com conhecimentos realizados. Esta pesquisa foi realizada através de pesquisa bibliográfica e estudo de caso com a utilização do estudo do Bolsa Família X Melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.

O estudo é exploratório e descritivo que permite ao investigador aumentar sua experiência em torno de um determinado problema, explorando o tema, criando maior familiaridade em relação ao fato pesquisado. A partir dos dados produzidos podem-se formular sugestões para melhoria de práticas de distribuição identificando-se desta forma, com o objeto da pesquisa.

A pesquisa bibliográfica, que foi também utilizada neste estudo busca, a partir das contribuições científicas anteriores, literaturas ou trabalhos científicos existentes sobre o Bolsa Família.

3.2 Resultados

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O Bolsa Família como resultado é o principal programa utilizado pelo governo brasileiro, Sendo referencia aos demais governos no mundo.

A ação do programa, no tocante aos mais pobres ao longo de seus dez anos permitiu o acesso a melhores rendas, rápido nas cidades brasileiras, Nordeste em especial com o atendimento personalizado no local.

O trabalho desta estratégia do referido programa na sua determinação, e nas regiões citadas acima permitindo prospectar com dignidade os mais carentes em todo o Brasil. O comprometimento gera responsabilidade, fazendo com que, através do programa, as metas possam ser alcançadas.

O programa na verdade, possui três vertentes, ou seja, na transferência de renda, ações e outros projetos condicionantes. A transferência incentiva os recursos para a miséria. As condicionalidades e seus programas reforçam o crescimento setores de educação, saúde e assistência social. No tocante os programas adicionais objetivam o desenvolvimento das famílias, superando as deficiências (PIRES, 2008).

A gestão deste programa é amparada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Conforme a Lei nº 10.836/2004 e regulamentado pelo Decreto nº 5.209/2004. A escolha das famílias para o programa referido é realizada conforme as informações registradas pelas cidades com Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, e coleta que tem como intuito todas as famílias de baixa renda. Conforme dados, o Ministério seleciona as famílias que serão incluídas no Programa e o cadastramento não implica a entrada das famílias no programa.

De fato, quanto mais baixas forem a urbanização e a densidade, menos será a concentração populacional, maior o custo de se cadastrar uma família como beneficiária do programa e, naturalmente menor seria a probabilidade de benefícios. (GALASSO; RAVALLION, 2005).

Em um mundo com característica de concentração das riquezas, programas de distribuição de renda e de combate a fome são importantes ferramentas em prestigiar a população.

O mencionado programa como um todo, deve ser conquistado levando em conta todos os fatores organizacionais, quanto a distribuição de renda, pois a realização não dependem somente de um bom negócio, mais sim da satisfação do governo em levar adiante a sua operacionalização.

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repasse é liberado de uma só vez em no máximo sete dias úteis após a vista do credito. O programa atende aos pobres de todo o Nordeste, e Brasil”.

Na verdade o que o autor acima quis dizer é que, o programa poderá ter seu negócio e no cotidiano pode-se verificar que esta tarefa não pode ser realizada a parte, ou seja, levando em consideração todos os fatores envolvidos.

Os resultados da pesquisa confirmam que a liberação dos recursos vem sendo realizada de acordo com a proposta formalizada pelo programa. Mesmo com um pequeno atraso, o recurso é liberado com relativa rapidez facilitando a operacionalização do programa.

O recurso é importante para o sucesso de toda a população carente onde o administrador necessita conhecer o mesmo e saber conduzir. O comportamento também para o Governo envolve funções como planejar, dar informações, avaliar, entre outros.

Conforme Melo Neto (2002, p. 141):

apesar dos avanços na infraestrutura local, em 2007 foi realizada uma pesquisa pela Associação de Moradores e constatou-se que a pobreza e a fome eram devastadoras no Brasil, em especial do nordeste. Da sua população economicamente ativa, 90% tinham renda familiar abaixo de dois salários mínimos (U$100), 80% estava desempregada, e os pequenos produtores não tinham como trabalhar devido à falta de acesso ao crédito e à ausência de uma estratégia de comercialização de seus produtos.

A Taxa de Desemprego, por exemplo, corresponde à proporção da população residente economicamente ativa de 16 anos que se encontra sem trabalho conforme espaço geográfico.

Já a Taxa de Trabalho Infantil refere-se à proporção (em termos percentuais) da população residente com 10 a 15 anos de idade que se encontra trabalhando em determinado espaço geográfico.

A Taxa de Analfabetismo corresponde ao percentual de pessoas com 15 anos ou mais de idade que não sabem ler e escrever, no idioma que conhecem, na população total residente em determinado espaço geográfico.

Na verdade, a variável Taxa de Pobreza correspondente em termos percentuais, das classes de rendimento mensal domiciliar per capita até 1/4 de salário mínimo, cujas informações em Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita (Resultados Gerais da Amostra do Censo 2010, divulgados pelo IBGE/SIDRA), constitui disparidade de renda da cidade.

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corresponde às transferências legais da União e dos Estados para os Municípios. (IBGE, 2010).

No tocante às variáveis de modernização, a variável Taxa de Urbanização é proporcional entre a população residente em áreas urbanas e a população total em 2010. Enquanto a Densidade Demográfica é dada pela razão população total e a área quadrado do município (hab/km2).

Com relação à Taxa de Domicílios com Eletricidade corresponde à proporção, de domicílios particulares permanentes que possuem energia elétrica, conforme Censo IBGE 2010.

Considerado por alguns o mais importante programa social já realizado no Brasil e como perpetuador da dependência das famílias assistidas por outros, o fato é que pesquisas apontam melhores índices em vários setores após a implementação do Bolsa Família. Durante apresentação no ano passado, o presidente do Ipea afirmou que em dez anos, o programa ajudou a reduzir 28% da pobreza do país, quatro vezes mais que nos dez anos anteriores a sua criação. Segundo Neri, a miséria subiria 36% se não existisse o Bolsa Família. Segundo o Relatório Mundial da Saúde 2013, o Bolsa Família reduziu em 17% o índice de mortalidade infantil nas 2.853 cidades pesquisadas, entre 2004 e 2009. O estudo apontou também que o Programa foi responsável direto pela diminuição de 65% das mortes causadas por desnutrição e por 53% dos óbitos causados por diarreia em crianças menores de cinco anos. (CONTASABERTAS, 2014).

Gráfico 1 –Programa Bolsa Família (PBF) - valor total dos benefícios em dezembro - período 2004 a 2012

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Analisando o gráfico 1, constatamos que em todo o Governo o valor destinado ao programa só aumenta. A todo ano o governo gasta 17% em recursos com a redistribuição.

Gráfico 2 – Evolução da taxa de crescimento dos gastos do programa, portal - 2004 a 2012

Fonte IPEADATA

Principalmente nos anos 2000/2008 observou-se que como consequência, os pobres devem decidir em qual atividade produtiva irão aplicar o dinheiro do programa, pois parte-se do pressuposto de que eles sabem o que fazer para sair da miséria e gerar renda. No intuito de reduzir a taxa de renda nasce uma forma de melhorar de vida e conseguir melhores condições de vida.

A disponibilidade de crescimento através do programa para pessoas de baixa renda é essencial instrumento para a melhoria da qualidade de vida das famílias mais necessitadas, pois resulta numa elevação de renda e em melhores condições de saúde e alimentar.

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As desigualdades regionais na oferta de créditos também constituem um desafio, sendo necessário praticá-las nas localidades menos desenvolvidas a fim de minimizar as disparidades. De fato sugere-se que os programas os quais tendem a possuir uma estratégia sejam voltados para o combate à pobreza e não apenas a substituir iniciativas de proteção para os pobres como poderiam ser mais integrados.

O estudo em relação à cidade Fortaleza concentrou-se mais notadamente, aos miseráveis da população, conforme seus efeitos na remuneração de trabalho em termos de media e nas horas também.

Conforme dados do Jornal O povo/2013, em 2006, a renda do Bolsa Família nos 10% mais miserável girava em torno de 50%. Em 2012, chegou a 70%, ou seja, houve um acréscimo no referido programa na renda dos mesmos verificando desta forma uma dependência.

Para MDS,/2013, manter os dados reais é uma forma ideal de melhorar os programas sociais do governo que utilizam o Cadastro Único, e continuar recebendo o programa citado enfatizando sempre as famílias na sua busca e a rede assistencial de sua cidade.

Na verdade, o governo, em especial o do Ceara está preparando uma campanha em prol do Bolsa Família com foco na revisão cadastral de 13,8 milhões de famílias através dos recursos do programa .

Para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/2013, em estimativa de dez anos desenvolvendo esta distribuição de recurso ao programa 1,6 milhão de famílias abandonaram o Bolsa Família por elevação da renda, onde no Estado do Ceará, foram 123.528 famílias.

Verifica-se que o Bolsa Família foi importante, pois, foi revestido muitas deficiências encontradas nos pobres nas cidades contempladas, garantiu escolas, capacitação e renda para aqueles que estavam no cadastro do programa. Foi fundamental ter procurado trabalho com salários dignos com o programa sempre atuante.

No Ceará, 1.076.763 famílias são atendidas pelo Bolsa Família, com estimativas de custos de milhões mensais. Em Fortaleza, 718.542 famílias recebem esse benefício. (SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, 2011).

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Importante atentar para a transformação nos empregos, na qual a classe trabalhadora, especialmente os jovens tem sua conotação atingida. Neste aspecto verificamos os beneficiados pelas Políticas de Assistência Social, como o Programa Bolsa Família.

De acordo com o cadastro único/2013 se ressalta que em Fortaleza, 83,21% são solteiros e que apenas 11,55% são casados. Há um foco na evidência as mudanças das famílias brasileiras na atualidade, nas quais o tradicional modelo de família tradicional, da lugar a diminuição do matrimonio como identificador familiar

Conforme à escolaridade, o CadÚnico/2012 expõem que 14,72% dos titulares do Bolsa Família são analfabetos;apenas 3,36% concluíram o Ensino Fundamental, 10,38% cursaram o Ensino Médio completo e 0,08% o Ensino Superior. Com isso, a diminuta escolaridade se configura num grande obstáculo para o desligamento das famílias do mencionado programa.

3.3 Bolsa Família e sua melhoria na renda

Para se falar em termos de dados como se encontra as classes do Bolsa família, é importante mostra algumas referencias de pesquisa da cidade de Fortaleza e do Estado. Os bairros da grande Fortaleza, em contraste com outros estados diferentes, teve o desenvolvimento participativo em suas rendas, conforme a FGV/2012, onde 2001 e 2008, a renda média na periferia da grande Fortaleza elevou-se em quase 52,3%, passando de R$ 204,34 para R$ 311,11. Na referida capital, houve apenas 8,4% de incremento, subindo de R$ 534,91 para R$ 579,83, isso denota falta de uma política de renda mais atuante e presente.

Em relação ao Estado em geral, a elevação na renda das pessoas na etapa da análise, foi de 30,88%. Entre 2001 e 2008, o rendimento médio dos cearenses subiu de R$ 282,35 para 369,53.

De fato, o programa referido tem sido fundamental por pôr em pratica acesso a distribuição aos mais pobres, dando condições de aumentar a qualidade de vida dessas pessoas e minimizar as carências sociais.

Ressalte-se que as famílias para terem direito ao bolsa devem manter seus filhos (ou dependentes) na escola e com plena saúde com o intuito de minimizar a miséria por intermédio de transferências.

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indivíduos que vivem em Fortaleza 500 mil fazem parte da classe A, conforme informação do IPECE (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará/2010).

O foco principal, neste caso, conforme dados do IPECE/2010, é a renda per capita acima de R$ 913, em uma família padrão composta por quatro pessoas. Dessa forma, o valor deve ser multiplicado por quatro, orçando em torno de R$ 3.652.

Segundo o IBGE, 16,6% das famílias cearense vive, per capita, somente com um

quarto do salário mínimo. Quase com a mesma taxa, 16,3% das família vivem com 1 a 2 salários. A maior parte das famílias, 31,5%, vivem com mais de um meio até um mínimo per capita. Já 22,6% vivem com um quarto a um meio do salário.

Na verdade, conforme a elevação de pessoas na “A” foi a classe quem teve

aumento em dez anos, onde cerca de 1 milhão de pessoas e são 44% dos povos da referida cidade.

O referido órgão acredita que a participação da classe média se deve a ascensão de famílias que antes pertenciam à classe baixa (C), que contava, em 2010, com 873.858 pessoas. Em comparação aos dados de 2000, houve uma diminuição de mais de 200 mil.

Um dos motivos para essa elevação da classe média (B) é o aumento de empregos formais, onde em 2009 havia 41 milhões de trabalhadores formais subindo para 44 milhões em 2010. Outro motivo se dá através de transferência de renda direta através de programas como o Bolsa Família e o Brasil Carinhoso.

Figura 1 – A Dinâmica das Classes Sociais de Fortaleza no período 2000 - 2010

(38)

Conforme a figura 1 é importante mencionar que à medida que as classes baixas (C) e médias (B) tiveram melhoras com 20,1% e 44,2% e o grau de instrução também obteve melhoras, os salários não se elevaram conforme a qualidade de trabalho dos empregados e qualificação do trabalhador.

3.4 Diminuição da desigualdade

Tabela 1 – Numero de pessoas que saíram da pobreza extrema

UF

2006 2011 2012 Variação Absoluta

(%) Absoluto (%) Absoluto (%) Absoluto 2011/ 2012 Ran-king 2006/ 2012 Ran-king

Bahia 12,2 1.641.335 10,3 1.363.184 8,2 1.126.897 -236.287 1 -514.438 1

Ceará 15,0 1.211.982 10,1 858.323 8,5 718.066 -140.257 4 -493.916 2

Pernambuco 12,9 1.083.712 10,1 826.795 7,0 609.160 -217.635 2 -474.552 3

Piauí 18,6 566.182 8,6 268.633 5,1 161.492 -107.141 5 -404.690 4

Maranhão 20,2 1.260.469 15,8 1.026.077 13,8 924.515 -101.562 6 -335.954 5

Alagoas 18,3 557.366 11,0 329.723 8,7 276.066 -53.657 9 -281.300 6

Minas Gerais 3,9 728.538 2,6 484.810 2,3 450.866 -33.944 11 -277.672 7

Paraíba 11,2 411.494 6,4 236.253 5,2 196.244 -40.009 10 -215.250 8

São Paulo 2,2 860.452 1,7 679.855 1,7 666.452 -13.403 18 -194.000 9

Rio Grande do Sul 3,3 347.152 1,8 191.674 1,8 185.698 -5.976 23 -161.454 10

Rio Grande do Norte 9,9 304.548 6,6 209.718 4,8 155.434 -54.284 8 -149.114 11

Sergipe 9,9 195.563 5,5 113.766 4,2 88.724 -25.042 14 -106.839 12

Paraná 2,6 264.788 1,7 172.931 1,7 173.197 266 24 -91.591 13

Espírito Santo 4,6 153.680 2,9 97.999 2,0 68.449 -29.550 12 -85.231 14

Pará 7,4 529.634 8,3 632.105 5,8 445.897 -186.208 3 -83.737 15

Mato Grosso 4,2 123.574 1,7 51.212 1,9 59.163 7.951 26 -64.411 16

Goiás 2,8 160.678 2,1 126.827 1,7 104.779 -22.048 15 -55.899 17

Amazonas 8,3 273.747 9,0 284.393 6,2 219.995 -64.398 7 -53.752 18

Mato Grosso do Sul 3,9 92.590 1,9 46.516 1,6 39.349 -7.167 22 -53.241 19

Rondônia 6,6 100.170 4,0 60.550 3,1 47.861 -12.689 19 -52.309 20

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Gráfico 3 – Trajetória do Índice de Gini - Ceará (2001-2011)

Fonte: PNAD/IBGE. Cálculo do IPECE

A tabela 1 que diz respeito a quantidade de pessoas que saíram da extrema pobreza aponta um numero positivo onde aproximadamente 500 mil pessoas somente no estado do Ceará saíram dessa situação.

O Índice de Gini mostra uma redução histórica na desigualdade de renda no Ceará, atingindo os menores valores nas três últimas décadas. O rápido decaimento da desigualdade na primeira metade da década de 2000, promovida pela consolidação e a expansão de programas sociais, passou para uma redução mais lenta, mas não menos consistente. (IPECE, 2012).

O índice de Gini representado no gráfico 3 apresenta uma diminuição de aproximadamente 0,05 pontos que deixa claro uma mudança positiva sobre o aspecto da desigualdade. Sendo o Programa Bolsa Família uns dos maiores responsáveis pelo aspecto positivo dos dados anteriores.

3.5 Discussão dos resultados

O programa oferece oportunidade para criar de uma forma sustentável, mecanismo financeiro ao excluído que aumenta suas chances de buscar algo mais concreto. Através do estimulo a educação e criação de mais renda o beneficiário pode buscar melhorar sua qualidade de trabalho eximindo de subempregos e eliminado a pobreza elevando sua renda e de sua região melhorando assim a qualidade de vida aos mais pobres.

Imagem

Gráfico 1  –  Programa Bolsa Família (PBF) - valor total dos benefícios em dezembro - período 2004 a 2012
Gráfico 2 – Evolução da taxa de crescimento dos gastos do programa, portal - 2004 a 2012
Figura 1 – A Dinâmica das Classes Sociais de Fortaleza no período 2000 - 2010
Tabela 1 – Numero de pessoas que saíram da pobreza extrema   UF
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Referências

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