Relatório Final
Mestrado Integrado em Medicina
6º Ano
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Estágio Profissionalizante
Regente: Prof. Doutor Miguel Xavier
12 de setembro de 2016 a 2 de junho de 2017
Inês Sofia Ferreira Gomes
Nº aluna: 2011642
2 “(…) se te julgas suficientemente pago com a palavra de uma mãe, com um rosto que sorri
porque já não sofre, com a paz de um moribundo a quem ocultas a chegada da morte, se anseias por conhecer o Homem e penetrar toda a tragédia da sua existência.
Faz-te Médico, meu filho.”
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ABREVIATURAS
TEAM–Trauma Evaluation and Management
BO– Bloco operatório
CEMEF– Curtos estágios médicos em férias
CHLC– Centro Hospitalar Lisboa Central
CTG– Cardiotocografia
CVC– Cateter venoso central
ECG - Eletrocardiografia
HDE – Hospital Dona Estefânia
HSJ – Hospital de São José
INEM– Instituto Nacional de Emergência Médica
MIM – Mestrado integrado em Medicina
NMS-FCM– Nova Medical School - Faculdade de Ciências Médicas
PNS– Prova nacional de seriação
PPC– Preparação para a Prática Clínica
SU– Serviço de urgência
UC– Unidade curricular
UCSP– Unidade de Cuidados de Saúde Primários
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ÍNDICE
Abreviaturas ... 3
Introdução ... 5
Objetivos ... 5
Atividades Desenvolvidas ... 6
Medicina Interna ... 6
Cirurgia Geral ... 6
Medicina Geral e Familiar ... 7
Pediatria ... 8
Ginecologia e Obstetrícia ... 8
Saúde Mental ... 9
UC de Medicina de Emergência e Catástrofe ... 10
UC Preparação para a Prática Clínica ... 11
Outras Atividades ... 11
Reflexão Crítica final ... 11
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INTRODUÇÃO
O 6º ano do MIM da NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Nova de Lisboa é constituído por estágios parcelares, de forma a proporcionar um
ambiente de transição entre o ensino pré-graduado e o futuro e realidade prática da profissão
médica. Procura-se, então, que os gestos práticos, a convivência em ambiente médico e
hospitalar com os diversos profissionais de saúde, doentes e seus familiares predomine, de
forma a que, no término deste, o estudante de medicina se sinta preparado para enfrentar o
futuro exigente que o aguarda.
Torna-se essencial que a procura diária de conhecimento, seja acompanhada por uma
familiarização ao ambiente e recursos que terá ou não disponíveis, não descurando que o doente
é muito mais que o ser com doença e, como tal, a sua componente social e moral são tão
importantes para a cura como chegar a um diagnóstico passível de tratar.
Assim, o presente relatório tem por objetivo apresentar sinteticamente as atividades
desenvolvidas ao longo deste ano, através de uma breve descrição de cada um dos estágios
parcelares realizados, da UC opcional e UC de Preparação para a Prática Clínica. Termino este
relatório com uma breve análise crítica ao currículo e à minha passagem pela NMS-FCM.
OBJETIVOS
Por forma a tirar o máximo proveito deste ano profissionalizante, tracei os seguintes
objetivos que pretendo que sejam transversais a todos os estágios: 1. consolidação de
conhecimentos teóricos e práticos adquiridos ao longo do MIM; 2. utilizar uma abordagem
biopsicossocial na avaliação dos doentes; 3. desenvolver capacidades de abordagem e
comunicação com os doentes e familiares; 4. comunicar e discutir construtivamente com colegas
e outros profissionais de saúde de forma a desenvolver competências de trabalho em equipa; 5.
desenvolver raciocínios clínicos adequados, bem como espirito crítico, de forma a hierarquizar
hipóteses de diagnóstico; 6. ganhar autonomia e confiança necessárias à prática médica; 7.
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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
MEDICINA INTERNA (12 de setembro a 4 novembro)
Regente: Prof. Doutor Fernando Nolasco Local de estágio: Hospital Curry Cabral, CHLC
Tutor(a): Dr.ª Catarina Pereira Objetivos: sistematizar conceitos teóricos, abordagens
diagnósticas e terapêuticas das grandes síndromes da Medicina; adquirir autonomia na
elaboração de notas clínicas, escolha de meios complementares de diagnóstico e de alguns
procedimentos técnicos; articulação com outras especialidades médicas.
Breve descrição: este estágio decorreu sobretudo em contexto de enfermaria, onde fui
integrada na equipa da minha tutora. Foram-me atribuídos doentes que observei e acompanhei
diariamente de forma relativamente autónoma, tendo realizado técnicas como gasimetria,
punções venosas e colheita de hemocultura e ECG. No âmbito da permanência no SU, pude
ainda observar técnicas de entubação e colocação de CVC. Assisti a consultas externas de
Obesidade, Medicina Interna e Doenças Autoimunes. No serviço assisti a reuniões diárias,
seminários e Journal Clubs, tendo apresentado em grupo um trabalho sobre anemias. Ao longo
do estágio realizei várias histórias clínicas, tendo a última sido discutida com a minha tutora e o
diretor do serviço e alvo de avaliação formal.
Reflexão Crítica: este estágio foi um verdadeiro exemplo de um estágio profissionalizante, onde
a paixão pela especialidade demonstrada pela minha tutora me manteve sempre motivada e me
incitou a auto-superar-me. Destaco o contacto com casos sociais e doentes com múltipla
patologia que me obrigou a abordar os doentes como um todo. Este foi o período onde senti
maior peso de responsabilidade, fruto da autonomia progressivamente concedida e trabalhada.
CIRURGIA GERAL (7 de novembro a 13 de janeiro)
Regente: Prof. Doutor Rui Maio Local de estágio: Hospital da Luz
Tutor(a): Dr. César Resende Objetivos: reconhecer e avaliar situações cirúrgicas de maior
prevalência; compreender procedimentos cirúrgicos comuns e participar em vários atos
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Breve descrição: neste estágio prevaleceu a atividade no BO onde assisti e participei em várias
cirurgias, e pude cimentar conceitos sobre técnicas cirúrgicas, algumas delas exclusivas deste
hospital. Na enfermaria observei doentes em pré e pós-operatório. Já em contexto de opcional,
realizei duas semanas de estágio de anestesiologia, tutorado pela Dr.ª Cristina Pestana, que me
orientou na realização de procedimentos como entubação orotraqueal, colocação de sonda
nasogástrica, colocação de CVC e realização de bloqueio raquidiano; e uma semana no
Atendimento Médico Permanente. Complementar à prática hospital, realizei o curso TEAM,
integrado no programa da UC (certificado em anexo). Como objeto de avaliação final, no
minicongresso de Cirurgia, apresentei, em grupo, um caso clínico de divertículo do esófago
médio, onde, além da descrição do caso em si, foi feita uma breve revisão teórica do tema.
Reflexão Crítica: este estágio permitiu-me participar em cirurgias, dando-me alguma noção das
dificuldades inerentes aos gestos cirúrgicos e demonstrando a importância da repetição e das
curvas de aprendizagem na melhoria dos outcomes. Um ponto bastante positivo do estágio neste
local foi a possibilidade de realizar estágio em anestesiologia, uma área pela qual nutro especial
interesse, e onde tive a oportunidade de vivenciar o dia-a-dia da especialidade e praticar algumas
técnicas específicas, o que nem sempre nos é proporcionado ao longo do curso.
MEDICINA GERAL E FAMILIAR (23 de janeiro a 17 de fevereiro)
Regente: Prof.ª Doutora Isabel Santos Local de estágio: UCSP Serpa
Tutor(a): Dr. Edmundo Sá Objetivos: desenvolver boa relação médico-paciente; assistir e
conduzir autonomamente consultas sobretudo de Saúde do Adulto e, quando possível, no âmbito
de planeamento familiar e saúde infantil; acompanhar as consultas ao domicílio.
Breve descrição: ao longo deste estágio, tive a oportunidade de realizar várias consultas de
forma orientada e, mais tarde, de forma autónoma, mas tutelada. Destaco as consultas de saúde
infantil, onde treinei o exame objetivo da criança, e de planeamento familiar, onde fiz várias
colpocitologias e assisti à colocação de implantes hormonais subcutâneos. Acompanhei ainda
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Reflexão Crítica: este foi o meu primeiro contacto com esta especialidade, já que no 5º ano
tinha realizado estágio em programa ERASMUS+, na Eslováquia. Este período passado numa
unidade de saúde de meio rural tornou esta experiência única, pelo contacto com uma população
particular aliado ao impacto dos cuidados primários nestes doentes. Foi crucial para perceber a
importância do investimento na prevenção e promoção da saúde em áreas com carência em
cuidados mais diferenciados. Destaco a autonomia que me foi dada e a oportunidade de treinar
várias competências em ambiente controlado.
PEDIATRIA (20 de fevereiro a 17 de março)
Regente: Prof. Doutor Luís Varandas Local de Estágio: Hospital de Dona Estefânia, CHLC
Tutor(a): Dr.ª Catarina Gouveia Objetivos: sedimentar conhecimentos relativamente ao
desenvolvimento da criança e as principais patologias pediátricas e suas abordagens
diagnósticas e terapêuticas; treinar o exame objetivo e colheita de anamnese na criança.
Breve Descrição: este estágio no HDE, desenvolveu-se maioritariamente no Serviço de
Infeciologia. A rotina diária passou por assistir à reunião hospitalar de passagem dos doentes e,
na infeciologia, observar vários doentes pediátricos e realizar as respetivas notas clínicas. Assisti
a consultas externas de Orto-infeciologia, Medicina do Viajante, e Imunoalergologia, para além
da passagem pelo SU. Complementei o meu estágio com a assistência a várias sessões clínicas.
Elaborei uma história clínica completa e apresentei um caso clínico de osteomielite em idade
pediátrica, com ênfase no diagnóstico e abordagem terapêutica da referida patologia.
Reflexão Crítica: como aspeto negativo, destaco o reduzido contacto com outras
subespecialidades pediátricas para além da Infeciologia, o que me limitou a observação de
algumas patologias mais frequentes. Ainda assim, esta falha foi parcialmente colmatada pela
atividade no SU. Como ponto positivo destaco a participação ativa no serviço e possibilidade de
contactar com patologias pediátricas raras e de diagnósticos desafiantes.
GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (20 de março a 21 de abril)
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Tutor(a): Dr.ª Amália Martins Objetivos: aprofundar conceitos no âmbito da saúde da mulher,
abordagem e terapêutica de patologias prevalentes; aperfeiçoar a técnica de exame
ginecológico; acompanhar uma gravidez de baixo risco; identificar e abordar situações urgentes.
Breve Descrição: o estágio iniciou-se com duas semanas de Obstetrícia, durante as quais
assisti a consultas de seguimento e de primeira vez, onde treinei a interpretação de ecografia
obstétrica e de CTG, identificação do foco fetal, e colheita de zaragatoa vaginal e anal. Na
enfermaria, observei grávidas de risco e puérperas. Na Ginecologia, assisti a cirurgias
ginecológicas, a consultas de planeamento familiar, oncologia ginecológica, e técnicas de exame
ginecológico (colposcopia e histeroscopia). Semanalmente, acompanhei a minha tutora no SU,
onde contactei com patologias mais prevalentes e assisti a partos eutócicos e cesarianas
eletivas. Finalmente, participei no Journal Club do serviço, onde apresentei o artigo “In search
for the Best Minimally Invasive Hysterectomy Approach for the Large Uterus: A Review”, no qual,
pela comparação de vários estudos, se apresentaram conclusões sobre as vantagens e
desvantagens das várias técnicas na abordagem de um útero de grandes dimensões.
Reflexão Crítica: ainda que esta seja uma área que nunca me despertou especial interesse,
sinto genuinamente que a diversidade da população e de patologias observadas neste estágio
terá um impacto importante no meu futuro profissional. A vivência em contexto de urgência foi
um aspeto muito positivo deste estágio já que tive várias oportunidades para treino de técnicas
e competências na mulher grávida e não grávida. Aspetos negativos que destaco são a
localização e acessibilidade do hospital, o facto de não ter tido a oportunidade de assistir a
consultas de senologia e a carga horária e a intransigência de alguns médicos em relação ao
nosso investimento na PNS.
SAÚDE MENTAL (24 de abril a 19 de maio)
Regente: Prof. Doutor Miguel Xavier Local de Estágio: Hospital Prof. Dr. Fernando da Fonseca
Tutor(a): Dr. João Carlos Melo Objetivos: contactar com as principais entidades nosológicas
10 psiquiatria, integrando o doente no seu contexto biopsicossocial; participar/assistir a sessões de
terapia grupo; desmistificar o mundo da Saúde Mental.
Breve Descrição: durante o estágio integrei as atividades desenvolvidas no Hospital de Dia
Psiquiátrico, onde participei em sessões de psicoterapia, grupos terapêuticos, entrevistas de
admissão, reuniões comunitárias com as equipas locais, bem como acompanhamento das
terapeutas ocupacionais nas várias atividades desenvolvidas com os doentes.
Reflexão Crítica: apesar deste estágio ter sido um quanto redutor do que realmente trata esta
especialidade, esta experiência foi bastante enriquecedora pela sua vertente não convencional
do que seria espectável num estágio profissionalizante. O contacto diário com doentes com
patologia com algum espectro de gravidade proporcionou-me uma abertura que ainda não me
tinha sido possível, visto ter realizado este estágio no âmbito do programa ERASMUS+,
revelando-se crucial para a perda do estigma associado à doença psiquiátrica. Ainda no contexto
do programa de mobilidade, constatei a importância da língua materna no sucesso da entrevista
e a importância de pequenos gestos, alguns deles culturais, para o ganho de confiança na ligação
médico-doente.
UC DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA E CATÁSTROFE (22 de maio a 2 de junho)
Regente: Prof. Doutor Rui Moreno Objetivos: aprofundar conhecimentos sobre as principais
situações clínicas em contexto de emergência e crises humanitárias; aprender a priorizar
consoante a gravidade e a gerir os recursos disponíveis em caso de emergência ou catástrofe.
Breve Descrição: no decorrer desta opcional foram abordados vários temas relacionados com
atendimento emergente e o suporte de doentes em estado crítico, e realizadas visitas ao INEM
e VMER do HSJ. A avaliação foi feita através de um exame escrito.
Reflexão Crítica: a escolha desta UC Opcional baseou-se no meu gosto pela área da medicina
de emergência. Destaco o exercício de tabletop realizado no último dia, que demonstrou e
sumarizou os objetivos da unidade curricular. Refiro, como pontos negativos, a repetição de dos
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UC PREPARAÇÃO PARA A PRÁTICA CLÍNICA (15 de setembro a 15 de dezembro)
Regente: Prof. Doutor Roberto Palma dos Reis Objetivos: integrar conhecimentos lecionados
em anos prévios, de forma a estimular o espírito crítico e a hierarquizar hipóteses diagnósticas
adequadas aos diferentes quadros clínicos apresentados.
Breve Descrição: durante o 1º semestre, de forma quinzenal, assisti a seminários
multidisciplinares lecionados por 3 a 4 oradores, médicos, de diferentes especialidades.
Reflexão Crítica: atendendo à utilidade da disciplina na sistematização de conceitos
teórico-práticos essenciais, considero que, por vezes, a abordagem dos temas tenha sido demasiado
exaustiva em termos de tempo de aula, podendo, por exemplo, ser realizadas semanalmente
com menos carga horária atribuída.
OUTRAS ATIVIDADES
Tendo em conta, tal como referido, o meu gosto pela área da medicina de emergência,
tentei ao longo do curso complementar a minha formação nesta área. Assim, e para além das
escolhas de estágios opcionais inseridos neste ano profissionalizante, realizei CEMEF em
Urgência (2014) e Anestesiologia (2015). Ainda durante este ano, assisti a algumas sessões
clínicas e participei em congressos, no sentido de aprofundar outros conhecimentos de
preferência pessoal, bem como noutras áreas mais gerais da medicina.
REFLEXÃO CRÍTICA FINAL
Chegado o fim deste ano profissionalizante, chega o momento de refletir sobre os últimos
meses, e também sobre os seis anos de curso. É o momento de olhar para trás, reler os objetivos
que tracei e perceber se os atingi, se fui mais além deles, e se algo ficou por fazer.
Olhando este último ano como sendo o culminar de todo um processo de formação, sinto
que o 6º ano de curso foi de encontro ao que ambicionava. Consegui conquistar autonomia em
alguns dos gestos diários, no contacto com o doente, ganhei confiança nas abordagens
comunicativas e de desenvolvimento de um mais adequado raciocínio clínico, apelando à
12 equipas médicas, alertou-me para a importância da multidisciplinariedade e do trabalho em
equipa. Destaco a importância da adequação do rácio tutor/aluno aos objetivos de um ano dito
profissionalizante, algo que destaco de forma muito positiva já que nunca foi ultrapassado o rácio
de dois alunos para um tutor.
A importância de se ser estudante para o resto da vida de forma a não estagnar no tempo
foi algo que me foi incutido desde o meu primeiro dia nesta faculdade e que sempre fomentou
em mim a procura de soluções, me mostrou a importância da investigação e a necessidade de
basear o nosso conhecimento em achados e estudos atualizados, constatando que nem tudo o
que estava certo ontem, continua certo hoje. Foi um ano de crescimento, em termos intelectuais
e humanos. A máxima “Ver para crer” ajudou-me na compreensão, já que acredito que só
compreendendo se vai retendo, algo que foi a pedra basilar deste ano prático.
Saliento ainda que o contacto com as várias especialidades acima descritas dá, não só
competências intelectuais por nos obrigar a aprofundar conhecimentos, mas também a
oportunidade de perceber o o que nos desperta mais interesse ou pelo contrário achamos não
ter um lugar tão predominante no nosso futuro, na escolha da especialidade médica.
Em conclusão, faço um balanço final positivo deste estágio profissionalizante, que me
permitiu adquirir conhecimentos e competências imprescindíveis à minha prática médica futura.
E porque a nossa experiência, o nosso gosto por cada especialidade, se deve muito a quem
nos mostra a riqueza de cada uma, resta-me agradecer a todos os tutores e professores que me
acompanharam, não só neste último ano, mas ao longo de todo o curso, contribuindo para o meu
interesse e paixão pela medicina. Agradeço também aos meus colegas, amigos e familiares pelo
apoio incondicional e por terem contribuído para a minha formação nesta Faculdade, graças a
quem me encontro apenas a um passo de abraçar o meu futuro como médica.
“Com vinte e quatro anos medrosos e um diploma de médico, tinha começado a minha vida…”
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