Plano Financeiro S. Nhabinde
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O Plano Financeiro: Instrumento que:
1. fornece ao empreendedor o panorama completo dos recursos financeiros do empreendimento em termos de:
Quantidade que entra e sai
Destino e disponibilidade
Posição financeira projectada
2. Oferece a base de curto prazo para o controle orçamentário
4. Ajuda a prevenir um dos problemas mais comuns nos novos empreendimentos : A falta de dinheiro
5. Explica a qualquer possível investidor como o empreendimento planeia:
Cumprir com todas as obrigações financeiras.
Manter a sua liquidez afim de pagar as dívidas.
Oferecer um bom retorno para o investimento.
Nota Importante
O plano financeiro precisa de projecção de
dados financeiros por três anos para satisfazer investidores externos.
O primeiro ano deve reflectir dados mensais.
Componentes do Plano Financeiro
a) Demonstrativo de resultados pro forma: Projecção de: Vendas, despesas Operacionais e lucro líquido
1. Fluxo de caixa pro forma: Quantia Recebida − Pagamentos de Caixa
2. Balanço patrimonial pro forma: Síntese dos activos, passivos e o valor líquido projectados do novo empreendimento
3. Análise de sensibilidade.
4. Demonstrativo de origem aplicação de recursos.
Componente 4: Análise de Sensibilidade = Análise do Fluxo de Caixa
Formas de Análise
1. Ponto de Equilíbrio Operacional ou Financeiro
2. Margem Operacional ou sensibilidade a variações das vendas ou custos.
3. Máxima necessidade de recursos.
4. Período de Pay-back ou recuperação de investimento
5. Rentabilidade do investimento com base em:
Valor presente do fluxo de caixa (VPL)
Taxa interna de retorno (TIR) 6. Alavancagem operacional 7. Alavancagem financeira
1. Análise do Ponto de Equilíbrio.
Ponto de Equilíbrio: Volume de vendas em que o empreendimento não gera ganho nem incorre em perdas.
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Indica ao empreendedor o volume de vendas necessárias p/ cobrir o total das despesas variáveis e fixas.
Fórmula do Ponto de Equilíbrio
PE(Q)= CFT
PV−CV/unidade(contribuição marginal)
Ponto Fraco no Cálculo do Ponto de Equilíbrio
Determinar se um custo é fixo ou variável
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Para novos empreendimentos o cálculo exige algum discernimento/visão.
Regra Geral
Custos fixos: Depreciação/salários/aluguer/seguros.
Custos variáveis: Matérias primas/despesas de vendas/comissões/mão de obra directa
Custos variáveis por unidade pode ser determinados tendo em vista: mão de obra/matérias primas/Despesas na produção de uma única unidade.
Ponto de Equilíbrio RT = CT
Receita Total PV x Q
CT CTF + CVT
PV x Q = CFT+ CVT CVT = CV/Unidade x Q PV x Q = CFT +(CV/Unidade)
(PV x Q)- (CV/unidade x Q) Q(PV-CV/Unidade)
= CFT x Q
= CFT
Q = CFT/PV-CV/unidade
2. Análise da Margem Operacional: Percentagem de vendas reais para as vendas do ponto de equilíbrio operacional.
É uma medida de sensibilidade do novo empreendimento a eventuais flutuações negativas nas vendas ou positivas ou nos custos.
Empreendimento com Pequena Margem Operacional
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Pode ser inviabilizado por:
Pequena queda nas vendas.
Aumento dos custos.
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Necessidade de muito cuidado c/ novos empreendimentos já que ocorrem sempre:
Pequenas vendas
Aumento de custos
4. Análise do Período Pay-back ou de Recuperação do investimento
Tempo necessário para o futuro empreendedor recuperar o dinheiro aplicado em novo negócio.
O calculo é feito pelo saldo operacional acumulado de caixa.
É usada exclusivamente para analisar o período de inversão do fluxo de caixa.
Não é usada para analisar a rentabilidade do investimento
5. Análise da Rentabilidade do Investimento
Valor presente líquido do fluxo de caixa (VPL)
Taxa interna de retorno (TIR)
Pontos a Considerar no uso de VPL e TIR
i. Taxa de aplicação e de captação dos potenciais recursos financeiros.
ii. Caixa
iii. Créditos disponíveis.
Condições para o Cálculo do VPL 1. Assumir uma taxa de retorno mínima (TIR) que é:
a. Maior que a taxa de aplicação para a aplicação dos seus recursos financeiros Racionalidade
Compensar o maior risco no desenvolvimento do novo empreendimento
b. Maior que o custo de captação dos financiamentos necessários para cobrir as necessidades e recursos do novo empreendimento.
5. Demonstrativo de Origem e Aplicação de Recursos Pro forma
Ilustra a disposição dos lucros a partir das operações e de outros financiamentos.
Objectivos
Mostrar como o lucro líquido e o financiamento foram usados para aumentar os activos ou pagar dívidas.
Importância
Ajuda o empreendedor e os investidores a compreender melhor a:
Saúde financeira do empreendimento.
Eficiência das políticas de gestão financeira.
Demostrativo de Origem e Aplicação de Recursos Responde às Questões
1. De onde veio o dinheiro?
2. Como foi usado? O que aconteceu com os activos durante o período?
Resposta para Este Caso
1. De onde veio o dinheiro?
Reservas pessoais + empréstimos + Lucros do 1º ano + Depreciação (representam um desembolso) ↓↓↓↓
Fontes Comuns de Recursos
Operações
Novos Investimentos
Empréstimos de longo prazo
Venda de activos
2. Como foi usado o dinheiro? O que aconteceu com os activos?
Principais Usos ou Aplicações de Recursos
Aumento de recursos.
Retirada de circulação de passivos de longo prazo.
Redução do capital próprio ou património líquido.
Pagamento de dividendos
Demonstrativo de Origens e Aplicações de Recursos
Enfatiza a inter-relação desses itens com o capital operacional