Filme: Maré Capoeira
Gênero: Ficção
Diretor: Paola Barreto
Elenco: Felipe Satos, Isabela Faberezza, Mestre Chamine Ano: 2005
Duração: 14 min Cor: Colorido Bitola: vídeo País: Brasil
Disponível em: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=4683
Aplicabilidades em Educação
Comentários de Carla Miucci Ferraresi
11. O filme: Maré Capoeira
Guiados por João, mais conhecido como Maré - garoto de dez anos que dá nome ao curta, – por suas histórias, suas lembranças e sua paixão pela capoeira, somos levados a conhecer aspectos da história e da cultura afro-brasileira que se misturam à sua própria história de vida.
É Maré quem nos explica, com o orgulho do pertencimento, o funcionamento da roda de capoeira: fala das histórias que viram chulas
2e do significado de suas letras, fala dos gestos que acompanham os jogadores na roda, como na hora de pedir proteção e cumprimentar o adversário, ainda no pé do berimbau. Fala das capoeiras de angola e regional e seus mestres, de quando ela era proibida e da herança africana.
1 Carla Miucci Ferraresi é bacharel em Ciências Sociais e Doutora em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Coordenadora Pedagógica e Docente do curso Documentário: História, Crítica e Produção oferecido por Mnemocine: Memória e Imagem. Atua em projetos de formação para professores de Ciclo Fundamental II da Rede Pública, Particular e para Educadores de Entidades Sociais.
2 Sobre a chula, consulte o item 5. Cantigas de capoeira desta seqüência didática.
Ao mesmo tempo em que nos fala sobre a capoeira e nos conta sua história, Maré revela um pouco sobre sua própria vida: apresenta-nos sua mãe, que também participa da roda, faz-nos conhecer a garota Tatuí (bisneta do mestre Pastinha), de quem ele se tornou amigo após uma rusga na roda e por quem nutre um carinho especial. Conta-nos sobre o seu desejo de se tornar um mestre, assim como os homens de sua família, demonstrando orgulho e vontade de perpetuar a tradição e a identidade de sua família.
O filme tem como principal cenário a roda de capoeira e alinha as narrativas textual e imagética a serviço da construção do discurso que positiva a prática da capoeira, conferindo a ela um papel de destaque na construção da tradição e da identidade dos afro-descendentes.
Maré Capoeira é um filme que conta duas histórias: a do menino João, um garoto negro de 10 anos de idade, seus desejos e frustrações, e a da própria capoeira, como manifestação sócio-cultural.
Público:
Professores e alunos do Ensino Fundamental e Médio
Disciplinas:
História, Língua Portuguesa, Educação Física, Artes
Temas transversais:
Pluralidade Cultural e Ética; Saúde
Objetivos de aprendizagem:
Trabalhar com conceitos como memória, tradição, cultura popular e religiosidade;
estimular o respeito à diversidade e à diferença;
subsidiar a implementação da Lei 11.465, de 10 de março de 2008
3, que modificou artigo 26-A da LDB (Lei 9.394), antes alterado pela 106639/03, para incluir no
3 A LEI No 11.645, 10 de março de 2008 altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece asdiretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena". Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena”.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena";
refletir sobre valores básicos à democracia e à cidadania como o respeito ao próximo e a valorização de diferentes saberes; o respeito ao corpo, a necessidade da atividade física para o desenvolvimento psíquico-motor, o autoconhecimento e a análise crítica de potencialidades e limites individuais.
2. Conversando sobre a linguagem cinematográfica
É importante chamar atenção dos alunos para o fato de que qualquer filme, para além de contar uma história, representa um discurso, uma tomada de posição do/a diretor/a em relação ao assunto ou tema tratado.
No caso do curta Maré Capoeira não é diferente: a construção da história se dá com base em dois tipos de narrativas – imagética e textual – que se sobrepõem e se complementam para produzir um certo discurso.
Enquanto a narrativa textual é representada pela voz-off do protagonista e pelas letras das canções entoadas na roda, a narrativa imagética é composta pelo conjunto de imagens previamente selecionadas pela diretora, que incluem tanto as cenas filmadas na roda quanto as fotos de arquivo, desenhos e pinturas.
A intenção de mostrar a capoeira como uma prática cultural tradicional e como herança direta das culturas africanas, a despeito desta ser fruto da cultura cativa do meio urbano no século XIX no Brasil, está presente no filme e se explicita na complementaridade dos discursos imagético e textual.
Essa prática se evidencia em vários momentos, em especial quando algumas imagens são destacadas de seus contextos originais e são recrutadas para ilustrar e reforçar a narrativa textual, como acontece no trecho em que Maré relembra a fala de seu avô que dizia que a capoeira ‘ já estava no sangue dos africanos que vieram para o Brasil ”, e
como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras." (NR)
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 10 de março de 2008. Publicado no Diário Oficial, in:
http://historiaemprojetos.blogspot.com/2008/03/notcias-de-interesses-aos-professores.html. Acesso em 10 abr. 2008.
o discurso é acompanhado pela imagem de três caravelas rumando do continente europeu para o Brasil, ou ainda por pinturas que retratam cativos mais velhos. Esses recursos buscam explorar o tempo da ´longa-duração’ no qual se baseia o discurso da tradição.
3. Para refletir: a capoeira de um ponto de vista histórico
A despeito da fala de Maré, que diz que seu bisavô lhe contou “ que a capoeira estava no sangue dos africanos que vieram para o Brasil ”, ou que “ a capoeira de Angola vem de uma cerimônia africana, da disputa de dois homens por uma mulher ”, é preciso lembrar aos alunos que a capoeira não veio pronta da África.
Ela surgiu na América Portuguesa graças à combinação de diferentes culturas africanas, que foram trazidas pelos negros escravizados que viviam na zona urbana, especialmente aqueles vindos da África Centro-Ocidental, isto é, Angola, Congo e Cabinda.
Segundo o historiador Carlos Eugenio Líbano Soares
4, a capoeira era uma forma de defesa e de afirmação física do cativo perante seu senhor e principalmente, perante o Estado.
A tradição rebelde da capoeira e sua resistência à escravidão rendiam aos capoeiristas um alto preço a pagar: em 1818 a pena para eles era de pelo menos 300 chibatadas. Não havia nenhuma outra prática dos escravizados que recebesse uma punição tão severa quanto a capoeira, já que ela possibilitava que o cativo enfrentasse diretamente a ordem do Estado policial.
O fato dos capoeiristas terem sempre apelidos tem a ver com a sua repressão, uma vez que seus praticantes eram obrigados a usar codinomes para não serem identificados e presos pela polícia.
Apesar de nascer como forma de defesa do cativo contra as práticas de violência de seus senhores, a capoeira se tornou ela mesma um vetor da violência urbana no século XIX, com lutas de grupos por domínios de territórios, como os conflitos ocorridos entre os nagoas e os guaiamus.
Em 1890 a capoeira foi enquadrada como crime pelo Código Penal da República, que dizia:
4 Carlos Eugenio Líbano Soares. A capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro (1808- 1850). São Paulo: Ed. Unicamp, 2001.
Art. 402. Fazer nas ruas e praças públicas exercícios de agilidade e destreza corporal, conhecidos pela denominação capoeiragem; andar em carreiras, com armas ou instrumentos capazes de produzir uma lesão corporal, promovendo tumulto ou desordens, ameaçando pessoa certa ou incerta, ou incutindo temor de algum mal: Pena: De prisão cellular de dous meses a seis mezes.
A perseguição e repressão da capoeira pelas autoridades são representadas no curta por meio da combinação do discurso textual, pela fala do protagonista quando este diz que “ teve um tempo que a capoeira era proibida, [e] que dava até cadeia ”, e do discurso imagético, composto pelas fotos de arquivo de autos de infração e pelos inquéritos policiais contra os capoeiras. São ainda reforçadas pela música, cantada na roda, cuja letra diz:
“Toma cuidado seu moço que essa luta é pra valer quando a polícia chegou foi um tal de auê auê”
Grande parte do repertório das canções entoadas nas rodas de capoeira fala de perseguição e de repressão à sua prática. Também muitas delas falam do revide dos capoeiras a essa perseguição, como no trecho a seguir:
“vamos jogar capoeira enquanto a polícia não vem e quando a polícia chegar apanha a política também”
4. Conhecendo um pouco mais a capoeira atual
Considerar a capoeira somente como um esporte é limitá-la a apenas uma de suas várias faces e menosprezar o vasto universo sócio-cultural na qual ela está inserida.
Principal expressão da cultura dos escravizados no meio urbano no século XIX, a
capoeira também servia como uma forma de socialização de seus praticantes,
integrando-os a um grupo maior, cujos membros se identificavam tanto pela situação
sócio-econômica quanto por alguns aspectos culturais comuns.
Atualmente a capoeira é praticada como um esporte, como um jogo lúdico que requer flexibilidade, alongamento, força, conhecimento das regras e principalmente respeito e malícia para saber lidar com o outro jogador.
4.1. O Batizado
O batizado de capoeira representa o momento em que os indivíduos recebem a sua primeira graduação pelo grupo.
Nos dias de hoje os capoeiras são graduados de acordo com os seus conhecimentos e com o tempo de prática na capoeira. Cada graduação é representada por uma cor na corda, que é amarrada na calça do capoeirista e designada dentre um conjunto de cores determinadas previamente por cada grupo, para representar as graduações.
No dia do batizado eles deixam de ser ‘pagãos’ e adotam um apelido, respeitando uma tradição presente desde os tempos que a capoeira era considerada uma arte marginal e os capoeiristas eram obrigados a usar codinomes para não serem identificados e presos pela polícia.
4.2. Roda de capoeira
Para iniciar o jogo da capoeira, “ os capoeiristas dirigem-se para onde estão os instrumentistas e agacham-se ao pé do berimbau "
5. Esse gesto é uma reverência onde os capoeiristas pedem e agradecem a proteção dos céus.
Os capoeiristas se cumprimentam todas as vezes que entram ou saem de uma roda como sinal de respeito.
Na roda, são entoadas cantigas que tem seu refrão repetido por todos os participantes, ritmadas pelo toque de instrumentos como o berimbau, o pandeiro e o atabaque, além das palmas dos capoeiristas.
O berimbau, que serve para ditar o ritmo ao jogo, também servia para anunciar a chegada de um feitor e a hora de transformar a luta em dança. É também o berimbau que dá o tom e comanda o ritmo para a execução das cantigas.
5 AREIAS, Almir das. O que é capoeira. São Paulo: Brasiliense, 1983, pg.96
4.3. A ginga
A ginga é a movimentação básica da Capoeira e de onde se originam todos os seus movimentos.
Segundo definição de Mestre Decânio
6,
"A ginga consiste no movimento ritmado de todo o corpo, acompanhando o toque do berimbau, com a finalidade principal de manter o corpo relaxado e o centro de gravidade do corpo em permanente deslocamento, pronto para esquiva, ataque, contra-ataque ou fuga.
Durante o gingado, o praticante deve manter-se em movimento permanente, simulando tentativas de ataque e contra-ataque, sempre atento às intenções do parceiro, em contínua postura mental de esquiva e proteção dos alvos potenciais
de ataques."
4.4. Toques do berimbau
O berimbau dita o ritmo do jogo, é ele que comanda o toque a ser executado. A capoeira apresenta diversos toques que são executados de acordo com a ocasião.
Dentre eles podemos destacar:
Angola
:é o toque de abertura, lento, onde o mestre da roda, aquele que toca o berimbau, inicia uma ladainha – saudação - e os capoeiristas ficam esperando, ao pé do berimbau, a indicação para entrar na roda; o jogo de Angola é lento e rasteiro, servindo para os capoeiras mostrarem flexibilidade e malícia.
São Bento Pequeno: é o toque usado em demonstrações, onde os golpes são executados a poucos centímetros do alvo.
São Bento Grande: é o toque para jogo violento, onde se procura atingir o outro capoeirista, que deve estar muito atento e ter muita agilidade para não ser atingido.
Amazonas
:toque usado na chegada de um mestre visitante; é o hino da Capoeira.
Cavalaria
:esse toque antes fazia parte da comunicação entre o capoeira que estava de vigia e os que estavam jogando, indicando a chegada da polícia.
6Mestre Damião (Esdras Magalhães dos Santos), 53 anos de Capoeira, ex-aluno do famoso Mestre Bimba, foi o primeiro mestre a ensinar Capoeira aos paulistas (Academia do Kid Jofre nos anos 1950/51). É autor do livro “Conversando sobre Capoeira”, que ele próprio editou, e que se constitui num documento histórico a respeito da implantação da Capoeira em São Paulo e Rio de Janeiro. In http://www.capoeiradobrasil.com.br/ginga.htm
Iuna
:é o toque que procura imitar o canto dessa ave; é usado para o jogo entre mestres de capoeira, ou então, no enterro de um deles.
Santa Maria: toque fatalista, para jogo com navalha na mão ou no pé.
Benguela
:toque para jogo com pau.
Idalina
:toque para jogo de faca.
Barravento: toque para jogo rápido, que exige grande velocidade de reação.
5. Cantigas de capoeira
As cantigas de capoeira - a maioria de domínio público, tendo passado de mestres a alunos por várias gerações -, são usadas nas rodas como uma cartilha de ensino, servindo para sedimentar as regras do jogo e para transmitir a história e a filosofia da capoeira.
Segundo a pesquisadora Maria José Somerlate Barbosa, professora de literatura e cultura brasileiras da University of Iowa, muitas delas falam de concepções do mundo, valores morais e códigos de conduta, delineiam uma visão filosófica, louvam a Deus e recontam lendas e provérbios populares.
Outras descrevem os usos, costumes e folclores da Bahia, apresentam fragmentos da história do Brasil, referem-se à escravidão negra e à perseguição da polícia, homenageiam personagens históricos como Zumbi e cantam os grandes mestres da capoeira. Há ainda aquelas que analisam as regras do jogo/luta, descrevem a malícia e a malandragem, homenageiam o berimbau e examinam as ações e reações dos parceiros/adversários.
7Ainda segundo Maria José Somerlate Barbosa, os três tipos mais comuns de cantigas são: a ladainha, a chula e o corrido.
A ladainha é longa narrativa introdutória que é entoada nas rodas da Capoeira Angola e que deve ser cantada por um mestre ou por alguém que tenha sua permissão ou respeitabilidade no universo da capoeira. É dirigida aos jogadores que vão entrar na roda e que, acocorados ao pé do berimbau, concentram-se para participar do jogo e aproveitam o momento para a compreensão da mensagem da letra que invoca idéias e valores importantes para o contexto do jogo em geral.
Enquanto ela é cantada não há jogo e nem resposta ou interferência do coro, que participa apenas no momento que o cantador acaba a história e entre no canto de
7 BARBOSA, Maria José Somerlate. As Sereias Cantam no Mar: A Representação da Mulher nas Cantigas de Capoeira in: http://www.plcs.umassd.edu/plcs12texts/barbosajun162006.doc Acesso 10 abr. 2008.
entrada dizendo " iê vamos simbora/ iê é hora é hora" e assim por diante, até chegar na expressão " dá volta ao mundo ".
A chula
8é uma dança e um gênero musical do Recôncavo Baiano, especialmente da cidade de Santo Amaro da Purificação e cercanias. É parte da cultura afro-brasileira, também considerada uma vertente do samba de roda. A cantiga da chula segue a ladainha e funciona de maneira semelhante que a segunda: as frases escolhidas podem prestar homenagem a um aspecto do jogo, agradecer a Deus, falar de mestres e valores morais, descrever situações histórico-culturais, mas é mais curta do que a ladainha e serve para sinalizar o início do jogo.
Os corridos são cantados por todos da roda como resposta aos movimentos e às jogadas. São cantos ainda mais curtos do que a chula e têm o ritmo mais acelerado. No entanto, não há uma divisão rígida entre os tipos de cantigas, pois chulas e corridos são, às vezes, tratados como um tipo só
9.
Durante a roda, os capoeiristas, que ficam de pé formando a roda, acompanham a cantoria com palmas. A única exceção são as rodas de Angola, onde os capoeiristas ficam sentados e não batem palmas, só começando a cantar quando acaba a ladainha.
6. Proposta para seqüência didática
6.1. Conhecendo e analisando cantigas de capoeira
Vamos conhecer a letra de algumas cantigas que são entoadas na roda de capoeira do curta? Preste atenção nas letras e procure interpretá-las, buscando seu significado.
Depois, tente lembrar em que momento do filme elas aparecem e que tipo de relação estabelecem com as imagens veiculadas e a voz-off do narrador.
Por exemplo, a cantiga abaixo, chamada Leva morena me leva é cantada na roda justamente no momento do jogo entre Maré e Tatuí, a garota por quem Maré fica interessado. Será que a escolha dessa cantiga foi proposital? Por quê?
Vamos ler a letra da cantiga e tentar descobrir.
8 Há também a tradição da chula no Estado do Rio Grande do Sul, porém lá ela é bem diferente daquela baiana: é uma conhecida dança de desafio executada apenas por dois homens, onde cada um é colocado numa extremidade de uma vara de madeira para dançarem individualmente, sapateando sobre a vara colocada ao chão em sentido horizontal e desafiando o outro para que dance melhor, realizando passos complicados nos quais o pé deve passar sobre a madeira sem tocá-lo.
9“Capoeira: A Gramática do Corpo e a Dança das Palavras.”IN Luso-Brazilian Review 42.1, 2005.pp.80-81.