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Termo em uso após o I Simpósio Nacional de Herbologia, em 1971.

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Academic year: 2021

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Termo em uso após o I Simpósio Nacional de Herbologia, em 1971.

Herbologia expressa uma disciplina técnico- científica respeitante a todos os aspetos que se relacionam com a biologia e gestão das infestantes.

(Herbs (inglês) = aromáticas e úteis)

NOÇÃO DE INFESTANTE

(2)

Herbologia

PRINCÍPIOS DA HERBOLOGIA a - What is a weed ?

b - What does it come from?

c - What does it do?

d - How do we manage (control) it?

e - How do management strategies affect

the agro ecosystem and the

environment?

(3)

INFESTANTE Portugal

infestante = erva daninha = planta daninha (Brasil)

França: mauvaise herbe Inglaterra: weed

Espanha: mala hierba

Alemanha: unkraut

(4)

Herbologia

Ervas más não existem. Todas as plantas téem um papel egual na natureza de enorme importancia, qual é o de formar materia organica, sem a qual animaes não poderiam existir. O homem é quem considera más as que, sem utilidade directa para ele, prejudicam aquelas, que para sua utilidade cultiva, ou ainda aquelas, que podem ser prejudiciaes aos animais domesticos ou mesmo ao homem.

Desenvolvendo-se na mesma terra a par das cultivadas, uteis pelos produtos que delas se obtem, roubam a estas alimentos necessarios para a sua alimentação.

(Extraído de Henriques, 1920)

(5)

INFESTANTE

ANY PLANT CAN BE

CONSIDERED A WEED

IF IT GROWS WHERE

YOU DON’T WANT IT

TO GROW

(6)

Herbologia

Definição de infestante

Populações de uma da espécie vegetal que acima de determinados níveis e sob condicionalismos ecológicos particulares sejam responsáveis por prejuízos

"líquidos" (balanço benefícios-prejuízos negativo) inaceitáveis em termos económicos e/ou ecológicos.

INVASORA – infestante ambiental

(7)

Ciclos de vida - Tipos biológicos

Plantas anuais:

de inverno: germinam no outono ou inverno, crescem durante a Primavera e produzem sementes e morrem no início do verão. Exemplo: infestantes dos cereais de inverno. Ex.

Papaver rhoeas, Sinapis arvenses, Avena sterilis

de verão: germinam na primavera, crescem no verão, produzem semente no outono e morrem antes do inverno. Ex: infestantes das culturas regadas - Amaranthus retroflexus, Portulaca oleraceae, Solanum nigrum, Datura stramonium

Plantas bienais: táxones com um ciclo de vida superior a um ano e inferior a dois (Conyza sp., a raspa-saias (Picris echioides)

Plantas plurianuais

Vivazes: espécies herbáceas plurianuais que durante o inverno perdem a parte aérea, porém mantém as gemas de renovação enterradas no solo ou água, nos órgãos subterrâneos. Ex. Oxalis pes-caprae, Cyperus rotundus, Convolvulus arvenses, Cynodon dactylon

Perenes: mantêm a parte aérea sempre funcional. Medicago sativa, Lolium perenne, Lavatera cretica, Acacia; Hakea

Monteiro (2017) Morfologia das plantas com sementes. AEISA

(8)

Herbologia

Tipos fisionómicos ou biótipo de Raunkjaer é uma forma de desenvolvimento que manifesta as adaptações ecológicas sofridas. O modo de classificação mais usado fundamenta-se nas características das partes aéreas das plantas e na duração de vida das mesmas.Sistema de tipos fisionómicos foi proposto por Raunkjaer (1905) e adaptado por Mueller Dombois & Ellenberg (1974).

Os rectângulos castanhos indicam a posição das gemas dormentes: (a) fanerófitos, (b) nanofanerófitos e caméfitos, (c) hemicriptófitos, (d) geófitos, (e) terófitos, (f) epifito

(9)

Tipos fisionómicos ou biótipos

A. Biótipos autotróficos do meio terrestre com suporte próprio A.1.Terófitos (T) – semente (anuais ou bienais)

A.2. Geófitos (G) – gemas enterradas (vivazes)

A.3. Hemicriptófitos (H) – gemas à superfície do solo (anuais ou perenes) A.4. Caméfitos (Ch) – gemas de 0-0,25m (perenes)

A.5. Fanerófitos (P) (perenes)

Altura Subtipos Exemplos de invasoras

0,25 - 2m Nanofanerófitos Lantana camara

2m - 8m Microfanerófitos Hakea sericea, Acacia longifolia

8m – 30m Mesofanerófitos Acacia sp.

>30m Megafanerófitos Acacia melanoxylon

B. Biótipos autotróficos do meio terrestre sem suporte próprio B.1. Plantas trepadoras ou lianas (L) (de todos os tipos biológicos) B.2. Epifítos (E)

C. Biótipos autotróficos do meio aquático ou ribeirinho C.1. Hidrófitos (Hyd)

C.2. Helófitos (Hel) ou plantas anfíbias C.3. Pleustófitos (Pl)

D. Biótipos semi-autotróficos

D.1. Hemiparasitas vasculares (Hemipar) – (Striga) D.2. Carnívoras (Ca)

E. Biótipos heterotróficos

E.1. Parasitas vasculares (Cuscuta, Orobanche)

(10)

Herbologia

Tipo fisionómico ou biótipo

T Echbalium elaterium (Cucurbitaceae) (pepino de S.

Gregório)

H Taraxacum officinale (Asteraceae) (dente-de-leão)

including epiphytes and sclerophytes

G

G/Hel Typha sp. (Typhaceae, tabúas, aquática), esq. e bolbilhos de Oxalis pes- caprae (Oxalidaceae, erva-pata), dir.

PAcacia melanoxylon

(11)

1 - segetais ("agrestals" ou "segetals") 2 - ruderais ("ruderals")

3 - das pastagens ("grassland-weeds" ou "weeds of pastures”, meadows and lauwns")

4 - aquáticas ("aquatic weeds") 5 - florestais (forest weeds")

6 - ambientais ("environmental weeds") 7 - outros tipos

Outra abordagem para a classificação das infestantes, muito comum, baseia-se no seu habitat; neste sentido. Holzner (1982) considerou as seguintes categorias de infestantes:

(12)

Herbologia

Papaver rhoeas Sinapis arvense Avena sterilis Artotheca calendula

Datura stramonium

ANUAIS INVERNO

ANUAIS VERÃO

Solanum nigrum Chenopodium album

(13)

Cynodon dactylon

(14)

Herbologia

Cyperus sp.

(15)

Cirsium arvense (cardo-das-vinhas)

(16)

Equisetum telmateia (cavalinha) - Pteridófito

(17)

O ciclo de vida é uma descrição fundamental de um indivíduo. Especificamente, uma planta é o resultado de uma série de processos que começam durante a fecundação e continuam pelo crescimento embrionário, germinação da semente, estabelecimento da plântula, desenvolvimento até ao estado adulto e, finalmente, senescência e morte

Ciclos biológicos

(18)

Herbologia

Semente

Estado vegetativo Crescimento

Floração Produção

de semente

Desenvolvimento Plântula

Dispersão Dormência

Germinação

Dormência Dispersão

Crescimento Desenvolvimento

Desenvolvimento

Produção de semente

Dispersão Dormência Estado

vegetativo

Semente Plântula

Estado vegetativo Germinação

Floração

(a)

(b)

Esquemas representativos do ciclo de vida de uma planta anual (a) e de uma planta vivaz (b), ambas com produção de sementes e estado vegetativo Adaptado de Grime (1979).

(19)

Banco de sementes

(20)

Herbologia

Reservatório de sementes

Grupo de plântulas

Produçãode sementes Rebentos

Crivagem ambiental

Dispersão de sementes

Um ciclo de vida idealista.

Extraído de Radosevichet al. (1997)

(21)

Disseminação

Dispersão significa espalhar ou disseminar. As sementes das infestantes dispersam-se no espaço através do tempo. A dispersão implica um movimento físico das sementes de um lugar para o outro. Harper (1977) indica que a quantidade de sementes que caiem numa unidade de área é função de diversos fatores:

· altura e distância da fonte de sementes

· concentração de sementes na fonte

· dispersibilidade das sementes (apêndices, peso,...

· atividade dos agentes de dispersão.

(22)

Herbologia

Dispersão das sementes no espaço

A oportunidade para a invasão biológica começa com a dispersão, e muitas infestantes possuem apêndices bem adaptados a movimentos a longas distâncias das suas sementes

(23)

Frutos e sementes de algumas infestantes com apêndices adaptados à disseminação.

A,Taraxacum officinalis B, Tragopogon pratensis C, Centaurea solstitialis D, Cirsium arvense E, Erodium cicutarium F,Rumex crispus, G,Bidens frondosa H,Avena fatua

I, Cenchrus pauciflorus J, Bassia hyssopifolia

K, Xanthiumsp.

(Extraído de Robbins et al., 1941). L, Rumex pulcher

M,Medicago polymorpha N,Galium aparine

(Extraído de Espirito Santo & Monteiro, 1998).

L

M

N

(24)

Herbologia

diâmetro papilho/diâmetro aquénio peso aquénio/peso papilho

Velocidade terminal (cm/s)

Velocidade terminal (cm/s)

a) Relação entre diâmetro do papilho/diâmetro do aquénio e a velocidade terminal dos frutos de algumas compostas. (b) Relação entre o peso de aquénio e o peso do papilho e a velocidade terminal dos frutos de algumas compostas.

Ca, Cirsium arvense; Cp, C. palustre; Ct, Carduus tenuiflorus; Cv, Carlina vulgaris; Ea, Erigeron acer; Ec, Eupatorium cannabium; Hr, Hypochaeris radicata; La, Leontodon autumnalis; Sa, Sonchus arvensis; Sj, Senecio jacobea, So, Sonchus oleraceus; Ss, Senecio squalidus; Sv, S. vulgaris; Svis, S.viscosus; To, Taraxacum officinale; Tf, Tussilago farfara; Tp,

L

M

N

(25)

Espécies Número de sementes

Amaranthus retroflexus 1 280 448

Chenopodium album 1 302 912

Polygonum convolvulus 157 248

Rumex crispus 89 856

Setaria viridis 44 928

Taraxacum officinale 10 355 904

Estimativa do número de sementes que circulam num canal de irrigação com 4 metros (cálculos baseados nas colheitas com uma rede de 10 cm2 durante 15 minutos) Extraído de Radosevichet al.(1997).

(26)

Herbologia

Modelo da dinâmica do reservatório de sementes (Harper, 1977).

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Referências

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