Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela Instituto Politécnico de Bragança
Licenciatura em Marketing
Unidade Curricular:
Matemática
2
∈ ∉
Definir um conjunto
Diz-se que um conjunto A é dado ou definido num universo quando se conhece uma definição que
permita sempre, a respeito de qualquer elemento c, saber se c A ou se c A;
Exemplos (?):
Conjunto das cidades portuguesas;
Conjunto dos países que utilizam como língua oficial a Língua Portuguesa.
Grande parte dos conjuntos de que falamos no dia -a - dia, não estão definidos, mas imperfeitamente
delimitados (conjunto dos pobres, conjunto dos ricos).
Conjuntos finitos e conjuntos infinitos
Se um conjunto pode ser definido pela indicação dos seus elementos diz-se finito.
Exemplos (?)
Números naturais inferiores a cinco;
Alunos da ESTGM da Licenciatura em Marketing.
Diz-se que um conjunto A é infinito quando é impossível indicar todos os seus elementos.
Exemplos (?)
4
Conjuntos Numéricos
Números Naturais
N = { 1 , 2 , 3 , ... } Números Inteiros
N0 = { 0 , 1 , 2, ... }
Números Inteiros Relativos Z = { ... , -2 , -1 , 0 , 1 , 2, ... }
Conjuntos Numéricos
Números Racionais
Q = { a/b, a e b são inteiros e b diferente de 0}
- São aqueles que podem ser representados na forma a/b, onde a e b são inteiros e b diferente de 0.
Exemplos: 3/5, –1/2 , 1 , 2,5 , ...
- Números decimais exactos são racionais
6
Conjuntos Numéricos
Números Irracionais
- São números que não podem ser representados na forma a/b, com a e b inteiros e b diferente de 0.
- São formados por dízimas infinitas não periódicas.
Exemplos: ; ;
π
3 2Conjuntos Numéricos Números Reais
- O conjunto dos números reais, simbolizado pela letra R, é constituído por todos os números racionais e por
todos os números irracionais.
R = {x | x é racional ou x é irracional}
- Todos os conjuntos numéricos (N, Z e Q), bem como o conjunto dos números irracionais são subconjuntos de R.
8
Números Reais Intervalos
Sejam a e b IR, designam-se por intervalos de números reais os conjuntos:
Intervalos limitados
[a, b] - intervalo fechado de extremos a e b, constituído por x IR que satisfaz a condição: a x b;
]a, b[ - intervalo aberto de extremos a e b, constituído por x IR que satisfaz a condição: a < x < b;
[a, b[ - intervalo semi-aberto (ou semi-fechado) de extremos a e b, constituído por x IR que satisfaz a condição: a x < b;
]a, b] - intervalo semi-aberto (ou semi-fechado) de extremos a e b, constituído por x IR que satisfazem a condição: a < x b;
∈
∈
∈
≤
∈
≤ ≤
≤
∈
Números Reais
Intervalos ilimitados
[a, + [ - intervalo de origem a, fechado, ilimitado à direita, constituído por x IR que satisfazem a condição: x a;
]a, + [ - intervalo de origem a, aberto, ilimitado à direita, constituído por x IR que satisfazem a condição: x > a;
]- , b] - intervalo de extremidade b, fechado, ilimitado à esquerda, constituído por x IR que satisfazem a condição: x b;
∈
∈
∞
∞
∞
∈
≤
≥
∞
10
Operações com números reais Propriedades da Adição
A1: a+(b+c) = (a+b)+c, quaisquer que sejam a, b e c (propriedade associativa para a adição)
A2: 0 é o elemento neutro da adição. a+0=0+a = a, qualquer que seja a (existência de elemento neutro para a adição)
A3: Para todo o número a existe um número (-a) tal que a+(-a)=0 (existência de simétrico para a adição) A4: a+b = b+a, quaisquer que sejam a e b
(propriedade comutativa para a adição)
A5: A adição é uma operação fechada no conjunto dos números positivos. (Se a e b são positivos então a+b também é um número positivo).
Operações com números reais Propriedades da Multiplicação
M1: a.(b.c) = (a.b).c, quaisquer que sejam a, b e c (associativa);
M2: 1 é o elemento neutro da multiplicação a.1=1.a=a, qualquer que seja a;
M3: Para todo o número a existe um número tal que a. = .a = 1 (existência de inverso);
M4: a.b = b.a, quaisquer que sejam a e b
a 1
a 1
a
1
12
Operações com números reais
Propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição a.(b+c) = a.b+a.c, quaisquer que sejam a e b
Exemplo de aplicação Calcular:
a) 10x987698077 +4x 987698077- 13x 987698077;
b) 333999x2– 8x333999 +6x333999;
c) 123456x3 + 123456x5 + 123456x8 – 123456x17;
d) 9999999999x99 – 9999999999x100.
Operações com Fracções
O que é uma fracção? É uma parte de um todo. No sentido matemático é uma forma de representar uma divisão;
Diz-se que duas fracções são equivalentes quando "se
passa" de uma para a outra multiplicando ou dividindo pela mesma quantidade o numerador e o denominador;
Verificar se duas fracções são equivalentes:
. 6 5
10 3
...
...
6
3 = porque × = ×
14
Operações com Fracções
ador Deno
Numerador Fracção
min 5
... 3
←
←
Operações com Fracções
Adição de fracções com o mesmo denominador
A adição de duas fracções com o mesmo denominador é uma fracção, ainda com o mesmo denominador e cujo numerador é igual à soma dos numeradores.
5 7 5
4 5
3 + =
16
Operações com Fracções
Adição de fracções com denominadores diferentes
A adição de duas fracções com denominadores diferentes é igual à adição de duas fracções equivalentes às dadas,
transformadas em fracções com o mesmo denominador.
Se a adição não se referir à mesma unidade, então temos de procurar fracções equivalentes às dadas, mas com o mesmo denominador.
10 23 10
8 15
10 8 10
15 5
4 2
3 + =
= +
=
+
Operações com Fracções Multiplicação de fracções
O produto de duas fracções é uma fracção, cujo numerador é igual ao produto dos numeradores e, o denominador é igual ao produto dos denominadores.
10 12 5
2
4 3
5 4 2
3 =
×
= ×
×
18
Operações com Fracções Divisão de fracções
O quociente de duas fracções é uma fracção, cujo
numerador é igual ao produto do dividendo pelo inverso do divisor.
8 15 4
2
5 3
4 5 2
3 5
4 2
3 =
×
= ×
×
=
÷
Potências Regras
m n
m
n a a
a × = + n m
m n
a a
a −
=
n n
n b a b
a × = ( × ) n
n a
a = ( )
20
Polinómios Polinómios
Operações com polinómios;
Divisão euclidiana;
Regra de Ruffini;
Teorema do resto;
Resolução de equações polinomiais de 1º grau;
Resolução de equações polinomiais de 2º grau;
Factorização de polinómios;
Equações polinomiais;
Inequações polinomiais.
Polinómios Polinómios
Definição: Chama-se polinómio na variável x a toda a expressão do tipo a 0 x n + a 1 x n -1 + ... + a n-1 x + a n
em que n IN0 e a 1, a 2 , ..., a n-1, a n IR.
a 0 x n, a 1 x n-1, ..., a n-1 x , a n Termos do Polinómio a 0, a 1, ..., a n-1 Coeficientes
a n Termo independente
∈ ∈
22
Polinómios
Grau de um polinómio é o maior dos expoentes da variável x com coeficiente não nulo.
Dois polinómios dizem-se idênticos se e só se são iguais todos os coeficientes dos termos do mesmo grau.
Chamam-se termos semelhantes os termos do mesmo grau.
Um polinómio diz-se completo quando existe o termo
independente e todos os coeficientes da variável x, desde o
termo independente até ao termo de maior grau, são diferentes de zero.
Ex.1) 0 x 4 + 3 x 2 + x + 1 Tem grau 2 e é completo;
Ex.2) 3 x 4 + 2 x 2 + 3 x +1 Tem grau 4, é incompleto porque tem nulo o coeficiente do termo em x 3;
Polinómios Polinómios
0 x n + 3 x n-1 + … +0x + 0 Polinómio nulo
O polinómio nulo tem grau indeterminado
Quando o polinómio é constituído por dois termos chama-se binómio;
Exemplo: 2x + 10
Quando o polinómio é constituído por três termos chama-se trinómio.
24
Operações com polinómios ADIÇÃO
Para adicionar dois polinómios aplicam-se as propriedades comutativa e associativa da adição e reduzem-se os termos semelhantes.
Ex. (3x2 + 2x + 1) + (5x2 + 3) =
= 3x2 + 2x + 1 + 5x2 + 3
= 3x2 + 5x2 + 2x + 1 + 3
= 8x2 + 2x + 4
Operações com polinómios SUBTRACÇÃO
Para subtrair dois polinómios adiciona-se, ao aditivo, o simétrico do subtractivo.
Ex. (3x2 + 10x + 1) - ( 5x2 + 3x) =
= 3x2 + 10x +1 - 5x2 - 3x
= 3x2- 5x2 + 10x -3x +1
= -2x2 - 7x +1
26
Operações com polinómios MULTIPLICAÇÃO
Para calcular o produto de dois polinómios aplica-se a
propriedade distributiva da multiplicação relativamente à adição e, em seguida, adicionam-se os termos semelhantes.
Ex. (5x2 + 3) . (3x2 + x + 1) =
= 15x4 + 5x3 + 5x2 + 9x2 + 3x + 3
= 15x4 + 5x3 + 14x2 + 3x + 3
Casos notáveis da multiplicação de polinómios
A multiplicação de dois polinómios pode processar-se sempre do mesmo modo.
No entanto, há produtos de polinómios que aparecem com muita frequência e em diversas situações em Matemática:
Quadrado da soma;
Quadrado da diferença;
Diferença de quadrados.
Estes casos são conhecidos como casos notáveis de multiplicação de polinómios.
28
Casos notáveis da multiplicação de polinómios Quadrado da soma
O quadrado da soma de dois monómios obtém-se
adicionando o quadrado do primeiro com o quadrado do
segundo e com o dobro do produto do primeiro pelo segundo monómio.
(a + b)2 = a2 + b2 + 2ab Quadrado da diferença
O quadrado da diferença de dois monómios obtém-se adicionando o quadrado do primeiro com o quadrado do
segundo e subtraindo o dobro do produto do primeiro monómio pelo segundo.
(a - b)2 = a2 + b2 - 2ab
Casos notáveis da multiplicação de polinómios
Diferença de quadrados
A diferença dos quadrados de dois monómios é igual ao produto da sua soma pela sua diferença.
a2 - b2 = (a + b) (a - b)
30
Divisão de polinómios DIVISÃO INTEIRA
No conjunto dos números naturais, IN, efectuar a divisão inteira de um número D (dividendo) por um número d (divisor) é encontrar um número natural q (quociente) e um número natural r (resto), tais que:
D = d . q + r
Ex. D = 20, d = 5, q = 4, r = 0 20 = 5 x 4,
20 é divisível por 5 ou 20 é múltiplo de 5 ou 5 é divisor de 20.
Divisão de polinómios DIVISÃO INTEIRA
Quando o resto de uma divisão inteira de polinómios é diferente do polinómio nulo, então, tal como na divisão em IN, D(x) = d(x) . q(x) + r(x), em que
D(x) polinómio dividendo d(x) polinómio divisor
q(x) polinómio quociente
r(x) polinómio de grau inferior ao grau do polinómio divisor
32
Divisão de polinómios DIVISÃO INTEIRA
EXEMPLO
(-6x3+3x2+2) : (2x2+1)
Divisão de polinómios Regra de Ruffini
Divisão de polinómios em que o divisor é um polinómio do tipo x - α .
A regra de Ruffini é um processo prático para determinação do quociente e do resto da divisão inteira de polinómios em que o divisor é do tipo x - α .
Actividade
Seja D(x) = x4 - x3 + 2x2 - 3x - 30 e d(x) = x -2
Determinar o quociente e o resto da divisão de D(x) por d(x).
34
Equações polinomiais Equações polinomiais
Equações polinomiais são equações da forma:
an x n + an-1 x n -1 + ... + a1 x + a0 = 0 , com an 0,
Sendo, x a incógnita, n o grau da equação e an, an-1 ,…, a1 os coeficientes.
Resolver a equação consiste em encontrar os elementos que tornam a equação uma proposição verdadeira. Este elementos são chamados soluções (ou raízes) da equação polinomial.
Exemplos:
a) 2x + 10 = 0;
b) x2 + 3x + 2 = 0;
c) 4 x 4 + 2 x 2 + 3 x = 0.
≠
Equações polinomiais Equações polinomiais de 1º grau
1) Resolva cada uma das equações em IR:
a) 3x+7x = 22- 4x;
b) 2(x+5)-3(x+4) = 23;
c) 3x+4x = 8x-x+2;
d) x+x+x+x = x-x-x-x;
e) 3x+3x+3x = 9x;
f) 3+ (5x+8) = (x+2)+1;3 4
36
Equações polinomiais Equações polinomiais de 2º grau
Equações de 2º grau são equações da forma
ax2+bx+c=0, sendo a, b e c números reais e a é diferente de zero,
c é o termo independente de x;
b é o coeficiente de x;
a é o coeficiente de x2 .
As equações de 2.º grau, em que b e c são diferentes de zero chamam-se equações completas, são da forma:
ax2+bx+c=0;
Quando temos uma equação deste tipo, o processo mais usual de resolução é o recurso à fórmula resolvente.
Equações polinomiais Equações completas de 2º grau
Fórmula resolvente
ax2+bx+c=0
Quando temos uma equação deste tipo, o processo mais usual de resolução é a utilização da Fórmula Resolvente:
38
Equações polinomiais Equações polinomiais de 2º grau
1) Resolva cada uma das equações, utilizando a fórmula resolvente:
a) 3x2+2x-1= 0;
b) 2(x2+2)-3(x+4) = 0;
c) 3x+4x = x-x2+2;
d) x+x2+x+x = x-x-x-x;
e) 3x2+3x+3x = 9x;
f) 3+ (2x+8) = (x2+2)+1;
g ) 5(3x+3x+3x) = 3 (3+2x5 2).
4 2
3
Raiz ou zero de um polinómio
Raiz (ou zero) de um polinómio p(x) é um número c, tal que p(c)=0.
Actividade
Determinar, caso existam os zeros dos seguintes polinómios
a) 3x2+2x-1;
b) 2x2+2-3x+4;
c) 3x+4x+ x-x2+2;
40
Decomposição de um polinómio em factores
Decomposição em factores
Se α1, …, αk são as raízes reais de um polinómio não nulo A, então existem números únicos e um único polinómio Q sem raízes reais, tais que:
A(x) = Q(x)(x - α1)n1… (x - αk)nk
Ao número ni chama-se multiplicidade algébrica da raiz αi. Por exemplo: Se ni = 1 diz-se que αi é uma raiz simples de A, se ni = 2 diz-se que αi é uma raiz dupla de A, se ni = 3 diz-se que αi é uma raiz tripla de A.
Exemplo:
3x3-6x2+x-2 = (3x2+1)(x-2);
2 é uma raiz simples do polinómio 3x3-6x2+x-2.
Factorização de polinómios Processos para factorizar polinómios
Factorizar um polinómio consiste em transformar o polinómio (soma de monómios) num produto.
Existem várias formas para factorizar polinómios, entre as quais:
Factorização simples (ou pôr em evidência);
Por agrupamento de expressões comuns;
42
Factorização de polinómios Factorização simples (ou pôr em evidência).
Exemplo
ax + ay + az = a (x + y + z);
Por agrupamento.
Exemplo
ax + by + bx + ay =
= ax + ay + bx + by =
= a (x + y) + b (x + y) =
= (x + y) • (a + b)
Factorização de polinómios Utilizando os casos notáveis
Exemplos
x² - 4 = (x+2)(x-2);
x² -2xy+y² = (x-y)(x-y);
x² +2xy+y² = (x+y)(x+y).
Utilizando equações de 2.º grau ax² + bx + c .
44
Inequações polinomiais Inequações polinomiais
A equação é caracterizada pelo sinal da igualdade (=).
A inequação é caracterizada pelos sinais de maior (>), menor (<), maior ou igual (≥) e menor ou igual (≤).
Dada a função f(x) = 2x – 1 → função de 1º grau.
Se dissermos que f(x) = 3 e desejarmos determinar os valores de x que satisfazem a igualdade vem : 2x – 1 = 3
→ equação do 1º grau, calculando o valor de x, temos:
2x = 3 + 1, 2x = 4, x = 4 : 2, x = 2 → x deverá ter o valor 2 para que a igualdade se verifique.
Dada a função f(x) = 2x – 1. Se dissermos que f(x) > 3, escrevemos: 2x – 1 > 3 → inequação de 1º grau,
calculando os valores de x, temos: 2x>3+1, 2x>4, x > 2.
Será sempre assim?
Inequações polinomiais Inequações polinomiais de 2º grau
Dada a função f(x) = x2+2x – 1 → função de 2º grau.
Se dissermos que f(x) ≥ -1 e desejarmos determinar os valores de x que satisfazem a desigualdade como
poderemos fazer?
46
Expressões racionais Expressões racionais
Domínio;
Simplificação;
Operações;
Equações racionais;
Inequações racionais.
Expressões racionais Expressões racionais
Expressão racional é uma expressão da forma:
, sendo P e Q polinómios e Q diferente de zero.
Exemplo
, P = 2xy − y2, Q = 2x2 1
Q P
2 xy − y
248
Expressões racionais Domínio
Domínio de uma expressão racional é o conjunto dos valores para os quais a expressão tem significado, no contexto onde está a ser estudada.
Exemplo: D = {x IR: Q(x) ≠ 0}.
Exemplo:
, Domínio da expressão em IR é IR\{-1,1}
) (
) (
x Q
x P
2 2
2
2
2
−
− x
y xy
∈
Expressões Irracionais Expressões irracionais
Expressão irracional é toda a expressão da forma , sendo A (radicando) uma expressão algébrica e n (índice do
radical) um número natural.
Para n par o radicando tem de ser um número não
negativo, para n ímpar o radicando pode assumir qualquer valor real para o qual a expressão tenha significado.
n
A
50
Expressões Irracionais Domínio de expressões irracionais (em IR)
Se n é par D = {x IR: A(x) ≥0}, Se n é ímpar D = {x: A(x) IR}.
Exemplos
Domínio D de ; D = {x IR: x+3≥0} = [-3, +∞[
Domínio D de D = {x IR: 2+3x IR} = IR n
A ( x )
∈
∈
4
x + 3 ∈
7
2 + 3 x ∈ ∈
Expressões Irracionais Racionalizar dos termos de uma fracção
Por racionalização dos termos de uma fracção entende-se o processo que conduz à substituição de uma expressão
envolvendo radicais por outra sem radicais.
Exemplo:
é o mesmo que
3 + x 3 5 + x 5
52
Condições que envolvem valor absoluto Equações que envolvem valor absoluto (?).
1) Resolva, em IR, as equações:
a) |3x-4|=5;
b) |5x+3|=|8x-2|.
Inequações que envolvem valores absolutos (?) 2) Resolva, em IR, as inequações:
a) |3x-4|>5;
b) |2x-8|<6;
c) |5x+3|≤8.
Conteúdos da Unidade Curricular Introdução ao cálculo diferencial
Estudo das funções reais de variável real;
Limites de funções;
Continuidade;
Função derivada e suas aplicações.
54
Conteúdos da Unidade Curricular Funções
As correspondências podem ser ou unívocas ou não unívocas;
Chama-se função f de A em B a toda a correspondência unívoca de A para B, e representa-se por f: A → B;
Uma função é uma colecção de pares de números tais que:
se (a, b) e (a, c) pertencem ambos à colecção então b = c;
Intuitivamente pode interpretar-se uma função f definida num certo conjunto D e com valores num conjunto E, como uma regra que faz corresponder a cada elemento x de D um único elemento f(x) de E. O conjunto D é chamado domínio de f e o subconjunto C de E formado por todos os elementos f(x), com x D é o contradomínio de f
(Ferreira, 1985).
∈
Conteúdos da Unidade Curricular Funções
Sejam f: D →E
Diz-se que f é uma função real se todos os valores que assume são números reais, qualquer que seja o conjunto D;
Diz-se que f é uma função de variável real se D IR;
Uma função diz-se real de variável real quando o domínio e o contradomínio são subconjuntos do conjunto dos números reais;
Fixado num plano um referencial cartesiano (que suporemos sempre
⊂
56
Conteúdos da Unidade Curricular Exemplos de gráficos de funções
O gráfico da função identicamente nula (com o valor 0 em qualquer ponto x IR) é o eixo das abcissas;
O gráfico da função identidade I(x) = x para qualquer ponto x IR é a bissectriz dos quadrantes ímpares;
O gráfico da função f: IR→ IR, tal que f(x) = -x, qualquer que seja x IR) é a bissectriz dos quadrantes pares;
O gráfico da função f: IR→IR, tal que f(x) = x2, é uma parábola que com a concavidade virada para cima e que passa pela origem do referencial.
∈
∈
∈
Conteúdos da Unidade Curricular
Domínio, conjunto de chegada e contradomínio de uma função Seja f: A →B, então:
Domínio de f, Df = {a A: f(a) = b, b B};
Conjunto de chegada de f, Cchf = B;
Contradomínio de f, Cdf = {y B: x A: f(x) = y}
Caracterizar uma função f, significa conhecer:
Domínio de f;
∈
∈ ∈
∈
58
Conteúdos da Unidade Curricular Zeros de uma função
Designa-se por zero de uma função f todo o valor da variável independente x que tem por imagem o valor zero.
Se c é um zero da função f então f(c) = 0.
Sinal de uma função
Estudar o sinal de uma função f equivale a determinar:
Os pontos do domínio de f onde a função assume valores positivos;
Os pontos do domínio de f onde a função assume o valor zero;
Os pontos do domínio de f onde a função assume valores negativos.
Conteúdos da Unidade Curricular
Monotonia
Seja f uma função real com domínio D e seja A um subconjunto qualquer de D:
Diz-se que f é crescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 A, se tiver f(x1) f(x2) sempre que seja x1<x2. Quando se disser apenas que f é crescente, sem indicar qualquer conjunto A, deve entender-se que f é crescente em todo o seu domínio;
Diz-se que f é estritamente crescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 A, se tiver f(x1) < f(x2) sempre que seja x1<x2.
∈ ≤
∈
60
Conteúdos da Unidade Curricular
Monotonia
Diz-se que f é decrescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 A, se tiver f(x1) f(x2) sempre que seja x1>x2. Quando se disser apenas que f é decrescente, sem indicar qualquer conjunto A, deve entender-se que f é decrescente em todo o seu domínio;
Diz-se que f é estritamente decrescente no conjunto A sse quaisquer que sejam x1, x2 A, se tiver f(x1) < f(x2) sempre que seja x1 > x2. Quando se disser apenas que f é estritamente decrescente, sem indicar qualquer conjunto A, deve entender-se que f é estritamente decrescente em todo o seu domínio;
Diz-se que f é monótona em A sse f for crescente ou decrescente nesse conjunto e que f é estritamente monótona em A sse for
estritamente crescente ou estritamente decrescente em A .
∈ ≤
∈
Conteúdos da Unidade Curricular Extremos absolutos de uma função
Ponto máximo e valor máximo
Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f.
x A diz-se ponto máximo de f em A se f(x) f(y), y A;
o valor f(x) chama-se valor máximo de f em A . Ponto mínimo e valor mínimo
Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f.
∈ ≥ ∈
∈ ∈
∀
62
Conteúdos da Unidade Curricular
Extremos relativos de uma função Ponto máximo local
Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f.
x A diz-se ponto máximo local de f em A, se existe algum
>0, tal que x é ponto máximo em A ]x- , x+ [.
Ponto mínimo local
Seja f uma função e A um conjunto contido no domínio de f.
z A diz-se ponto mínimo local de f em A, se existe algum
>0, tal que x é ponto mínimo em A ] z- , z + [.
∈
∈
∂
∂
∂ ∂
∂
∩ ∂
∩
Conteúdos da Unidade Curricular
Injectividade e sobrejectividade Seja f: A →B:
f é injectiva f(x) = f(y) x = y , x, y Df f é sobrejectiva y B, x A: f (x) = y;
f é bijectiva f é injectiva e f é sobrejectiva.
∈
⇔ ∈
⇔
⇔
∀ ∃
⇒
∀ ∈
64
Conteúdos da Unidade Curricular Função afim
Toda a função f, real de variável real, definida por f(x) = ax + b, em que a e b são constantes reais, diz-se
uma função afim. O gráfico da função afim é uma recta. O coeficiente a chama-se declive e b chama-se ordenada na origem.
Conteúdos da Unidade Curricular Função quadrática
Chama-se função quadrática, ou função polinomial de 2º grau, a qualquer função f de IR em IR, dada por uma
expressão da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠0.
O gráfico de uma função quadrática (polinomial de 2º grau), f(x) = ax2 + bx + c, com a≠ 0, é uma curva chamada parábola.
66
Conteúdos da Unidade Curricular Função módulo
A função módulo pode ser definida como a função que a
cada número real x associa o módulo de x, ou seja, a distância de x à origem.
O gráfico da função módulo, isto é da função ψ: IR→ IR, tal que ψ(x) = |x|, qualquer que seja x IR é a reunião das
bissectrizes do 1º e do 2º quadrantes.
∈
Conteúdos da Unidade Curricular Operações com funções
• Sejam f e g funções reais de variável real,
• Soma de f e g, representa-se por f+g, e caracteriza-se:
• D f+g=Df ∩ Dg;
• (f+g)(x)=f(x)+g(x), ∀x∈ D f+g;
• Cch f+g=IR.
• Diferença de f e g, representa-se por f-g, e caracteriza-se:
68
Conteúdos da Unidade Curricular
• Produto de f e g, representa-se por f.g, e caracteriza-se:
• D f.g=Df ∩ Dg;
• (f.g)(x)=f(x) . g(x), ∀ x∈ D f.g;
• Cch f.g=IR.
• Quociente de f e g, representa-se por g
f , e caracteriza-se:
• D
g
f =(Df ∩ Dg)\{x ∈ Dg: g(x)=0};
• ( g
f )(x)=
) (
) (
x g
x
f , ∀x∈ D
g f ;
• Cch f/g=IR.
Conteúdos da Unidade Curricular
• Composição de f e g, representa-se por fog, e caracteriza-se:
D fog={x: x Dg g(x) Df};
(fog)(x) = f [g(x)], x D fog; Cch fog = IR.
∈
∈
∈
∧
70
Conteúdos da Unidade Curricular Função inversa
Seja f uma função real de variável real, tal que: f: D → IR é injectiva:
A função inversa de f é por definição, a aplicação g: f(D) → IR, tal que g (f(x)) = x, para cada x pertencente a D;
Toda a função injectiva tem inversa;
O domínio da função inversa é o contradomínio da função dada.
Conteúdos da Unidade Curricular Função Exponencial (de base e)
A função exponencial (de base ) é a função real de variável real que a cada x faz corresponder ex
Propriedades:
Domínio: IR
Zeros: não tem zeros Sinal: é sempre positiva
Extremos: não tem nem mínimos nem máximos Monotonia: é crescente
72
Conteúdos da Unidade Curricular Função Exponencial
Função exponencial (de base e) Gráfico:
Concavidade: voltada para cima
Conteúdos da Unidade Curricular Função Logarítmica
A função f: IR+ → IR, definida por f(x)=logax, com a≠1 e a>0, é chamada função logarítmica de base a.
O domínio da função logarítmica é o conjunto IR+ (reais
positivos, maiores do que zero) e o contradomínio é IR (reais).
Vamos considerar duas situações:
0<a<1;
a>1.
74
Conteúdos da Unidade Curricular Função Logarítmica (0<a<1).
Exemplo: y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico seguintes:
-2 -1
0 1
2 y
4 2
1 1/2
1/4 x
Conteúdos da Unidade Curricular Função Logarítmica (a>1)
Exemplo: y=log(2)x (nesse caso, a=2, logo a>1)
Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico seguintes:
2 1
0 -1
-2 y
4 2
1 1/2
1/4 x
76
Limites de Funções (13-05-2008)
Limite de uma função num ponto
1. Seja f uma função real definida num conjunto D⊂IR, a∈IR um ponto aderente a D e b um número real. Diz-se que f(x) tende para b quando x tende para a (ou que b é o limite de f no ponto a) e escreve-se
x→a
limf(x)=b ou
limf(x)=b sse, qualquer que seja a
o número positivo ε existir δ >0 tal que, qualquer que seja x∈ D verificando a condição |x-a|<δ , se tenha |f(x)-b|<ε . Simbolicamente:
x→a
limf(x)=b ⇔ ∀
ε
>0, ∃δ >0, ∀x, 0<|x-a|<δ ⇒|f(x)-b|<ε .Nota: a é aderente a X sse, qualquer que seja
ε
>0, Vε (a)∩X≠ØLimites de Funções
Se f: D _______> IR e g: E _______> IR têm limite no ponto a, e se este ponto é aderente a D∩E, então, têm limite nesse ponto as funções:
i) f+g, verificando-se a igualdade:
x→a
lim (f+g)=
x→a
lim f+
a x→
limg;
ii) f-g, verificando-se a igualdade:
x→a
lim (f-g)=
x→a
lim f-
a x→
limg;
iii) f.g, verificando-se a igualdade:
x→a
lim (f.g) =
x→a
lim f .
x→a
lim g;
f f f
a x→
lim
78
Limites de funções
Seja f uma função real definida num conjunto D⊂IR, a∈IR um ponto aderente a D.
i) Ao limite de f(x) quando x tende para a relativo ao conjunto D∩]a, +∞[
(quando existe) chama-se limite de f no ponto a à direita ou limite de f(x) quando x tende para a por valores superiores a a, representa-se por
→a+
x
limf(x);
ii) Ao limite de f(x) quando x tende para a relativo ao conjunto D∩]-∞, a[
(quando existe) chama-se limite de f no ponto a à esquerda ou limite de f(x) quando x tende para a por valores inferiores a a, representa-se por
→a−
xlimf(x);
i) O limite de f(x) quando x tende para a relativo ao conjunto D\{a} (quando existe) chama-se limite de f no ponto a por valores distintos de a,
representa-se por
x→a
lim
a x
x f
≠
) ( .
Continuidade de funções
Seja f uma função real definida num conjunto D⊂IR e seja a um ponto de D. Diz-se que f é uma função continua em a sse, qualquer que seja o número positivo ε
existir δ >0, tal que sempre que x seja um ponto de D e verifique a condição |x-a|<δ , se tenha |f(x)-f(a)|<ε . Simbolicamente:
f é contínua no ponto a ⇔ ∀ε >0, ∃δ >0, ∀x (x ∈D ∧|x-a|<δ ⇒|f(x)-f(a)|<ε . Conclui-se que f é contínua em a se lim f(x)=f(a).
80
Continuidade de funções
Seja f uma função real definida num conjunto D ⊂ IR, a ∈ D.
i) f é contínua à direita no ponto a sse a restrição de f ao conjunto D ∩ ]a, + ∞ [ for contínua em a;
ii) f é contínua à esquerda no ponto a sse a restrição de f ao conjunto D ∩ ]- ∞ , a[ for contínua em a;
i) f é contínua no ponto a sse f for contínua à direita e à esquerda no ponto
a.
Continuidade de funções
Diz-se que f é continua no intervalo aberto ]a, b[ se f é contínua em todos os pontos desse intervalo.
Uma função f é continua num intervalo fechado [a, b] se:
i) f é continua no intervalo aberto ]a, b[;
ii) f é contínua à direita no ponto a;
iii) f é contínua à esquerda no ponto b.
82
Continuidade de funções Teorema Bolzano
Se é uma função contínua num intervalo fechado , e k um número real compreendido entre e , então existe pelo menos um valor real c, pertencente ao intervalo
aberto tal que = k.
Assimptotas de uma função
Assimptotas verticais: são da forma x=a (a é ponto de acumulação do domínio de f e, se f está definida em a então f é descontínua em a).
Se
a x→
lim f(x)=+∞ ou
x→a
lim f(x)=-∞, então x=a é uma assimptota vertical.
Assimptotas não verticais: são da forma y=mx+b (só pode haver assimptotas não verticais, se existirem pontos do domínio de f em qualquer vizinhança de +∞ ou de -∞, ou seja, se x→+∞ existem pontos do domínio de f em ]a, +∞[, se x→-∞ existem pontos do domínio de f em ]-∞, a[)
Sendo y=mx+b, x
f ( ) f (x)
84
Derivadas (20-05-08)
• Razão incremental
Seja f uma função definida num conjunto D⊂IR e seja a um ponto interior a D.
Chama-se razão incremental da função f no ponto a, à função
ρ
: D\{a}→IR, definida pela fórmula:ρ
(x)=a x
a f x
f
−
− ( ) )
( .
Derivada de uma função num ponto
Chama-se derivada da função f no ponto a ao limite (quando existe) da função ρ (x) quando x tende para a. A derivada da função f no ponto a representa-se por
f ’(a),
f ’(a)=
x→a
lim x a
a f x
f
−
− ( ) )
( .
Pondo x=a+h, obtém-se a fórmula, a f h
a
f( + ) − ( )
86
Tangente a um gráfico num ponto
• Tangente a um gráfico num ponto
Se f ’(a) existe e é finita, chama-se tangente ao gráfico de f no ponto P(a, f (a)), à
recta que passa por este ponto e tem declive igual a f ’(a).
Regras de derivação
• Regras de derivação
S e k é uma constante, u=ϕ (x) e v=ψ (x) são funções para as quais existem derivadas, então:
a) (k)’= 0;
b) (x)’= 1;
c) (u+v)’= (u)’+(v)’;
d) (u-v)’= (u)’-(v)’;
e) (uv)’= u’v+uv’;
u u'v -uv'
88
Aplicação das derivadas
• Ponto singular
Chama-se ponto singular de uma função f, a todo o ponto x, tal que f ’(x)=0.
• Ponto de inflexão
Chama-se ponto de inflexão de uma função f, a todo o ponto x, tal que f ’’(x)=0.
Aplicação das derivadas
• Pontos candidatos a máximos ou mínimos
Para determinar os pontos máximos ou mínimos de uma função f no intervalo [a, b], devem-se considerar três classes de pontos:
1) pontos singulares em ]a, b[;
2) extremos a e b;
3) pontos x∈]a, b[ tais que f não é derivável em x.
• Aplicação
90
Aplicação das derivadas
• Teoremas
Sejam I um intervalo, I ⊂ Df, f uma função.
1. Se f ’(x) = 0, ∀x∈I, então f é constante em I;
2. Se f ’(x) > 0, ∀x∈I, então f é crescente em I;
3. Se f ’(x) < 0, ∀x∈I, então f é decrescente em I;
4. Se f ’’(x) > 0, ∀x∈I, então a concavidade de f é voltada para cima;
5. Se f ’’(x) < 0, ∀x∈I, então a concavidade de f é voltada para baixo;
6. Se f ’’(x) = 0, então o gráfico de f muda o sentido da concavidade;
7. Se f ’(x) = 0 e f ’’(x)>0, então f tem um mínimo local em x;
8. Se f ’(x) = 0 e f ’’(x) < 0, então f tem um máximo local em x.
Aplicação das derivadas
• Teorema
Se f está definida em ]a, b[, tem um máximo ou mínimo local em x∈]a, b[ e f é derivável em x, então f ’(x)=0.
• Teorema
Se f é derivável em x, então f é contínua em x.
• Teorema
92
Aplicação das derivadas
• Esboço do gráfico de uma função f
Para esboçar o gráfico de uma função f devem ser considerados, sempre que possível, os seguintes aspectos:
- O domínio de f;
- Os zeros de f;
- Os pontos singulares de f e valores de f nesses pontos;
- Sinal da 1ª derivada de f;
- Pontos de inflexão de f e valores de f nos pontos de inflexão;
- Sinal da 2ª derivada de f;
- Comportamento de f nos pontos onde não é continua e na vizinhança dos pontos aderentes ao domínio de f nos quais a função não está definida;
- xlim f(x) e →+∞
−∞
→
xlim f(x).
Aplicação das derivadas
Esboçar o gráfico de cada uma das funções reais de variável real:
1. f(x) =
1 2
2