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Filiado à
Divinópolis/MG, 25 de Março de 2018
Assembleia foi bastante participativa por parte do funcionalismo.
Sintram aguarda negociação com administração de Carmo da Mata
Sindicato definiu pauta de reivindicações em assembleia realizada na última semana
A pauta da Campanha Salarial
de Carmo da Mata foi definida no último dia 21 de março. O Sintram representado pelo diri- gente sindical, Eduardo Parrei- ra, conduziu a assembleia, onde o funcionalismo definiu os pon- tos, que serão levados para ne- gociação com a administração.
O Sintram já encaminhou ofício para a Prefeitura de Carmo da Mata, pedindo o agendamento de reunião para dar andamento à negociação.
Entre os pontos de reivindi- cação estão: 1) o pagamento de adicional noturno para os ser- vidores que trabalham no ter- ceiro turno; 2) a implantação do vale-refeição no valor de R$10;
3) o aumento real de 12% para compensação de perdas sa- lariais anteriores; 4) a melho-
ria nos equipamentos de proteção individual para assegurar de fato a segurança dos servidores, já que os produtos que estão utilizando são de baixa qualidade.
De acordo com o dirigente sindical, Eduardo Par- reira, também de forma paralela às reivindicações da Campanha Salarial 2018 será dado prossegui- mento a discussão com o Executivo Municipal para revisão dos salários dos motoristas.
O dirigente sindical disse que a assembeia foi participativa e que espera que a negociação cami- nhe de forma produtiva, trazendo avanços signifi- cativos para os trabalhadores. “O Sintram cumpre sua missão, promovendo mais uma assembleia para tratar das pautas de reivindicação da catego- ria. É evidente que a participação é sempre aquém daquela que a gente deseja, mas os trabalhadores
presentes mostraram a consciência do espírito par- ticipativo e de luta”, ressaltou.
A presidente Luciana Santos destacou o traba-
lho que o Sintram vem promovendo em Carmo da
Mata. “Acompanhamos sempre de perto as reivin-
dicações da categoria e temos conseguimos muitos
avanços, como por exemplo, no ano passado a
revisão do Plano de Carreira, Cargos e Salários da
Educação que hoje já é lei no município. Não só os
servidores, mas a própria administração reconhe-
ce a importância do nosso trabalho e isso é muito
importante, para que através do diálogo e da união
dos servidores possamos avançar e garantir a va-
lorização do trabalhador público municipal”, disse a
presidente.
Servidores municipais de Conceição do Pará definem pauta da campanha salarial
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Luciana Santos, encaminhou na semana passada ofício ao prefeito de Conceição do Pará, Procópio Celso de Freitas, solicitando uma reunião para iniciar as negociações em torno da pauta de reivindicações dos servidores municipais da cida- de. A pauta da campanha salarial 2018 foi definida em assembleia da categoria ocorrida no último dia 21 e o Sintram aguarda agora o agendamento da reunião, que terá a presença de representantes do Executivo, diretores do Sintram e a Comissão de Servidores que vai acompanhar a negociação. A Comissão de servidores foi eleita durante a assem- bleia e ficou composta por Carla Resende Gonçal- ves Oliveira, Luciene Viegas e Alessandra Valadão de Lacerda.
Os servidores aprovaram uma pauta com nove reivindicações, entre elas a recomposição salarial de acordo com a inflação do ano passado. “A ca- tegoria não pede ganho real, reivindicando apenas as perdas de acordo com a inflação, que é direito de todo trabalhador municipal”, explica a presiden- te Luciana Santos, acrescentando que os demais itens da pauta também são de grande importância para a classe. “Esperamos que o prefeito tenha sensibilidade, pois as demais reivindicações estão diretamente ligadas ao desempenho do servidor em sua função, já que são itens básicos para todo tra- balhador”, esclareceu.
A categoria também reivindica a elaboração do
Plano de Carreira e Remuneração (PCR) dos ser- vidores do quadro geral e o fim do complemento salarial, que é pago aos funcionários com salários abaixo do mínimo nacional. “Os servidores querem o salário mínimo como o piso do município, ou seja, a incorporação do complemento salarial aos atuais vencimentos”, explicou o dirigente sindical Eduardo Parreira.
A assembleia também pede a implantação do vale-alimentação no valor de R$ 10, pagamentos no último dia útil do mês ou até o quinto dia útil do mês seguinte, uniformes para os servidores que necessitam do acessório, equipamentos de segu- rança individuais (EPIs), com material de qualida- de, para garantir a proteção necessária, nomeação de um técnico de segurança no trabalho e criação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).
“Os servidores de Conceição do Pará não reivin-
dicam nada além daquilo que já é direito da cate-
goria, como por exemplo, uniformes e equipamen-
tos de segurança. Esses itens são responsabilidade
da prefeitura e entendemos que são fundamentais
no desempenho da função. Como também é muito
importante a criação da Cipa e o técnico de segu-
rança. Vamos aguardar o agendamento da reunião
com o prefeito e esperamos que ele atenda todas
as reivindicações, que são justas e de direito do
trabalhador”, conclui a presidente Luciana Santos.
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TST: demissão só pode ser homologada no sindicato
CSI e filiadas se articulam para apresentar queixa na OIT por violações de convênios ratificados no Brasil
Decisão, cujo acórdão foi publicado no dia 15 de março, no portal do Tribunal Superior do Trabalho (TST), trata de questão muito sensível na relação entre patrões e empregados — é, inclusive, 1 dos pontos de impasse na campanha salarial de TI em São Paulo: a homologação da demissão acontecer ou não no sindicato. Para a 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho é nulo o pedido de demissão feito por funcionário se não houver homologação do sindicato. Com esse entendimento, a turma deu provimento a recurso de ex-vendedora para anular seu pedido de demissão e condenar a empresa ao pagamento das diferenças rescisórias. No portal Convergência Digital
Na reclamação trabalhista, a vendedora disse que foi coagida a pedir demissão após retornar da licença-maternidade “e sofrer intensa perseguição pela empresa”. O juízo da 81ª Vara do Trabalho de São Paulo e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, no entanto, consideraram válido o
pedido.
Segundo o TRT, a falta da assistência sindical gera apenas uma presunção favorável ao trabalha- dor. No caso, a empresa apresentou o pedido de demissão assinado pela própria empregada. Esta, por sua vez, não comprovou a coação alegada.
No recurso de revista ao TST, a vendedora sustentou que a homologação na forma prevista no artigo 477, parágrafo 1º, da CLT é imprescindível e, na sua ausência, seu pedido de demissão deve ser desconsiderado.
O relator, ministro Alexandre Agra Belmonte, observou que a Subseção I Especializada em Dis- sídios Individuais (SDI-1) do TST decidiu que a exigência prevista na CLT é imprescindível à for- malidade do ato. “Se o empregado tiver mais de 1 ano de serviço, o pedido de demissão somente terá validade se assistido pelo seu sindicato”, con- cluiu, ressalvando seu entendimento pessoal sobre a matéria. Fonte: Diap
A Nova Central, a qual o Sintram é filiada, atra- vés do seu diretor de Educação Sindical, Sebas- tião Soares, participou da reunião da Confederação Sindical das Américas - CSA, em São Paulo, nos dias 19 e 20 de março. Na pauta dos debates constaram a apresentação de queixa contra o go- verno brasileiro junto à OIT - Organização Interna- cional do Trabalho, pela Confederação Sindical In- ternacional - CSI, em função da aprovação da Lei 13.467/2017, que acabou com direitos sindicais e trabalhistas em afronta a convênios da OIT, ratifica- dos pelo Brasil. Por decisão unânime e com apoio de mais de vinte centrais sindicais das américas, aprovou-se que o Brasil será indicado pela CSI para entrar na lis-
ta curta da OIT, o que significará sanções.
Também de- liberou-se pela realização de campanha inter- nacional contra a violência no mun- do do trabalho, que atinge ho- mens e mulheres,
debate no qual houve a participação, também, da diretora de Assuntos da Mulher da Nova Central, Sônia Zerino. Neste sentido serão desenvolvidas ações no período da reunião anual da OIT em Ge- nebra, neste ano, de 28 de maio a 12 de junho, com vistas à criação de convênio e recomendação da organização visando coibir a violência no tra- balho.
Tendo em vista a ação predatória das cadeias
mundiais de valor, a CSA e a CSI vão criar frentes
de ação com vistas à instituição de marco jurídi-
co internacional vinculante para enfrentar as trans-
gressões dos direitos sindicais e trabalhistas prati-
cadas pelas multinacionais. Fonte: NCST
Rescisão de contrato de trabalho sem sindicato fragiliza empregado, aponta debate no Senado
A Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), em vi- gor desde novembro do ano passado, acabou com a necessidade de o sindicato da categoria ou o Ministério do Trabalho revisar a rescisão dos con- tratos dos trabalhadores. Com isso, empregados e empregadores têm recorrido a cartórios para finali- zar as relações trabalhistas. Audiência pública pro- movida na última quinta-feira (22) pela Subcomis- são Temporária do Estatuto do Trabalho apontou que a medida deixa os profissionais desprotegidos.
Na Agência Senado
Segundo o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ângelo Fabiano Fa- rias da Costa, cartórios já têm oferecido o serviço
por meio de uma escritura pública que pode ser emitida, inclusive, por meio eletrônico, sem a ne- cessidade de comparecimento ao local físico. Ele observou que a participação dos sindicatos e do Ministério do Trabalho garantia o pagamento corre- to dos valores rescisórios.
“Estão fazendo por meio eletrônico, o que au- menta a possibilidade de sonegação de direitos trabalhistas. A reforma trouxe uma série de ins- trumentos para retirada de direitos trabalhistas. É preciso rever esses instrumentos”, apontou.
Para o vice-presidente da subcomissão, senador Paulo Paim (PT-RS), a extinção da necessidade de comparecimento ao sindicato ou à superinten- dência do Ministério do Trabalho para homologar uma rescisão contratual abre espaço para fraudes.
“Daqui a pouco o trabalhador vai receber a res- cisão pelo correio”, lamentou Paim.
Itamar Kunert, da Central dos Sindicatos Bra-
sileiros, ressaltou que a homologação garante se- gurança jurídica para trabalhadores e empresários, pois demonstra que o empregador pagou o que deveria e o trabalhador recebeu aquilo que tinha direito.
“A homologação é a coisa mais importante não apenas para o trabalhador, mas para o empresário.
É uma garantia de que houve um corte no contrato de trabalho”, assinalou.
DEMISSÃO IMOTIVADA
A Reforma Trabalhista criou a possibilidade de funcionário e patrão negociarem uma demissão de comum acordo. O trabalhador que optar por essa nova forma de demissão perde o direito ao seguro- desemprego e ganha somente a metade do valor correspondente ao aviso prévio e da multa do Fun- do de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Essa nova ferramenta pode ser utilizada para coagir o trabalhador ao consenso, segundo participantes da audiência.
Na avaliação de Rogério Silva, membro do Co- mando Nacional de Mobilização do Sindicato Na- cional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), a demissão sem justa causa — aquela que não pode ser justificada por falta grave do trabalhador ou por motivos econômicos relevantes — precisa ser revista.
“A dispensa imotivada é hoje um poder que o empregador tem sobre o empregado, algo que já não é permitido em vários países. Essa dispensa não poderia ser por puro arbítrio do empregador”, criticou.
O presidente da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho, Hugo Melo Filho, também defendeu a regulamentação do artigo 7º Inciso I da Constituição Federal, estabelecendo regras para proteção do empregado contra dispensas arbitrá- rias.
CONTRATOS PRECÁRIOS
Outro ponto frisado na reunião foi a regulamenta-
ção de novas modalidades de contratos de trabalho
como intermitente e temporário. Para a vice-pre-
sidente da Associação Nacional dos Magistrados
da Justiça do Trabalho (Anamatra), a juíza Noemia
Porto, esses contratos precários enfraquecem os
sindicatos e diminuem o poder de negociação dos
trabalhadores e o respeito aos seus direitos.
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“Está em curso um processo de desprofissiona-
lização dos trabalhadores e um processo de de- sindicalização que atinge a identidade coletiva dos trabalhadores, que é fundamental pela luta de me- lhor qualidade de vida e de trabalho. Eu deixo de ser o engenheiro ou a cozinheira e passo a ser o PJ, o autônomo, o trabalhador intermitente”, aler- tou.
MERCADO DE TRABALHO
Apontada pelo governo como saída para gerar em- prego no país, a reforma trabalhista não conseguiu abrir nenhum novo posto de trabalho, de acordo com a pesquisadora do Centro de Estudos Sindi- cais e de Economia do Trabalho da Universidade de Campinas (Cesit/Unicamp), Marilane Oliveira Teixeira. Também não conseguirá assimilar as 4,5
milhões de pessoas em idade economicamente ati- va que entraram no mercado de trabalho desde 2015, conforme a pesquisadora.
“No mesmo período foram retiradas 726 mil pes- soas do mercado. É como se ninguém tivesse sido incorporado e, além disso, mais de 700 mil saíram.
É uma catástrofe”, disse.
TRABALHO INFORMAL
Ainda de acordo com dados apresentados pela pesquisadora, o trabalho informal, que vinha regis- trando queda até 2013, disparou nos últimos anos e tende a aumentar com a reforma:
“Hoje, somando o trabalho não registrado e o por conta própria são 36 milhões de homens e mulhe- res contra 34 milhões com carteira de trabalho”, registrou.
Mais de 11 mil trabalhadores fizeram acordo de demissão em fevereiro, diz Caged
O Cadastro Geral de Empregados e Desempre- gados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado na sexta-feira (23), aponta saldo de 61.188 vagas formais no mês de fevereiro, na comparação entre admissões e dispensas. A variação sobre o mês anterior foi de 0,16%.
O salário dos contratados continua caindo em relação ao de quem é demitido. O ordenado médio de R$ 1.502,68 apresentou repetiu a tendência de queda na renda, apresentada nos últimos meses.
O dos demitidos foi de R$ 1.662,95. Os que entra- ram no mercado de trabalho, redução pouco acima de 10%.
A “reforma” trabalhista influenciou a realização a demissão de 11.118 trabalhadores de 8.476 empre- sas por meio de “acordos” com empregadores. O estado de São Paulo liderou o ranking dessa mo- dalidade de dispensa (3.257 pessoas), seguido por Paraná (1.214), Minas Gerais (962), Rio de Janeiro (941) e Rio Grande do Sul (901).
Sem participação ou fiscalização de sindicatos, esses “acordos” causam prejuízo ao empregado. O trabalhador que faz acordo de demissão, segundo a lei trabalhista de Temer, saca 80% de seu saldo no FGTS e a multa devida pelo patrão cai 40%
para recebe 20%. O aviso prévio também é redu- zido à metade e o não haverá direito ao seguro- desemprego.
O trabalho intermitente, modalidade em que se ganha por hora trabalhada e não há garantia de jornada ou remuneração mínima por mês, outra novidade da lei, também registrou aumento nas
contratações.
Foram registradas 2.660 admissões e 569 desli- gamentos nessa modalidade, o que gerou um saldo de 2.091 empregos. As admissões concentraram- se principalmente em São Paulo (816 postos), Rio de Janeiro (258 postos), Minas Gerais (257 pos- tos), Distrito Federal (182 postos) e Espírito Santo (163 postos). As admissões foram majoritariamente registradas nos setores de Serviços (1.206 postos), Comércio (585), Construção Civil (410) e Indústria de Transformação (395).
No regime de trabalho parcial, foram registradas 6.490 admissões e 3.423 desligamentos, geran- do saldo positivo de 3.067 empregos. As maiores quantidades de admissões foram observadas em São Paulo (1.314 postos), Ceará (876), Minas Ge- rais (634), Goiás (393), Paraná (373) e Rio de Ja- neiro (348). Do ponto de vista setorial, as admis- sões concentraram-se nos Serviços (4.551 postos), Comércio (1.169), Indústria de Transformação (508) e Agropecuária (150).
Na categoria de Teletrabalho, foram registra- das 362 admissões e 243 desligamentos, gerando saldo positivo de 119 empregos. Os estados que mais admitiram nessa modalidade foram São Pau- lo (67 postos), Minas Gerais (50), Espírito Santo (40), Rio de Janeiro (40), Bahia (22) e Ceará (22). As admissões concentraram-se nos Serviços (190 postos), Comércio (88), Indústria de Transfor- mação (44) e Construção civil (20).
Fonte: CSPB