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MANUAL DE ENQUADRAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DO CADASTRO E INVENTÁRIO DOS BENS

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MANUAL DE

ENQUADRAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DO

CADASTRO E INVENTÁRIO DOS BENS

JULHO 2015

(2)

Índice

PREÂMBULO ... 2

I - Princípios Gerais ... 3

II - Noções Gerais ... 4

III - Procedimentos de Inventário Inicial ... 5

IV – Conferências Físicas ... 7

V - Suportes Documentais ... 7

VI - Regras Gerais de Inventariação ... 10

VII - Aquisição e Registo de Propriedade ... 11

VIII – Aquisição por Oferta ... 11

IX – Amortizações e Reintegrações de Bens Móveis ... 11

X - Bens Adquiridos em Regime de Locação ... 12

XI – Abate, Cedência e Transferência ... 12

XII – Furtos, Roubos, Extravios e Incêndios ... 14

XIII – Extravios ... 14

XIV – Seguros ... 14

XV – Arquivo do Património ... 14

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PREÂMBULO

No âmbito da contabilidade patrimonial, uma das exigências fundamentais é a elaboração do inventário onde devem constar todos os elementos constitutivos do património das Escolas/ Agrupamentos de Escolas, doravante designado por Escola.

Para que seja implementado o POC Educação a partir de 1 de janeiro de 2016, deverá estar assegurado, em cada Escola, o inventário atualizado em 31 de dezembro 2015.

O inventário geral dos elementos constitutivos do património da escola, consagra-se num instrumento económico-financeiro de extrema importância no âmbito da gestão e controlo da sua atividade patrimonial.

É pelo inventário que a escola conhece a estrutura do seu ativo imobilizado, dispõe de elementos para a elaboração do balanço inicial e das demonstrações financeiras anuais, referidas no POC Educação, facultando, ainda, os elementos necessários à contabilização das amortizações, pelas quais se quantificam as depreciações dos bens ocorridas ao longo do tempo.

No processo de inventariação do património da escola, é imprescindível a elaboração de um regulamento onde se encontrem as instruções que permitam a divulgação e imposição aos intervenientes no processo, dos procedimentos de inventariação, avaliação e atualização do património. Todavia, para uma suficiente e eficaz gestão patrimonial é necessário que o referido regulamento defina objetivamente uma série de critérios e procedimentos a adotar em situações de aquisição, alienação, cedência, roubo, entre outras situações, para que a função de controlo de património da escola esteja, na sua íntegra, assegurada.

Assim, com a elaboração de um regulamento deste tipo, pretende-se que sejam criadas as condições para a adoção gradual, mas consistente, dos princípios e regras estabelecidas no Plano Oficial de Contabilidade Pública para o setor da educação (POC – Educação) e no Cadastro e Inventário dos Bens do Estado (CIBE).

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I - Princípios Gerais

1. O presente manual no âmbito do cadastro e inventário dos bens da escola (CIBE) foi elaborado em conformidade com a Portaria n.º 671/2000, de 17 de abril, (CIBE) e a Portaria n.º 794/2000, de 20 de setembro, (POC- Educação)

2. São objetivos do CIBE:

Obedecer às exigências e regras definidas pelo POC - Educação, nomeadamente no que concerne à sistematização dos inventários base, à definição e uniformização dos critérios de inventariação dos bens da Escola e à respetiva contabilização;

Estabelecer os princípios gerais de inventariação, aquisição, registo, afetação, seguros, abate, reavaliação e gestão dos bens móveis, imóveis e veículos da escola, assim como as competências dos diversos serviços da Escola envolvidos na prossecução destes objetivos;

Proporcionar uma imagem verdadeira e apropriada do imobilizado corpóreo da Escola. No âmbito da gestão patrimonial da Escola integra-se a observância de uma correta afetação dos bens pelos diversos serviços, tendo em consideração, não só as necessidades dos mesmos, mas também a sua melhor utilização face às atividades desenvolvidas e ao incremento da eficiência das operações.

3. O CIBE abrange o inventário dos seguintes bens do ativo imobilizado:

Todos os bens móveis, imóveis e veículos automóveis da Escola que não se destinem a serem vendidos ou transformados no decurso da atividade normal das operações da Escola, quer sejam propriedade, quer sejam em regime de locação financeira

Todos os bens classificados na contabilidade patrimonial nas subcontas da classe 4 4. O CIBE é composto pelos seguintes inventários de base:

a) Cadastro e Inventário dos Bens Moveis do Estado – CIME

• Integra todos os bens móveis, com exceção dos não duradouros

• Para efeitos das presentes instruções, são bens duradouros os que não têm consumo imediato, em regra, com uma duração útil estimada superior a um ano.

• Os bens objeto de inventariação devem ser identificados por classe e tipologia de acordo com o classificador anexo à Portaria nº 671/2000, de 17 de abril, sendo o registo na contabilidade objeto de enquadramento nas correspondentes contas da classe 4.

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b) Cadastro e inventário dos Imóveis e Direitos do Estado – CIIDE

• Integra os imóveis qualificados de domínio público ou privado, rústicos ou urbanos e outros, incluindo os direitos a eles inerentes

• A inventariação dos imóveis pressupõe a existência de título de utilização válido e juridicamente regularizado, tanto nos casos em que confira a posse como o direito de uso, a favor da entidade contabilística

• Para efeitos de inventariação, os imóveis identificam-se com a atribuição do número de inventário; indicação geográfica do distrito, concelho e freguesia; e, dentro desta, a morada;

confrontações; denominação do imóvel, se a tiver; domínio (público ou privado); espécie de imóvel (urbano, rústico ou outros); natureza dos direitos de utilização; classificação, se for classificado; caracterização física (áreas, número de pisos, estado de conservação); ano de construção das edificações, inscrição matricial; registo na conservatória; custo de aquisição, de construção ou valor de avaliação.

c) Cadastro e Inventário dos Veículos do Estado – CIVE

• Abrange os veículos automóveis que constituam meios de tração mecânica, com capacidade de transitar por si próprios nas vias terrestres, aéreas e marítimas, sujeitos a registo e ainda equipamentos rolantes com potencialidade para transitar na via pública ou em zonas de obras.

• Para efeitos de inventariação, os veículos identificam-se através da matrícula, da marca, do modelo, do combustível, da cilindrada e da atribuição do número de inventário, do número de registo, do tipo de veículo e do ano e custo de aquisição, de construção ou valor de avaliação.

II - Noções Gerais

Para efeitos do presente manual entende-se por:

a) Património, os bens tangíveis, com vida útil superior a um ano, equivalente ao que no POC - Educação se designa por imobilizado corpóreo, inclui-se também as benfeitorias e grandes reparações que acresçam ao custo dos bens em causa;

b) Cadastro, o registo permanente e atualizado de todos os elementos constantes do ativo imobilizado corpóreo, bem como as modificações por eles sofridas no decurso do tempo;

c) Inventário, o levantamento sintético, ordenado e atualizado referente a uma determinada data, isto é, uma relação completa dos bens que compõe o ativo imobilizado da Escola,

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devidamente identificados, classificados, localizados, registados e valorizados de acordo com os critérios estabelecidos pelo presente regulamento;

d) Mapa dos bens, uma listagem descritiva de todos os bens existentes em cada sala, gabinete ou serviço. Essa listagem é retirada do programa do CIBE.

III - Procedimentos de Inventário Inicial

O inventário inicial deverá integrar todos os bens existentes na entidade, que se encontram em boas condições de utilização, suscetíveis de produzir benefícios futuros para o serviço utilizador (artigo 38º).

1. A inventariação inicial compreende as seguintes operações:

a) Arrolamento – consiste na elaboração de uma listagem discriminada dos elementos patrimoniais a inventariar;

b) Classificações – agrupamento dos elementos patrimoniais nas diversas classificações

c) Reconciliação física-contabilística – consubstancia-se no conjunto de procedimentos para se estabelecer a relação entre os bens existentes e os respetivos registos contabilísticos, e proceder às respetivas retificações a que haja lugar;

d) Descrição – consiste em evidenciar as características qualidade e quantidade de cada elemento patrimonial, de modo a possibilitar a sua identificação;

e) Avaliação – atribuição de um valor a cada elemento patrimonial de acordo com os critérios de valorimetria aplicáveis, designadamente os critérios definidos, nos pontos 3, 4 e 5.

f) Registo – preenchimento da ficha de identificação de cada bem existente na Escola;

g) Etiquetagem – consiste na colocação de etiquetas nos bens inventariados, com o código respetivo à sua identificação (numero de inventário).

Em síntese, para este levantamento e numa primeira fase, basta recolher os seguintes dados:

• Designação do bem;

• Local onde se encontra;

• Estado de conservação (Bom ou Regular);

• Período de vida útil restante em condições normais de utilização, não podendo ultrapassar o período de vida útil previsto no classificador para um bem em estado de novo;

• Classificação nos termos da portaria nº 671/2000;

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• Dados complementares: marcas, modelos, cores e outras referências necessárias a uma correta identificação visual dos bens

• Identificar os bens que não se encontrem em condições de produzir benefícios (deverão ser abatidos, por meio da alienação ou simplesmente destruídos).

Considerando que o inventário inicial pode ser reportado ao dia 1 de janeiro do ano em que está a ser elaborado, após o levantamento referido anteriormente devem ser retirados os bens adquiridos (ou entrados) na escola após o dia 1 de janeiro desse ano.

2. Coordenação dos trabalhos e competências:

Criar um grupo de trabalho para assumir a coordenação desta tarefa, competindo-lhe a definição de regras a observar e consequente elaboração de um manual de procedimentos. A sua constituição deve ficar ao critério da Escola, nomeadamente se inclui pessoal docente e/ou não docente, desde que conheçam bem as instalações da Escola, bem como das normas previstas na citada portaria.

a) Nomear um coordenador desse grupo que fará a supervisão do levantamento de bens.

b) Constituir equipas para a inventariação de instalações com material específico, tais como, nomeadamente, laboratórios, salas de informática, oficinas. Estas equipas devem integrar docentes que lecionem as disciplinas em que esses equipamentos são utilizados, beneficiando assim do seu conhecimento técnico nessas áreas.

3. Valorização dos bens móveis, conforme previsto no artigo 39º da portaria em articulação com o disposto no artigo 31º:

a) Aplicar critério do “custo justo”, ou seja, preços correntes de mercado ao valor atual, em estado novo, deduzida da depreciação, até á data da avaliação

b) Na impossibilidade de valorização de um bem, deverá ser considerado o valor resultante da avaliação segundo critérios técnicos que se adequem à natureza desses bens, devendo ser explicitado nos anexos às demonstrações financeiras.

c) Relativamente aos equipamentos que não são propriedade da escola (Parque Escolar, Autarquia, etc), a inventariação compete a esses organismos.

4. Valorização dos bens imóveis:

a) Utilizar o valor patrimonial registado nas Finanças, no caso do mesmo existir;

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b) Caso não haja avaliação do imóvel conhecida na Autoridade Tributária e Aduaneira (Finanças), o valor a reconhecer no balanço deverá ser o que resultar do Código do Imposto do Selo, de acordo com o previsto no seu artigo 13.º:

O valor dos imóveis é o valor patrimonial tributário constante da matriz nos termos do CIMI à data da transmissão, ou o determinado por avaliação nos casos de prédios omissos ou inscritos sem valor patrimonial.

c) Os terrenos e edifícios que sejam propriedade das Autarquias, Parque Escolar E.P. ou outra, deverão ser inventariados por estes organismos.

Paralelamente com a valorização dos bens, deve ser também indicada a conta da classe 4 (imobilizado) prevista no plano financeiro do programa de software em uso na entidade, dado que esta informação deverá ser o campo de ligação entre o CIBE e a aplicação de contabilidade.

IV – Conferências Físicas

1. As conferências físicas consistem numa verificação dos bens do ativo imobilizado da escola, com vista a:

a) Credibilizar e atualizar todo o cadastro da escola;

b) Detetar material ainda não inventariado;

c) Conferir a correta localização dos bens.

2. As conferências físicas devem efetuadas anualmente pelo responsável máximo da Escola ou por pessoas por ele designadas, tendo em vista a verificação e permanente atualização de todos os bens do ativo imobilizado da escola. Caso sejam detetadas irregularidades deve proceder-se à sua regularização e ao apuramento de responsabilidades, se for o caso.

V - Suportes Documentais

1. Fichas de Registo

Para efeitos de inventário e atualização sistemática do CIBE, todos os inventários de base adotam três tipos de fichas que deverão ser preenchidas de acordo com a codificação constante do classificador geral, anexo à Portaria n.º 671/2000, de 17 de abril, designadamente:

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a) Ficha de identificação do bem (F1), a preencher por cada bem existente, na qual se registam todos os fatos patrimoniais desde a aquisição do bem até ao seu abate;

i. As referidas fichas assumem a sigla do inventário respetivo (F1 – CIME ou F1 – CIVE ou F1 – CIIDE e assim sucessivamente) as quais devem ser adaptadas a cada um dos inventários base.

• A ficha de identificação do bem (F1) tem como objetivo a identificação do bem móvel, imóvel e veículo desde a sua aquisição até ao seu abate, inscrevendo-se nela toda a informação relevante para a caracterização do bem;

• A F1 tem em conta a origem do bem e as relações económico – financeiras que lhe estão associadas, com vista à inventariação, eventuais alterações e outros fatos patrimoniais que ocorram ao longo do período de vida útil de cada bem do ativo imobilizado;

• A F1 deverá ser elaborada e mantida atualizada mediante suporte informático que permita, de uma forma automática, a obtenção das fichas F2 – Ficha de inventário, F3 – Ficha de amortizações e F4 – Mapas síntese dos bens inventariados, para além do conhecimento da situação em qualquer data desse bem individualmente ou através de informação agregada (categorias, locais, serviços, etc.);

• Para cada bem deverá existir uma ficha de identificação, que é elaborada de acordo com o modelo definido no CIBE ou adaptada pela escola.

ii. Na elaboração especial de cada ficha de identificação, haverá os seguintes codificadores, de registo obrigatório:

• Classificador geral, consiste num código que identifica a classe (três dígitos), tipo de bem e bem (dois dígitos), conforme tabela de acordo com o anexo I do CIBE, com as necessárias adaptações;

• Número de inventário é um número sequencial que é atribuído ao bem aquando da sua aquisição, sendo atribuído o número um ao primeiro bem a ser inventariado;

• Localização atual, identifica o espaço onde se localiza;

• Tipo de aquisição.

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iii. Identificação do bem:

• A identificação de cada bem faz-se mediante atribuição de um código correspondente do classificador geral, de um número de inventário e segundo a classificação do POC - Educação.

• Outros elementos identificativos dos bens são: o espaço físico onde se encontram os bens dentro da sala, gabinete ou serviço da respetiva unidade orgânica.

• A unidade orgânica corresponde ao centro de custo que identifica o serviço ao qual os bens estão afetos, baseados no organigrama em vigor na escola.

• Aquando da aquisição de bens em conjunto é sempre atribuído um número de inventário diferente a cada bem.

iv. Identificação dos móveis:

• Em cada bem móvel será, sempre possível, impresso ou colocado, por meio de etiquetagem, o número de inventário que permita a sua identificação

• Quando se verificar a deterioração de alguma etiqueta, deverá esse fato ser comunicado ao responsável da escola, o qual procederá à respetiva substituição.

• Por regra, cada bem móvel deve ser identificado, através da F1 – CIME (ficha de identificação de móveis).

• Em todas as salas, gabinetes e outros serviços, deverá estar afixada uma listagem dos bens afetos a esses locais. Essa listagem, para além do nº de inventário e designação dos bens, poderá ter outros elementos que facilitem a identificação do bem).

b) Ficha de inventário (F2), é uma ficha anual que resulta das modificações físicas dos bens, grandes reparações, reavaliações ou sempre que algum dos campos F1 sofra alterações;

c) Ficha de amortizações (F3), é uma ficha, na qual se registam os decréscimos do valor contabilístico dos bens, sofridos em função do tempo decorrido, do seu uso e do seu desgaste e elabora-se com base no modelo definido no CIBE.

2. Mapas síntese dos bens inventariados

• Os mapas síntese dos bens inventariados (F4) são elaborados no final de cada ano económico e refletem a variação dos elementos constitutivos do património afeto à escola.

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• Todos os bens constitutivos do património da escola serão agrupados em mapas síntese dos bens inventariados, que constituirão um instrumento de apoio à informação agregado por tipo de bem e por código de atividade, bem como por qualquer outra forma que venha a ser conveniente para a salvaguarda do património

VI - Regras Gerais de Inventariação

1. As regras gerais de inventariação a prosseguir são as seguintes:

a) São considerados inventariáveis, todos os bens que tenham uma vida útil superior a um ano;

b) Os bens devem manter-se em inventário desde o momento da sua aquisição, até ao seu abate, prologando-se em termos cadastrais;

c) A aquisição dos bens deve ser registada na ficha de identificação do bem F1;

d) Nos casos em que não seja possível apurar o ano de aquisição do bem, adota-se o ano do inventário inicial para se estimar o período de vida útil restante durante o qual se amortiza totalmente o seu valor;

e) As amortizações de cada bem são efetuadas nos termos do presente regulamento e de acordo com o disposto no CIBE; para efeitos de amortização, o período de vida útil varia consoante o tipo de bem, devendo seguir-se a estimativa definida no CIBE;

f) As alterações e abates verificados no património serão objeto de registo na respetiva ficha de identificação do bem (F1), com as devidas especificações;

g) Os bens que evidenciem ainda vida física (boas condições de funcionamento) e que se encontrem totalmente amortizados deverão ser objeto de avaliação, sempre que se justifique, pelo responsável nomeado pela escola, sendo-lhe atribuído um novo período de vida útil;

h) Todo o processo de inventário e respetivo controlo terá por base a ficha de identificação de cada bem (F1) e será efetuada através de meios informáticos que permitam a obtenção de informação atualizada de qualquer bem, individualmente, por tipo de bem. Este processo permite ainda a obtenção automática das fichas F1, F2 e F3 e F4.

2. No âmbito da gestão dinâmica do património e posteriormente à elaboração do inventário inicial e respetiva avaliação, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

a) As fichas de registo são mantidas permanentemente atualizadas, em função das modificações ocorridas nos bens;

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b) As fichas de registo são agregadas nos respetivos dossiês de inventário, seja em formato digital ou em suporte de papel:

c) Realizar reconciliações mensais entre o registo das fichas do imobilizado e os registos contabilísticos, quanto aos montantes de aquisição de bens em cada mês.

VII - Aquisição e Registo de Propriedade

1. O processo de aquisição dos bens móveis e imóveis da escola obedece ao regime jurídico e aos princípios gerais de realização de despesas em vigor.

2. O tipo de aquisição dos bens anteriormente mencionados é constituído por um código de dois dígitos, segundo o artigo 30.º do CIBE.

3. Ao tipo de aquisição adita-se o digito “1” ou “2”, consoante se trate de aquisição em estado novo ou em estado usado, respectivamente

4. Após a verificação do bem, o serviço responsável pelo património deverá elaborar a ficha de identificação do mesmo, a qual deverá conter informação adequada à sua identificação.

5. Caso a aquisição tenha sido elaborada por escritura de compra e venda, será este o documento que dá origem à elaboração da correspondente ficha de identificação.

VIII – Aquisição por Oferta

1. Toda a oferta, efetuada por terceiros, a favor da escola deverá ser comunicada ao responsável pelo inventário, a fim de este proceder à sua inventariação.

2. Aquando da oferta será elaborado o Auto de Aquisição por Oferta, que deverá ser anexado à respetiva ficha de identificação (F1), assim como outros documentos a correspondência a ela relativos.

IX – Amortizações e Reintegrações de Bens Móveis

1. São objeto de amortização todos os bens móveis, incluindo as grandes reparações e beneficiações a que os mesmos tenham sido sujeitos, que aumentem o seu valor ou a duração provável da sua utilização

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2. Em caso de dúvida, considera-se grande reparação sempre que o custo exceda 30% do valor patrimonial líquido do bem, conforme definido no artigo 7.º do n.º 2 do CIBE

3. A amortização segue o modelo das quotas constantes e baseia-se na estimativa do período de vida útil e no custo de aquisição, produção ou valor de avaliação.

4. Para efeitos de amortização, o período de vida útil varia consoante o tipo de bem, devendo seguir-se a estimativa definida no CIBE.

X - Bens Adquiridos em Regime de Locação

Os bens adquiridos através da celebração de contratos de locação, em que os serviços usufruam das vantagens inerentes à utilização dos bens locados, devem ser contabilizados no inventário do seguinte modo:

a) Após celebração do contrato deverão ser registados no inventário pelo valor global da sua transação de mercado;

b) As amortizações anuais relacionadas com a vida útil técnico – económica dos bens seguem as regras das quotas constantes;

c) Se não existir certeza razoável de que o locatário opte pela titularidade do bem no final do contrato, o bem locado deve ser amortizado durante o período de contrato, se este for inferior ao da vida útil;

d) No final do contrato se o locatário não exercer a opção de compra devolvem-se os bens ao locador e procede-se ao seu abate no inventário;

e) No final do contrato se o locatário exercer a opção de compra e os bens tiverem vida útil, permanecerão em inventário e seguem as regras destas instruções.

XI – Abate, Cedência e Transferência

1. A necessidade de abater determinado bem pode ser solicitada pelo seu responsável ou através da verificação periódica efetuada pelo serviço respetivo.

2. A proposta de abate deverá ser elaborada pelo responsável do património e pelo responsável máximo da escola a qual deverá indicar o motivo do abate, devidamente justificado.

3. Os motivos suscetíveis de originarem abates, de acordo com as deliberações da escola, são as seguintes:

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a) furtos, incêndios e roubos;

b) destruição;

c) cessão;

d) declaração de incapacidade do bem;

e) oferta;

f) transferência.

4. Ao rececionar a proposta de abate, o serviço de património deverá proceder a uma verificação física do bem, elaborando de seguida para os devidos casos, um Auto de Abate que deverá enviar ao responsável máximo da escola para possível autorização.

5. Quando autorizado, o abate de bens ao inventário deverá constar na F1 – ficha de identificação do bem, de acordo com um dos códigos identificativos do tipo de abate

6. No caso do bem a abater ser reversível (pela sua natureza e características são indispensáveis, não sendo possível proceder-se ao seu abate sem que a sua substituição esteja assegurada) e na eventualidade de não existir na Escola bens de idêntica natureza para a substituição, deve o serviço iniciar o processo de substituição, se possível acompanhado no respetivo auto de abate.

7. No caso de cedência temporária ou definitiva de bens móveis ou veículos a outras entidades deverá ser lavrado um auto de cedência a favor de terceiros, elaborado pelo serviço de património e autorizado superiormente, em conformidade com as normas e legislação aplicáveis.

8. Quando se verificar a cedência temporária ou definitiva dos bens móveis ou veículos a favor da Escola, deverá ser elaborado um auto de cedência a favor da escola pelo serviço de património e remetido à consideração superior.

9. A necessidade de transferir um determinado bem móvel afeto a um serviço, poderá ser apresentada pelo responsável do serviço que dele necessita.

10. A transferência de bens da Escola, deverá ser elaborada pelo responsável do serviço carente desse bem, o qual indicará o motivo da transferência, devidamente justificado e deverá ser entregue ao responsável pelo inventário.

11. A transferência de bens móveis só poderá ser efetuada mediante parecer do responsável pelo património, e autorização da Direção da Escola. Do facto deverá ser elaborado o respetivo auto.

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XII – Furtos, Roubos, Extravios e Incêndios

No caso de se verificarem furtos, roubos, extravios ou incêndios, dever-se-á proceder do seguinte modo:

a) Participar às autoridades competentes;

b) Lavrar o auto de ocorrência no qual se descreverão os objetos desaparecidos ou destruídos, indicando os respetivos números de inventário;

c) Submeter o auto de ocorrência ao responsável máximo da Escola e em conformidade com o despacho, proceder aos respetivos trâmites administrativos.

XIII – Extravios

1. Compete ao responsável do serviço, onde se verificar o extravio, informar o serviço de património do sucedido.

2. A confirmação da situação de extravio deve ser comunicada à Direção da Escola para apuramento de eventuais responsabilidades.

XIV – Seguros

1. Deverão estar segurados todos os bens móveis e imóveis da escola, que sejam sujeitos a seguro por força da lei, competindo tal tarefa à Direção da Escola ou à Autarquia.

2. Será, contudo, competência do responsável do CIBE:

a) Participar às entidades seguradoras as ocorrências cobertas por seguro;

b) Conferir em cada renovação contratual os valores pelos quais se encontram seguros os elementos patrimoniais;

c) Apresentar propostas de nova coberturas que se mostrem necessárias, a decidir pela escola.

XV – Arquivo do Património

1. O arquivo do património deverá ser organizado pelo responsável do CIBE.

2. Do arquivo do património deverá constar toda a informação do património da escola, devendo estar disponível.

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3. O arquivo do património deverá ser bem organizado, a fim de ser uniforme, de fácil acesso, de consulta rápida e permanentemente atualizado.

4. A informação pode estar arquivada em formato digital, desde que a entidade reúna condições para tal e possa garantir a segurança e integridade dos dados.

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