CME
ALINE SIQUEIRA MARTINS
Especialista em Bloco Cirúrgico
Especialista em Transplante de Órgãos e Tecidos
Mestra em Cirurgia Minimamente Invasiva
Enfermeira / Coordenadora em Cirurgia Robótica
(Certificated of da Vinci System Training)
CENTRAL DE MATERIAL
ESTERILIZADO
Es ta F
CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
• DEFINIÇÃO:
É UMA UNIDADE DE APOIO A TODAS AS
UNIDADES ASSISTENCIAIS E DE QUE NECESSITAM DE PRODUTOS PARA A SAÚDE UTILIZADOS NA ASSISTÊNCIA DOS PACIENTES.
MISSÃO
Prover serviços e materiais garantindo quantidade, qualidade e segurança na assistência.
FUNÇÃO
Pré limpeza, recepção, limpeza, secagem, Avaliação da integridade e funcionabilidade, Preparo, desinfecção ou esterilização,
Armazenamento e distribuição.
ÁREA FÍSICA
Planejada para atender os requisitos do
processo.
LOCALIZAÇÃO
A recomendação clássica é que o CME esteja localizado o mais próximo possível das unidades usuárias do PPS- especialmente o CC, e também próximo das unidades fornecedoras (almoxarifado, lavanderia).
É OBRIGATÓRIO ???
NÃO!! É UMA RECOMENDAÇÃO
CLÁSSICA.
Segundo a ANVISA, uma central de material esterilizado deve possuir uma
cadeia de gestão. Na figura abaixo, observamos a estrutura proposta pela
ANVISA em relação à dimensão do serviço dentro de um CME:
Independente de suas dimensões, A CME deve contar com
uma área
contaminada e uma área limpa
Área limpa:
onde os artigos são inspecionados secos, preparados, acondicionados, esterilizados,
guardados e distribuídos.
EX: área de prepare, esterilização,
monitoramento do processo de esterilização, armazenamento e distribuição e sala de
desinfecção química (quando aplicável
)** Na CME não existe área estéril e área não
estéril. Existe área limpa e área suja.***
Área contaminada:
destinada a receber os artigos sujos e realizar o processo de limpeza
EX: área de recepção e limpeza
CLASSIFICAÇÃO DOS CME
CLASSE I : PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE (PPS) NÃO CRÍTICOS, SEMI CRÍTICOS E CRÍTICOS DE CONFORMAÇÃO NÃO
COMPLEXA.
LÚMENS > 5MM
Ex.: Consultórios e UBS.
Deve possuir, no mínimo, barreira técnica entre o setor sujo e o
setor limpo. FLUXO UNIDIRECIONAL *COMPORTAMENTAL*
CLASSIFICAÇÃO DOS CME
CLASSE II : PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE (PPS) NÃO CRÍTICOS, SEMI CRÍTICOS E CRÍTICOS DE CONFORMAÇÃO NÃO COMPLEXA.
LÚMENS < 5MM Ex.: Hospitais.
Deve possuir : BARREIRA FÍSICA
É obrigatório a separação da área física * FLUXO UNIDIRECIONAL *
CLASSIFICAÇÃO DOS CME
De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n 15 , 15/2012, as CME classe I e II devem possuir minimamente:
• recepção e limpeza;
• preparo e esterilização
• desinfecção química, quando aplicável;
• local para monitoramento do processo de esterilização;
• armazenamento e distribuição de materiais esterilizados.
TENDO COMO DIFERENÇA I e II : separação física, lavadora ultrassônica, água purificada,
secadora, seladora de embalagem, pistola de ar comprimido.
CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
FLUXO: único, unidirecional, contínuo, sem
cruzamento entre setor sujo e limpo.
NÃO ESQUECER: FLUXO UNIDIRECIONAL COM
BARREIRAS
TÉCNICAS/FÍSICAS
ENTRE AS ÁREAS !!!
ART 8º : O SERVIÇO DE SAÚDE QUE REALIZA MAIS DE 500
CIRURGIAS POR MÊS, EXCLUINDO PARTOS, DEVE CONSTITUIR UM COMITÊ DE PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE- CPPS – COMPOSTO MINIMAMENTE, POR UM REPRESENTANTE :
• DA DIRETORIA DO SERVIÇO DE SAÚDE;
• RESPONSÁVEL PELA CME;
• DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM;
• DA EQUIPE MÉDICA;
• DA CCIH
CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PARA A SAÚDE SEGUNDO POTENCIAL DE TRANSMISSÃO DE INFECÇÃO (Classificação
Clássica de Spaulding)
ARTIGOS DEFINIÇÃO PROCESSAMENTO EXEMPLOS
NÃO CRÍTICOS ENTRA EM CONTATO COM A PELE ÍNTEGRA OU NÃO
ENTRA EM CONTATO COM O PACIENTE
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE
BAIXO NÍVEL CABO DE LARINGO, TERMÔMETROS
SEMI CRÍTICOS ENTRA EM CONTATO COM PELE NÃO ÍNTEGRA OU MUCOSAS ÍNTEGRAS COLONIZADAS
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE
ALTO NÍVEL LÂMINAS DO LARINGO, ENDOSCÓPIOS
CRÍTICOS ENTRA EM CONTATO COM
PELE ÍNTEGRA/NÃO ÍNTEGRA/SISTEMA VASCULAR.
LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS
ESPÉCULO VAGINAL : NÃO ESQUECER !!!!!
SEMI CRÍTICO: QUANDO TRATA-SE DA REALIZAÇÃO DO EXAME ( PAPANICOLAU). ENTRA EM CONTATO COM A MUCOSA
CRÍTICO: QUANDO TRATA-SE DE UM PROCEDIMENTO INVASIVO ( HISTERECTOMIA
VAGINAL). ENTRA EM CONTATO COM TECIDOS SUBJACENTES.
RDC 15 DE 15/2012 : ART 12, PARÁGRAFO ÚNICO
**EXCEÇÃO**
.
MATERIAIS DE ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA, ANESTESIA E INALOTERAPIA DEVEM SER SUBMETIDOS A LIMPEZA E NO MÍNIMO À DESINFECÇÃO DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO, COM PRODUTOS SANEANTES EM CONFORMIDADE COM A NORMATIZAÇÃO SANITÁRIA, OU POR PROCESSO FÍSICO CDE TERMODESINFECÇÃO.
RESOLUÇÃO 15,15 DE MARÇO DE 2012
ART 34. Compete ao profissional
responsável pelo CME do serviço de saúde
:I. Coordenar todas as atividades relacionadas
ao processamento de produtos para saúde;
II. Avaliar as etapas dos processos de trabalho para fins de qualificação da empresa processadora,
quando existir terceirização do processamento;
III. Definir o prazo para recebimento pelo CME dos produtos para saúde
que necessitem de processamento antes da sua utilização e que não pertençam ao serviço de
saúde;
IV.Avaliar a empresa terceirizada segundo os
critérios estabelecidos pelo Comitê de Processamento de Produtos para Saúde.
ART 34. COMPETE AO PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELA CME DOS SERVIÇOS DE
SAÚDE
V. Propor os indicadores de
controle de qualidade do processamento dos
produtos sob sua responsabilidade
VI. Contribuir com as ações de programas de prevenção e controle de
eventos adversos em serviços de saúde, incluindo o controle de
infecção;
VII. Participar do dimensionamento de pessoal e da definição da qualificação dos
profissionais para atuação no CME;
VIII.Orientar as unidades usuárias dos produtos para saúde processados
pelo CME quanto, ao transporte e
armazenamento destes produtos;
IV. Participar do processo de capacitação,
educação continuada e
avaliação do desempenho dos profissionais que
atuam no CME;
1 .(EXCELÊNCIA SELEÇÕES & CONCURSOS PÚBLICOS, Prefeitura Tupã/SP 2020) O processamento de artigos não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa para a área da saúde, passíveis de processamento deverá ser realizado no Centro de Material Esterilizado:
A) Classe II.
B) Classe I.
C) Classe III.
D) Nenhuma das alternativas.
QUESTÕES
2.(HU-UFGD/EBSERH/Instituto AOCP/2014) No Centro de Material Esterilizado, o conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas, é chamado de:
A) barreira técnica
B) procedimento operacional C) área semicrítica
D) comportamento crítico
E) padrão de área
3. (CONSULPLAN, FSERJ 2020) Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Os Centros de Materiais e Esterilização (CME) são classificados em CME classe I, CME classe II e CME classe III.
( ) Os serviços de saúde, que realizam mais de 250 cirurgias por mês (incluindo partos), devem constituir um Comitê de Processamento de Produtos para Saúde (CPPS).
( ) É obrigatória a utilização de luvas de proteção térmica impermeável pelo trabalhador do CME, para a descarga de secadoras e termodesinfetadoras e carga e descarga de autoclaves.
( ) Serviços de saúde que terceirizam o processamento dos seus produtos para a saúde são totalmente isentos de responsabilidade pela segurança do processamento desses produtos. Tal responsabilidade recai inteiramente sobre as empresas contratadas. A sequência está correta em:
A) V,V,F,V.
B) V,F,V,F.
C) F,V,F,V.
D) F,F,V,F.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
1. LIMPEZA:
Etapa mais importante para eficácia do processamento.
• Manual;
• Automatizada.
ART 76: A LIMPEZA DOS PPS, SEJA MANUAL OU AUTOMATIZADA, DEVE
SER AVALIADA POR MEIO DE INSPEÇÃO VISUAL, COM AUXÍLIO DE
LENTES INTENSIFICADORAS DE IMAGEM, DE NO MÍNIMO, 8 VEZES DE
AUMENTO.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
1. LIMPEZA:
JAMAIS: lã de aço ( bombril) e nem detergente em pó.
ART 67: No CME II e na empresa processadora, a limpeza dos PPS com conformações complexas além da limpeza manual é complementada pela limpeza automatizada ( lavadora ultrassônica ou equipamento de eficiência comprovada.
PARÁGRAFO ÚNICO : PARA PPS CUJO LÚMEN TENHA DIÂMETRO INTERNO INFERIOR A 5 MM É OBRIGATÓRIO QUE A FASE AUTOMATIZADA DE LIMPEZA SEJA FEITA EM LAVADORA ULTRASSÔNICA COM CONECTOR PARA CANULADOS E QUE UTILIZE TECNOLOGIA DE FLUXO INTERMITENTE.
ART 66: Na limpeza manual, a fricção deve ser realizada
com acessórios não abrasivos e que não liberem partículas
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
1. LIMPEZA
ART 68: O enxágue final de PPS para saúde críticos deve ser realizada com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normotização
específica.
PARÁGRAFO ÚNICO: O ENXÁGUE FINAL DOS PPS PARA SAÚDE CRÍTICOS UTILIZADOS EM CIRURGIAS DE IMPLANTES ORTOPÉDICOS,
OFTALMOLÓGICOS, CIRURGIAS CARDÍACAS E NEUROLÓGICAS DEVE SER
REALIZADO COM ÁGUA PURIFICADA.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
2.DESINFECÇÃO:
FÍSICO
FÍSICO QUÍMICO
QUÍMICO
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
FÍSICO
AGEM POR AÇÃO TÉRMICA
•Realizam desinfecção de alto nível;
•Permite padronização e
reprodutividade do procedimento;
•Favorece monitoração e registro do processo;
•Minimiza erros humanos, não deixa resíduos no material;
•Não tóxica para o paciente ou meio ambiente
Lavadoras termodesinfectadoras:
Limpeza e desinfecção de uma gama de materiais; agem por meio de jatos de água sob pressão e turbilhonamento; associados a detergentes não espumantes . Pasteurizadoras:
imersão de água quente. A colocação e a retirada de
materiais são feitas por cestos vazados, minimizando o risco de queimaduras.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
FÍSICO- QUÍMICO
QUANDO ASSOCIAM AGENTES QUÍMICOS E PARÂMETROS FÍSICOS EM PROCESSOS
AUTOMATIZADOS
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
QUÍMICO
AGEM PELO USO DE DESINFETANTES
QUÍMICOS
DESINFECÇÃO BAIXO NÍVEL Ex.: Quaternário de amônia e álcool isopropílico.
DESINFECÇÃO MÉDIO NÍVEL Ex.: iodóforos, cloro, álcool etílico a 70%.
DESINFECÇÃO ALTO NÍVEL Ex.: Ácido peracético,
gluteraldeído
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
ETAPAS
DESINFECÇÃO
Limpeza Enxágue
1a. Secagem
Enxágue
2a. Secagem
Acondicionamento adequado
Imersão no Desinfectante
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES MICROORGANISMOS
DESINFECÇÃO FUNGOS VÍRUS BACTÉRIAS
VEGETATIVAS BACILOS DA
TUBERCULOSE ESPOROS
BAIXO NÍVEL POUCO POUCO TODOS (QUASE
TODAS) NADA NADA
MÉDIO NÍVEL MUITO MUITO TODAS TODOS NADA
ALTO NÍVEL TODOS TODOS TODAS TODOS POUCOS
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
3. ESTERILIZAÇÃO: MORTE DE TODOS OS MICROORGANISMOS 3.1 FÍSICO: ALTA TEMPERATURA
CALOR ÚMID0
AUTOCLAVE: Gravitacional
121º C POR 15MINPré-vácuo
134ºC POR 3.5MIN CALOR SECO:ESTUFA
RADIAÇÃO
: baixa temperatura
COBALTO 60
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
ESTERILIZAÇÃO FÍSICO
GRAVITACIONAL TEMPO MAIS LONGO DE PROCESSAMETO
PRÉ-VÁCUO MAIS CURTO, POIS A BOMBA DE VÁCUO FAZ SUCÇÃO
DO VAPOR E DA UMIDADE, TORNANDO A SECAGEM
MAIS RÁPIDA
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
PRÁTICAS RECOMENDADADAS PARA AUTOCLAVES
ART 91: É PROIBIDO O USO DE AUTOCLAVE GRAVITACIONAL DE CAPACIDADE SUPERIOR A 100 LITROS.
A câmara do equipamento deve ser preenchida no máximo, até 80% de sua capacidade, evitando carregamentos excessivos
Usar cestos aramados
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
PRÁTICAS RECOMENDADADAS PARA AUTOCLAVES
No carregamento da autoclave, os PPS côncavo-convexos (bacias, cuba rim e cúpulas) devem ser dispostos na câmara interna em posição vertical; e os
artigos, como jarros, cálices e frascos, dispostos emborcados (com a abertura para baixo)
Os pacotes e as caixas a serem esterilizados devem atender aos limites de tamanho e peso máximos validados no momento da qualificação da carga ou de desempenho.
Os pacotes maiores devem ser colocados na parte inferior e os menores na parte
superior da câmara;
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
PRÁTICAS RECOMENDADADAS PARA AUTOCLAVES
O agente esterilizante no método de esterilização por autoclave é a água. Essa água utilizada no processo de geração do vapor das autoclaves deve ser a mais pura possível.
A esterilização de líquidos, na prática do CME, está em desuso, devido à grande oferta de solução comercializada já esterilizadas, com frascos que preservam a esterilidade e em apresentações práticas para sua utilização. Entretanto, caso ainda seja necessário, os líquidos só devem ser esterilizados em ciclos próprios, não submetidos à fase de pré- vácuo, nem à fase de secagem.
Só considera-se um artigo estéril quando a probabilidade de sobrevivência dos
microorganismos contaminante é menor do que 1:1000.000.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
FASES DA ESTERILIZAÇÃO A VAPOR:
PRÉ VÁCUO;
AQUECIMENTO;
ESTERILIZAÇÃO;
SECAGEM.
VARIÁVEIS:
Pressão
Tempo
Temperatura
Vapor.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
ESTERILIZAÇÃO FÍSICA POR CALOR SECO ALTA TEMPERATURA
ESTUFAS (+utilizadas em clínicas, salão de beleza).
Pó, óleos e pomadas ( incompatíveis com autoclave)
ART 92 : Não é permitido o uso de estufas para esterilização de PPS
Cuidados recomendados: evitar o centro das estufas (ponto frio), deixar espaço
entre as caixas e não encostá-las na parede.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
ESTERILIZAÇÃO FÍSICA POR RADIAÇÃO Cobalto 60 (monitorados por dosímetros) BAIXA TEMPERATURA
Essa esterilização é um método de esterilização a baixa temperatura, que pode ser utilizado em materiais termossensíveis. Utilizado na esterilização de materiais descartáveis. Não pode ter dentro de CME, são em indústrias.
O processo de esterilização é controlado por um painel eletromecânico que
monitora os níveis de radiação. O controle da dose de radiação nos
componentes é feito por dosímetros.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
3.2 FÍSICO-QUÍMICO: Métodos de esterilização a baixa temperatura.
ÓXIDO DE ETILENO: Gás incolor, inflamável ; realizado por terceirizados.
Altamente tóxico. Pode causar câncer.
PPS termossensíveis.
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR DE BAIXA
TEMPERATURA E FORMALDEÍDO GASOSO: Causam irritação e até distúrbios de respiração. Pouco utilizado.
PLASMA PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO: Inovação tecnológica. Processo é incompatível com celulose, líquidos e lúmens de fundo cego.
FASES DO PROCESSO: vácuo, injeção de vapor, difusão, plasma e ventilação.
TEMPO: varia de 28 a 72minutos.
PRA NÃO ESQUECER!!!!!!
ESTERILIZAÇÃO EXEMPLOS TEMPERATURA
FÍSICO
1) AUTOCLAVE : CALOR ÚMIDO (GRAVITACIONAL E PRÉ-VÁCUO) 2) ESTUFA: CALOR SECO
3) RADIAÇÃO: COBALTO 60
1) ALTA TEMPERATURA 2) ALTA TEMPERATURA 3) BAIXA TEMPERATURA
FÍSICO -QUÍMICO
1) ÓXIDO DE ETILENO
2) VAPOR A BAIXA TEMPERATURA E FORMALDEÍDO GASOSO
3) PLASMA PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
BAIXA
TEMPERATURA
1.(Enfermeiro - Marinha/2009) A limpeza é o passo fundamental no processamento dos artigos permanentes médico- hospitalares. Baseando-se em Oliveira (2005), analise as afirmativas abaixo, colocando V (verdadeiro) ou F (falso), e assinale a opção que apresenta a sequência correta.
( ) Nenhum processo substitui a limpeza, mesmo os de desinfecção de alto nível ou de esterilização.
( ) A limpeza dos instrumentais deve começar o mais precocemente possível após o uso, para evitar o ressecamento do sangue e de outros fluidos corpóreos sobre os artigos.
( ) A ação mecânica da limpeza pode ser dispensada, se for usado detergente enzimático no processo.
( ) As lavadoras ultrassônicas podem ser usadas para complementar a limpeza dos artigos com lúmens, pois removem a sujidade das superfícies dos artigos pelo processo de cavitação.
( ) Na limpeza manual devem ser usados materiais abrasivos, como palhas de aço e recursos do tipo saponáceos, para retirar a sujeira.
A) F, F, V, F, F B) V, F, V, V, V C) F, V, F, F, F D) V, V, F, V, F E) F, V, V, V, V
2.(HUCAM-UFES/EBSERH/Instituto AOCP/2014/) O processo físico ou químico que destroi a maioria dos microorganismos de artigos semicríticos, inclusive micobactérias e fungos, exceto um número elevado de esporos bacterianos é chamado de:
A) esterilização B) assepsia
C) descontaminação
D) desinfecção de alto nível
E) limpeza terminal
3.(AOCP, Prefeitura de Recife 2020) Em conformidade com a RDC no 15, de 15 de março de 2012, sobre as Boas Práticas para Processamento de Produtos para a Saúde, assinale a alternativa correta.
A) Produtos para saúde classificados como não críticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção.
B) Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia poderão ser submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a base de aldeídos.
C) Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após a limpeza.
D) Produtos para saúde classificados como não críticos devem ser submetidos ao processo de esterilização, após a limpeza e demais etapas do processo.
E) O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não críticos,
semicríticos e críticos de conformação complexa, passíveis de processamento.
4. (ISGH, Waldemar de Alcântara/CE 2017) Marque a alternativa que indica um método físico-químico de esterilização:
A) Esterilização por vapor saturado sob pressão;
B) Esterilização por óxido de etileno;
C) Esterilização por ácido peracético por imersão;
D) Esterilização por calor seco.
5.(CASAN, AOCP 2016) Sobre a esterilização de vapor saturado sob pressão, é correto afirmar que:
A) o equipamento utilizado é a estufa B) é indicada para materais voláteis
C) não constitui método de esterilização confiável, estando contraindicada nos dias atuais
D) é indicada para materiais metais e aventais, entre outros termorresistentes
E) é contraindicada em materiais críticos
6.(Resmulti-Ce/2019) O enfermeiro, como responsável por coordenar as atividades relativas ao processamento de produtos para a saúde, deve observar o seguimento das práticas recomendadas pela Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Central de Material Esterilizado (SOBECC). No que se refere à aplicação da esterilização por vapor saturado sob pressão, deve-se:
A) preencher a câmara, no máximo, 80% da capacidade total e dispor jarros e frascos com a abertura para cima
B) preencher a câmara com, no máximo, 70% da capacidade total e não utilizar a autoclave para esterilização de líquidos
C) preencher a câmara com, no máximo, 80% da capacidade total e dispor produtos côncavo-convexos (bacias, cubas rim) em posição vertical
D) preencher a câmara com, no máximo, 90% da capacidade total e seguir os tempos de exposição
recomendados de 121ºC a 140ºC
INDICADORES QUÍMICOS (autoclave)
TIPOS:
CLASSE I
Fita Zebrada CLASSE II
Bowie & Dick CLASSE III Único Parâmetro
INDICADORES QUÍMICOS (autoclave)
TIPOS:
CLASSE IV Multiparâmetro
CLASSE V Steamplus
CLASSE VI Emuladores
INDICADORES QUÍMICOS
(plasma peróxido hidrogênio)
TIPO:
INDICADORES BIOLÓGICOS
TIPOS:
SEGUNDA GERAÇÃO (ampolas) (48hs)
PRIMEIRA GERAÇÃO (fitas) (após 7 dias)
TERCEIRA GERAÇÃO (ampolas) (1h preliminar e 3hs para
definitiva) PERMANECE VIOLETA SEM CRESCIMENTO DE MICROORGANISMOS.
SE CRESCER MICROORGANISMOS FICA AMARELO TURVO.
PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
MÉTODOS DE CONTROLE DO PROCESSO FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO REGISTRO DE PARÂMETROS FÍSICOS DO CICLO A CADA CICLO DE ESTERILIZAÇÃO INDICADOR QUÍMICO CLASSE 1 (FITA AUTOCLAVE) EM TODOS OS PACOTES
INDICADOR QUÍMICO CLASSE 2 (TESTE BOWIE DICK) DIARIAMENTE NAS AUTOCLAVES COM REMOÇÃO DINÂMICA DE AR. PACOTE DESAFIO. ANTES DA PRIMEIRA CARGA DO DIA.
INDICADOR QUÍMICO CLASSE 5 (STEAMPLUS) EM TODOS OS PACOTES, E NO INTERIOR DOS PACOTES COM MATERIAIS IMPLANTÁVEIS
INDICADOR BIOLÓGICO DIARIAMENTE E EM TODAS AS CARGAS DE MATERIAIS IMPLANTÁVEIS
INDICADORES DEFINIÇÕES/ TIPOS
FÍSICOS
AVALIADO EM TODO CICLO DA AUTOCLAVE .COM AS VARIÁVEIS : TEMPO, TEMPERATURA, VAPOR E PRESSÃO
QUÍMICOS
CLASSE 1: TIRAS IMPREGNADAS COM TINTA TERMOQUÍMICA QUE MUDA DE COLORAÇÃO QUANDO EXPOSTA AO CALOR.CLASSE 2: BOWIE &DICK: TESTA EFICÁCIA DA BOMBA DE VÁCUO. ( UTILIZADO EM CICLO VAZIO DIARIAMENTE)
CLASSE 3: CONTROLE DE ÚNICO PARÂMETRO CLASSE 4: CONTROLE MULTIPARÂMETRO
CLASSE 5: STEAMPLUS – CONTROLA TODOS OS PARÂMETROS
CLASSE 6: INTERVALO DE CONFIANÇA .SIMULADOR DE EMULADOR, PORÉM COM UMA ESTERILIZAÇÃO ESPECÍFICA
BIOLÓGICOS
SÃO PREPARAÇÕES PADRONIZADAS DE ESPOROS ( GEOBACILLUS STEAROTHERMOPHILUS) . DEMONSTRA EFETIVIDADE DO PROCESSO.1ª GERAÇÃO: LEITURA DE 2-7 DIAS 2ª GERAÇÃO: 24ª 48HS
3ª GERAÇÃO: 1 A 3 HORAS
MONITORAMENTO DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
1
.(Prefeitura de Osasco-SP/FGV/2014) Relacione a classe dos indicadores químicos usados no processo de esterilização às respectivas características.
1. Classe 1 2. Classe 2 3. Classe 3 4. Classe 4
( ) São projetados para testar a eficácia do sistema de vácuo nas autoclaves de pré-vácuo.
( ) São projetados para medir dois ou mais parâmetros críticos do processo de esterilização.
( ) Demonstram que o material passou pelo processo de temperatura.
( )São projetados para medir um dos parâmetros críticos do processo de esterilização.
Assinale a opção que indica a relação correta, de cima para baixo.
A) 2, 4, 1, 3
B) 1, 2, 3, 4
C) 4, 2, 1, 3
D) 2, 1, 3, 4
2.(Exército, 2008) A validação do processo de esterilização precisa confirmar que a letalidade do ciclo seja suficiente para garantir o uma probabilidade de sobrevida microbiana mínima. Sobre os testes de controle desse processo, podemos afirmar que:
A) o teste de Bowie &Dick é um indicador de processo, classe I. Deve ser realizado diariamente e comprova que o material fo exposto à temperatura adequada.
B) o controle dos processos de esterilização é realizado através de indicadores químicos e biológicos, semanalmente. Porém, na presença de alguma alteração, os testes devem ser repetidos diariamente até a solução do problema.
C) o teste de Bowie & Dick é um indicador químico classe II. Deve ser realizado no primeiro ciclo do dia, apenas nos equipamentos assistidos por bomba de vácuo.
D) os testes com indicadores biológicos de primeira geração são os mais utilizados atualmente.
Apresentam alto grau de confiança nos seus resultados e devem ser realizados semanalmente.
E) os testes com indicadores microbiológicos e terceira geração devem ser realizados diariamente. As
ampolas são incubadas e o resultado é dado após 24 hs.
3.(CONSUPLAN, Prefeitura Municipal Colômbia 2020) Os indicadores biológicos, utilizados no monitoramento dos processos de esterilização, são preparações padronizadas de:
A) Vírus e bactérias.
B) Esporos bacterianos.
C) Vírus, bactérias e fungos.
D) Esporos bacterianos e vírus.
SISTEMA DE BARREIRA ESTÉRIL
FORNECER UMA BARREIRA EFICIENTE PARA OS MICROORGANISMOS, AS PARTÍCULAS E OS FLUIDOS;
PERMITIR A PENETRAÇÃO DOS AGENTES ESTERILIZANTES E O CONTATO DIRETO COM O ITEM E AS SUPERFÍCIES A SEREM ESTERILIZADAS E, AINDA, A REMOÇÃO POSTERIOR DO AGENTE ESTERILIZANTE;
A MEMÓRIA (PERMANÊNCIA DE DOBRA) DA EMBALAGEM DEVE SER MÍNIMA E AS TAMPAS DOS CONTEINERES DEVEM SER REMOVÍVEIS;
RESISTIR, AO MÁXIMO, A DANOS QUE POSSAM PROVOCAR RASGOS, PUNCTURAS, DE LAMINAÇÕES QUE COLOQUEM EM DÚVIDA A ESTERILIDADE DO MATERIAL;
PERMITIR A REMOÇÃO COMPLETA DO AR DO INTERIOR DAS EMBALAGENS.
Não é permitido o uso de embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha, papel jornal e lâminas de alumínio, assim como as embalagens tipo envelope de plástico transparente não destinadas ao uso em equipamentos de esterilização
SER LIVRE DE IGREDIENTES TÓXICOS E CORANTES NÃO FIXOS QUE MANCHEM OS MATERIAIS;
SISTEMA DE BARREIRA ESTÉRIL
TIPOS:
Tecido de algodão cru
Papel Crepado Não tecido - SMS Papel Grau Cirúrgico Filme transparente
Tyvek Conteiner rígido
1.(EBSERH, AOCP 2015) Os invólucros utilizados no processo de esterilização devem apresentar algumas características, como permeabilidade ao agente esterilizante, resistência ao calor, à tração e ao manuseio, entre outras. De acordo com as especificações para embalagens contidas na RDC 15, 15 de março de 2012, assinale a alternativa correta:
A) Embalagens para fins comerciais podem ser utilizadas, também, no processo de esterilização pelo vapor
B) Caixas metálicas sem furos conferem maior proteção ao material esterilizado
C) A CME, que utiliza embalagem de tecido de algodão, deve possuir um plano de critérios de aquisição e substituição do arsenal de embalagem de tecido mantendo os registros dessa movimentação
D) A reparação das embalagens de algodão com furos de até 0,5 cm pode ser feita com remendos ou cerzida
E) O papel grau cirúrgico é compatível com todos os métodos de esterilização
2.(EBSERH, IBFC 2017) O tyvek é uma embalagem descartável que necessita de selagem térmica, sendo confeccionada com 100% de fibras de polietileno de alta densidade.
Assinale a alternativa que apresenta o tipo de embalagem não compatível com o método de esterilização:
A) Óxido de etileno
B) Plasma peróxido de hidrogênio C) Radiação ionizante
D) Calor seco
E) Vapor sob pressão
3.(CAIPIMES/FUMUSA/2014) As funções primárias das embalagens são permitir a esterilização do conteúdo, mantê-los esterilizados até que sejam utilizados; e permitir a retirada asséptica do material, protegendo-o de possíveis adversidades. Considerando as características de uma embalagem ideal, analise as afirmativas abaixo, dê valores verdadeiro (V) ou falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo:
( ) Deve permitir adequada penetração e remoção do agente esterilizante ( ) Apresentar bom custo-benefício
( ) Deve ter alta memória, facilitando a abertura dos pacotes ( )Deve ser apropriada ao método de esterilização escolhido A) V, V, V, V
B) V, V, F, V
C) F, F, F, F
D) F, V, V, F
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) Preparatório para Residência em Enfermagem. Coordenação: Renata Soares Passinho. Editora SANAR 2) Questões em Enfermagem para Concursos. Coordenação: Fernanda Andrade Toneto Barbosa. Editora SANAR
3) Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde. SOBECC, 7edição 2017. Editora: Manole.
4) Bases do Ensino da Anestesliologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologista,2016. Airton Bagatini, Luiz Marciano Cangiani, Antônio Fernando Carneiro e Rogean Rodrigues Nunes.
5)Soares Passinho, Renata – 1000 questões de provas de concurso em enfermagem. Salvador- SANAR.
2016.
6) Mozachi,Nelson / Souza,Virginia Helena Soares. O Hospital - Manual do Ambiente Hospitalar - 2ª Ed.
2005.