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DIABETE MÉLITO NO CAO DOMÉSTICO (Canis familiares);

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616.379-008.64 ~636.7 (813.41) AGRIS L74 5400

DIABETE MÉLITO NO CAO DOMÉSTICO (Canis familiares);

EM RECIFE

SEBASTIÃO JOS* DO NASCIMENTO

Prof. Adjunto do Dep. de Medicina Veterinária da U F R P E .

ANA MARIA LAET CAVALCANTI NASCIMENTO

Prof. Adjunto do Dep. de Biologia da U F R P E .

São mencionados, trPs casos de Diabete Mélito, em caninos do Recife, diagnosticados no Hospital Veterinário do Pepaitamento de Medicina Veteri- nária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (DMV-UFRPE) . Estes

animais, foram ao Hosp:tal Veterinário do DMV da U F R P E , com a finalida.

de de se descobrir a causa de transtornos intcrnos existentes nos mesmos, após várias indicações terapêuticas.

RESULTADOS

O objetivo deste trabalho é fornecer aos médicos Veteriná- rios especialistas em clínica de pequenos animais, considerações sobre os achados bioquímicos no animal portador de diabete mélito .

O Hospital Veterinário do Departamento de Medicina Vete- rinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco, dispõe dos recursos necessários para a realização dos exames auxiliares im- portantes à diagnose dos diversos processos rruórbidos orgânicos dos animais. Principalmente, tratando-se de uma afecção que desperta o interesse das clínicas de pequenos animais e suas con- sequêmias sobre a condição clínica do animal.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Vet., Recife, l(1) : 65-72, 1984 CDU 616.379-008.64:636.7 (813.41) AGRIS L74 5400

DIABETE MÊLITO NO CÃO DOMÉSTICO (Canis familiares);

EM RECIFE

SEBASTIÃO JOSÉ DO NASCIMENTO

Prof. Adjunto do Dep. de Medicina Veterinária da UFRPE.

ANA MARIA LAET CAVALCANTI NASCIMENTO Prof. Adjunto do Dep. de Biologia da UFRPE.

São menc

:

onados, três casos de Diabete Mélito, em caninos do Recife, diagnosticados no Hospital Veterinário do Dcpaitamento de Medicina Veteri- nária da Universidade Federal Rural de Pernambuco (DMV-UFRPE). Estes animais, foram ao Hospital Veterinário do DMV da UFRPE, com a finalida- de de se descobrir a causa de transtornos internos existentes nos mesmos, após várias indicações terapêuticas.

RESULTADOS

O objetivo deste trabalho é fornecer aos médicos Veteriná- rios especialistas em clínica de pequenos animais, considerações sobre os achados bioquímicos no animal portador de diabete mélito.

O Hospital Veterinário do Departamento de Medicina Vete- rinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco, dispõe dos recursos necessários para a realização dos exames auxiliares im- portantes à diagnose dos diversos processos mórbidos orgânicos dos animais. Principalmente, tratando-se de uma afecção que desperta o interesse das clínicas de pequenos animais e suas con- seqüências sobre a condição clínica do animal.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Vet., Recife, 1(1); 65 72, 1984

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MERENZI & DEULOFEU (1955) definem diabete mélito co- mo um transtorno no metabolismo dos carboidratos, que pode ter causas variadas. Há glicosúria e diminuição das reservas de gli- cogênio, com alterações dos demais processos metabólicos.

OF'FIN (1966) afirma a ocorrência de diabete mélito em caninos, mas sendo mais comum nos felinos e que as manifesta- ções clínicas são de alterações na utilização da glicose, sem mu- dança funcional alguma dos ácinos pancreáticos.

JONES (1959) registra a diabetes mélito nos caninos na média de 1:10000 e com mais frequência na cadela, que ~ e r d e muito peso, apresenta poliúria e polidipsia, com hiperglicemia c glicosúria .

KROOK et alii (1960) dizem que caninos portadores de diabetes mélito, obesidade e piometra. apresentam de forma co- mum história clínica similar e quadro anátomo-patológico. Afir- mam ainda que esta afecção ocorre nos caiiinos adultos, c-m pre- dominância nas fêmeas.

HOSKINS et alii (1962) definem a diabete mélito como sendo uma enfermidade metabólica crônica, que se manifesta por hiperglicemia persistente e glicosúria, devido a hipofunçao das ilhotas pancreáticas. Ocorre nos caninos na média de 1: 1000, principalmente naqueles de mais de cinco anos de idade, embo- ra seja registrada em caninos jovens, com maior incidgncia em cadelas.

SMITH & JONES (1962) asseguram que a diabete rnélito ou sacarina não é afecção rara nos caninos e felinos, mas é de apresentação excassa nos equídeos e bovinos. Os sintomas são de hiperglicemia, poliúria, polidipsia, apetite voraz, que conduz a obesidade e em seguida emaciação.

MAREK & MÓCSY (1965) dão como sintomas da diabete mélito nos caninos, poliúria, polidipsia, aumento da densidade urinária, da concentração de glicose no sangue, glicosúria, ema- grecimento catarata e em casos mais graves, acetonúria.

COLES (1968) declara que hiperglicemia é o resultado do desequilibrio entre o que sai do fígado e o do aproveitamento pe- riférico, ou o transtorno na regulação endócrina destes processos.

Diz ainda que a frequência nos caninos é de 1.152 animais.

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MERENZI & DEULOFEU (1955) definem diabete mélito co- mo um transtorno no metabolismo dos carboidratos, que pode ter causas variadas. Há glicosúria e diminuição das reservas de gli- cogênio, com alterações dos demais processos metabólicos.

COFFIN (1966) afirma a ocorrência de diabete mélito em caninos, mas sendo mais comum nos felinos e que as manifesta- ções clínicas são de alterações na utilização da glicose, sem mu- dança funcional alguma dos ácinos pancreáticos.

JONES (1959) registra a diabetes mélito nos caninos na média de 1:10000 e com mais freqüência na cadela, que perde muito peso, apresenta poliúria e polidipsia, com hipergiicemia e glicosúria.

KROOK et alii (1960) dizem que caninos portadores de diabetes mélito, obesidade e piometra, apresentam de forma co- mum história clínica similar e quadro anátomo-patológico. Afir- mam ainda que esta afecção ocorre nos caninos adultos, c-m pre- dominância nas fêmeas.

HOSKINS et alii (1962) definem a diabete mélito como sendo uma enfermidade metabólica crônica, que se manifesta por hipergiicemia persistente e glicosúria, devido a hipofunçã^

ias ilhotas pancreáticas. Ocorre nús caninos na média de 1:1000, principalmente naqueles de mais de cinco anos de idade, embo- ra seja registrada em caninos jovens, com maior incidência em cadelas.

SMITH & JONES (1962) asseguram que a diabete mélito ou sacarina não é afecção rara nos caninos e felinos, mas é de apresentação excassa nos equídeos e bovinos. Os sintomas são de hipergiicemia, poliúria, polidipsia, apetite voraz, que conduz a obesidade e em seguida emaciação.

MAREK & MÓCSY (1965) dão como sintomas da diabete mélito nos caninos, poliúria, polidipsia, aumento da densidade urinária, da concentrarão de glicose no sangue, glicosúria, ema- grecimento catarata e em casos mais graves, acetonúria.

COLEb (1968) declara que hipergiicemia é o resultado do desequilíbrio entre o que sai do fígado e o do aproveitamento pe- riférico, ou o transtorno na regulação endócrina destes processos.

Diz ainda que a freqüência nos caninos é de 1.152 animais.

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PZANEKO & CORNELIUS (1970) dão para caninos a con-, centração de 59 a 90mg% de glicose na condiçao normal e citam WlLIIlNSON (1960) , ialando de caninos diabéticos com valores de 125mgR de glicose.

COT'ION et alii (1971) dizem que caninos portadores de diabete mehto e outras complicaçóes, tais como, acidose, ou ou- tro transtorno, tornar-se-á de diiicil tratamento.

APAIXCI et alii (1972) falam dos sintomias da diabete mé- lito como sendo emagrecimento, poliiagia, polidipsia e poluuria, observando-se nos casos avançados acidose com acetonemia. Ke- gistraram ainda uma frequência de 1: 132 nos caninos.

MEDWAY et alii (1973) comentam que a incidência de diabete mélito nos caninos é de 1 : 200 a 1 :800.

CHRISTOPH (1977) exprime os sintomas da diabete me- lito como sendo emagrecimento que se acentua até caquexia, mesmo com apetite; polidipsia com poliúria, aumento da gravi- dade da urina, glicosúria e cetonúria.

SPINELLI & ENOS (1978) confirmam que a diabete méli- to é encontrada de forma primária nos caninos e gatos e depois em outros animais, com tratamento a base de insulina, na dose inicial de 2,2mg por quilo de peso corporal e na veia.

KANEKO et alii (1979) dizem que a diabete mélito, ca- racteriza-se pela glomerulonefrite, entre outras alterações.

MATERIAL E MÉTODO

Os três casos de diabete mélito verificados nesta pesquisa, foram encontrados em caninos do Recife.

As observações foram feitas durante seis meses e o primei- ro canino diabético, tinha onze anos, o segundo era uma cadela com nove anos e o terceiro um Fila-brasileiro com 30 meses de idade.

Quando se suspeitava de diabetes, era colhida urina de modo direto, utilizando-se a sonda própria, de acordo com o porte do doente. A urina era em seguida encaminhada ao laboratório

Cad. Ômega Univ. Fed. Rural P E . Sér. Vet., Recife, l(1)

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Sbtor cio Periódicoí

67 KANEKO & CORNELIUS (1970) dão para caninos a con- centração de 59 a 90mg% de glicose na concnçao normal e citani WiLKiNtíON (1960), lalando de caninos diabéticos com valores de 125mg% de glicose.

COTiQN et alü (1971) dizem qae caninos portadores de diabete mélito e outras complicações, tais como, acidose, ou ou- tro transtorno, tornar-se-á de cüíicil tratamento.

APAR1CI et alu (1972) falam dos sintomas da diaoete mé- lito como sendo emagrecimento, poliíagia, puíidipsia e poiuuria, observando-se nos casos avançados aciuose com acetonemia. Re- gistraram ainda uma freqüência de l:lo2 nos caninos.

MEDWAY et alü (1973) comentam que a incidência de diabete méüto nos caninos é de 1:200 a 1:800.

CHRISTOPH (1977) exprime os sintomas da diabete mé- lito como sendo emagrecimento que se acentua até caquexia, mesmo com apetite; polidipsia com poliúria, aumento da gravi-

dade da urina, gücosúria e cetonúria.

SPINELLI & ENOS (1978) confirmam que a diabete meli- to é encontrada de forma primária nos caninos e gatos e depois em outros animais, com tratamento à base de insulina, na dose inicial de 2,2mg por quilo de peso corporal e na veia.

KANEKO et alii (1979) dizem que a diabete mélito, ca- racteriza-se pela glomerulonefrite, entre outras alterações.

MATERIAL E MÉTODO

Os três casos de diabete mélito verificados nesta pesquisa, foram encontrados em caninos do Recife.

As observações foram feitas durante seis meses e o primei- ro canino diabético, tinha onze anos, o segundo era uma cadela com nove anos e o terceiro um Fila-brasileiro com 30 meses de idade.

Quando se suspeitava de diabetes, era colhida urina de modo direto, utilizando-se a sonda própria, de acordo com o porte do doente. A urina era em seguida encaminhada ao laboratório

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e em caso positivo, do ponto de vista qualitativo para glicosliria, colhia-se o sangue por punção da veia radial e se solicitava o exa- me para hiperglicemia. Os três animais objeto desta pesquisa reagiram positivamente revelando elevadas taxas de glicose no sangue.

RESULTADOS

Os proprietários de todos os caninos implicados neste tra- balho, tinham de forma geral, o mesmo histórico a contar: os animais bebiam muita água, urinavam muito, dois dos quais ti- nham polifagia, eram obesos e um, embora tivesse o apetite exa- gerado, se encontrava caquético .

O canino de número um, era um animal sem raça defini- da (SRD), com onze anos de idade, portador de polifagia, okeso, com poliúria, polidipsia e no local onde urinava, formava-se de- pois o aglomerado de formigas. Foram feitas pesquisas de gli- cose n a urina (teste qualitativo), regindo esta à coloração de ti-

jolo e no sangue, dando, uma concentração de 230mg%.

O canino número dois, sendo uma cadela mestica, com no- ve anos de idade e a mesma história do caso anterior, com uma concentração de 213mg% de glicose no sangue, sua urina reagiu

com uma cor de tijolo, ao reativo. Estes dois casos não resisti- ram ao tratamento a base de clorpropamida, que é hipoglicemian- te oral e foi dado n a posologia de um comprimido duas vezes ao dia.

O terceiro caso, correspondeu a um Fila, de 30 meses de idade, caquètico, não obstante comer de maneira exagerada. Este enfermo já se encontrava com catarata, não via coisa alguma e não recebera tratamento para diabete e, segundo o seu proprie- tário, com uma história que levava direto a diabete mélito. Fo- ram colhidos urina e sangue para a pesquisa de glicose. A urina reagiu com o reativo, dando uma cor de tijolo e a glicose no san- gue deu a concentração de 289mg%. Vendo-se que, o doente es- tava em péssima condição e concordando-se com seu proprietá- rio, resolveu- se encaminhá-lo ao sacrificio .

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e em caso positivo, do ponto de vista qualitativo para glicosúria, colhia-se o sangue por punçâo da veia radial e se solicitava o exa- me para hiperglicemia. Os três animais objeto desta pesquisa reagiram positivamente revelando elevadas taxas de glicose no sangue.

RESULTADOS

Os proprietários de todos os caninos implicados neste tra- balho, tinham de forma geral, o mesmo histórico a contar: os animais bebiam muita água, urinavam muito, dois dos quais ti- nham polifagia, eram obesos e um, embora tivesse o apetite exa- gerado, já se encontrava caquético.

O canino de número um, era um animal sem raça defini- da (SRD), com onze anos de idade, portador de polifagia, obeso,

com poliúria, polidipsia e no local onde urinava, formava-se de- pois o aglomerado de formigas. Foram feitas pesquisas de gli- cose na urina (teste qualitativo), regmdo esta à coloração de ti-

jolo e no sangue, dando, uma concentração de 230mg%.

O canino número dois, sendo uma cadela mestiça, com no- ve anos de idade e a mesma história do caso anterior, com uma concentração de 213mg% de glicose nc sangue, sua urina reagiu

com uma cor de tijolo, ao reativo. Estes dois casos não resisti- ram ao tratamento à base de clorpropamida, que é hipoglicemian- te oral e foi dado na posologia de um comprimido duas vezes ao dia.

O terceiro caso, correspondeu a um Fila, de 30 meses de idade, caquético, não obstante comer de maneira exagerada. Este enfermo já se encontrava com catarata, não via coisa alguma e não recebera tratamento para diabete e, segundo o seu proprie- tário, com uma história que levava direto à diabete mélito. Fo- ram colhidos urina e sangue para a pesquisa de glicose. A urina reagiu com o reativo, dando uma cor de tijolo e a glicose no san- gue deu a concentração de 289mg%. Vendo-se que, o doente es- tava em péssima condição e concordando-se com seu proprietá- rio, resolveu- se encaminhá-lo ao sacrifício.

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DISCUSSAO

A intenção deste trabalho foi também verificar danos da função renal, relacionados a diabete mélito na canino que, segun- do KANEKO et alii (1979), esta afec~ão está caracterizada igual- mente pela injúria visual e pela glomerulonefrite secundária.

Ao se relacionar os achados deste trabalho corrq a defini- ção de MCRENZI & DEULOFEU (1955), nota-se a harmonia no que diz respeito a glicosúria e as condições gerais do canino nú- mero três, mostrando de forma clara sua incapacidade à oxida- çao da glicose existente, daí a concentração bem significativa.

Mas, não corresponde ao que afirmou COFFIN (1966), quando disse que a diabete mélito é mais comum nos felinos, uma vez que nenhum caso foi ainda assegurado neste ambulatório clínico.

Ha uma conformidade como que foi assegurado For MEDWAY et alii (1973), que registraram uma incidência de 1 :200 a 1:800 caninos com diabete mé lito, ficando-se com esta última pro- porção.

JONES (1959) registrou diabete mélito na qédia de um caso em 1000 caninos examinados, afastando-se bastante do en- contrado nesta pesquisa, uma vez que se ficou na proporção de 1:800. hias concorda com os itens poliúria, glicosúria e polidip- sia. Está em consonância com KROOK et alii (1960), ao diae- rem que a diabete mélito ocorre do mesmo modo em caninos adul- tos e não de maneira única em caninos velhos. Está também de conformidade com HOSKINS et alii (1962), quando se referem a manifestação clínica da diabete melito através da hiperglicemia e glicosúria, com idade superior a cinco anos.

Arrolando-se os animais que se prestaram para esta ob- servação com o que foi assegurado por SMITH & JONES (1962), confirma-se que os sintomas encontrados, foram os mesmos que são equivalentes manifestações citadas por MAREK & MÓCSY (1965). Ainda está este trabalho, de conformidade com APARICI et alii (1972), referindo-se aos sintomas , mas discorda destes mesmos autores, quando respeita a incidência de diabete mélito ein caninos, expondo um caso caso em 152 caninos examinados.

Do mesmo modo declara COLES (1968), divergindo, portanto dos achados deste trabalho.

Cad. ômega Univ. Fed. Rural P E . Sér. Vet., Recife, l(1): 65-72, 1984 DISCUSSÃO

A intenção deste trabalho foi também verificar danos da função renal, relacionados à diabete mélito no canino que, segun- do KANEKO et alii (1979), esta afecção está caracterizada igual-

mente pela injúria visual e pela glomerulonefrite secundária.

Ao se relacionar os achados deste trabalho comi a defini- ção de MARENZI & DEULOFEU (1955), nota-se a harmonia no que diz respeito à glicosúria e as condições gerais do canino nú- mero três, mostrando de forma clara sua incapacidade à oxida- çáo da glicose existente, daí a concentração bem significativa.

Mas, não corresponde ao que afirmou COFFIN (1966), quando disse que a diabete mélito é mais comum nos felinos, uma vez que nenhum caso foi ainda assegurado neste ambulatório clínico.

Há uma conformidade como que foi assegurado por MEDWAY et alü (1973), que registraiam uma incidência de 1:200 a 1:800 caninos com diabete me lito, ficando-se com esta última pro- porção .

JONES (1959) registrou diabete mélito na rr^édia de um caso em 1000 caninos examinados, afastando-se bastante do en- contrado nesta pesquisa, uma vez que se ficou na proporção de 1:800. Mas concorda com os itens poliúria, glicosúria e polidip- sia. Está em consonância com KRGCK et alii (1960), ao dize- rem que a diabete mélito ocorre do mesmo modo em caninos adul- tos e não de maneira única em caninos velhos. Esta também de conformidade com HOSKINS et alii (1962), quando se referem à manifestação clínica da diabete melito através da hiperglicemia e glicosúria, com idade superior a cinco anos.

Arrolando-se os animais que se prestaram para esta ob- servação com o que foi assegurado por SMITH & JONES (1962), confirma-se que os sintomas encontrados, foram os mesmos que são equivalentes manifestações citadas por MAREK & MÓCSY (1965). Ainda está este trabalho, de conformidade com APARICI et alii (1972), referindo-se aos sintomas , mas discorda destes mesmos autores, quando respeita a incidência de diabete mélito em caninos, expondo um caso caso em 152 caninos e. aminados.

Do mesmo modo declara COLES (1968), divergindo, portanto dos achados deste trabalho.

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WILKINSON (1960), citado por KANEKO & CORNELIUS (1970) fala de caninos diabéticos com valores de 125mg% de gli- cose no sangue, achado este, que não foi verificado nesta ob- servação.

COTTON et alii (1971) falam da dificuldade de se tratar caninos diabéticos com outras complicações; observação esta confirmada neste trabalho, uma vez que a cadela que foi regis- trada como canino número dois, complicou-se com broncopneu- monia e de repente faleceu. CHRISTOPH (1977), exprimindo os sintomas do canino portador de diabete mélito, dá a mesma apre- sentação desta pesquisa, de modo principal quando se faz refe- rência ao canino de número três, que apesar de comer de forma exagerada, estava caquético .

São concordes os valores encontrados nesta observação ainda com as confirmações de SPINELLI & ENOS (1978), quan- do se referem a apresentação desta afecção nos caninos de modo principal e com EANEKO et alii (1979), ao explicarem que, a diabéte mélito não tem predileção por raças e o portador terá alta concentração de glicose no sangue e urina.

Os três casos de diabete mélito encontrados e discutidos nesta pesquisa, devem ser considerados como o mínimo que se poderia registrar e o que despertou para observação, foram as condições de nutrição dos doentes e os seus sintomas, juntos ao histórico. Foi um número pequeno de casos, excluindo-se, por- tanto, a possibilidade de conclusões firmes.

CONCLUSUES

Observando-se com atenção os achados deste trabalho, con- clui-se :

a) pesquisas através da urinálise e bioquímica do sangue no canino (Canis familiares ) , revelaram a ocorrência de diabetes mélito em percentagem de 1:800;

b) pode-se considerar o ambulatório clínico como um cen- tro de pesquisa;

c) são descritos pela primeira vez, casos de diabete mé- lito em caninos em Pernambuco.

Cad. Ômega Univ. Fed. Rural PE. Sér. Vet., Recife, l(1) :'65-72, 1984 70

WILKINSON (1960), citado por KANEKO & CORNELIUS (1970) fala de caninos diabéticos com valores de 125mg% de gli- cose no sangue, achado este, que não foi verificado nesta ob- servação.

COTTON et alii (1971) falam da dificuldade de se tratar caninos diabéticos com outras complicações; observação esta confirmada neste trabalho, uma vez que a cadela que foi regis- trada como canino número dois, complicou-se com broncopneu- monia e de repente faleceu. CHRISTOPH (1977), exprimindo os sintomas do canino portador de diabete mélito, dá a mesma apre- sentação desta pesquisa, de modo principal quando se faz refe- rência ao canino de número três, que apesar de comer de forma exagerada, estava caquético.

São concordes os valores encontrados nesta observação ainda com as confirmações de SPINELLI & ENOS (1978), quan- do se referem à apresentação desta afecção nos caninos de modo principal e com KANEKO et alii (1979), ao explicarem que, a diabéte mélito não tem predileção por raças e o portador terá alta concentração de glicose no sangue e urina.

Os três casos de diabete mélito encontrados e discutidos nesta pesquisa, devem ser considerados como o mínimo que se poderia registrar e o que despertou para observação, foram as condições de nutrição dos doentes e os seus sintomas, juntos ao histórico. Foi um número pequeno de casos, excluindo-se, por- tanto, a possibilidade de conclusões firmes.

CONCLUSÕES

Observando-se com atenção os achados deste trabalho, con- clui-se :

a) pesquisas através da urinálise e bioquímica do sangue no canino {Canis familiares), revelaram a ocorrência de diabetes mélito em percentagem de 1;800;

b) pode-se considerar o ambulatório clínico como um cen- tro de pesquisa;

c) são descritos pela primeira vez, casos de diabete mé- lito em caninos em Pernambuco.

Cad. ômega Univ. Fed. " Rural PE. Sér. Vet., Recife, 1(1): 65-72, 1984

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ABSTRACT

I t is mentioned three events of Diabete Mélito in canines of Recife, diagnosticad

iil

the Veterinary Hospital of the Veterinary Medicinc Departa- ment of the Pernambuco Rural Federal University. These aniiilals went to tl.ie hosp'tal affer interna] disorders and indications of severa1 theropentics procedares.

LITERATURA CITADA

1 - A P A R I C I , P. C . ; CAIEDENAS, G . G . ; SANCHEZ-CARNICA, C . Fisiopatologia geral e comparada de 10s animales domésticas. Madri, Graf. D . .4mariel. 1972. 441 p .

2 - C H R I S T O P H , H . J . Clínica d e las enfermedades de1 perro. Zarago- za, E d . Acribia, 1977. v . 2 .

3 - C'OFFIN, D . L . 'Laboratório clínico e m medicina veterinária. Méxi- co, L a Prensa Médica Mexicana, 1966. 335 p .

4 - C O L E S , E . H . Patologia y diagnóstico veterinário. Venezuela, Ed.

Interamericana, 1968. 400 p.

5 - C O T T O N , R . B . ; C O R N E L I U S , I.. M . ; T H E R A N , P. Diabetes mellitus in the dog: a clinicopatho!ogic study. Journal of t h e Ame- rican Veterinary Medical Association, Chicago, 159(7) :863-70, Oct .

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7 - J O N E S , L . M . Farmacologia y terapeutica veterinária. M,éxico, Ed.

Hispano Americana, 1959. 929 p .

8 - K A N E K O , I . J . & C O R N E L I U S , C . E . Clinical biochemistry of do- mestic animals. 2 . ed. London, Academica Press, 1970. 439 p . 9 -

-;

M A T T Q E U W S , D.; ROTTTERS, R . P . ; V E R M U E L E N , A . Rer..il

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10 - KROOIC, L . ; L A R S O N , S . ; R O O N E Y , J . R . T h e i n t e r r e l a t i ~ n s h i ~ of diabetes lmellitus, obesity and pyometra in rhe dog. American Joumal of Veterinary Research, Schaumburg, 21(80) :120-4, Jan. 1960.

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Cad. Omega Univ. Fed. Rural P E . S é r . Vet., Recife, l ( 1 )

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65-72, 1984 ABSTRACT

It is mentioned three events of Diabete Mélito in canines of Recife, diagnosticad in the Veterinary Hospital of the Veterinary Medicino Departa- ment of the Pernambuco Rural Federal University. These animais went to the hosp'tal affer internai disorders and indiçations of several theropentics procedares.

LITERATURA CITADA

1 — APARICI, P. C.; CARDENAS, G. G.; SANCHEZ-CARNICA, C.

Fisiopatologia geral e comparada de los animales domésticos. Madri, Graf. D. Amariel, 1972. 441 p.

2 —• CHRISTOPH, H. J. Clínica de Ias en ;m dades dei perro. Zarago- za, Ed. Acribia, 1977. v. 2.

3 —• COFFIN, D. L. 'Laboratório clínico em medicina veterinária. Méxi- co, La Prensa Médica Mexicana, 19ó6. 335 p.

4 — COLES, E. H. Patologia y diagnóstico veterinário. Venezuela, Ed.

Intera/mericana, 1968. 400 p.

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Referências

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