• Nenhum resultado encontrado

Medida provisória contra fraudes no INSS já está em vigor

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Medida provisória contra fraudes no INSS já está em vigor"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Boletim informativo semanal | 21 de janeiro de 2019

(2)

Já está em vigor a Medida Provisória 871/2019, que tem por objetivo combater fraudes em benefícios previdenciários. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (18), pouco depois de ser sancionada pelo presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

Para o governo, a medida que altera regras de concessão de pensão por morte, auxílio-reclusão e aposentadoria rural pode gerar economia aos cofres públicos de R$

9,8 bilhões apenas no primeiro ano de vigência.

Serão revistos algo em torno de 5,5 milhões de benefícios do INSS, alguns com suspeita de irregularidade. Para tanto, a MP cria a carreira de perito médico federal e estabelece uma gratificação para servidores e peritos médicos que identificarem fraudes. Para cada processo concluído, o técnico ou analista do INSS receberá gratificação de R$ 57,50 (bônus de desempenho institucional por análise de benefícios com indícios de irregularidade do monitoramento operacional de benefícios).

A medida cria o Programa Especial para Análise de Benefícios com Indícios de Irregularidade (Programa Especial) e o Programa de Revisão de Benefícios por Incapacidade (Programa de Revisão).

O primeiro focará benefícios com indícios de irregularidade e o segundo revisará benefícios por incapacidade sem perícia médica há mais de seis meses e que não tenham data de encerramento estipulada ou indicação de reabilitação profissional.

Também serão revistos os chamados benefícios de prestação continuada que estejam sem perícia há mais de dois anos. O Programa de Revisão prevê gratificação

Medida provisória contra fraudes no INSS já está em vigor

Boletim informativo semanal | 21 de janeiro de 2019

(3)

de R$ 61,72 para peritos médicos a cada processo concluído (bônus de desempenho institucional por perícia médica em benefícios por incapacidade).

A MP estabelece ainda que afastamentos e aposentadorias de servidores públicos também serão revistas. A isenção tributária concedida a doentes graves terá controle mais rígido, com exigência de perícia médica, não só documental.

No Congresso Nacional, a MPV 871/2019 será analisada primeiramente em comissão especial mista composta por deputados e senadores. Após decisão da comissão mista, a medida terá ainda de ser votada nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Pensão por morte

Para a pensão por morte será exigida prova documental para a comprovação de relações de união estável ou de dependência econômica. Atualmente, basta a prova testemunhal.

Para o recebimento desde a data do óbito, filhos menores de 16 anos precisarão requerer o benefício em até 180 dias após o falecimento do segurado. Pela regra atual, esse prazo não existe para fins de retroatividade envolvendo menores de 16 anos.

Auxílio-reclusão

Com as regras atuais, o auxílio- reclusão é pago a dependentes de presos, bastando que o segurado tenha feito pelo menos uma contribuição ao INSS antes da prisão.

Vale para o regime fechado e para o semiaberto.

A MP estabelece que o auxílio- reclusão terá carência de 24 contribuições para ser requerido.

Será concedido apenas a dependentes de presos em regime fechado. A comprovação de baixa renda levará em conta a média dos 12 últimos salários do segurado e não apenas a do último mês antes da prisão, o que deve alterar o valor do benefício pago. Será proibida ainda a acumulação do auxílio-reclusão com outros benefícios.

Aposentadoria rural

Será criado um cadastro de segurados especiais, que incluirá quem tem direito à aposentadoria rural. Esses dados subsidiarão o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que passará a ser a única forma de comprovar o tempo de trabalho rural sem contribuição a partir de 2020.

Para o período anterior a 2020,

a forma de comprovação passa a ser

uma autodeclaração do trabalhador

rural, homologada pelas entidades do

Programa Nacional de Assistência

Técnica e Extensão Rural na

(4)

Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A autodeclaração homologada será analisada pelo INSS que, em caso de irregularidade, poderá exigir outros documentos previstos em lei. A autodeclaração homologada pelas entidades do Pronater substituirá a atual declaração dos sindicatos de trabalhadores rurais.

Fonte: Agência Senado.

(5)

Um projeto de lei complementar do Senado (PLS 220/2018) permite que profissionais de tecnologia da informação (TI) atuem como Microempreendedores Individuais (MEIs). Com a medida, eles podem recolher impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.

A matéria foi apresentada em 2017 por meio do Portal e- Cidadania. A ideia do cidadão Marcelo Barros, de São Paulo, recebeu 21 mil apoiamentos pela internet e foi transformada em uma sugestão legislativa (SUG 29/2017).

Aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), o texto passou a tramitar como PLS 220/2018 e aguarda a designação de um relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O autor da ideia legislativa argumenta que programadores, web designers, desenvolvedores de sistemas e outros profissionais de TI atuam informalmente como freelancers, sem proteção

trabalhista. “Desenvolvedores podem trabalhar individualmente sem vínculo empregatício direto com o contratante, mas muitas vezes não dispõem de recursos para abrir empresa nas categorias convencionais”, destaca Marcelo Barros.

De acordo com o texto aprovado pela CDH, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) deve determinar as atividades autorizadas a optar pelo sistema de tributação para “evitar a fragilização das relações de trabalho” . O PLS 220/2018 detalha quais atividades poderiam ser exercidas por MEIs. Entre elas, elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos; licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas; suporte, análises técnicas e tecnológicas e design.

Projeto estende Simples Nacional a profissionais de TI

Boletim informativo semanal | 21 de janeiro de 2019

Fonte: Agência Senado.

(6)

O Projeto de Lei 10736/18 pretende autorizar a atribuição do chamado "voto plural" a uma única classe de ações de uma empresa. O texto, apresentado pelo deputado Carlos Bezerra (MDB-MT), inclui dispositivos na Lei das Sociedades Anônimas (6.404/76), que atualmente proíbe a prática.

Bezerra explica que o Brasil adota desde 1940 o preceito “uma ação, um voto” nas deliberações da assembleia geral, preservando proporcionalidade entre capital investido e controle societário. No voto plural – já adotado em países como Argentina, Holanda, Suécia, Dinamarca, Estados Unidos, França e Itália –, é atribuído um peso maior a uma classe de ações.

Nos Estados Unidos, onde é comum o voto plural, empresas como Google, LinkedIn, Facebook e Snapchat adotam o modelo de duas classes de ações, em que o voto dos fundadores vale até 150 vezes o dos novos investidores. Na Itália, relatam especialistas, a legislação atual prevê que as companhias listadas em bolsa de valores podem emitir ações que valem no máximo dois votos.

“A atribuição de voto plural a uma classe de ações configura estratégia

com elevado potencial de incentivar a listagem em bolsa de valores de companhias familiares e startups [pequenas empresas de inovação]”, considera Carlos Bezerra. “Isso porque essas são companhias cujo capital reputacional está, em regra, intimamente ligado a um fundador ou empreendedor. Atribuir-lhes voto plural é assegurar que acionistas-chave preservarão seu poder de controle, no cenário pós- abertura de capital, o que gera confiança – tanto para os demais acionistas quanto para potenciais investidores – na continuidade do padrão gerencial da companhia”, conclui o deputado.

A proposta de Carlos Bezerra prevê ainda que o prazo de vigência do voto plural não excederá três anos, permitida uma

Projeto autoriza a atribuição de voto plural em ações

de empresas

(7)

única prorrogação por igual prazo.

Além disso, a anuência dos acionistas não titulares de ações com voto plural é pré-requisito para criação dessa classe de ações.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara Notícias.

(8)

O Projeto de Lei 10763/18 pretende isentar do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a aquisição de cadeiras de rodas e demais utensílios e equipamentos destinados a facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência. O texto, proposto pela deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), acrescenta dispositivo na Lei 8.989/95.

Mariana Carvalho lembra que atualmente esses produtos têm alíquota zero de IPI, mas o Poder Executivo pode, eventualmente, reinstituir a tributação. “A fim de conceder às pessoas com deficiência uma maior segurança jurídica, é necessário fazer a previsão de que tais produtos são beneficiados com isenção do IPI”, diz a autora da proposta.

Com o texto, a deputada quer ainda deixar claro que tal isenção não prejudica o direito ao crédito do

imposto pago pelos

estabelecimentos industriais e equiparados a industriais durante a fabricação de cadeiras de rodas demais utensílios e equipamentos para facilitar a mobilidade.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Proposta isenta de IPI as cadeiras de rodas e outros aparelhos para locomoção

Fonte: Agência Câmara Notícias.

(9)

São muitos os desafios na área econômica para o novo governo, iniciado em 1º de janeiro. Deputados e especialistas destacam que a gestão Jair Bolsonaro terá de elaborar um plano de ação claro caso queira, de fato, enfrentar temas espinhosos, como as reformas tributária e da Previdência, a fim de fazer o País crescer.

“Por um lado, temos elevado desemprego e baixo crescimento do PIB; por outro, contamos com uma inflação baixa e controlada, além de elevadas reservas internacionais no Banco Central. O que falta é colocar a economia para se movimentar”, afirma o economista Carlos Eduardo de Freitas, ao fazer um panorama da situação brasileira atual.

Uma das reformas

consideradas necessárias, a tributária, já foi aprovada em comissão especial e está pronta para ser votada no Plenário da Câmara. A proposta extingue dez tributos e, em seu lugar, cria dois impostos sobre bens e serviços.

Relator do texto, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) ressalta que o governo Bolsonaro precisará ter habilidade para negociar suas pautas. “O presidente tem de apresentar ao Congresso e à Nação seu plano de reforma do Estado.

Falta dinheiro para saúde, educação e segurança”, afirma.

“É necessário fazer muitas mudanças para melhorar a economia nacional.

No Brasil, não basta crescer 3%, que é a média mundial. Temos de crescer o dobro, pois a renda per capita está baixíssima”, acrescenta Hauly.

Despesas

Outro entrave a ser enfrentado pelo Executivo é o deficit fiscal no Orçamento de 2019 – que pode chegar a R$ 139 bilhões.

O deputado Enio Verri (PT-PR) cita também a a Emenda Constitucional do Teto de Gastos, que limitou o crescimento das despesas do governo brasileiro durante 20 anos.

Segundo Verri, a falta de experiência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no setor público pode pesar.

Deputados apontam desafios do novo governo para

superar crise econômica

(10)

“Se ele não se articular com setores da sociedade, não ouvir, em especial, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, os seus projetos não serão aprovados e, consequentemente, aquilo que ele fala que vai fazer não se realizará”, comenta.

“Esse desconhecimento de como funciona a máquina pública terá um custo político para o governo Bolsonaro e um custo social para toda a população”, prossegue o parlamentar.

Previdência

Na visão do economista Carlos Eduardo de Freitas, a reforma da Previdência, que vários setores da sociedade consideram a mais urgente, merece ser vista com cautela. “A pressa pode fazer com que seja aprovada uma reforma ruim, que vai gerar uma repercussão negativa daqui a quatro, cinco anos, o que exigirá novas correções. É perigoso mudar a Previdência a toque de caixa”, diz.

O novo Congresso Nacional eleito, que votará as medidas econômicas do governo Bolsonaro, inicia suas atividades em 1º de fevereiro.

Fonte: Agência Câmara Notícias.

Referências

Documentos relacionados

Desta forma, existem benefícios para os clientes que possuem melhores controles internos, como, agilidade na elaboração dos demonstrativos contábeis e até mesmo

Contudo, para Cu e Zn na parte aérea das plantas e nos grãos, foram encontrados os maiores teores desses elementos, evidenciando que as aplicações de fertilizantes orgânicos e

Segundo [HEXSEL (2002)], há indicações de que o número de técnicos qualificados é pequeno frente à demanda e, portanto, estes técnicos tornam-se mão-de-obra relativamente

radia¸c˜ ao do campo espalhado para uma perturba¸c˜ ao de 10% na velocidade compressional para modelos: homogˆ eneos (em verde) e final (frequˆ encia de corte de 30 Hz) (em azul) -

Os níveis atingidos por cada sujeito na compreensão do oral, na leitura, na expressão oral, na expressão escrita e no conhecimento explícito determinam o seu nível de mestria

Áreas com indícios de degradação ambiental solo exposto no Assentamento Fazenda Cajueiro A e no Assentamento Nossa Senhora do Carmo B, localizados, respectivamente, no Município de

A curva em azul é referente ao ajuste fornecido pelo modelo de von Bertalany, a curva em vermelho refere-se ao ajuste fornecido pelos valores calculados Lt, dados pela equação

Os estudos sobre diferenciais de salários são explicados por alguns fatores que revelam a existência da relação entre as características pessoais produtivas educação,