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Literatura de Cordel

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Academic year: 2022

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Literatura de Cordel

O PADRE E O DEMÔNIO

VANILDO JOSÉ TAVARES

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--- VANILDO JOSÉ TAVARES

Nascido dia oito de outubro de 1965 em sitio poço da areia, município de Santana do Ipanema AL.

Filho de José Tavares da Silva, e Maria da Luz.

Alfabetizado aos sete anos de idade, no ano de 1972. No Grupo Escolar Nossa Senhora de Fátima, onde também lecionou por quatro anos e seis meses. Servidor Público da Secretaria de Estado da Educação de Alagoas.

---

(4)

O PADRE E O DEMÔNIO

1-Ele vivia no paraíso

Em harmonia com tudo que é Divino Parecia até um bom menino

Mas a maldade tomo conta dele Foi expulso lá de cima

Pelo criador

2-Chegou na terra Se o costumou Aqui ficou

Era um dia de domingo A cidade estava fechada Como é muito atrevido

(5)

O PADRE E O DEMÔNIO

3-Viu a igrejinha aberta Quis aproveitar

Sem pedir licença Entrou de porta adentro Ficou perto do altar Estava bem embecado

4-Que até o padre enganou-se

Perguntou se ele ia marcar o casamento Batizado, ou o que for

Estou a seu dispor

Mas o padre pensando Que ele fosse um doutor

(6)

O PADRE E O DEMÔNIO

5-Ele mentiu para o padre E assim falou:

Sou fazendeiro

Quero vender um gado para o senhor O padre respondeu:

Não entendo de gado

6-Nem de agricultura Dedico minha vida a Deus E as sagradas escrituras Vamos parar por aqui Porque a casa do senhor Não é lugar de negocio

(7)

O PADRE E O DEMÔNIO

7-Vou confessar os fieis Depois a Santa Missa celebrar Por favor, o senhor retire-se Para não atrapalhar

O home deu uma grande gargalhada E respondeu assim:

8-Daqui não saio Não tem ninguém Para me tirar O padre já estava Ficando nervoso

Mas não podia se descontrolar

(8)

O PADRE E O DEMÔNIO

9-Porque estava com os mandamentos na mão

E bem em frente ao altar O sacristão

Vendo aquela discursão Ficou de parte rezando Com o rosário na mão

10-Às beatas também

Foram pra sala das confissões Implorar a Deus

Para que aquele homem Fosse embora

Pra poder evitar

(9)

O PADRE E O DEMÔNIO

11-Um grande quebra pau Dentro da igrejinha

De Cosme e Damiao E o povo chegando Para a celebração

A Igrejinha já estava lotada

12-E aquela peleja sem fim Entre o padre

E aquele homem Dos cabelos de tuim Ai, o padre

Começou a rezar

(10)

O PADRE E O DEMÔNIO

13-Creio em Deus pai Todo poderoso Que é nosso criador Nos livre deste homem Que é muito maldoso

O homem começou a se tremer

14-E duas pontinhas Na cabeça dele aparecer O padre profetizando E toda a plateia ajudando Viram também nele Um rabinho crescer

(11)

O PADRE E O DEMÔNIO

15-Todo mundo viu Ele se transformando

Num diabo do inferno

Que andava no mundo vagabundando Neste momento

Com sua astucia maligna

16-Fez aparecer uma cobra preta Com a língua para fora

Foi aquele alvoroço

Uns caiam por cima dos outros Que só faltava quebrar o pescoço Foi aquele labafero

(12)

O PADRE E O DEMÔNIO

17-Pois aquele demônio Veio mesmo

Foi dos quintos dos inferno Uns chamavam por Deus do Céu Outros por Nossa Senhora da Guia Outros gritavam:

18-Nunca mais esqueço esse dia E a cobra furiosa

Correndo pelo chão Até nas paredes subia A freira foi correr Naquela multidão

(13)

O PADRE E O DEMÔNIO

19-Enganchou a roupa no banco

Caiu e bateu Com a testa no chão

Mas o demônio Se viu agoniado

Com o padre puxando a reza na frente

20-E todo mundo acompanhando Quando o padre jogou

Um balde de água benta Bem na testa dele

Ele deu um salto para cima Saiu fumaça pelo nariz

(14)

O PADRE E O DEMÔNIO

21-Saiu fogo pelos olhos Saiu um bafo pela boca E todos gritavam:

Valei-me Nossa Senhora O demônio rodopiou Fez um giro esquisito

(15)

O PADRE E O DEMÔNIO

22-Deu um enorme grito Com a porta da frente acertou Na saída

Deu um peido Que a igrejinha Toda fedida ficou

23-O padre imediatamente Chamou seus assistentes E falou:

Por uma semana

Às atividades estão suspensas O demônio é muito teimoso

(16)

24-E muito atrevido

Gosta de quem é mentiroso E não dar valor a vida.

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OBRAS ESCRITAS PELO AUTOR

* Pelos Caminhos da Poesia

* Memória Vivas

* O que é? O que é?

* Rimas de um matuto

* Mentiras e mentiras

* A loirinha do interior

* De Ribeira a Santana do Ipanema

* O matuto Tavares

* O viajante misterioso

* O padre e o demônio

* A chegada de padre Cícero no Céu

* Ditado popular

* Meu Jesus Meu Salvador

(18)

CONTATO:

Sítio Poço da Areia Santana do Ipanema Al.

57.500-000

E-mail: vanijotava@gmail.com

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Referências

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