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Anthonny G. Ramos ANGELINA

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Academic year: 2022

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Angel

Anthony G. Ramos

ANGELINA

Anthonny G. Ramos

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Anthony G. Ramos

ANGELINA

“O futuro tem sempre o direito de nos surpreender”.

Autor

Anthonny G.Ramos

Junho de 2008

Copyright:

Coordenação: Ramos Lopes Supervisão: Anthony G. Ramos.

Revisão geral: Angelina Direitos Literários:

MSG 234, DE 19/02/1998 - D.O.U. DE 20/02/1998, P. 16: VETO

PARCIAL - PARTES VETADAS: INCISO IV DO ART. 93 E

ART.111

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Angel

Anthony G. Ramos

Sumário Capítulos I – Orquideas

II - Lenda das orquídeas III-Angelina

IV-Retorrno de ngelina V - Nan-Beck

VI – Depois daquele dia VII – Rio de Janeiro VIII - Tripulação IX - Apaixonados X - Medo

XI - Sheknon XII - Amanhecer

XIII – Orquídeas Selvagens

XIV – Luar de Amor

XV- Angelina

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Anthony G. Ramos

( I Coríntios 13)

1- Se eu falasse a língua dos homens e dos anjos, sem ter o amor, seria como o bronze que ressoa, ou o símbolo que retine.

2- E se eu tivesse o dom da profecia, e soubesse todos os

mistérios e toda a ciência; e, se tivesse tanta fé capaz de

transportar montanhas, sem ter amor, eu nada seria.

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Angel

Anthony G. Ramos

“Angelina... Amei-te sem lhe pedir licença... Amei-a sem sua presença, liberdades de minh’alma! Se te amei em noites luarenta, na realidade dos meus sonhos... Grita minha louca inspiração! Se te amei no mais intimo de meu ser, só quero amar você! Eu quero o que seus olhos querem. Se vier a ser. Será um dia um amor encontrar”. Is my love Angelina

É dedicado ao meu eterno Amor! Não sou eu quem o faz assim!

Mas, ele por si só. Eternamente vivi um amor assim! O amor tende a ser recíproco quando se existe verdade na integra.

O Amor é paciente, é bondoso; o amor não é invejoso, o amor não é jactancioso, não se envaidece.

(Texto bíblico)

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Anthony G. Ramos

Em nome do Amor Acredito, que tudo na vida é assim...

Anthonny G Ramos

Deiche-me contar;

É um prazer poder agradecer ás pessoas que constituem uma parte tão integral da minha vida de escritor.

Minha amiga, aqui citada persona grata, Angelina, excelente e inspiradora, acompanhou-me nos textos, e em vida, antes mesmo de editá- los aqui. De tudo, o que mais me admiro nela e a sua persistência, a sua maneira de encarar a vida! “Seu lema é:

Sou uma eterna vencedora”

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Angel

Anthony G. Ramos

Brasil/MG

15 de Julho de 2008

ANGELINA ORTEGA

“Sonho de ilusão que vagueia em minha alma” Nada

prova, tampouco desmente! “Não proíbe, nem desdenha

sentidos, apesar da espera o amor consente” No vácuo desta

vida cuja alma desejosa de ti. Espero. O amor não se alegra com

a injustiça, mas se regozija com a verdade.

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Anthony G. Ramos

Atos do autor:

Caríssimos...

Que os sonhos despertem em vocês estimados leitores, a vontade de alcançar objetivos em suas vidas. De conhecer o impossível e acreditar no possível. Se a tudo pertence ao passado, o futuro a quem pertence? Daqui alguns anos me lerão esta História de amor, se lembrará que alguém se apaixonou por você perdidamente. E deixá-lo escrito neste livro pra você. “O que vale a pena, é estar bem com a vida” buscar ser feliz, se sabe bem o que digo. Lerá este e entenderas o porquê deste titulo; Em nome do Amor. O que posso falar de seres eternos e apaixonados existentes neste mundo. Anonimatos do Amor;

você pertence a uma razão que não é sua! Entenderas se

olhardes dentro de seu coração. E não é por acaso que escrevo

sob influentes desejos de te amar. Este romance, eu conto com

prazer imenso. O trato com merecido carinho. Se um dia vier

cair numa tentação de amar alguém assim... Já sabes... Ou não

se sabes! Poderás ou não encontrar um amor, tão apaixonante

como o meu por você, coisa do coração humano, sem muitas

respostas, mas os sentimentos são puros e verdadeiros. Se

souber algo indiferente, igual, conte-me ou deixe ir-me sem

olhar para trás. Ninguém te amou como eu te amei um dia. Foi o

que disse a Angelina (is my love Angelina).

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Anthony G. Ramos

I- CAPITULO

Orquídeas

A lenda das orquídeas.

Procurei em toda minha vida fugir do amor, e ele sempre me perseguiu como uma flecha de cupido com alvo planejado.

Assim é o destino de cada um nesta vida. O amor esta no ar é preciso ter astucia pra percebê-lo. Viva como se cada dia fosse o único de sua vida. Sempre ouvi esta frase das bocas das pessoas!

Eu quis o que meu coração indicou, mas ele nem sempre me diz a verdadeira razão de estar ou não apaixonado. Vamos ver um pouco de minha vida nos tempos de hoje, o que retratará futuramente. Conto que deixamos nossa mente fluir, mesmo não querendo, os sentidos estão por todos os lados de nossas mente.

Quis meu lado espiritual, emocional não amar-te, depois ver deste modo, resolvi meus sentimentos escrevê-los aqui. Quis tanto, este amor, que guardei em minha mente por diversos anos de minha vida, e hoje, resolvi compartilhar com meus adorados leitores... Bem vindos, com os cumprimentos de Anthonny, Autor desta obra literária do qual me lês. Lhes contarei, sem omitir nenhuma palavra desta História.

Fernando Castro Segundo, e Angelina Ortega.

Angelina e Nando. Em: Orquideas eternas orquideas.

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Anthony G. Ramos

“Em nome do Amor”

Ainda me lembro, naquele tempo, eu era apenas um psicólogo, e acabara de formar-me em jornalismo pela U.F.O.P atendia em meu consultório particular. E assinava uma coluna no jornal local. Era eu e meus clientes. Ouvia seus descontentamentos e contentamentos.

Era uma diversão, e com prazer tamanho, que recebia meus clientes em meu consultório em Belo Horizonte, Minas Gerais, ficava ali perto da Afonso Pena com Espírito Santo. Dava pra ver o parque municipal.

Não eram distantes os conselhos que dava e recebia dos meus clientes, às vezes saímos pra um passeio pela cidade, tomar um vinho, ou um destes cafés nas cantinas.

Outro dia, recebi um cliente, era um meia idade, a senhora

Martha, filha da aristocracia. Tia de Angelina, minha adorada

cliente. Falou-me sobre sua sobrinha, dizia estar apaixonada, e

não sabia como dizer, ou refletir este amor por tal pessoa, da

qual não me disse. Presumo conhecer. Sou Filho de uma casta

de lordes. Vim

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Anthony G. Ramos

para o Brasil em 1980, fui criado com meus avôs, que Deus os tenha! Após seus falecimentos, herdei uma pequena fortuna, e as mantenho em meu poder até os dias de hoje. Pequenos valores guardados por meu avô por longos anos de sua vida! Era maquinista do Vale do Rio doce. Após seu falecimento, vinha em seguida minha adorada avó, ter o mesmo destino que seu amado esposo. Nancy era assim seu nome, ela me amava como filho, era cuidadosa comigo, Estudou-me até a formação de psicólogo, fui estudar na Inglaterra, fiz mestrado em sociologia, depois psicologia. Hoje, fiquei sozinho neste mundo. Amo minha vida, mas ela esta sem seu brilho, o que somente o amor pode dar cabo dele. Meu avô. Chamava-se Ney-Beck Primeiro, família Becks. Antiga. Aristocratas, vieram para o Brasil em 1943, e até os dias de hoje, na representação, restou-me dar continuidade.

Dias depois...

Eram doze horas, havia acabado minha refeição! Ela me trouxe uma flor azul. Tinha o hábito de dar-me presentes todas as vezes que ia visitar-me. Tal foi o espanto quando a vi, se olhando no espelho da minha sala. Algo havia mudado em seus olhos, eles brilhavam como dois faróis reluzentes á noite. Era eu, e sempre fui de aventurar-me a fazer perguntas, afinal de contas, eu não só recebo meus clientes pra ouvi-los, conservo minhas palavras, se acaso for necessário fazer uso delas. O mundo é carente de aconselhadores amorosos. Retrato-me sempre como bom conselheiro, amigo, romântico, discreto, secreto. A vida á assim meu caro leitor. Vamos voltar à sala do meu consultório. Falava de Angelina. Sim! Ela estava uma rainha da corte do rei Arthur, não perdia para as moças de então. Angelina, formada em arquitetura paisagismo na UFMG. Fez mestrado na Inglaterra.

Pros graduação em Ouro Preto. Adora plantas e animais de

estimação. Trabalha na capital mineira, perto do meu

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Anthony G. Ramos

consultório. É proprietária de uma floricultura na região

Pampulha. Tem um simpático jardim tropical que integra estufa, orquidário e estúdio fora um projeto seu mais reconhecido pela mídia arquitetônica paisagismo. Tem um estúdio de madeira e coberta com piaçavas, piso de pedra natural e decks de madeira, cercados por espelhos d’água. No orquidário, as plantas ficam expostas em bancadas, ou mesmo em pequenas prateleiras, onde são vistas as rosas, os crisântemos, tulipas holandesas de todas as cores. Grandes vasos de frésias, orquideas, o perfume que exalam destas flores, é excepcional. Quais são vistos pelos transeuntes. Neste espaço, abriga um laboratório e coleção de varias espécimes e raras colhidas pelo mundo. Japão, China e toda Europa, sem deixar de mencionar o Brasil, a nossa Amazonas. Angelina tem diferencial e ainda luta por um lugar ao sol. Tem um ditado, que por um descuido meu não o mencionarei aqui, é mesmo um ditado. Ela criou um espaço no Minas Shopping, com vários espécimes, incluindo as orquideas bambus, as bromélias, e palmeiras exóticas, plantas de vários países. Era um encontro de arquitetos paisagistas. O destaque do momento era mesmo as famosas orquideas.

- Eu era só alegria em poder ser livre! Poder estar fazendo o que mais gostava de fazer! Dizia-me ela, olhar-se no espelho, e ver- se a si próprio, bela, loira e uma virilidade a flor da pele. Dirigir a toda alta velocidade! Ver meus cabelos voando ao vento é uma delicia fazer isto de vez em quando. Doutor... Estou apaixonada! O que devo fazer? Porque não vem comigo um dia destes? A gente da umas voltas por ai, e você se abre pra mim, assim como faço sempre aqui com você, vamos mudar de lado!

Eu agora serei sua psicóloga. Vai deixar?

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Anthony G. Ramos

Descrevia seus mais desejosos momentos, e os aceitava na intimidade. Quanto a dizer; estou apaixonado! Morro, nem quero saber quem era o sortudo desta mulher.

_ Certamente que aceito seu convite, e irei com você. Pode sim ser minha psicóloga! Vou gostar de me abrir com você.

Disse-lhe e voltei ao meu trabalho de ouvi-la.

- Hoje, Dr. Nando, estou como era antes, quando ainda era moça de família, onde vivia com meus pais, antes mesmo de sua separação, eu amava estar ao lado de meus parentes, eles residiam na mesma rua. E na maioria das vezes, me lembro, quando me arrumava toda, pra sair, era uma series de recomendações. Mesmo quando vinha ao seu consultório, era recomendada. Tudo bem que eu não era uma dama da elite de Belo Horizonte, mas tantas recomendações eram de ser atribuídas a outro tipo de moças da cidade. Adoro passear pela Praça da Liberdade, ainda via as palmeiras, o coreto, os transeuntes, uns namoravam nos bancos, se beijavam, se acariciavam, e eu... Não tinha ainda ascendido meus sentidos ao amor. Embora, penso em alguém especial.

Ela narrou-me seu cotidiano. Depois parou por um momento.

Diz-me que prefere falar a escrever.

Linda menina dos meus olhos. Eu fiquei ali escutando por horas

e horas. Aquela moça aguçava meus sentidos, estaria eu

apaixonado? Ou estava equivocado sobre o amor? Cada fala

dela sentia minhas forças se desfazendo dentro de mim! Era

muito linda! Como o sol, talvez mais um pouco se não era

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Anthony G. Ramos

exageros meu em falar assim. Era minha cliente mais assídua, imaginava que me amava, ou queria estar sempre perto de mim, e pra isto, se fazia de cliente pra me ver. Presunçoso, talvez fosse esta a palavra que não saia de minha boca pra refletir sobre tais sentimentos. Por mais que eu tentasse fugir da realidade, era presente ali naquele momento. E quando ela ia embora, eu corria para a janela do apartamento, só pra vê-la andar pela calçada, ou às vezes por entre flores. Tinha eu, uma imaginação muito fértil, esta rapariga tinha um gingado sem tamanho, sedutor, leve, suave, andava como se andasse sob plumas na passarela.

Era servido um chá, como refeição diária de minha especialidade, um cappuccino de chocolate quente. Ela adorava ser tratada assim.

Ela era de certa forma divertida ao mesmo tempo, eu brincava, tentando unir o útil ao agradável. Amava aquela uma e ela não sabia, ou fingia não saber de mim. Era dona de uma boca, macia, cheirosa, abria o apetite da minha alma e eu, certo dia, lhe roubei um beijo de meio segundo, que até hoje, não consegui esquecer. Fiquei semanas pensando naquele beijo inocente.

_ Liberdade doutor!

Quero ser livre, ter meu amor, quero cuidar dele e ele de mim!

Cansei de ser enganada. De estar no meio de gente e estar só! Já esteve assim na vida? Fico sozinha em casa, ou mesmo quando existe alguém por La...

- Esta sozinha?

_ Estou só; Quero poder ir e vir quando bem entender, sem dar

satisfação a ninguém, é este o meu amor. O que mais quero.

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Anthony G. Ramos

Amigo, cúmplice, amável, disposto, feliz, prestativo. Existe este alguém ai? Doutor? É isto que vou planejar pra minha vida, quero construir este amor dentro de mim. Não quero tirá-lo de dentro do meu peito. Até logo doutor Nando, volto semana que vem na mesma hora.

Fiquei pensando nela.

Bem! Como queria eu ter este prazer de ser o amor desta menina! Pensei; Era bom amar! Agora que a amo não sei como fugir deste amor, ou se quero fugir dela. Queria poder dizer, tenho receio da resposta, mas se não lhe falar dos meus sentimentos, quem o fará por mim? Ela precisa saber deste meu amor que guardo por ela.

Mas... A gente cresce e se vai! Como um amor não correspondido. É como uma lua e a terra. Aproximação só a distancia.

II CAPÍTULO 28 de julho de 2008

Lendas das orquídeas

Lá no meu sitio, têm muitas palmeiras, muitos sabiás, canarinhos, mato, cachoeiras. Eu daria minha vida pra passar uns dias com ela. Banhar-se nas águas límpidas da cachoeira.

Tem um risco de água descendo e formando um lago, pequeno e

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Anthony G. Ramos

borbulhante, fica dentro da mata, quase ninguém se aproxima de la. É meu recanto de imaginações. Sinto-me rei, lá... Sou dono do mundo. Leio historias de romances, sentado a uma pedra, ouvindo o barulho da água caindo pelo penhasco a fora.

Leio romances do passado, já lhe ocorreu, estar em um lugar e se lembrar de outros? Pois bem...

Certa vez, caminhando por entre as árvores, vi que algo se movia, era noite, tudo escuro! Eu só conseguia ver a lua, e nada mais se via. Senti um arrepio na espinha, estava só! Quando me lembrei da lenda das Orquídeas da mata! Talvez o leitor não vá saber, mas... Criam-se lendas e fantasmas na mente de um escritor. O vento soprava frio, a madrugada era anunciada.

Passei um tempo dormindo ao relento, cercado de duas fogueiras, já quase sem vida, ainda iluminava o lugar. Uma voz veio do nada! Um vulto, e tentei evitar olhar, juro, eu fiquei com medo do invisível. Nada era de temer, se não existem fantasmas, mas na nossa mente, cria-se o inimaginável.

Algo se sentou ao meu lado, senti o perfume no ar, flores, muitas flores vinham vindo das arvores sem parar. Meu amor!

Meu amor... É você? Perguntei na minha imaginaria situação, descrente do assunto, levantei-me e iniciei uma busca pelos arredores, por um momento, me vi perdido, sem ar, sem resposta do assim dito; fenômeno. Eu juro, faço tudo pra ter um amor, este que presente na minha mente, cravado no meu coração. Voltei ao lugar dantes, surpreso fiquei; as Orquídeas, elas haviam sumido, apenas no lugar delas, um rastro em direção ao penhasco. Era aquilo um aviso? Que seja então.

Ainda sentia o perfume dela, a minha imaginaria mulher, meu

amor, meu anjo.Meu amor. Certa vez, em algum lugar deste

mundo, existia uma bela moça, era donzela ainda! Tinha os

traços mais fino que a seda do Rajá de Bagdá. Entorno de sua

beleza criara-se uma lenda, Orquídeas. Assim, contam; sua

beleza era mesmo incalculável. Não se comparava a

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Anthony G. Ramos

ser nenhum, vivente tampouco morto antes dela. Conta-se, que esnobava seus pretendentes, e todos os que lhe amavam, morria de porte estranha. Mas é apenas uma lenda! Nada serio neste que vamos ver.

Angelina é dona de um belo corpo! Tem o físico de uma atleta do nado, vinte poucos anos de pura beleza, ela é linda parece uma sereia. Tem os traços mais indiscutíveis da natureza.

Sempre me vê olhando pra ela. Não sei o que pensa seu coração, mas tenho certeza de que me ama, parece questão de tempo!

Mas... Quando me pergunto? Fico afoito no silencio de meu coração.

Fico às vezes com cara de tacho avermelhada, quando me pega olhando pra ela. Por um momento vi quando ela deu de costa pra mim! Aqueles cabelos! Senti seu olhar por entre eles.

Parecia dizer: Esta tudo bem então! O combinado era de ser mais discreta nossa relação. E ela prezava isto, nada de correrias, deveria deixar o tempo dizer.

Pergunto a mim, se agüentaria esperar, sem saber quando. Eu

acredito nela, poderá contar com a minha maior descrição. O

amor [...] tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. I

Coríntios 13. 4-7

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Anthony G. Ramos

Caros leitores se pela minha descrição omiti alguma coisa, mas desejosa de ser lida ou vista. Deveria de serem discretas minhas falas. Mesmo que Angelina tenha pedido sigilo de nossas intenções futuras, era de respeitar.

Angel havia chegado, e estava sentado, levantei-me, depois a avistei.

Ela se aproximou, beijou-me no rosto!

Senti-me afoito;

_ Calma meu bem! _ disse:

_ Depois me deu um abraço carinhoso, e não me contive, olhei-a nos olhos, beijei aquela boca. Ela aceitou-me. Por um segundo um milhão de perguntas viera-me a mente. E eu não pude respondê-las. Ainda sentia o beijo daquele anjo de mulher.

Por um momento fiquei sem saber o que era de se pensar! Era mesmo verdadeiro aquele beijo? Era arisco feito a gazela no pasto.

As coisas, mesmo não querendo, tomaram este rumo. Assim, este amor era bom pra mim! Sentia-me um jovem já feito, mesmo que ela ainda reluta em seu intimo este sentimento por mim. O meu por ela, não tem mais fim. O que pretendo fazer?

Esperar que um dia ela me aceite como seu amor, não padecerá

sem que antes tenha este amor vivido, o meu coração não sabe

se suportará ficarem distante dela, todos os dias de minha vida,

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Anthony G. Ramos

sem beijá-la, sem abraçá-la, amo esta mulher! Sem ninguém pra falar... Segredos de minh’alma.

... E se um dia, ela chegar e dizer-me, que sou seu amor! E que o mesmo amor que eu sentia por ela que falava pra mim.

“Sou responsável por esta rosa”.

Eu via aquilo tudo a minha frente, sem pestanejar, sem que nada pudesse mudar minhas lagrimas, elas caiam sem parar.

III CAPITULO

14 de agosto de 2008

ANGELINA

Fiquei muitos dias sem vê-la, Havia feito uma viagem, quando eu soube, já estava em Paris. Seu tio a tinha levado consigo.

Eram férias do cursinho que estava fazendo. Foi justamente do que meu coração não cuidou de segurar. Ao mesmo tempo em que subjugam o coração, era feito dos meus sonhos. Meu consolo era de ver sua foto na cabeceira de minha cama. E guardar as lembranças deste amor. Fico com medo de perdê-la.

Sei que em seu coração, não existe outro, que não seja eu. Amo vê-la sorrindo! Brincando, falando de seus “bichinhos de estimação” são tratados como filhos! Amo seu véu de noiva!

Seu andado, se não falei antes, é de se lembrar sempre dos seus

olhos, eles tem algo mágico, fico observando ela passando

batom perto de mim! Ai que loucura! Leva-me pra seu mundo

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Anthony G. Ramos

Engel. Deixa-me ser seu bem querer. Eu vivo um mundo sem razão! Sem noção... Quando me refiro a esta mulher! Proibida, desejada. É um amor de anjo. Sua riqueza esta na humildade natural de fazer as coisas, de expressar-se. Bem aventurados os mansos de coração, porque possuirão a terra! Bem aventurados, os que têm coração de pobres, por que deles é o Reino dos céus.

Bem aventurados, os puros de coração, por que verão Deus.

“Sua mão esta sob a minha cabeça, e sua direita abraça-me.

Conjuro-vos, filha de Jerusalém, não despertei nem perturbeis o amor antes que ele o queira” Cânticos cap. 8, 3 -4.

O amor é como indicio de uma passagem; como uma flecha, que é lançada ao alvo, o ar que ela corta, volta imediatamente à sua posição, de tal modo, que não se pode distinguir sua trajetória, você vive um amor assim por muitos anos, se quiser ter um amor assim! Saiba que tudo é possível, quando se quer mesmo!

Quando se decide mudar, você muda! Talvez não se possam mostrar traços de virtude numa relação imediata, mas com tempo certo, em curto prazo você vai percebendo que a pessoa que mais te ama, é a que mais te quer bem! O amor é criado aos poucos, vive-se um amor pela eternidade de cada ser humano, um dia se, as coisas tomam rumo certo. Ninguém nasceu pra ser infeliz, toda criatura de Deus, criada é possível sua felicidade conquistar! Ele nos deu livre arbítrio para escolhermos com quem queremos ou não queremos viver! Porque se matar? Se descartar-se com relação morna? Pode-se viver, ou mesmo buscar melhorias pra sua vida? Entenda; a vida é feita de momentos, diários, se não viver, este momento de que lhe falo, vai-se pelo ralo, sem voltar atrás! Já ouvi muitas pessoas em meu consultório que tiveram, e ainda tem vida assim!

Conturbada por momentos monótonos, sem nexos, desregrados

de amor. É um casamento sem flores, sem jardins floridos, e

cada ser, busca isto pra sua vida, ou deveria buscar, por

enquanto, dizem uns: To bom assim! Tenho minha casa, um

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Anthony G. Ramos

trabalho razoável, dá pra pagar as dividas! Entenda meu caro

leitor, a vida é mais que isto. O dia em que resolver sair do

anonimato creia-se que a tendência é de melhorias. Ouça boa

musica, leia bons livros de alto ajuda. Sabedoria nunca é demais

pra nosso conhecimento. A maior riqueza é a busca incessante

de desenvolvimento espiritual, lógico que você não vá se

infiltrar no mundo virtual e pensar que sabe tudo. Os meios de

comunicação estão avançadíssimos! Todo segundo uma noticia

nova! Assim devemos observar a vida. Um lazer, uma

caminhada batendo papo com a pessoa amada, riquíssimo

momento! Você já fez isto? Ou nunca experimentou uma

relação assim na sua vida? Creia, faça isto, ou deitar-se numa

cadeira ao lado duma piscina, tomando um suco natural. A

sabedoria é um espírito que ama os homens, ser sábio é estar

atento a tudo.

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Anthony G. Ramos

I V-Capítulo

O retorno de Angelina de París 17 de agosto de 2008

Lábios de Morangos

Aqueles lábios, sempre seduziram minha alma. Tudo veio à tona! Minhas respirações aceleraram, quando soube que ela voltara!

Diário Local

Escrevo nesta coluna todas quintas feiras.

“Incredulidade de Amar-se”

A passagem de uma sombra: eis a nossa vida, e nenhum

reiniciam é possível uma vez chegado o seu fim, porque o selo é

lhe posto e ninguém volta de onde já foi. Previna-se, namore

viva sua vida como se fosse o ultimo dia dela. O pensamento é

uma centelha que salta do bater de nosso coração! Extinta ela,

nosso corpo se tornará pó. Porque não viver? Ninguém de nós

falte à orgia do prazer absoluto! Nunca foi crime amar. Entenda

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Anthony G. Ramos

isto como base de uma relação lógica. “Amor é amar, amar é acreditar” não se separa tudo e os joga na lixeira da vida. Cada um ser humano tem uma alma gêmea por ai. E que ninguém viva sem amor! É um mandamento chinês! “Você deve perseguir o amor, buscá-lo antes que ele se vá perca o sentido de você”.

Ainda que eu falasse a língua dos homens e a dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o símbolo que retina. Mesmo que não tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e tida ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.

Diz também na bíblia sagrada: quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança, Desde que me tornei homem, eliminou as coisas de criança.

Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então vemos face a face. Conhecerei como sou conhecido.

Tenho sido um leitor assíduo deste livro sagrado, busco a importância de minha existência, os porquês da vida ser assim.

Meio fria, ou descrente de muitos. Eu vi Deus nos olhos do amor. E não sou digno de lhe amarrar as sandálias, tampouco lhe beijar a palma das suas mãos. Vivemos num mundo de inferioridades mesquinhas, não nos damos os devidos valores ao ser amado. Infeliz quem vive sem se dar cabo desta situação. O tempo passa como tempestade de lama. Arrasta tudo que esta no seu caminho. Não tenha medo de abusar de seus objetivos. A pessoa amada esta disposta ao novo, como o novo! Ninguém é tão velho que não queira reaprender viver. Tão indisposto a se deixar pelas ruas, ou tão disposto a viver um intenso amor.

Quem na vida não busca ser amado? Você? Talvez não seja

assim! Seu sorriso mostra seu rosto ele é pra mim transparente

feito um véu de noiva indo para altar construir um lar, uma

relação de vida a dois. Vive não é fácil, sei disto! “Mas se não

tentar ser amado, será como um vivo morto” o leitor esta

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Anthony G. Ramos

captando minha linguagem discriminativa? Escrevo esta coluna todos os dias seguidos das terças feiras. O jornal tem sido minhas fontes de expressões, e as catalogo diariamente em meu blog na internet. E o assunto de hoje é a “Incredulidade de ser amado”

Angelina

Ela veio com riso aberto nos lábios, Disse-me:

- Estava com muitas saudades de voce!

- E eu quase morri sem você minha linda!

Querido; um pouco de saudade faz bem ao coração, embora deixe a alma inerte.

- Doutor;

- Diga-me;

Vinha pelo caminho pensando em que lhe falar, ou como lhe

falar! Tive minhas andanças, fiz uma análise de meus sonhos, e

descobri que fazes parte deles! Não consegui ficar sem pensar

em você um segundo só! Foram dias. E que mais pareceram

meses ou anos em Paris. Não deu pra voltar antes! Meu tio

estava fechando negócios por La. Você sabe não é? E eu ainda

não aprendi viver sem você! Suas palavras me despertam pra

vida. Hoje, percebi isto em mim. Foi uma lavagem cerebral,

entende?

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Anthony G. Ramos

- Que ótimo Angelina!

Cada detalhe via seu rosto.

Levantou-se, se dirigiu a mim, depois sentou bem defronte a mim. Quase tive um troço ali ao vê-la assim tão linda, pedia-me pra fixar os olhos nela, não contive! Olhei aqueles olhos, desviou-me as atenções da vida.

_ Importa doutor, que eu me sinta assim? Apaixonada por você?

Serei correspondida, ou já se esqueceu de mim? Foram apenas sete dias. Mas que foram como uma eternidade sem fim. Tive medo de não voltar e ver seu rosto novamente.

_ Oras minha cara! Sabeis que sinto por você, e nada mudou a não ser minha louca e madura séria e apaixonada paixão por amor a você!

Estendeu-me os lábios; apertou-me com tanta força, que me senti como o maior e mais amado homem da terra. Louca paixão, o que fazer dela! Esta louca paixão perdeu-se os freios por esta menina. Beijei-a, como se fosse a ultima mulher do mundo, e era mesmo, a que meu coração tomou partido. Puxou- me para si, abracei com amor!

_ Oh! Exclamou Angelina com um tom de repreensão.

E depois aos movimentos do corpo, se entregou a mim, entre

beijos, rodopiamos pela sala, feito musica na vitrola! Ajeitaram-

se os ombros de ambos, depois sentou no meu colo e pediu pra

acariciar-lhe. Com o riso estampado no rosto, ela deixou-se

embalar pelas minhas caricias mais eloqüentes. Amantes, era o

que éramos naquele momento de ansiedade e desesperados

cortejos. Ela me vinha ia, ou íamos e vínhamos não importa a

situação da literatura, era madura em saber o que seus olhos

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Anthony G. Ramos

viam. Não dava para explicar tamanho sentimento, guardado a sete chaves. A escolha estava feita; Angelina resolvera que seriamos daquele dia em diante, eternos namorados, mudaria seu destino pra viver o meu, o nosso diria isto. Ela escreveu-me em poucas palavras, sua atitude de mulher perante a minha de homem, não se entregaria assim, não fosse eu quem fosse.

Evitávamos falar de passado, depois dali. Viveríamos o hoje; o ontem se foi com os seus resultados, e hoje é presente. Era fácil concluir este assunto, mas amor são vida, e vida é dia-a-dia. Dir- lhe-ia, que apesar de seus olhos, lindos, a vida tem de ser refletida nos atos dos dois. Na primeira ocasião, haveria de lhe dar o ar de minha sorte de estar com ela. Efetivamente sua fisionomia mudara a me ver assim que chegara de Paris. Em parte comoção, em outra situação, a que viria ser não era mais que justo um enlace, se ambos eram livres para amar. Seus olhos, travados no passado por uma relação amena, logo seria de perceber quem a ama de verdade, e se seu amor era por mim, idêntico, convinha arriscar. Era coisa possível de se relatar com ela. Vendo-a sorrir, era essencial pra mim, toda rigidez havia passado, era meu este amor! Passei por

Situações diversas pra ter este amor. Era por hora, duvida da parte dela, outra por não se arriscar a mudar seu destino, que ela ainda não havia decidido ter. Certa resolução de animo era de ser prevista em seus olhos. A conclusão de tudo não dependia ser minha, e sim a dos dois. Ela era minha, mas eu não era dela.

Nada menos:

_Quero tudo pra mim!

Disse-me com olhar penetrante. Mas sabia que ao fundo disto

tudo, alguma coisa não me soava bem.

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Anthony G. Ramos

_ Sou seu, e faz tempo! Não sabia? Pois, vá sabendo de minhas intenções com você. Se a tive entre os braços, a querer nunca mais sair deles, é meu sonho.

_ Pra casar? Sou compromissada!

Interrogou Angelina:

Ao qual respondo. Que sim! Querendo esconder-me atrás de um sentimento sem tamanho de terminar.

_ Quando a vi a distancia entre mim e ti, era enorme, tal como o sol e a lua; hoje vejo com bons olhos seus intentos, e que são os meus também...

_ Ouça-me;

Completei:

Eu a quero como nunca quis alguém, é meu amor desejado. Vivi este tempo pra ver você ao meu lado. Quero plantar um jardim florido, andar de mãos dadas por ai, sentir-se amado, ir a lugares dantes nunca idos. Muitas orquideas. Todas pra meu amor. Ela ouvia-me, mas, seus pensamentos eram distantes, seus olhos não me viam tal como os meus!

O rosto parecia acordar com minhas palavras, ditas com

seriedade, um pouco ledora de mente, que vivia pra si somente,

era preciso atinar por tamanha proporção se via este amor. A

intenção da moça, não lhe disfarçava a feição, um movimento

interno, eterno pendia-lhe, era de estar afoita comigo, ninguém a

tratara assim como meu, era destratada em seu habitat, e ela não

queria passar por tudo aquilo novamente, era receio, nada mais.

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Anthony G. Ramos

_ Mas se arriscaria ser minha mulher, meu amor?

_ Sim!

Disse-me um “Sim” quase apagado! Retornou a dizer-me:

_ E porque não? Conheço cada passo seu! Faz tempo nossa vida vem sendo travada de falas, sentimentos, vidas, e deve ser assim, presumo que sim. É difícil pra eu tomar uma decisão deste porte, mas o topo pela razão de quem é você e o que representa pra minha vida. Temos mesmo assuntos, mesmo gosto pelas coisas mais simples da vida. Sabe que nunca tive um amor serio! Aliás, onde só eu amava, era traída, e não sabia. Ate que um dia, chutei o páu da barraca. Era para ele, uma relação feito a sexo e nada mais.

Tive desfazer o casamento de cinco anos! Sempre me abro a voce, porque sinto que somos discretos, e que fica aqui o que falo, e o que fala, fica comigo tambem!

Tive um, mas ele esnobava-me! Sempre me deixava sozinha!

Mentia pra mim, acho que me traia com outras, embora não via

nada, mas algo me dizia que ele me traia, no fundo de tudo, as

noites, o sumiço diário, constantes saídas, e só voltava tarde,

aonde iriam todas as noites sem mim? E nem me dava

explicações de onde ia ou deixava de ir, saia e voltava quando

bem queria. Cansei de tudo isto. Sabe... É um absurdo isto que

vivo você sabe! Conto-te sobre mim, porque confio em você.

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Anthony G. Ramos

Outro dia, estava indo sair, fazer umas compras, quando tive uma surpresa! Estavam La fora uns pintores esperando-me na porta de casa. Ele havia combinado de pintar, mas saiu e me deixou sozinha com os trabalhadores. Esta relação é questão de tempo! Isto me cansa muito! Ficar sozinha, e sobra pra eu fazer tudo! Roupas, casa, animais, não ajuda em nada! Trabalho também! Acho que vida a dois, deve ser partilhada em tudo. Se não fosse só isto! O descaso vem com grosserias, e desmandos desnecessários. Se tiver de amar alguém, vou tomar devidos cuidados, não quero esta vida pra minha.

Ela ficou ali, diante de mim! Estava prestes a me contar que me amava! Suponha isto. E que era tudo o que mais queria. Outro sim, eu saberia disto, não fosse sua relação desestabilizada.

Espero um dia este amor, livre pra viver e amar. Tudo tem sua hora e tempo. Talvez queira tentar e ver como fica esta relação que por ora esta.

Quem sabe um dia... A pessoa que esta agora, mas... É certo que um dia ela acorda deste pesadelo. Ela saiu, pegou o carro na garagem e se foi.

V-Capítulo 26 de Agosto de 2008

Na casa de Nando

Um dia ela foi a minha casa! Era meu aniversario! Tudo estava

sem nexo! Era eu e mais ninguém! Foi quando ela estacionou o

carro na frente de minha casa, desceu, e subiu as escadas, dando

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Anthony G. Ramos

a sala de estar. Quando olhei pela janela, ela estava vestida de

calças jeans, azul escuro, botas longas pareciam mais uma

mulher gato, seus lábios vermelhos, sua boca carnuda, era

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Anthony G. Ramos

sedutora. Os cabelos longos, cintura fina, quadris largos, um estouro de mulher. Meus olhos engoliram aquela mulher. Eu acabar de limpar a casa, o chão de madeira brilhava e havia um aroma de limão no ar.

_ Angelina?

_ Surpreso! Dr. Nando?

O que temos de festinha meu amor? Estava sozinha em casa, e achei que você iria querer uma companhia esta noite! Estou aqui. Parabéns pelo seu dia! Eis que lhe trago um presente, guardai-o, serve de companhia, nos amanhas, nas noites frias, com certeza, lhe fará bem!

_ Obrigado. Angelina usá-lo-ei na hora mais propicia. Disse-lhe.

_ Venha, vou lhe mostrar o restante da casa! Toma alguma coisa? Vinho, uma água?

_ Não! Por enquanto não. Mas, limonada aceitar-lhe-ei com prazer!

_ Sua casa é linda! Aconchegante!

- Ah! Sim! Obrigado Angelina

A primeira coisa que ela percebeu, foi que as paredes eram bem

rústicas, com os tijolos a mostra! Coisa de solteiros. Uma sala

de ginástica, repleta de aparelhos, a segunda coisa, foi que ele

fazia exercícios ali. Distraída, tentou imaginar quantos

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Anthony G. Ramos

quilômetros ele corria por dia, mas o que mais a deixou interessada, foi um tatame que cobria metade do chão, só havia uma utilidade para aquele tatame daquele tamanho.

_ Você treina caratê aqui?

_ Já fiz caratê, judô, mas o que funciona melhor na pratica é uma combinação de luta Greco-romana e o velho vale-tudo de rua.

Ela continua de costa sem olhar pra mim. Olhava para um saco de areia, sentindo seu coração acelerando, bombardeando seu sangue e sentindo-se quente, viva naquele lugar.

Involuntariamente se invadiu dali, sua respiração acelerava seu coração, sua boca ardia de tensão.

Eu percebi logo se aproximei dela. Abracei-a e fomos ate a janela que dava para um jardinzinho. Tinha um orquidário, que eu tomava cuidado fazia anos, uma particularidade minha.

Cuidar de orquídeas. Ela ficou fascinada com tudo. Voltamos, e fui lhe mostrar a cozinha! Era de se ver tamanha brilhos naqueles olhos! Disse-lhe que faria um peixe a milanesa pra ela!

Crocante, ela ficou ali, sentada à mesa enquanto eu fazia o deferido prato pra nós dois. Perguntava sempre como se fazia em detalhes aquele prato.

Disse:

_Vem! Vou ensinar você!

_Verdade? Agora?

_ Esta bem! Mãos na massa!

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Anthony G. Ramos

_Primeiro vamos temperar os filés de peixe. Depois a gente deixa um pouco para pegar tempero! Vamos colocar...

Foi por alguns minutos o ensinamento, ela aprendeu rápido, depois, olhou-me, e agradeceu.

_Você sabe muita coisa de casa! Queria saber como se faz tudo na cozinha! Assim eu não teria tantos desencontros.

Aproximou-se novamente de mim, seu hálito quente voltou a arrepiá-la, sua voz tornou-se tremula, se perdia ao encostar-se a mim. Ela deixou acontecer, deixando se dominar a ditar regras ou qualquer coisa do gênero.

_ Seria uma boa idéia?

Perguntou-me;

- Sim! Disse-lhe;

_Não importa, sou sua. Mas vai devagar meu bem! Faz tempo não fico com ninguém.

_ Como vai ser? Eu ou você Dr. Nando?

_Você primeira! Entra, a casa é sua.

_Ela entrou no meu quarto, abriu um sorriso, despiu-se e foi até

uma escrivanhia. Retocou a maquiagem, e voltou pra mim. Deus

meu! Não estava sonhando! Aquela mulher era minha agora. Eu

e ela, nos amamos, ficamos por bom tempo ali, a noite era

pequena! O luar descia em raios, o jardim refletia sob as luzes.

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Anthony G. Ramos

_ Meu amor!

Disse-me:

_ Quero ser sua por toda minha vida!

_ Eu sou seu! Como és minha! Sempre fui seu. Espere, quer lutar comigo no tatame?

_ Eu? Você não vai agüentar-me! Rsrsr Como se luta isto? Dou um chute e...

_Calma! Vou ensinar como se faz. Erga os braços em posição de defesa. Agora tente me socar.

Ela se aproximou, deixei que me pegasse, fiz um gesto de que estava indefeso, ela me apertou contra seu corpo moreno!

Deixou os cabelos caírem sobre mim, quase não agüentei, seus

cabelos são perfumados, eu morro de amor por ela. Ela não sabe

se sabe o quanto. Por um momento, abracei-a por trás, virou o

rosto, ergueu os lábios, e a beijei, um beijo eterno. D’amor.

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Anthony G. Ramos

VI-Capítulo 30 DE AGOSTO DE 2008

Dias depois:

Outro dia... Sonhei com ela, foi um sonho rápido. Contei a ela, quanto tive oportunidade! Quero esta mulher. Mesmo sabendo que existirão dificuldades. Esta noite, tornei a sonhar com ela.

Desta vez, foi um sonho tão real! Estávamos passeando em um mercado central. Havia por La muitos pássaros, cães, e outros bichos que ela adora. Por um momento, paramos perto de umas flores! Vi seus olhos, brilharam feitos os de uma criança! Sua fisionomia muda completamente. Seu riso é tão feliz com as coisas da natureza! Fico pensando... Por que é que não lhe dão valor merecido? Será que só eu vejo isto nela? Corpo alto, elegante, afinado, feito pra minha vida ser feliz. Se eu tivesse uma mulher assim, creio, daria maior valor! E com certeza, seriamos felizes. Tem bom diálogo, amiga que você pode contar com ela. Ela, com sutileza, abriram os lábios deitou-os aos meus! Por segundos, mas foi uma eternidade pra mim. Abraçou- me, e não queria me deixar sair dela. É uma menina carente. E mais carente ainda sou eu nesta vida!

Ficamos por uns minutos juntos, depois saímos pra ver uns pássaros amarelos que ela viu. Depois disse que ia comprar uma roupa pra mim, ela entrou numa loja e eu na outra, com a mesma intuição de comprar algo um para o outro. O tempo passou de quinze minutos, separados. Quando meu celular toca, e estava no meu bolso. Alguém queria falar comigo! Era um cliente, minha vizinha, estava desesperada, atendi.

_ Dr. Nando?

_Sim!

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Anthony G. Ramos

Respondi, percebi que era dona Sofhia. Ela tinha perdido seu esposo, teve uma recaída!

_ Tudo bem? Pode falar agora?

Era minha vizinha! Tinha acabado de chegar de Londres!

Perdeu seu esposo faz um ano, e até os dias de hoje não se recobrara. Fiquei ouvindo seus ditos por meia hora até que se foi conformada agora, depois que lhe falei. Neste meio tempo, Angel se foi.

Com toda certeza caro leitor! Eu seria o homem mais feliz deste mundo, se esta moça fosse minha! Sinto o cheiro dela na minha carne! Quando olho nos lábios dela! A minha alma gela! Úmida, é assim sua boca! É como você olhar um pêssego maduro, e não poder saborear! Já comi pêssegos por muitas vezes, imaginado seus lábios, e eu não brinco nas minhas analises. Ela é tudo isto.

Outro dia, ela estava usando unhas, batom e uma blusa no tom pêssego! Pelo amor de Deus! Tive de olhar para outra direção. E ela percebeu isto. Brinca comigo! E eu nem sei por que! Mas ela Sabe que a amo. E eu, não sei mais o que fazer com esta.

Descoberta. Minha vontade é de ficar perto dela sempre. É muito inteligente, riso largo, é praticamente da minha altura.

Adoro vê-la comendo alguma coisa! Adora comer as coisas. Eu

te faria todas as guloseimas desta vida! E o faria com gosto. Sei

que nem tudo se pode ter nesta vida! E sei também, se eu não

lhe falar de meu amor, não saberás por outra boca este intento. É

como a mão e a luva, nos damos bem. Pois bem! A vida

continua seu ritmo! Vou construindo meus caminhos. À

vontade, que me vem às vezes é de que, eu sei em como vai dar

tudo isto! Mas, meu coração não escuta meu cérebro. Como

disse outro dia: Amar e ser amado seriam bons se tudo fosse

como a gente quer. Mas. Sei que não o é. Um coração

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Anthony G. Ramos

apaixonado tende a sofrer, quando não se é correspondido. Não é por culpa dela! Sei disto desde quando descobri que a amava.

Outro dia, estávamos no consultório, ela e eu, não era dia de consulta com Angel, mas ela sempre passa pra fazer-me uma visita. Acho que esta na minha hora de visitar uns parentes no Rio de Janeiro! Vai ser bom pra mim. Vou tentar esquecer este amor. Faz tempo quero mudar esta minha vida! Estou numa situação, de que não lhe poso pedir tempo! Ela é compromissada. Não me dei conta disto. É a minha maneira de ver a vida nestes últimos tempos. Vou me ocupar com outras coisas, envolver nos trabalhos, cuidar de meus negócios, ou abrir outros. Tenho uma reserva de dólares investido, vou lançar mão deles e, depois saberei o que fazer. No outro dia, enviei-lhe um presente trata-se de uma jóia de família, com a seguinte mensagem: Eis que a noite se foi com seu olhar! Quero contigo ficar.

Um par de lindas borboletas de ouro cravejadas de diamantes.

Liberdade é o que significam as borboletas.

Capítulo Vll

30 de setembro de 2008

Bonsucesso

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Anthony G. Ramos

Estamos no mês de março, véspera de carnaval, todos estão descendo para o litoral. Não vou ficar em casa, a praia mais perto de mim, fica a uns 10 kilometros. A pousada onde estou, é muito linda! Flores, comida típica do lugar, e nada me prendem aqui! Penso em Angel todos os dias de minha estadia aqui, mais tarde, vamos visitar o pão de açúcar. Todos vão, eu vou, levo comigo este amor no peito! Tirar não tem jeito. Ela ficou em Minas, não podia vir também nem sei se viria! A gente costumava marcar algumas coisas juntos! Mas ela me dava bolo! Era talvez, por causa do seu compromisso. Oh! My Good!

Não sei mais o que fazer de minha vida! Mesmo aqui, ela não sai de minha cabeça. Não vou voltar mais pra Beaga. Vou transferir meus negócios para o Rio. Farei isto, assim que voltar pra Minas.

Quinze dias se passaram! Ela nem me ligou. Olho pra o telefone, nada, nem um toque, uma mensagem si quer! Nada me induz. Vejo tantas mulheres, mas nenhuma me agrada.

Angelina, não sabe, mas foi o meu único amor nesta vida, e será o ultimo. Não vou ficar mais alimentando este amor dentro do meu peito. Esperei o que tinha de esperar! Deixar viver quem quer viver. O dia esta nublado venta muito, uma chuva fria vem caindo, o Rio não é mais aquela maravilha pra mim! Tenho de ir-me.

Dona, Martha, tia de Angelina. Ela queria ver este amor! Dando

certo. Embora no destino quem mande mesmo o coração. Disto

sei muito bem. Ontem, fui pego de surpresa, Angelina, surgiu do

nada á minha frente. Estava linda, mas por um momento, não

me despertou atenção! Tentei não me lembrar do que sinto por

ela, embora esteja querendo mesmo dar um tempo, ela não é

livre! Era isto que meu coração ouvia sempre quando pensava

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Anthony G. Ramos

nela. Seu riso era de ter dono. Eu precisava cuidar de mim. Tudo não me permitido. Menos amá-la.

_ Dr. Nando! Como esta?

_Bem obrigado! E você? Por onde tem andado todo este tempo?

_Bem! Por ai! Sem nada pra fazer, meus dias se vão sem nenhuma aventura! Estou farta de ficar aqui neste Rio de Janeiro! Quero sair daqui. Leva-me para algum lugar exótico doutor?

_ Quer mesmo isto?

_Sim! Quero! Você me leva? Fiquei sabendo que estava indo embora deste inferno que é o Rio!

_Sim! Verdade! Estou a caminho da ilha das ostras! Vou pegar algumas pérolas! Colher umas orquideas pelos caminhos e...

_Sem esta de pérolas doutor! Orquídeas... Vai mergulhar no fundo do mar para pega-las? Pelo que sei, elas ficam bem ao fundo deste oceano! E...

_ E?...

_ E não é nada fácil ir pega-las! E quanto ás orquídeas? São raras neste mundo!

_Olha Angelina, quer mesmo uma aventura? Vou lhe dar muitos motivos pra isto! Vem comigo?

_Sim! Vou. Quando iremos?

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Anthony G. Ramos

_ Amanha bem cedo!

_ Esta bem! Presumo que não iremos só nós dois. Certo?

_ Certo! É um barco enorme! Não chega a ser um iate, mas... É bem grande e precisa de uma pequena tripulação! Sairemos assim que o sol sair

VIII- Capítulo 03 de outrubro 2008

Tripulação

Nando “As orquideas”

Cinco horas, era esperada a tripulação no cais.

Diário, de bordo estamos rumando ás ilhas de San Remo!

Distante de duzentas milhas, sentido região sul, na costa do Sarapés. Ao todo, somos doze, incluindo capitão pesquisador desta embarcação. Nando. Segundo imediato Senhor Danilo, agente de operações, Bernardo, cozinheiro, Marc Hal, Lady Laura Arns. Don Rents, o terceiro imediato. Angel March.

Convidada especial desta embarcação, mocinha e amada de Dr.

Nando. O arqueiro Flesch Becks. E demais outros não citados

por hora. Ana Paula de Servick medica da tripulação, convidada

por Nan-Beck.

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Anthony G. Ramos

Todos a este bordo! Saímos às seis horas do dia primeiro de Abril ano de 1962. Estamos a distancia de sete léguas marinhas da costa do Brasil. Nada de anormal acontece a não ser Angelina que esta sempre sorrindo! Ela é o anjo desta tripulação, todos gostam dela. Eu fico enciumado quando alguém se aproxima dela. Quando olho pra eles, despercebidos, tentam disfarçar que estão dando de cima de minha pretendida esposa. Mesmo que ela não m queira, quero eu a ela. Quero-a bem. Já se passaram dois dias em águas desérticas, pescávamos peixes para o almoço.

_ Nando...

Ei! Ensina-me a pescar meu bem?

- Não sabeis pescar Angelina?

- Não! Pode ensinar-me?

- Vem comigo! Vamos pescar um tubarão para o almoço! Rsrsr.

- Aqui tem estas coisas amor?

-Sim! Muitos deles estão por ai, a espreitar-nos.

-Tenho medo! Quero não!

- Fique tranqüila! Nada de mais vai lhe acontecer se ficar perto de mim! Certo?

-Sim! Vou ficar bem coladinho em você senhor pescador. Rsrsr.

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Anthony G. Ramos

Eles pegaram alguns minúsculos peixinhos! O mar não estava pra peixes não! Quando se tudo não bastasse, Angelina ficou doente, alguma coisa lhe fez mal na viagem! Estava com dor de cabeça, pediu um analgésico, depois de tomá-lo, deu-se uma serie de enjôos e uma coloração nos lábios, a febre era alta, suas mãos incharam, uma dor terrível lhe assolara a alma. Corpo febril era seguido de mal estar. Umas manchas saiam pelo corpo todo.

- Ela esta intoxicada!

Doutora Ana Paula de Servick

Vinte e dois anos, descendência russa. Formada no Brasil, pós- graduada em pesquisa embrionária pela UFMG.

Disse; Ana Paula de Servick: doutora da tripulação do Nan- Beck ll.

-Deixe-a comigo! Vou dar um jeitinho nela! Trazei-a até o ambulatório medico. Vai passar logo. Já vi este tipo de reação nos meus pacientes.

- Tem certeza doutora?

- De que ela vai ficar bem? Sim! Deixe-a comigo.

_ Perfeito. Todos a este bordo! Vamos levantar ancoras marujos.

Bernardo!

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Anthony G. Ramos

-Sim senhor Onan!

La lhe disse que meu nome não é “Onan”

- Desculpe-me senhor Nando! Havia sido força do hábito. O que ia dizendo...

Ei... Segue as normas de sempre. Uma musica para Angelina, belos pêssegos assim que ela voltar às boas novamente.

- Com leite condensado?

_Certamente meu caro Bernardo! Deixe perto de cabeceira de sua suíte. Esta precisando se alimentar bem. Come igual um marujo esfomeado. Rsrsr. Quero o bem desta rapariga.

- Pode deixar senhor! Tratarei de fazer o que me pede.

_ Bernardo! Quero que coloque uma flor ao lado dela!

- Como assim senhor? Aqui em alto mar não tem flores!

Veja na minha cabine! Tem um pequeno orquidário, tire uma das mais lindas e coloque perto de Angelina, vai fazer com que melhore rápido. Ande marujo! Esta perdendo tempo aqui!

- Sim senhor! Já estou a caminho.

Presente para Angelina

Era noite quando Angel se recuperava daquele incomodo.

Fui vê-la. Ela me pareceu bem disposta. A principio era apenas

uma dor de cabeça, mas Angelina era alérgica a dipirona.

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Anthony G. Ramos

- Qual foi o maldito que lhe deu esta droga?

Todos ficaram quietos, quando Nando fez a pergunta.

- Esta bem! Esquece, ela esta melhor agora.

- Estou lhe dando muito trabalho doutor? Rsrsr. Eu me esqueci deste detalhe! Seu marujo nada tem com minhas dores!

- Tudo bem Angelina! Já passou. Fiz-lhe um pescado!

Quer experimentar?

- Quero! O que tem de mistura?

- Couve-flor e salada mista. E para acompanhar, trouxe-lhe um vinho de minha adega.

-Hum! Fez-se isto por mim, o que não faria? Olha... Não mereço tanto mimo viu? Sou ingrata com meus galanteadores!

-Percebi isto, e faz tempo, mas é-me agradável fazer-lhe bem.

Vou dormir, amanha a gente se fala. Tenha uma boa noite!

- Boa noite doutorzinho! Não quer ficar mais um pouco a gente poderia...

- Não! Tenho mesmo de ir-me. Boa noite anjo.

-Boa noite!

Ela respondeu-me e depois de deglutir tudo aquilo, adormeceu

feito anjo.

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Anthony G. Ramos

IX – Capítulo 10 de outubro de 2008

APAIXONADOS

O sol já ia distante, Angelina acordara fazia poucos minutos!

Estava ela radiante diante o espelho retocando a maquilagem.

Batom marrom, feito chocolate! Aquilo me dava arrepios na alma quando a olhava. Vestiu uma bermudinha apresentando toda aquela coxa sarada. My Good! Que me faço desta minha vida? Oh! My Good! O amor é a expressão da grandeza da alma. Nado contra a correnteza desta vida louca! Sou a desilusão em meio ao oceano da paixão. Mesmo, estando solitário, ela não me sai do coração! Que fazer com este amor?

É um deserto de incompreensões. Incompreendido... Fico a navegar por mares nunca dantes fostes navegados. Oh! My Good.

O que poderá sobrevir... Vir-se-á. Pensei comigo mesmo! Ela

tem outro na mente, e não sabe o que fazer com tudo isto que

lhe esta acontecendo. Sou um transeunte na sua vida. Um

enigma sem resolução. Tomei um vinho branco, depois fui até a

proa do navio. Foi quando avistei terras, uma ilha, talvez fosse a

que procurávamos. Pulei, fui nadar.

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Anthony G. Ramos

Homem ao mar!

Gritou um famigerado marujo!

- Calma! É o doutor! Ele sempre faz isto quando se aproxima duma ilha! Gosta de nadar pra se exibir. Um dia deste ele encalha de vez sua carcaça nestas bandas do mar!

- Vira esta boca pra lá. Seu desgraçado!

Disse Angel ao marujo.

-Desculpe dona! Foi força do hábito! Também, quem manda ser assim! Espírito aventureiro.

- Ele sabe bem que faz de sua vida!

Disse Angel;

-Vou La ver se posso ajudar!

Ei doutorzinho nadador! Aqui... Ei... Aqui encima.

Ele não olha para trás, segue rumo à ilha! O que lhe atraia

naquele momento? Uma dica nada mais! Ele não sabe o que

fazer quando Angel esta por perto. Apaixonado, deixou toda

uma vida pra se dedicar a ela, e não é visto com os mesmo

olhos. Tudo bem! Nem todo amor é assim! Amam-se quem a

gente deve amar. Assim é a vida, assim sempre o será. O

doutorzinho, como diz Angel, tem destino traçado! Têm

corpo fechado prá certos tipos de sentimentos. Mas, este, ele não

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Anthony G. Ramos

conseguiu sair. Quando muito não lhe faz bem, quanto mais se achega a alguém. Diz velho ditado popular.

Assim que chegamos a tal ilha, tudo poderia nos acontecer! Era planejado ficar apenas cinco dias, e uma tempestade anunciara sem demora. Caspita! Cruz em credo! A coisa via pegar por aqui! Acabei de atracar na ilha, e esta tempestade, o que fazer?

-Homens! Vamos procurar abrigo na ilha! Deve ter alguma caverna, ou casa abandonada por aqui. Todos juntos? Tragam o que poderem carregar. E não se esqueçam dos botes salva-vidas.

Disse o imediato.

A embarcação desce rumo à ilha após ancorar-se. Todos eles desembarcaram. Por um momento, Angel fez uma pergunta inusitada;

- O que vamos levar para trocar com os nativos?

Todos riram dela! Menos eu! Por um momento senti que estava em terras estranhas. A ilha era habitada, mas. Por quem?

Perdermos-nos pelo caminho, onde estávamos agora? Quem eram seus moradores? Isto não me saia da cabeça. O timoneiro pegou atalho para chegar mais rápido, e veja no que deu!

- Estamos mesmo perdidos. Chame o timoneiro!

- O Senhor! Chamou-me, capitão?

-Pode explicar-me isto?

- Segui o mapa meu capitão!

- Que mapa seu idiota? Não lhe dei mapa nenhum!

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Anthony G. Ramos

- Como não? E este aqui em minhas mãos?

- My Good! Oh! My Good! Este é o conde Naco. Perdeu-se faz cinqüenta anos por estas bandas, e nunca mais voltou! Nem se soube mais dele e sua tripulação. Foi feito uma varredura por toda a costa deste mar, e deu-lhe como perdido. Fizeram este mapa.

Neste momento, vem chegando Nando, que havia dado seu mergulho de sabedoria! Era assim quando lhe dava este nome!

“Mergulho nas águas do mar” Após colocar-lhe a par de tudo, Rachel lhe pergunta;

- Agora Nando... Como sair?

Perguntou Rachel.

- Calma my Rachel! Vou tirá-los daqui, nem que pra isto, tenha de perder a minha vida! Eu prometo. Deixe-me ver o mapa!

Às escondidas, Angel ouvia tudo aquilo que Nando dizia.

Manteve-se calma durante um tempo. Depois foi ficar perto dele.

- Você não esta dizendo a verdade? Esta? Estamos em terras estranhas mesmo?

-Sim! Estamos. Não entre em pânico menina! Eu tiro você daqui.

Disse; e depois disto, rumaram para a ilha, haveria de explorá-

la, e ver se era mesmo verdade.

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Anthony G. Ramos

-Todos, ouçam-me! Vamos desembarcar aqui! Traga tudo o que poderem, roupas, armas, mantimentos pra uns dias, não sei por quanto tempo, mas... Seja breve! Uma tempestade vem ai.

Após desembarcarem na ilha, ouve um silencio que a principio arrepiou-me a alma. Estávamos numa ilha, jamais encontrada no mapa! Era pura suposição de minha parte, saber que era ali, que o capitão Naco passou, ele e sua tripulação.

Uns marujos ficaram de procurar abrigo, até que um deles descobre um lugar no meio das pedras, uma caverna! Era o suficiente pra abrigar a todos. Angelina entrou olhando por tudo quanto é canto, as paredes da caverna, eram úmidas e fétidas!

Escura em certos pontos, e mais ao fundo, um lago de água doce! Este era o achado mais significante. Havia lugar pra passar bom tempo por aquelas bandas. Não fosse...

Oh! My Good! Gritou a doutora Ana, desesperada;

-O que foi doutora? Que viu de tão assim... Jesus Cristo! O que é isto?

Todos correram pra ver.

Dois crânios, juntos. Quem eram estes? Os que teriam deixados ali, o que foi observado, tinham parte decepada, como se algum machado havia partido ao meio. Marca de violência era visto a olho nu. O que me ocorreu às lembranças do capitão sumido daquela embarcação fazia cinqüenta anos que havia sido dado como morto. Será que são eles? O capitão o conde Naco e sua tripulação? Vamos procurar mais vestígios do Esperanza, nome do navio do conde Naco.

- Olha o que encontrei! Um diário deve ser do tal morto, o Naco.

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Anthony G. Ramos

Disse Angelina;

Tudo ia bem: A tempestade assolou a região, uma forte chuva de ventos destruiu tudo o que viu pela frente, inclusive o navio, não se sabe se afundou ou não. Só sei que sumiu, não estava mais onde o deixamos.

-Tem algo especifico doutor pra nos dizer?

Perguntou o terceiro imediato.

- Acho que.

- Acha? Ou não sabe nada? Achar por achar... Até eu acho! E afirmo; Estamos perdidos neste fim de mundo. Onde estão as pérolas? As orquideas que vale uma fortuna? Em? Diz-me doutorzinho de merda.

Mal terminou sua frase; tomou um soco pelas ventas a fora, caindo dois metros para trás. Depois partiu pra cima dele.

- Quer mesmo saber?

Disse-lhe Nando. Já de prontidão a recebê-lo

- Bem... Não posso mais confiar em você na minha equipe!

Daqui pra frente, fique longe de minha tripulação, ou se quiser, fique, mas seja moderado nas suas perguntas, se esta me entendendo! Certo?

-Desculpa Nando! Já passou.

- Alguém mais quer saber de alguma coisa?

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Anthony G. Ramos

Ficaram mudos.

-Se não tem perguntas, vamos tentar um raciocínio!

Desde que aqui chegamos tem nos acontecido coisas estranhas!

Primeiro foi à tempestade, agora estes crânios um de cada vez, vamos fazer uma votação, se ficamos ou não aqui nesta caverna:

certo?

- Sim senhor Nando. Disseram todos.

- Você não disse que o ensinou a ler manuscrito em inglês! É uma escrita pirata, este mapa da ilha é uma afronta a minha linguagem!

-É, mas não sei especificamente o que ele quer dizer ao todo são cento e vinte trilhas diferentes, e todas em inglês. Um dialeto pirata.

Discutia-se entre eles qual seria a parte que iria ler o livro na então tradução. Foi então que tomou frente, Nando, pediu pra ver! Sentaram-se a mesa improvisada, reuniram-se todas as peças possíveis de se ler, o mapa estava todo sujo, velho, caindo aos pedaços, mas deu pra ler alguma coisa.

-Aqui, disse-lhes; esta a saída deste inferno! O capitão só não saiu daqui, porque não entendeu a linguagem! Mas por outro lado, tem os índios.

- Índios? Aqui? Onde?

Todos perguntavam ao mesmo tempo.

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Anthony G. Ramos

- Não sei se vai dar certo irmos por aqui!

Meu coração disparou quando percebi que se tratava de uma horda selvagem, eram canibais.

-Oh! My Good!

Exclamou Angelina.

Provavelmente foram eles quem abateu o Naco. E seu marujo.

Em algum ponto da caverna, deveria ter uma solução pra sairmos sem sermos vistos. O método tradicional de uma saída estrategicamente organizada seria mesmo termos cautela. E nada poderia dar errado.

Após um momento, Nando disse:

- Vamos pela encosta da ilha! Por aqui, eles perderam suas vidas, e não vamos ficar pra saber ou não se são selvagens.

-Mas, e se não der certo?

Resmungou o Danilo e terceiro imediato!

-Se não der certo! A gente entrega você a eles e damos o fora!

Disse Angel:

Foi assim, com todos os outros! Uns se salvaram, já outros, medrosos como você ficaram aqui apodrecendo nesta caverna.

Vai quere ou vai correr?

-Vou ficar aqui! E quem mais vai ficar comigo?

(53)

Anthony G. Ramos

Todos se calaram! Dois marujos resolveram ficar com o imediato e Danilo.

- Tudo bem! Disse Nando. Vou deixar umas armas com vocês para s defenderem. Um pouco de comida. Fiquem com Deus.

Todos vão; exceto os três aqui. Vamos embora minha gente.

11 DE OUTUBRO DE 2008

Capítulo X

MEDO

Outros por aqui passaram, sob possíveis imaginações de encontrar as orquideas mágicas, e as pérolas do rei da Pérsia.

Não foi desta vez que encontraram. Estão-se suas carcaças

deslizando sob as pradarias desta praia. O que diabos os

mataram? Serão mesmo os índios? Bom! Não vamos ficar pra

saber.

Referências

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