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INOVAÇÃO PARA CUIDADOS NA SAÚDE DA MULHER E-BOOK

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INOVAÇÃO PARA CUIDADOS NA SAÚDE DA MULHER

E-BOOK

ENDOMETRIOSE

São Paulo, abril de 2021.

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Apresentação

Cuidados na Saúde da Mulher em todas as fases da nossa Vida

1. Informações sobre os Cuidados na Saúde da Mulher no Brasil Independentemente da idade, de bebê à idosa, a mulher precisa ter cuidados essenciais com a saúde. E, desta forma, garantir também a qualidade de vida. “É de grande importância que as mulheres se mostrem vigilantes sobre a própria saúde, identificando precocemente hábitos nocivos, sintomas físicos e psíquicos e aderindo a hábitos saudáveis”, destaca o Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde.

Fatores sociais, como moradia, alimentação, escolaridade, o acesso à renda, ao emprego, fatores culturais, étnicos, raciais, psicológicos e comportamentais podem levar a mulher ao adoecimento.

Abaixo as informações para Cuidados Primários da Saúde da Mulher, conforme o Ministério da Saúde: Os 10 cuidados primordiais com a saúde da mulher.

 Manter alimentação saudável

Uma alimentação saudável, desde os primeiros dias de vida, como a amamentação e o consumo de alimentos in natura, por exemplo, traz

benefícios à saúde. Resulta na redução de fatores de risco para doenças, como o sobrepeso e o aumento do colesterol, além do bem estar físico e mental e da importância do vínculo entre mãe e bebê.

 Cuidar da saúde mental

Identificar precocemente sintomas psíquicos e buscar acolhimento de saúde pode ser decisivo para que haja abordagem oportuna pelos profissionais de saúde.

Afinal, sabe-se que as mulheres se encontram em uma situação de vulnerabilidade por ganharem menos, por estarem concentradas em

profissões menos valorizadas, por terem menor acesso aos espaços de decisão no mundo político e econômico, por sofrerem violência doméstica, física, sexual, psicológica, econômica, além da negligência e abandono. Além disso, elas vivem dupla e tripla jornada de trabalho.

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3 Para as mulheres idosas, há ainda a questão do isolamento social e transtornos emocionais devido à aposentadoria, à viuvez, às alterações fisiológicas, e dos sofrimentos provocados por uma sociedade que supervaloriza a juventude e desvaloriza as marcas do envelhecimento feminino.

Além dos sintomas de depressão, outros transtornos mentais necessitam de atenção e cuidado, como os de ansiedade, insônia, estresse e transtornos alimentares. Fatores psicossociais e ambientais estão relacionados à incidência dessas doenças.

Iremos tratar aqui, BREVEMENETE e em formato de conteúdo informativo (sem intenção de diagnósticos, tratamentos, aconselhamentos), um dos temas muito recorrente e que tem sido a causa de 40% de mulheres inférteis (eu mesma sou portadora de endometriose profunda)...

1. Endometriose (informações gerais, sem dados

científicos)

Endometriose é uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. Alguns sintomas da doença são: dores no período menstrual, infertilidade e dores nas relações sexuais com

penetração.

Essa formação de tecido ectópico normalmente ocorre na região pélvica, fora do útero, nos ovários, no intestino, no reto, na bexiga e no peritônio, delicada membrana que reveste a pélvis. Entretanto, esse tecido também pode crescer em outras partes do corpo, como:

Pulmão: tosse com sangue

Bexiga: dor ao urinar

Intestino: dor ao evacuar e diarreia

Ciático: dores na lombar e no músculo posterior das coxas

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4 Endometriose x Infertilidade

A endometriose e a infertilidade estão associadas em 50% dos casos, ou seja, 50% das mulheres com endometriose têm infertilidade e 50% do casos de infertilidade feminina podem ter a endometriose como uma das principais causas. (4,5)

O principal fator de infertilidade causado pela endometriose é o tubário, ou seja, as tubas uterinas ficam danificadas.

Assim, às vezes, ela pode ocorrer em gerações seguintes de uma mesma família. Embora, normalmente, a endometriose seja diagnosticada entre 25 e 35 anos, a doença provavelmente começa já alguns meses após o início da primeira

menstruação...

Classificação da endometriose

A endometriose pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e grave. A diferença entre elas é baseada em uma pontuação que se faz nos achados

intraoperatórios. Portanto, essa identificação só pode ser feita depois que a paciente foi operada ou submetida a uma videolaparoscopia. Assim, no intraoperatório o médico poderá ver quantas lesões e onde estão essas lesões, fazendo uma somatória de pontos e classificando a doença. (5)

Endometriose superficial

A endometriose superficial é aquela que normalmente atinge mais o peritônio - tecido que recobre internamente os órgãos da cavidade abdominal e pélvica.

O que é endometriose no ovário?

A endometriose ovariana é aquela que acomete os ovários, sendo principalmente ocasionada pela formação de cistos com um conteúdo sanguinolento dentro do ovário. Endometriose profunda

A endometriose profunda ocorre quando os focos da doença, que inicialmente têm entre um e dois milímetros, infiltram-se na parede de um órgão por mais de cinco

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5 milímetros. Dentro da endometriose profunda é possível encontrar a endometriose de septo reto-vaginal, que acomete o tecido que divide a vagina do reto.

Os sintomas no período menstrual tornam-se bem mais intensos, e a paciente, dependendo do local afetado, pode ter que se submeter a tratamento cirúrgico imediato.

Endometriose de parede

A endometriose de parede acomete a parede abdominal, localizada próxima ao umbigo. Elas formam nódulos que são mais dolorosos no período menstrual. O

diagnóstico é feito por um ultrassom de parede abdominal, de preferência no período menstrual, irá mostrar essa lesão.

Endometriose pulmonar

A endometriose pulmonar é uma forma bastante rara da doença. Ela ocorre quando o tecido endometrial responsivo aos hormônios através da corrente sanguínea se desenvolve na região pulmonar. A manifestação clínica desta doença é através do sangramento nas vias áreas no período menstrual, normalmente por meio da tosse. O diagnóstico também é feita em exames de imagem.

Possíveis Causas

Todo mês, os ovários produzem hormônios que estimulam as células da mucosa do útero (endométrio) a se multiplicarem e estarem preparadas para receber um óvulo fertilizado. A mucosa aumenta de tamanho e fica mais espessa.

Se essas células (chamadas de células endometriais) crescerem fora do útero, surge a endometriose. Ao contrário das células normalmente encontradas dentro do útero, que são liberadas durante a menstruação, as células fora do útero permanecem e crescem no lugar.

As causas exatas da endometriose ainda não são claras, mas os estudos levantaram algumas possíveis causas para o problema:

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6 Menstruação retrógrada

Isso acontece quando o sangue da menstruação, que contém células do endométrio, sofre um refluxo para a cavidade pélvica por meio das pelas trompas de falópio. As células endométricas perdidas instalam-se nas paredes dos órgãos da região pélvica e começam a crescer.

Esse refluxo parece acontecer durante o período menstrual em praticamente todas as mulheres. Acredita-se que o sistema imunológico exerce papel fundamental na

proteção contra a implantação e o crescimento das células endometriais. Crescimento de células embrionárias

As células que revestem o abdômen e as cavidades pélvicas são originárias de células embrionárias comuns. No processo de diferenciação tecidual, sob determinados estimulas ainda desconhecidos, algumas células que revestem essas cavidades podem se converter em tecido endometrial, iniciando a doença.

Sistema imunológico deficiente

Deficiências no sistema imunológico também podem facilitar o surgimento da doença, tornando o corpo incapaz de reconhecer e destruir as células endometriais que

crescem no lugar errado. Outras causas

Após alguma cirurgia, como histerectomia ou cesariana, por exemplo, as células do endométrio podem prender-se às incisões cirúrgicas. O sistema linfático pode,

também, transportar células do endométrio para outras partes do corpo e dar origem a um quadro de endometriose em locais mais distantes, como o umbigo, por exemplo. Fatores de risco

Uma mulher cuja mãe ou irmã tem endometriose apresenta seis vezes mais probabilidade de desenvolver endometriose do que as mulheres em geral. Outros possíveis fatores de risco:

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 Nunca ter tido filhos

 Ciclos menstruais frequentes

 Menstruações que duram muito, especialmente sete dias ou mais

 Problemas como hímen perfurado, que bloqueia a passagem do sangue da menstruação

 Anormalidades no útero. Sintomas de Endometriose

O primeiro sintoma da endometriose é a dor pélvica, quase sempre associada ao ciclo menstrual. No entanto, mulheres com endometriose costumam dizer que a dor pélvica, durante o período de menstruação, é muito pior do que o normal e vai aumentando conforme o tempo.

Outros sintomas bastante frequentes da doença são:

 Dismenorréia (dores no período menstrual)

 Dor no baixo abdômen ou cólicas que podem ocorrer por uma semana ou duas antes da menstruação de forma cíclica

 Dores nas relações sexuais com penetração

 Dores ao urinar e evacuar, especialmente no período menstrual  Infertilidade

 Fadiga  Diarreia.

A intensidade da dor não está relacionada à extensão do problema. Algumas mulheres com doença muito extensa não têm dor alguma, enquanto outras com pequenos focos sentem dor a ponto de necessitarem ir a uma emergência. Além disso, muitas vezes os sinais da endometriose podem ser confundidos com os de outras doenças, por isso é muito importante consultar um médico antes de dar início a qualquer tipo de

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8 Buscando ajuda médica

Sentir dores acima do normal durante o período menstrual não é comum, e é aí que a cultura da dor ser NORMAL, influencia! Sentir dores intensas, podem ser os primeiros sintomas da endometriose, e deve-se procurar um médico, se possível já especialista... Especialistas que podem diagnosticar a endometriose são:

Clínico geral

Ginecologista.

Para tratar pode ser uma equipe multidisciplinar, conforme o grau da doença. Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

 Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram  Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e

medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade  Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 Seus sintomas estão vinculados ao período menstrual?  Onde exatamente as dores estão localizadas?

 Quão intensas são as dores?

 Seus sintomas parecem estar relacionados ao seu ciclo menstrual?  Alguma coisa melhora os sintomas?

 Alguma coisa piora seus sintomas?

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para gordura no fígado, algumas perguntas básicas incluem:

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 Que tipo de efeitos colaterais os medicamentos contra endometriose causam?

 Endometriose causa infertilidade?

 Em que circunstâncias a cirurgia é a melhor alternativa?  Vou tomar um medicamento antes ou depois da cirurgia?

 O tratamento da endometriose pode melhorar minha fertilidade?  Você pode recomendar tratamentos alternativos que eu possa tentar?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta. Diagnóstico de Endometriose

Investiguem, dor não é normal!

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta de 7 a 10 milhões de brasileiras (dados 2019), e o que é mais preocupante: mesmo com os desconfortos da cólica aparecendo na adolescência, a demora no diagnóstico da endometriose pode demorar cerca de 12 anos.

A relação de normalidade entre o período menstrual e as cólicas pode ser indicada como um motivo para 53% das brasileiras desconhecerem a doença, conforme aponta uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE), em parceria com a farmacêutica Bayer.

“Estima-se que 70% das adolescentes cuja cólica menstrual não melhora com

medicamentos podem ter endometriose”, diz Dra Bárbara Muriama, coordenadora do Centro de Endometriose, do Hospital 9 de Julho. Às vezes os sintomas não são

valorizados e só depois de muito tempo de tentativas de engravidar ela é descoberta. O diagnóstico de endometriose, AINDA É TARDIO, pela falta de conhecimento, porém quando há, é com base em suspeitas pelos profissionais da medicina, por meio da descrição dos sintomas, e a própria mulher que também tiver esta informação, DEVE pedir ao seu médico (caso este não o faça), solicitação da realização de alguns exames, por isso quanto mais disseminar e engajar sobre doença, mais precocemente se trata, evitando a evolução da doença e seqüelas irreversíveis, como foi meu caso de muitas outras...

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10 Exames

Os exames essenciais para o diagnóstico da endometriose são: Quais exames detectam a endometriose?

Exame pélvico com toque vaginal e retal: em que o médico investiga a região pélvica da paciente, procurando por anormalidades, como massas ou nódulos nos órgãos reprodutores, intestinais ou nas vias urinárias

Ultrassom: a análise das imagens permite ao médico averiguar se há

presença de cistos nos órgãos da região pélvica. Este exame não permite ao especialista diagnosticar a paciente com endometriose, mas ajuda na identificação de endometriomas, que são cistos associados à endometriose. O ultrassom com preparo intestinal pode identificar focos profundos da doença

Ressonância magnética: pode detectar, especialmente, a presença de cistos endometrióticos e a endometriose profunda. É um exame que não usa radiação e possibilita um mapeamento completo das lesões da pelve a abdômen.

Laparoscopia:

devido aos avanços dos exames de imagem, a laparoscopia é cada vez menos usada como método diagnóstico - seu papel atual é o de opção de tratamento quando já há suspeita. O cirurgião faz uma pequena abertura na região do abdômen e, com a ajuda de um laparoscópico, avalia a cavidade pélvica e abdominal à procura de pontos de endométrio ectópico ou endometriomas (cistos de endometriose). Uma vez

encontradas lesões suspeitas, ele deve remover todas e enviá-las para análise laboratorial. O resultado do exame indicará se a paciente está com endometriose ou não cada vez menos usada como método diagnóstico devido ao avanço dos exames de imagem. Seu papel atual é muito mais para o tratamento da doença já suspeitada previamente. Uma vez encontrado lesões suspeitas, ele deve remover todas. As amostras do tecido são enviadas para análise laboratorial. O resultado do exame indicará se a paciente tem endometriose ou não.

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11 Endometriose é hereditário?

Estudos de investigação genética não são conclusivos, mas parece haver uma

tendência familiar no desenvolvimento da endometriose, mas ainda não detectou-se nenhum gene específico relacionado à doença.

Tratamento e Cuidados da Endometriose

As opções de tratamento incluem:

 Medicamentos para controlar a dor e minimizar a progressão da doença  Caso não tenham sido obstruídos alguns órgãos, a mulher que pretende

engravidar, poderão obter sucesso, para a gestação (naturalmente, por inseminação artificial ou FIVI), pois a gravidez é uma das formas da regressão dos focos endometriócos;

 Cirurgia para retirar as áreas afetadas pela endometriose;

 Cirurgia radical - histerectomia total com retirada dos dois ovários, trompas e útero.

O tratamento depende dos seguintes fatores:

 Idade

 Gravidade dos sintomas  Gravidade da doença

 Se a mulher deseja ter filhos. Anticoncepcionais

O tratamento pode envolver a interrupção do ciclo menstrual e a criação de um estado similar à gravidez. Isso é chamado de pseudo-gravidez e pode ajudar a impedir que a doença piore. Para isso, são usadas pílulas anticoncepcionais com estrogênio e

progesterona de modo contínuo, ou seja, sem pausas para menstruar. Também podem ser usados progestagênios isolados, na forma de pílulas, injetável ou mesmo DIU.

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12 Os efeitos colaterais podem incluir a presença de manchas de sangue, ganho de peso, sensibilidade nos seios, náusea e outros efeitos colaterais hormonais.

Este tipo de terapia alivia a maioria dos sintomas da endometriose, mas não elimina os focos ou as aderências causadas pela doença. Ela também não reverte as alterações físicas que já ocorreram.

Outros medicamentos

Em alguns casos, podem ser receitados medicamentos que impedem a produção de estrogênio pelos ovários, conhecidos como agonistas do GnRH. Alguns possíveis efeitos colaterais incluem sintomas de menopausa, como ondas de calor, secura vaginal, alterações de humor e perda precoce de cálcio dos ossos. (3)

Em razão da perda de densidade óssea, esse tipo de tratamento geralmente é limitado a seis meses. Em alguns casos, ele poderá ser prolongado por até um ano se pequenas doses de hormônios forem prescritas para reduzir os efeitos colaterais de

enfraquecimento ósseo.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações, não se automedique nem interrompa o tratamento sem consultar o médico. Caso tome o medicamento mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Cirurgias para Endometriose

Uma vez confirmado o diagnóstico de endometriose, a laparoscopia pode ser utilizada para o tratamento das lesões. Por ser uma cirurgia minimamente invasiva, mas ao mesmo tempo resolutiva, hoje é a escolha mais comum quando da necessidade de intervenção cirúrgica para o tratamento. Através dessa técnica, pode-se remover todos os focos, drenar os cistos endometriais e depois retirar a capa que os reveste. Pode-se ainda fazer a ressecção de porções intestinais ou de bexiga quando há lesões

envolvendo esses órgãos. Em alguns casos, a histerectomia (retirada do útero, trompas e dos ovários também pode ser realizada.

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13 A retirada dos órgãos pélvicos femininos fica restrita aos casos que não responderam bem aos tratamentos anteriores e a mulher já tem a prole formada. (3)

Tempo de duração do procedimento

Costuma levar de uma hora, em casos leves, e a média de oito horas, em episódios mais graves (como o meu caso).

Medicamentos para Endometriose

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Convivendo (prognóstico) Endometriose tem cura?

Conforme equipe do Hospital Albert Einstein, existem dois pontos para serem esclarecidos nessa pergunta. Muitas pacientes com sintomas da doença conseguem atingir melhora da dor pélvica e/ou engravidar sem passar por um procedimento cirúrgico para retirada das lesões. Assim, usando medicações hormonais ou realizando algum tratamento para engravidar, mantém a doença, que não interfere na qualidade de vida dessas mulheres.

O outro ponto refere-se àquelas que necessitam de cirurgia, que deve ser realizada por profissional especializado nesse tipo de procedimento para que toda a doença seja retirada de forma completa, o que permite que a chance de retorno das lesões seja muito pequena. Um fator adicional reside na dependência hormonal para a

manutenção da endometriose que é exaurida no momento que a mulher entra na menopausa, fazendo com que a doença regrida na grande maioria dos casos.

A terapia hormonal e a laparoscopia pélvica não curam a endometriose. Entretanto, elas podem aliviar os sintomas de modo parcial ou completo em muitas pacientes por vários anos.

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14 A histerectomia total representa a melhor chance de cura da endometriose. Talvez seja necessário fazer terapia de reposição hormonal depois da remoção dos ovários. Em alguns casos, a doença pode voltar, mesmo após a histerectomia, mas é muito raro.

A endometriose pode causar infertilidade, mas não em todas as pacientes,

principalmente se a doença for leve. A cirurgia laparoscópica pode ajudar a aumentar a fertilidade. A chance de sucesso depende da gravidade da endometriose. Se a primeira cirurgia não ajudar a engravidar, será pouco provável que repetir a laparoscopia ajude. As pacientes devem considerar outros tratamentos re reprodução assistida, como a fertilização in vitro, caso queiram engravidar.

Complicações possíveis

Os tipos mais comuns de complicações causadas por endometriose são infertilidade e câncer de ovário.

Quem tem endometriose pode engravidar?

Aproximadamente de um terço a metade das mulheres com endometriose têm dificuldade para engravidar depois de serem diagnosticadas com a doença. No entanto, mesmo com endometriose, não é impossível para uma mulher engravidar. É preciso tomar ainda mais cuidados e seguir à risca as orientações médicas para que a gravidez seja bem sucedida. Os médicos ainda alertam para que mulheres não posterguem a gestação, pois os problemas gerados pela endometriose tendem a piorar com o tempo.

Outros problemas que podem ser causados por endometriose são:

 Dor pélvica crônica ou prolongada que interfere na vida social ou no trabalho  Cistos grandes na pélvis (chamados de endometriomas) que podem sofrer

ruptura e necessitar de cirurgia de emergência

 Implantes da endometriose podem causar obstruções no trato gastrointestinal ou urinário.

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15 Convivendo/ Prognóstico

Em casa, algumas medidas podem ser tomadas para aliviar os sintomas da endometriose. Confira:

 Tome banhos quentes e utilize bolsas de água quente. Ambos ajudam a relaxar os músculos da região pélvica, reduzindo a dor no local

 Alguns analgésicos também podem ser úteis para aliviar as dores causadas pela doença

 Exercite-se frequentemente. Estudos mostram que a prática de atividades físicas ajuda a amenizar os sintomas.

Gravidez x Endometriose

A endometriose, dependendo do grau, poderá não impedir que uma mulher possa ficar grávida. Após as primeiras semanas, onde em alguns casos é necessário suplementar progesterona para evitar as chances de aborto, a mulher seguirá a gravidez normalmente. Não existe nenhum risco de má formação do feto ou parto prematuro, diretamente relacionado à endometriose.

Referências

(1) Ministério da Saúde

(2) Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (3) Sidney TomyoNishidaArazawa, ginecologista, CRM 120351/SP (4) MayoClinic

(4) Flávia Fairbanks, ginecologista.

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4. Envolvimento de células imunes na patogênese da

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16 Fonte Correspondência: Dr. Kaori Koga, Departamento de Obstetrícia e Ginecologia,

Universidade de Tóquio, 7-3-1, Hongo, Bunkyo, Tóquio, Japão. E-mail: kawotan-tky@umin.ac.jp

(GentaroIzumi , Kaori Koga, MasashiTakamura, TomokoMakabé,

ErinaSatake,ArisaTakeuchi, Ayumi Taguchi, Yoko Urata, TomoyukiFujii e YutakaOsuga)

Departamento de Obstetrícia e Ginecologia,

Universidade de Tóquio, Tóquio, Japão

(RESUMO DO ESTUDO)

Abstrato

A endometriose é caracterizada pela implantação e crescimento de tecidos endometrióticos fora do útero.

É amplamente aceito a teoria de que a endometriose é causada pela implantação de tecido endometrial

da menstruação retrógrada; no entanto, a menstruação retrógrada ocorre em quase todas as mulheres e outras são necessários fatores para o estabelecimento da endometriose, tais como sobrevivência celular, invasão celular, angiogênese e crescimento celular.

Fatores imunológicos no ambiente local podem, portanto, contribuir para a formação e progressão da endometriose. A evidência atual suporta o envolvimento de células imunes no caminho gênese da endometriose. Neutrófilos e macrófagos peritoneais secretam fatores bioquímicos que ajudam crescimento e invasão de células

endometrióticas e angiogênese.

Macrófagos peritoneais e células NK em endometriose tem capacidade limitada de eliminar células endometriais na cavidade peritoneal. Um desequilíbrio de

Subconjuntos de células T leva a secreções aberrantes de citocinas e inflamação que resultam no crescimento de lesões de triose.

Ainda é incerto se estas células imunes desempenham um papel na causa inicial e / ou estimulam ações tardias que aumentam a doença; entretanto, em ambos os casos, a modulação das ações dessas células pode prevenir a iniciação ou progressão da doença.

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17 Mais estudos são necessários para aprofundar a compreensão da patologia da

endometriose e desenvolver novas abordagens de gestão em benefício das mulheres que sofrem desta doença.

Conclusão

A evidência atual sustenta que as células imunes são integral à patogênese da endometriose.

Peritoneal neutrófilos e macrófagos secretam fatores bioquímicos que ajudam no crescimento e invasão de células endometrióticas, e angiogênese. Macrófagos peritoneais e NK células na endometriose têm capacidade limitada de eliminar

nating células endometriais na cavidade peritoneal. A desequilíbrio de subconjuntos de células T leva à citocina aberrante secreções e inflamação que resulta na mais

crescimento de lesões de endometriose.

Ainda é incerto se a atividade dessas células imunológicas causa metriose ou se atuam como potenciadores secundários da doença; no entanto, em ambos os casos,

modulando.

As ações dessas células imunes podem impedir a ou progresso da endometriose.

Mais estudos são necessários para aprofundar a compreensão da endometriose patologia e desenvolver novas abordagens para beneficiar mulheres que sofrem desta doença.

Referências

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21.

© 2018 Sociedade Japonesa de Obstetrícia e Ginecologia

5. PROBLEMAS (DORES A RESOLVER EM ENDOMETRIOSE)

Depois de todas as dificuldades que eu vivi, e muitas outras mulheres que eu conheço, “senti” a necessidade de criar uma iniciativa para ajudar mulheres que estava passando pela mesma situação que eu e se sentem perdidas.

Falta de informação precisa sobre a doença, diagnóstico precoce e formas de tratamento Pesquisas mostram que os sintomas da endometriose se confundem com os da menstruação e, por isso, mulheres passam anos sem saber que sofrem da doença. Segundo a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente

Invasiva, estudos mostram que existe uma demora de cerca de sete anos ou mais para o diagnóstico.

Além disso, não existe um exame específico para diagnosticar. A descoberta é feita pela combinação de exames de sangue, ultrassonografia transvaginal e ressonância pélvica. Quando esses exames apontam indícios do problema é feito uma

laparoscopia, que é capaz de detectar a doença e já tratá-la no mesmo procedimento, o que não significa cura.

Quanto mais tarde se descobre a doença, mais chances há de ocorrer infertilidade. Não significa que todas as mulheres com endometriose não possam ter filhos. A

infertilidade acontece quando a doença atinge as trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero. As alterações hormonais também dificultam a gravidez.

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20 O procedimentos cirúrgicos em casos mais avançados da doença, são feitos por equipe multidisciplinar especializada.

No entanto, na medida em que os fatores desencadeantes da doença passam a ser conhecidos, torna-se possível apontar algumas medidas preventivas.

Quanto mais especialistas se formarem, e mais informações repassarem, e disseminar, mais mulheres serão impactadas, informadas e tratadas!

Prevenção É A INFORMAÇÃO!

Não há formas de prevenir a endometriose, a não ser pela a informação e aderir a hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada, sono regular, praticar atividades físicas e evitar situações estressantes. Ter filhos mais cedo e amamentar pelo maior tempo possível também são fatores protetores. Mesmo assim adotá-las não é garantia de que o problema não irá aparecer.

Outra questão é que por falta de bons especialistas na área, o tratamento de endometriose é muito caro financeiramente, além dos impactos da infertilidade, psicológicos e físicos que a doença ocasiona, em casos profundos como o meu.

6. MINHA PROPOSTA DE VALOR

INSERÇÃO DA INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO

STARTUP COM IMPACTO SOCIAL

APÓS DIVERSAS PESQUISAS CHEGUEI AO MODELO FEMTECH:

O que são FemTechs?

FemTech é qualquer empresa ou startup que utilize a tecnologia para atender às necessidades diversas das mulheres, seja através de aplicativos, aparelhos para exercícios físicos, sistemas de monitoramento de atividades, inteligências para controle de compromissos e uma infinidade de recursos para facilitar a vida da mulher que é mãe, esposa, amiga, estudante e profissional — muitas vezes, tudo isso ao mesmo tempo!

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O surgimento desse nicho se deu graças à percepção de que o público feminino dita

tendências, e busca por soluções que atendam a contento seu dia a dia em casa, no trabalho e no lazer.

De olho nesse mercado, nossa proposta visa demonstrar eficiência, conhecimento e

capacidade de produzir lucro e alcançar prosperidade, para os cuidados primários na saúde da mulher e ações preventivas e cuidados as mulheres com endometriose, para um um melhor e autocontrole sobre nossa saúde e bem estar.

Sempre ouvimos que os homens da família fogem de médicos e de exames de rotina. Ao contrário, as mulheres estão ali, firmes e fortes, com nossos calendários de controle menstrual e de visitas à especialistas de diversas áreas da medicina e da odontologia e mesmo assim, devido ao excesso de atividades, estamos suscetíveis.

Algumas inovações marcaram a trajetória mercadológica para esse público-alvo, como a pílula anticoncepcional e os absorventes íntimos. Mas muitos outros anseios precisavam ser atendidos, e é esse gap que precisa ser explorado em uma filosofia FemTech.

A idéia é facilitar interação entre os profissionais de saúde e as mulheres, e estimular a conscientização e engajamento, pela correta Prevenção da Saúde e não trato da Doença.

Disseminar informações de fácil acesso por conteúdos e conscientização via plataforma digital com conteúdos por cursos como acima;

Integrar humanização e tecnologia, para engajamento, evita-se o diagnóstico tardio, cirurgias desnecessárias, órgãos retirados, infertilidades, incompreensão social, dificuldades de tratamentos, altos gastos financeiros, pois essa é a realidade de nós mulheres que sofremos e tratamos a endometriose profunda.

A dificuldade no diagnóstico se dá por fatores culturais e falta de acesso aos corretos tratamentos por dados precisos científicos, quando, por exemplo, a família minimiza as queixas de cólicas da paciente dizendo que são normais. Os médicos também erram, isso quando não valorizam as queixas, por falta de informação ou especialização.

 Outra questão é que por falta de bons especialistas na área, o tratamento de endometriose, por exemplo, é muito oneroso financeiramente, além dos impactos da infertilidade, psicológicos e físicos que a doença ocasiona, em casos profundos como o meu.

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22 **Val Sátiro Oliveira – fundadora Interação Saúde Mulher, plataforma digital

FemTech, para Educação Preventiva e Cuidados na Saúde da Mulher –

Referências

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