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PEDAGOGIAS DO CORPO E EDUCAÇÃO FÍSICA: diálogos que permeiam o contexto escolar

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Academic year: 2021

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PEDAGOGIAS DO CORPO E EDUCAÇÃO FÍSICA: diálogos que permeiam o contexto escolar

Lara Wanderley1

Resumo: Este artigo tem por objetivo compreender as pedagogias do corpo nas aulas de Educação Física, bem como identificar como a diversidade corporal é problematizada nos conteúdos trabalhados. Para isso, foi realizada uma pesquisa de campo de caráter qualitativo, com duas professoras de Educação Física em duas escolas públicas de Goiânia, utilizando como instrumentos de coleta de dados os documentos (Projeto Político Pedagógico, Plano de Ensino e Diário de Turma), questionário e entrevista semiestruturada. As análises indicam uma prática pedagógica voltada à dimensão física, enfatizando a aprendizagem motora, a importância de promover o desenvolvimento corporal dos estudantes e os cuidados com a saúde, enquanto finalidades da Educação Física. Constatou-se, portanto, a necessidade de compreender o processo educacional com base em uma perspectiva crítica e plural, a fim de estabelecer relações dialéticas entre corpo, educação, diversidade, Educação Física, e o contexto social mediatizados pelas ações pedagógicas.

Palavras-chave: corpo; educação física; prática pedagógica. Introdução

Os indivíduos e seus corpos se expressam de diferentes formas de acordo com o contexto da humanidade, sofrendo interferências dos elementos econômicos, sociais, políticos, culturais e históricos de cada sociedade. Sendo assim, na atual conjuntura do contexto capitalista, há prioridade para uma cultura juvenil, a qual privilegia a aparência física como definidora da representação social do corpo, e que incentiva a busca por um corpo belo, esculpido e delineado, sendo essas características, requisitos e atributos importantes para melhor aceitação social.

Essa preocupação com a aparência corporal na lógica da produção capitalista ganha legitimidade, incentivo e é evidenciada por meio dos discursos, principalmente o midiático e o científico, em que a necessidade de cuidado diário consigo e com os outros acaba se tornando uma prioridade, a fim de alcançar a maior eficiência corporal. Não alcançar esse modelo de corpo propagado pela sociedade ocidental moderna, pode gerar um sentimento de culpa, de irresponsabilidade, de descuido, o que acaba justificando o uso de técnicas e intervenções físicas

1Acadêmica de Especialização em Educação para Diversidade e Cidadania do Programa de Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás e professora da Rede Estadual de Educação do Estado de Goiás. E-mail: larawa1@hotmail.com

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e químicas, estimuladas pelo mercado do consumo e avanços tecnológicos. Segundo Silva (2001, p.57), promover um cuidado com o corpo:

[...] tendo em vista a “melhor” aparência a ser projetada em público, vai se tornando, gradativamente, uma necessidade para os indivíduos. O estabelecimento de tal necessidade é acompanhado pelo crescimento de uma gama de conhecimentos relativos ao corpo nas áreas de estética, saúde e educação e de técnicas e objetos que lhe correspondem.

Essa expectativa construída sobre o corpo é (re)produzida e (re)elaborada por cada indivíduo, assumindo diferentes manifestações e acaba sendo transmitida e reproduzida no processo educacional por meio da ideologia hegemônica. Sendo a escola um espaço que possibilita a discussão e o conhecimento crítico e reflexivo, e na qual se faz presente o trato com o corpo e com a diversidade, ela pode contribuir para modificar esse modelo que privilegia a fragmentação do indivíduo e seu aspecto físico.

A partir da importância de compreender e romper com as ideologias e contradições propostas pela classe burguesa, a qual propõe modelos hegemônicos com relação à concepção de corpo: branco, longilíneo, delineado em curvas e rígido, a Educação Física mostra-se importante para a discussão e reflexão de tais modelos. Entendendo que essa área, além de lidar com a cultura corporal, contribui com o processo de formação dos estudantes, considera-se relevante trabalhar a pluralidade de seus conteúdos com base em uma reflexão consciente e crítica, para que os estudantes se compreendam enquanto cidadãos atuantes e transformadores da sociedade.

Nesse sentido, o professor - que também participa e mediatiza a formação dos discentes - é um importante agente no processo de aprendizagem, autonomia e consciência dos estudantes, pois, por meio da sua prática pedagógica, pode contribuir na discussão e desconstrução desse modelo hegemônico, que enfatiza a beleza em detrimento do bem-estar físico, mental, social, intelectual e emocional dos indivíduos e das relações estabelecidas socialmente.

Partindo do interesse em compreender algumas manifestações do corpo no processo histórico da humanidade, principalmente a partir da modernidade, assim como o papel da educação e da Educação Física na formação crítica dos indivíduos e na sua forma de pensar a educação do corpo, esta pesquisa teve por objetivo compreender como se manifesta as

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pedagogias do corpo nas aulas de Educação Física, bem como identificar se o docente problematiza a diversidade corporal nos conteúdos trabalhados.

Metodologia

Partindo dos objetivos propostos, realizou-se uma pesquisa de campo de caráter qualitativo, que “trabalha com o universo dos significados, dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes” (GOMES; MINAYO, 2007, p.21). Preocupou-se, assim, com a interpretação e aprofundamento acerca dos fenômenos sendo necessário não só identificar os fenômenos, mas compreender suas causas e implicações, visando à proposição de mudanças para a realidade social.

O tipo de pesquisa utilizado tem como referência o estudo de caso, com enfoque no estudo multicasos, que tem por objetivo estudar e compreender dois ou mais sujeitos ou organizações, em uma determinada realidade, de forma ampla e profunda, (TRIVIÑOS, 1987). De acordo com Molina (2004, p.98-99) o estudo multicasos:

[...] é um estudo de caso que possui um problema de investigação, que utiliza os mesmos procedimentos de coleta de dados dos distintos lugares de investigação e pode estabelecer comparações cruzadas sem comprometer a compreensão única de cada lugar.

Deste modo, além de conhecer diferentes realidades com detalhes procurou-se estabelecer relações e comparações entre os sujeitos investigados. O universo de investigação pesquisado contempla duas escolas públicas, sendo uma estadual e outra municipal, ambas situadas na cidade de Goiânia, nas regiões central e norte, respectivamente. Com relação à população a ser estudada, a amostragem contempla duas professoras de Educação Física, uma de cada instituição escolar.

Os instrumentos utilizados para coleta de dados compreenderam as seguintes técnicas: análise de documentos das instituições escolares, como Projeto Político Pedagógico, e das professoras de Educação Física, Plano de ensino e/ou Diário de Turma; questionários com perguntas abertas e fechadas; e entrevista semiestruturada, a qual permite amplo campo de interrogativas, pois a presença do investigador e espontaneidade do informante, enriquece a

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investigação, amplia e aprofunda as informações colhidas nos dados dos questionários. (TRIVIÑOS, 1987).

Para analisar os dados coletados utilizou-se como técnica a análise de conteúdo, apresentada por Bardin (1979), a qual se apresentou em três etapas básicas: pré-análise, descrição analítica e interpretação inferencial, os quais tiveram por objetivo possibilitar a compreensão dinâmica, estrutural e histórica da realidade social. A primeira etapa consistiu na organização do material, que se apoiou em bibliografias, documentos, questionários e entrevistas para reunião de informações. Na descrição analítica iniciou-se um estudo aprofundado do material coletado, cuja categorização e classificação dos conhecimentos pesquisados ocorreram a partir dos referenciais teóricos. Já na última etapa buscou-se fazer uma análise profunda dos dados, por meio da reflexão acerca da realidade educacional e social. (TRIVIÑOS, 1987).

Apresentação e análise dos dados

Tendo por referência os dados coletados, por meio de documentos, questionários e entrevistas, priorizou-se compreender as articulações entre educação, Educação Física e as pedagogias do corpo, estabelecendo relações com a prática pedagógica das docentes pesquisadas. Com base nos Projetos Políticos Pedagógicos apresentados pelas instituições percebe-se que ambas apresentam que o papel da escola vai além da transmissão dos conhecimentos e conteúdos curriculares, levando em consideração sua função de possibilitar a intervenção na realidade social: “[...] faz-se necessário transformar a escola em um espaço privilegiado de análise, discussão e reflexão da realidade [...]” (SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS – SEE-GO, 2009, p.7), compreendendo a escola como: “[...] o lugar que vai lhes proporcionar condições de construir seu próprio conhecimento, através da troca de experiências, tornando-os assim em cidadãos conscientes, críticos e ativos em nossa sociedade.” (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE GOIÂNIA – SME-GO, 2009, p.8).

A escola e o processo educacional são apresentados com a função de formar cidadãos críticos e conscientes para atuarem na realidade social na qual estão inseridos. Compartilham, portanto, com o entendimento de que o processo educacional deve contribuir para a socialização do saber sistematizado, construído historicamente e para a transformação social, por meio do

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enfretamento dos problemas sociais e atuação crítica na sociedade (SAVIANI, 1995). Entretanto, essa compreensão não está articulada à concepção de Educação Física, já que uma instituição não faz referência aos objetivos, finalidades, conteúdos de nenhuma disciplina curricular, inclusive da Educação Física, e a outra instituição ao apresentar sua proposta, traz que a Educação Física é responsável por: possibilitar que os estudantes descubram e conheçam seu próprio corpo, por meio da cultura corporal; propiciar práticas que despertem a criatividade e a reflexão, com base nas experiências trazidas pelos estudantes e vivenciadas no ambiente escolar; oportunizar práticas educativas, de respeito mútuo, dignidade e solidariedade (SME-GO, 2009).

Com base nas propostas apresentadas percebe-se que apesar de ambas as instituições defenderem uma educação voltada para a transformação social, não há uma articulação entre a finalidade da escola e as disciplinas curriculares que as constituem e compõem. Isso reforça a necessidade de articulação entre a proposta pedagógica da escola e as disciplinas ministradas para a concretização do papel educacional e social da instituição.

Com relação ao planejamento elaborado pelas docentes, em que foi solicitado o Plano de Ensino e o Diário de turma, a professora da escola estadual não apresentou esses documentos, o que leva a refletir sobre a prática pedagógica dessa docente, visto que a ausência de planejamento interfere em um trabalho pedagógico consciente e crítico, na medida em que se perde a noção da totalidade do processo educacional, do que é proposto, do que vai ser ensinado e do que vai ser modificado (VASCONCELLOS, 2008). Sobre o planejamento apresentado pela professora da escola municipal, este contempla como objetivos e métodos o conhecimento do próprio corpo, conscientização do tempo e espaço que o aluno ocupa, desenvolvimento das capacidades físicas e motoras, cooperação, respeito às regras, atividades envolvendo força, velocidade, resistência e coordenação. Os aspectos elencados priorizam a aprendizagem e o desenvolvimento motor e físico como as principais dimensões que constituem os indivíduos e apresentam elementos que se aproximam de um discurso anatomofisiológico, os quais não compreendem a amplitude, pluralidade e diversidade da Educação Física, disciplina e área do conhecimento que lida com os elementos da cultura corporal construídos historicamente pela humanidade (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

A partir dos questionários e entrevistas semiestruturadas buscou-se compreender as manifestações das pedagogias do corpo e sua diversidade na prática pedagógica das docentes.

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Tendo por referência as concepções de corpo apresentadas, foi possível perceber que a docente da escola estadual compreende o corpo de forma fragmentada, sendo constituído por partes: físico, mental, espiritual, em que é preciso mantê-lo ausente de doenças para se ter um corpo saudável. Essa concepção aproxima-se do conceito de saúde apresentado e defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), contemplando uma concepção de corpo biologicista, a qual desconsidera a totalidade, pluralidade e historicidade do ser humano e afirma a necessidade de reconstruir essa cultura de forma que ela não seja centrada na segmentação (SILVA, 2001).

A professora da escola municipal compreende o corpo a partir dos discursos estimulados e propagados pela mídia, visto que entende o corpo fisicamente e biologicamente, afirmando ser necessário ter uma alimentação saudável e equilibrada, praticar exercícios físicos e ainda tentar ser magra para ter um corpo ideal, o que contribui com a caracterização do corpo como um objeto de consumo (ANZAI, 2000). Essa concepção, inserida no discurso propagado pela sociedade moderna, incentiva a busca por um padrão de beleza para ser apresentado em público, criando a necessidade de um cuidado diário com o próprio corpo e responsabilizando o indivíduo por alcançar ou não a aparência bela. Relaciona-se, também, esse bem-estar físico almejado à aceitabilidade social, já que aqueles que se enquadram no ideal de beleza incitado e reproduzido são mais bem vistos e aceitos pela sociedade (CASTRO, 2004).

Partindo da concepção de corpo das docentes investigadas e buscando compreender como se manifesta a diversidade corporal e as pedagogias do corpo nos conteúdos trabalhados pelas docentes nas aulas de Educação Física, a docente da escola estadual apresentou que não havia trabalhado essa temática, e quando questionada se pretendia fazê-lo e de que forma, disse que não tinha parado para pensar nesta questão, mas que seu propósito era trabalhar o desenvolvimento corporal dos estudantes. O fato de não ter parado para pensar de que maneira trabalhar com a temática “corpo” em suas aulas, levanta a reflexão sobre como essa docente articula e desenvolve a Educação Física e seus conteúdos com o corpo, visto que esta área do conhecimento lida com o corpo o tempo todo, já que este é um objeto de estudo desta área, segundo apresenta Carvalho (2004).

A professora da escola municipal apresenta que discute essa temática com os estudantes, buscando trabalhar o conhecimento e o respeito do próprio corpo, seus limites, tempo e espaço que ocupa. Essa afirmação indica que a docente enfatiza em sua prática pedagógica a

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compreensão, o conhecimento, o respeito e os cuidados com o corpo, priorizando o desenvolvimento motor, físico como a principal dimensão que constitui os indivíduos. Estes aspectos apresentam elementos que se aproximam de um viés biologicista, o qual não traz discussões para que os estudantes entendam o corpo e sua diversidade como resultado, também, das manifestações e (re)construções sociais e históricas (GOELLNER, 2007).

Essas concepções apresentadas e contempladas na prática pedagógica das docentes aproximam-se da abordagem da Psicomotricidade, a qual caracteriza o movimento somente como um instrumento para proporcionar a aprendizagem e o desenvolvimento motor e cognitivo. A crítica que se faz sobre essa abordagem diz respeito ao objetivo central destinado à Educação Física, desenvolver a consciência corporal dos estudantes, bem como por ser uma perspectiva pensada para a educação e não especificamente para a Educação Física. Deste modo, é preciso compreender a Educação Física como uma prática educativa e formadora, em que seu trato pedagógico busque a superação desse modelo centrado nas técnicas corretas e no desenvolvimento físico. A Educação Física deve:

[...] não só explicar o corpo como um fim em si próprio, mas compreendê-lo e entender sua relação com o meio do educando através de uma consciência corporal, que lhe permita perceber o mundo em que vive e de posse dessa consciência, interferir criticamente no processo de construção da sociedade e, por conseguinte, de seu bem estar. (BRUEL, 1990 apud PADILHA; BASTOS, 2002, p.3).

Portanto, é preciso compreender a Educação Física como responsável por possibilitar a reflexão do corpo e de suas pedagogias, bem como a pluralidade e diversidade da cultura corporal, entendendo-os na perspectiva do contexto social em que os estudantes estão inseridos, buscando a formação de indivíduos críticos e reflexivos que interfiram na realidade social visando à concretização da emancipação humana (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Considerações finais

Ao buscar identificar a concepção de corpo das professoras de Educação Física e como as mesmas problematizam a diversidade corporal nos conteúdos trabalhados, bem como compreender as manifestações das pedagogias do corpo nas aulas de Educação Física, foi

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possível interpretar que as docentes percebem o corpo em uma perspectiva fragmentada, o que interfere na compreensão e significação das manifestações corporais, bem como na efetivação da sua prática pedagógica, visto que o processo educacional está diretamente relacionado ao contexto social. Assim, entende-se que os discursos centrados nos aspectos físicos e biológicos desconsideram a historicidade, a integralidade e a diversidade do corpo, os quais também devem ser dialogados e problematizados no âmbito escolar, para que se entendam os elementos e os contextos que permeiam as pedagogias do corpo e a sociedade.

Com relação à concepção de Educação Física as docentes aproximam-se da abordagem psicomotora, em que a aprendizagem motora é um meio para desenvolver o aspecto cognitivo, priorizando o conhecimento do próprio corpo e os cuidados com a saúde para melhor adaptar os indivíduos a sua realidade concreta. Com base em uma perspectiva crítica de Educação Física, a qual tem por referência os conhecimentos produzidos culturalmente pela humanidade, questiona-se qual o papel essa disciplina escolar vem assumindo ao contemplar apenas a dimensão física e cognitiva dos estudantes. Portanto, acredita-se que a Educação Física deve possibilitar não apenas o ensino dos conhecimentos sistematizados da cultura corporal, mas, também, compreender esses conteúdos, as relações estabelecidas no contexto social e suas contradições para, assim, atuar criticamente na sociedade, visando à superação das desigualdades e à transformação da realidade social.

Nesse sentido, refletir e problematizar a função da Educação Física traz possibilidades para que se supere essa fragmentação e redução do corpo, a qual prioriza somente o aspecto físico e o desenvolvimento corporal, passando a entendê-lo com base na sua pluralidade e construção histórica, social, cultural, estética e política. Assim, o processo educacional mostra-se fundamental, visto que, por representar e discutir o corpo, a diversidade, a Educação Física e o contexto social, possibilita não apenas a reflexão e problematização acerca da historicidade e manifestação do corpo e da cultura corporal, mas, também, a formação de cidadãos conscientes do seu papel social, que possam agir de forma a transformar a realidade social e suas contradições, buscando a concretização de uma sociedade democrática e a emancipação humana.

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Referências

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Abstract: The objective of this article is to understand the pegagogies of the body in Physical Education classes, as well as identify how body diversity is applied and discussed in contents worked. For this, a character qualitative field research was performed with two Physical Education teachers in two public schools from Goiânia, using as collecting data tools, the documents (Pedagogic Politic Project, Lesson Plan and Classroom Report), questionnaire and semi-structured interview. The analysis indicates a pedagogical practice based on physical dimension, emphasizing the motor learning, the importance to promote the body development of the students as well as the way they take care of their health, within the Physical Education. So, it’s necessary to understand the educational process based on a perspective critical and plural, in order to make dialectical relations between body, education, diversity, Physical Education and the social context mediated by pedagogical actions.

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