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CONJUNTIVA
PROF. DR. EDUARDO S. M. V. DE SOUZA
DISCIPLINA DE OFTALMOLOGIA
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FUNÇÕES
●
Revestimento:
–
da esclera ou esclerótica
●
Lubrificação:
–
realizada pelas glândulas lacrimais acessórias (Krause e
Wolfring) e células caliciformes, glândula de Manz e
criptas de Henle
●
Defesa:
–
pela lisozima e imunoglobulinas presentes na lágrima
●
Mecânica:
–
facilita o deslizamento das pálpebras sobre a porção
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GRANULAÇÕES (RELEVO)
●
1. Papilas:
–
massa colágena vascularizada (alergias).
●
cada papila contém uma arteríola central dilatada,
com uma zona infiltrada de conjuntiva edemaciada,
ao seu redor.
●
2. Folículos:
–
aglomerados de linfócitos (associados à
doenças virais ou por clamídias). São
avasculares.
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SECREÇÃO
●
Serosa ou aquosa:
–
aumento da secreção lacrimal reflexa
●
Mucosa:
–
secreção serosa + muco (células caliciformes)
●
Sero-hemorrágica:
–
secreção serosa + hemácias (diapedese)
●
Purulenta:
–
transudato inflamatório + células linfocitárias
degeneradas + detritos celulares
●
Pseudo-membranosa ou membranosa:
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CONJUNTIVITES
●
1. Por agentes exógenos:
–
infecções (bactérias, clamídias e vírus)
–físicos (radiações)
–
químicos (gases, álcalis e ácidos)
●
2. Por agentes endógenos:
–
reações alérgicas
QUADRO CLINICO / SINTOMATOLOGIA
●
-
Hiperemia:
–
na conjuntivite está sempre afastada do limbo
● quando presente no limbo, há comprometimento do epitélio
corneano (hiperemia ciliar) ⇒ ceratoconjuntivite
●
Sensação de corpo estranho (“areia nos olhos”)
●Lacrimejamento
●
Fotofobia
●Secreção
●
Leve embaçamento visual
●
Ausência de dor ocular (há sensação de “peso” /
desconforto ocular) e
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CLASSIFICAÇÃO
●
1. actínica ou fotoelétrica (provocada por
radiações UV)
●
2. mecânica (corpo estranho)
●
3. química (ácido sulfúrico, muriático, etc)
●
4. bacterianas (agudas e crônicas)
(estafilo, estrepto, Haemophilus influenzae
e Moraxella lacunata)
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CLASSIFICAÇÃO
●5. virais (autolimitadas):
– ceratoconjuntivite epidêmica: adenovírus tipos 8 e 19 – febre faringo-conjuntival: adenovírus tipos 3 e 7 – conjuntivite hemorrágica aguda: por enterovírusINCUBAÇÃO: 2 a 5 dias EVOLUÇÃO: 5 dias a 1 mês CONTÁGIO: 2 semanas
CONJUNTIVITE ADENOVIRAL
●
PSEUDOMEMBRANA
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CONJUNTIVITE ADENOVIRAL
●
INFILTRADOS ESTROMAIS
CLASSIFICAÇÃO
●
6. Tracoma (Clamidia trachomatis)
–
Representa problema de saúde pública, em regiões tropicais,
onde a higiene e as condições de vida são precárias.
Notificação compulsória
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CLASSIFICAÇÃO
●
7. Alérgicas:
– agudas (anafilaxia): em
resposta a alergenos presentes no ar. Aparecimento rápido de prurido, hiperemia e edema conjuntival e secreção mucosa
– recorrentes (primaveril):
inflamação bilateral crônica, exacerbada na primavera e verão. História familiar
CLASSIFICAÇÃO
●
8. Neonatais:
– primeiras 24 horas: pelo Credé (conjuntivite química)
– do segundo ao quinto dia: conjuntivite bacteriana
– do sexto dia em diante: conjuntivite viral ou clamídia
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TRATAMENTO
●
É feito de acordo com a etiologia
●Nas bacterianas:
–
uso de colírios de amplo espectro (gentamicina,
tobramicina e quinolonas)
–
instilar 1 gota de colírio, na freqüência exigida pelo
quadro clinico. Pomadas oftálmicas (a noite)
●
Nas virais:
–
usar apenas colírio lubrificante e compressas frias
●
A higiene (ocular, das mãos e dos objetos de uso
pessoal), deve ser considerada parte integrante
do tratamento
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DEGENERAÇÕES CONJUNTIVAIS
●1. Pterígio:
–
crescimento fibrovascular
de tecido sub-epitelial da
conjuntiva. Causas:
irritação ocular crônica por
poeira, radiação UV, etc
●
2. Pinguécula:
–
degeneração hialina
localizada. Causa: irritação
ocular crônica.
ESCLERA OU
ESCLERÓTICA
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ANATOMIA
●
Maior parte da túnica externa ou fibrosa (5/6). Conjunto de
feixes de fibras conjuntivas colágenas, dispostas
irregularmente ⇒ opaca
–
na córnea a disposição é lamelar ⇒ transparência
●
Espessura:
–
1mm: na porção posterior
–
0,5mm: na porção anterior
–
0,3mm: na região onde se inserem os
músculos extra-oculares e onde se localiza o
canal de Schlemm
FUNÇÃO
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DOENÇAS DA ESCLERA
●Episclerite:
– mais comum – benigna – auto-limitada– pode ser recorrente
– raramente associada a doenças sistêmicas
– nunca desencadeia as esclerites
– normalmente unilateral – causa desconforto ocular,
hiperemia e lacrimejamento
– pode ser nodular ou difusa
– tratamento
● colírios AINH ou corticóides ● melhora em 1 ou 2 semanas
EPISCLERITE
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DOENÇAS DA ESCLERA
●
Esclerites
(anterior e posterior):– formas anteriores mais comuns e menos graves
– processos inflamatórios
granulomatosos
– podem ser auto-limitadas ou
necrotizantes
– em ± 45% dos casos há doença
sistêmica associada:
● AR, LES, PAN, gota, tbc, sífilis ou
herpes
– hiperemia localizada nodular ou difusa
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DOENÇAS DA ESCLERA
●
Esclerites
(anterior e posterior):
– provocam dor ocular intensa
– diminuição da acuidade visual – as formas graves (necrotizantes)
levam ao afinamento escleral,
podendo formar estafilomas, isto é, abaulamentos (ectasias) – Tratamento ● colírios de corticóide ● AINH ● corticóide sistêmico ● imunosupressores