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Evolução do Comércio Intra-industrial no Mercosul na Década de 90.

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Evolução do Comércio Intra-industrial no Mercosul na Década de 90.

Resumo - O objetivo do presente trabalho foi estudar o comportamento do fluxo de

comércio, por capítulos da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), entre os membros do

Mercosul, na década de 90. A metodologia utilizada baseou-se no cálculo do índice GL

(GRUBEL e LLOYD), que foi calculado tomando por base as exportações e importações entre os

países no período de 1990 a 2000. Os resultados indicaram índices GL totais para o Brasil no

intervalo de 0,6 a 0,9 ao longo de todo o período. Após 1994, ano que marca a efetiva formação

do Mercosul esses índices mantiveram-se acima de 0,9, indicando que mais de 90% do fluxo de

comércio entre o Brasil e os demais membros do Mercosul foi do tipo intra-indústria . Deve-se

ressaltar, contudo, que o nível de agregação adotado por seção da NCM, pode levar a

superposição de categoria de produtos que não são similares, e que estudos posteriores deveriam

ser realizados com uma maior desagregação dos dados.

Palavras chaves: Mercosul, fluxo de comércio, comércio intra-indústria.

1. INTRODUÇÃO

A América Latina possui uma longa história de tentativas de construção de integrações

regionais e sub-regionais. O sucesso limitado das tentativas de integração na década de 60 pode

ser atribuído, segundo MELLO (1996), em grande parte, ao processo da substituição de

importações e às políticas protecionistas que prevaleciam na época. Contudo, a democracia

ocorrida nos anos posteriores abriu caminho a formas mais liberais e descentralizadas de gestão

econômica, passando a predominar políticas comerciais que visam padrões de crescimento

baseados em uma inserção mais aberta e competitiva da América Latina na economia mundial.

O Mercosul (Mercado Comum do Sul) surge, dentro desse contexto, como resultado da

busca de maior inserção econômica internacional por parte de seus membros (Argentina, Brasil,

Paraguai e Uruguai), que sentiam, cada vez mais, a urgência de transformações no sistema

econômico mundial. A formação do Bloco visa, em última instância, a aproximação e cooperação

entre os países membros, para que esses possam se inserir de forma mais competitiva em

mercados mundiais, cada vez mais concorridos e de difícil acesso aos países menos

desenvolvidos.

Antes mesmo da criação do Mercosul, Brasil e Argentina já firmavam acordos de

comércio entre si, como, por exemplo, a “Declaração do Iguaçu”, de 1985, que tinha por

objetivos estabelecer as bases para a cooperação do uso pacífico da energia nuclear e acelerar a

integração entre os dois países. Paraguai e Uruguai são então convidados a integrar-se para

formarem o Mercosul. Assim, em 26 de março de 1991, é assinado o Tratado de Assunção, que

configurou-se a primeira de várias etapas do processo de integração econômica dos países do

Mercosul. Logo após, vieram o Protocolo de Brasília, assinado em 17 de dezembro de 1991, que

estabeleceu as regras para a solução de controvérsias entre os países membros, e o Protocolo de

Ouro Preto, assinado em 17 de dezembro de 1994, que firmou a estrutura constitucional do

Mercosul, em que o Bloco superou o estágio de área de livre comércio, transformando-se em uma

União Aduaneira.

Durante meados da década de 90, várias partes do mundo passaram por crises e recessões

econômicas, tornando a economia de muitos países vulneráveis a uma série de choques. Com o

Mercosul não foi diferente, as crises externas foram sentidas com intensidade variada em cada

país. Além disso, várias foram as crises políticas e econômicas internas enfrentadas por cada país

(2)

do Bloco, o que os obrigou, muitas vezes, a tomar medidas unilaterais de defesa de sua

economia. Dentro desse contexto, muitas foram as dificuldades de convergência entre os

objetivos internos de cada país e a realidade enfrentada pelos demais, o que gerou uma série de

entraves à evolução e ao desenvolvimento do Bloco.

De acordo com GALVÃO (1997), a integração na América Latina, em especial entre os

países do Mercosul, tem-se revelado instrumento crucial de crescimento de segmentos industriais

e agroindustriais da região, por criarem muitas das externalidades que faltavam para sua

sobrevivência em ambientes mais competitivos. Assim, tem-se observado uma melhoria

qualitativa na natureza do intercâmbio.

Para WAQUIL (1996), a busca, por parte do Mercosul, de aprofundamento de suas

relações com outros países e o concentrado esforço na consolidação do bloco devem ser vistos

não só como uma estratégia política-comercial, mas também como uma estratégia de

desenvolvimento das nações participantes.

Atualmente, o Mercosul representa uma das quatro maiores economias mundiais, sendo

precedido pelo Nafta, pela União Européia e pelo Japão. Com um PIB em torno de 1 trilhão de

dólares e um mercado consumidor de mais de 200 milhões de habitantes, o Mercosul constitui

um atraente mercado a investimentos externos e vem-se tornando um importante ponto

estratégico de comércio dos mercados mundiais.

Segundo CORREA (2003), num cenário internacional tão competitivo, em que os países

buscam formar condições cada vez mais atraentes a investimentos, a formação de uma União

Aduaneira é uma vantagem competitiva fundamental, pois é responsável por um espaço muito

próprio à atração de capitais. Assim, mesmo diante de todas as dificuldades derivadas do difícil

cenário econômico internacional e dos inconvenientes resultados dos processos de reestruturação

por que vêm passando os países do bloco, o Mercosul tem sido um dos principais receptores

mundiais de investimento direto estrangeiro.

O desempenho do comércio intra-regional dos países do Mercosul vem, desde a formação

do bloco, apresentando movimentos distintos. Segundo dados do site brasileiro oficial do

Mercosul, o comércio “intra-Mercosul” cresceu de US$ 4,1 bilhões em 1991 para cerca de

US$20 bilhões em 1998. Ao mesmo tempo, a participação do Bloco no total das importações

mundiais triplicou, passando de cerca de US$ 29 bilhões em 1990 para cerca de US$ 98 bilhões

em 1998. Durante os anos de 1991 a 1996, o Mercosul apresentou crescimento médio anual de

27,3% em seu comércio intrazona contra 12,8% de crescimento do comércio “extra-Mercosul.”

Em 1997, o intercâmbio comercial entre os países do Bloco apresentou um crescimento de

19,9%, enquanto o comércio extrazona apresentou um crescimento de 14,4%. Nesse mesmo ano,

as trocas intra-regionais foram de US$ 20 bilhões, contrapondo os US$ 5,1 bilhões de 1991. Já

em 1998, perante as crises ocorridas em países da Ásia e na Rússia, que provocaram retrações

nos mercados financeiros internacionais, o comércio intrazona apresentou uma pequena queda de

cerca de 0,5%.

O ano de 1999 tornou-se o marco de um dos momentos mais críticos da integração

econômica do Mercosul, pela recessão econômica e pelas dificuldades de convergência de

políticas entre os países membros. A desvalorização do real criou uma situação de desequilíbrio

comercial entre o Brasil e os demais países do bloco, e muitos chegaram a acreditar que os

produtos brasileiros iriam invadir totalmente o mercado argentino. Houve ainda a crise política e

econômica da Argentina, que abalou o alicerce das relações desse país com outros países. Além

disso, o fim do “Regime de Adequação”, entre Brasil e Argentina, que permitia um sistema de

proteção tarifária em setores sensíveis dos dois países no comércio intrazona, fez aumentar

(3)

pressões protecionistas de ambas as partes. Todo esse cenário resultou numa brusca perda de

dinamismo por que vinha passando o comércio e as negociações entre os membros do Mercosul.

No ano de 2000, tanto as importações quanto as exportações tiveram tendência de queda.

Esse período foi marcado por recessão econômica e desaceleração comercial, impedindo um

efeito mais significativo no comércio intrazona. Foi nesse cenário que muitos dos esforços

realizados para o fortalecimento do Bloco foram diluídos.

Torna-se, portanto, importante uma análise direcionada sobre comércio intrazona dos

países do Mercosul, com o intuito de detectar e explicar suas diversas alterações perante a série

de choques e mudanças ocorridas no comércio internacional durante a década de 90.

Assim, o objetivo desse trabalho é analisar a evolução do comércio intra-industrial no

Mercosul, por seções da NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), durante a década de 90.

2. METODOLOGIA

A maior abertura comercial entre os países, ao longo dos últimos anos, trouxe consigo

características relevantes ao comércio internacional, destacando-se a parcela relativamente

grande em que um país é ao mesmo tempo exportador e importador de um mesmo bem. Tal

processo configura-se no comércio intra-industrial, no qual um país é ao mesmo tempo

consumidor de uma parcela produzida internamente, exportador e ainda importador de

determinado produto. O comércio, portanto, dá-se nos dois sentidos, dentro do mesmo setor,

existindo uma constante troca de manufaturas por manufaturas.

Apesar da importância das vantagens comparativas na determinação de setores-chave do

país, é importante ressaltar que o comércio intra-industrial não reflete tais vantagens. De acordo

com as tradicionais teorias das vantagens comparativas, cada país deve especializar-se no bem,

ou bens, no qual o país dispõe de vantagens em sua produção. Assim, um bem só será exportado

ou importado dependendo da especialização do país, não havendo portanto a possibilidade de ser,

ao mesmo tempo, importado e exportado, como pressupõe o comércio intra-industrial.

Portanto, sob a ótica do comércio intra-industrial, mesmo que os países exibissem as

mesmas vantagens comparativas na produção de determinado bem, ou bens, as empresas

nacionais continuariam a produzir bens diferenciados e os indivíduos continuariam a consumir

tanto bens produzidos internamente quanto bens produzidos fora do país.

Um fato importante dentro desse cenário é que, apesar de os países estarem produzindo

uma quantidade variada de bens, nenhum deles é capaz de produzir todos os bens que deseja por

si próprio. Tal situação deve-se às economias de escala, ou seja, uma maior escala produtiva de

um bem pode estar associada a reduções ou aumentos nos custos de produção do bem. Quando

aumento de custos de produção são seguidos por aumentos mais que proporcionais na produção,

diz-se que a produção exibe retornos crescentes à escala. Quando, porém, aumento nos custos são

acompanhados de aumentos menos que proporcionais na produção, diz-se que a produção exibe

retornos decrescentes à escala. É nesse sentido que nenhum país é capaz de produzir todos os

bens que os residentes desejam por si próprio.

O comércio intra-indústria, no presente trabalho, é calculado usando a Nomenclatura

Comum do Mercosul (NCM), adotada a partir de janeiro de 1995, pelos países membros do

Mercosul, com os produtos classificados em seções e capítulos (ver Anexo, Tabela A9). Assim,

os índices de comércio intra-indústria, são influenciados pelo nível de agregação adotado, muitas

vezes incluindo produtos pouco similares. Segundo BOWEN et. al. (1998), a sobreposição do

comércio, devido ao grau de agregação de diferentes produtos pode refletir simplesmente uma

“agregação por categoria”, que ocorre devido ao sistema usado para classificar os dados do

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comércio, podendo agregar produtos de diferentes categorias e portanto não similares. Destacam

ainda, que o grau de sobreposição do comércio varia também de acordo com a composição

regional do comércio, e que países em níveis similares de desenvolvimento, podem apresentar

grau de sobreposição do comércio

bastante disntintos.

Apesar de apresentar, em muitos casos, valores altos, devido a alguma sobreposição do

comércio resultante da classificação usada, ainda assim, o índice GL é capaz de captar a

tendência do comércio intra-indústria entre os países, principalmente quando a análise é realizada

para várias seções do comércio exterior.

Uma outra característica importante do comércio intra-industrial é que este produz ganhos

extras, acima dos ganhos das vantagens comparativas. Segundo KRUGMAN (1999), isso ocorre

porque o comércio intra-industrial permite aos países acesso a mercados maiores, e um país pode

ao mesmo tempo reduzir o número de produtos que produz e aumentar a variedade de bens

disponíveis aos consumidores nacionais. Dessa forma, ao mesmo tempo que os consumidores são

beneficiados pelo aumento na variedade de bens, o país, produzindo menos variedade, pode

produzir cada bem em escala maior, com maior produtividade e menores custos.

Vale ressaltar que o grau do comércio intra-indústria varia muito de setor em setor.

Estudos mostram que as indústrias com altos níveis de comércio intra-industrial tendem a ser as

de bens manufaturados sofisticados, com alto grau de diferenciação e complexidade de produção.

Ao contrário, as indústrias com comércio intra-industrial muito pequeno são normalmente as de

produtos intensivos em trabalho, onde os produtos são mais simples e homogêneos.

Outra tendência do comércio intra-industrial, descrita por KRUGMAN (1999), é que esse

tipo de comércio tende a prevalecer entre países similares em suas razões capital-trabalho, níveis

de qualificação da mão-de-obra, etc. Assim, o comércio intra-indústria será dominante entre os

países de nível similar de desenvolvimento econômico. Os ganhos de comércio serão grandes

quando as economias de escala forem fortes e os produtos muito diferenciados. Isso é mais

característico de bens manufaturados sofisticados que das matérias-primas de produtos dos

setores mais tradicionais.

Para medir o comércio intra-indústria (CII), o presente trabalho adota os procedimentos

apresentados em CAVES et. al (2001) e por HAMILTON e KNIEST (1991). A base é o cálculo

de índices de comércio intra-industrial utilizado para análises.

Entre as suposições do teorema de Heckescher-Ohlin está a homogeneidade dos produtos

manufaturados, em que se sugere que os produtos exportados e importados dentro de uma mesma

indústria sejam considerados como substitutos.

Entretanto, a própria definição do que é uma indústria, constituída pela classificação

padrão industrial (SITC) e pelas normas da nomenclatura comum do Mercosul (NCM),

constitui-se numa definição muito ampla e conconstitui-sequentemente importante para a medida do comércio

intra-industrial (CII). Assim, ao se tentar medir fluxos de comércio baseado na SITC ou na NCM,

enfrenta-se o problema de considerar certas indústrias que englobam produtos com diferentes

proporções de fatores ou diferentes atributos de consumo. Apesar de terem sido feitas inúmeras

tentativas, não existe ainda nenhum método adequado de definir uma indústria. As dificuldades

são inerentes às condições tecnológicas que mudam seguidamente e também ao constante

lançamento de novos produtos. Uma opção frequentemente usada tem sido utilizar uma

classificação de três dígitos (nível de agregação), considerado o melhor nível de agregação

(BALASSA, 1966).

Uma vez definida uma indústria, o problema torna-se medir corretamente o comércio

intra-industrial.

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O CII foi inicialmente, medido por BALASSA (1966), em valores absolutos. Ele utilizou

uma medida de exportações líquidas |X – M|, que, quando tomada como uma fração do comércio

total (X – M), representaria a proporção do comércio intra-industrial de determinada indústria.

GRUBEL (1967), no entanto, alegou que a medida proposta por BALASSA (1966) indicaria

provavelmente mais uma medida do comércio inter.-indústria ou o comércio proposto pelo

teorema de H-O.

O método que GRUBEL e LLOYD (1975), ou GL, desenvolveram aparentemente mede a

participação do comércio intra-indústria diretamente. Eles consideram a expressão |X – M| como

medida de comércio inter-indústria e propõem como medida do comércio intra-indústria a

diferença entre o comércio total e o comércio inter.-indústria (X – M) - |X – M|. Essa diferença

tomada como uma proporção do comércio total representaria a participação do CII para dada

indústria. CAVES, FRANKEL e JONES (2001) apresentam o índice GL expresso na fórmula

abaixo :

CII = 1 – | X – M | Expressão1

(X + M)

em que X é o valor das exportações de um bem por um país, ou classe de bens, e M é o valor das

importações de um bem por esse mesmo país, ou classe de bens, tomados para o mesmo período

de tempo.

Assim, na expressão 1, se um país apenas exportar ou importar um bem, o segundo termo

da fórmula se reduz a X/X (ou M/M) = 1, e a expressão com um todo fica igual a zero. Se as

exportações, X, for igual as importações, M, o segundo termo é zero e a expressão como um todo

fica igual a um. Dessa forma, o índice varia de zero, quando não ocorre nenhum comércio

intra-indústria ,CII , a 1 (ou 100, se expresso com uma porcentagem), quando as exportações e

importações são balanceadas, e o comércio intra-indústria, CII, encontra-se no seu máximo.

Enquanto o índice de GL se tornou um sinônimo de índice para o CII, a utilização

apropriada do índice tem causado preocupação nos anos recentes. A questão é sua generalização

para medir o CII em nível, participação no mercado, e valores absolutos em cortes seccionais,

séries temporais ou combinações dos dois. A especificação correta do índice do CII é importante

porque algumas variáveis podem afetar o valor absoluto do CII, mas não a sua participação em

dada indústria.

O índice GL será calculado tomando por base as exportações e importações entre os

países membros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), segundo os capítulos da

Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), para o período de 1990 a 2000. As variáveis

utilizadas trabalho são as exportações e importações anuais entre os países membros do

Mercosul, em milhões de dólares FOB, obtidos no site do Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio

.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Figura 1 apresenta a evolução dos índices de comércio intra-indústria entre Brasil e

Mercosul, mensurados com base no índice GL (GRUBEL E LLOYD), para o período de 1990 a

2000. De acordo com os resultados da Figura 1 , os índices de comércio intra-indústria total para

o país mantiveram-se entre 0,6 e 0,9 ao longo do período em análise. Após 1994, com a efetiva

formação do Mercosul esses índices mantiveram-se sempre acima de 0,9, indicando que mais de

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90% do fluxo de comércio entre o Brasil e os demais membros do Mercosul foi do tipo

intra-indústria, para classificação adotada (NCM).

Aqui, chama-se a atenção para o fato de que a magnitude dos valores apresentados

deve-se ao nível de classificação adotada, onde foi utilizado o valor total da exportações e importações,

objetivando verificar a tendência geral do comércio intra-indústria entre os países ao longo da

década. Esses valores altos tendem a diminuir quando desagrega-se as seções segundo a NCM.

Analisando as seções selecionadas, onde foram considerados os setores industrializados

(manufaturados e semimanufaturados) através das seções IV (produtos das indústrias alimentares,

etc) a XVII (material de transporte), exceto as seções XIII(obras de pedra, gesso, cimento, etc) e

XIV (pérolas naturais ou cultivadas, etc) , verificam-se um salto nos índices de comércio

intra-indústria, após 1994, ano que marca a efetiva formação do Mercosul, e depois uma estabilidade

em seu crescimento no restante do período.

Figura 1 - Evolução dos índices de comércio intra-indústria entre Brasil e os demais

membros do Mercosul, para o comércio total e seções selecionadas

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

Analisando de forma desagregada as seções da NCM, Tabela 1, do anexo, verifica-se que

há tendências distintas entre várias seções. As seções XI (materiais têxteis e suas obras) e XVII

(material de transporte) foram as que mais se destacaram, uma vez que tais seções apresentaram

os mais altos índices de comércio intra-indústria entre todas as seções. A seção XVII (material de

transporte) manteve índices praticamente estáveis e acima de 0,9 após a formação do Mercosul.

Antes da formação do Bloco, esses índices variaram em torno de 0,3 a 0,5, o que indica que a

constituição do Mercosul propiciou um salto nos índices de comércio intra-indústria da seção de

material de transporte. A seção I (animais vivos e produtos do reino animal) apresentou índices

de comércio intra-indústria crescentes após a formação do Mercosul, mas, mesmo diante dessa

tendência, o fluxo de comércio entre Brasil e Mercosul dessa seção permaneceu sendo do tipo

inter-indústria, uma vez que esses índices permaneceram abaixo de 0,5. Além dessa seção, as

seções II, III, VIII, XIV e XV apresentaram índices de comércio estáveis e também abaixo de

0,5, portanto, do tipo inter-indústria. Já as seções VI (produtos da indústrias químicas ou das

indústrias conexas) e VII (plásticos e borracha), apesar das oscilações no padrão dos índices de

comércio intra-indústria, mantiveram, em grande parte do período, índices condizentes com o

comércio intra-indústria. A seção IV (produtos das indústrias alimentares, bebidas e líquidos

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1990 1991 1992 199 3 1994 1995 1996 199 7 1998 1999 2000 TOTAL seções**

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alcoólicos, etc), após uma tendência de queda nos índices de comércio, passou a apresentar

índices estáveis e do tipo intra-indústria, com a formação do Mercosul.

As demais seções não apresentaram nenhuma tendência definida, não sendo, portanto,

possível fazer qualquer inferência com relação a essas seções.

Assim, ao analisar o fluxo de comércio para todo o país, entre o Brasil e o Mercosul, ao

longo da década de 90, foram observados saltos e uma tendência crescente nos índices de

comércio intra-indústria , mas a análise desagregada das seções expõe instabilidades, falta de

tendência e até mesmo acomodação nos índices de várias seções.

Na Figura 2 são apresentados os índices do comércio intra-indústria para o fluxo de

comércio entre Brasil e Argentina. De acordo com os índices para comércio total, mensurado

pelo índice GL, verificou-se que o comércio intra-indústria entre Brasil e Argentina variou entre

0,8 e 0,9 (exceto em 1990

e 1992) durante todo o período analisado, significando que, ao longo

da década de 90, mais de 80% do comércio total entre esses países foi do tipo intra-indústria.

Nas seções selecionadas, onde foram considerados os setores industrializados,

verificaram-se índices variando entre 0,7 e 0,9 (exceto no ano de 1992, que foi de 0,4),

significando que na grande maioria dos anos, o fluxo de comércio entre Brasil e Argentina

nessas seções foi do tipo intra-indústria. Vale ressaltar que, após a formação do Mercosul, esses

índices mantiveram-se praticamente acima de 0,9, (com exceção de ano de 1998 que foi de 0,8),

indicando que cerca de 90% do comércio entre Brasil e Argentina, nessas seções, foi do tipo

intra-indústria.

Figura 2 - Evolução dos índices de comércio intra-indústria entre Brasil e Argentina,

para o comércio total e seções selecionadas.

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

Analisando as seções da NCM, Tabela 2, do anexo, observam-se comportamentos

distintos e muitas vezes sem tendência definida em várias seções. As seções IV,VI,VII,VIII, X e

XV apresentaram tendência de crescimento do comércio intra-indústria, e as seções XI (matérias

têxteis e suas obras) e XVII (material de transporte) apresentaram um índice de comércio

intra-indústria acima de 0,7 e 0,8 respectivamente, após a formação do Mercosul, o que significa que

mais de 70 e 80% do comércio dessas seções foi do tipo intra-indústria. Já as seções II (produtos

do reino vegetal) e III (gorduras e óleos, ceras de origem vegetal e animal, etc) apresentaram

índices de comércio intra-indústria relativamente estáveis ao longo do período. O valor desses

índices em ambas as seções caracterizou um padrão de comércio inter-indústria entre Brasil e

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Argentina, uma vez que esses índices permaneceram abaixo de 0,5 ao longo do período. As

seções XIII (obras de pedra, gesso, amianto, produtos cerâmicos, vidros, etc) XIV (pedra

naturais ou cultivadas, etc) e XIX (armas e munições; suas partes e acessórios) comportaram-se

muitas vezes de forma instável, oscilando entre o padrão de comércio intra e inter-indústria. As

demais seções apresentaram índices instáveis ou sem tendência definida.

Novamente, é importante lembrar que, quando agregou-se todas as seções, calculando-se

os índices para o total do comércio intra-indústria, os valores desses índices apresentaram-se

elevados.

Diante dessa análise nos índices de comércio intra-indústria entre Brasil e Argentina,

verifica-se a relevância do fluxo de comércio entre os dois países na evolução do comércio

intra-indústria brasileira ao longo da década de 90.

O comércio intra-indústria para o Brasil e Paraguai, Figura 3, segundo o índice GL, para o

comércio total, mostra índices variando entre 0,4 e 0,7 ao longo do período analisado (exceto no

ano de 1990 que foi de 0,9). Isso indica que em alguns períodos, especificamente em 1993 e

1998, o fluxo de comércio entre Brasil e Paraguai foi do tipo inter-indústria, uma vez que os

índices GL de comércio intra-indústria mantiveram-se abaixo de 0,5. Nos demais anos, os índices

caracterizaram um fluxo de comércio do tipo intra-indústria, uma vez que esses índices ficaram

sempre acima de 0,5.

Para as seções selecionadas, considerando os produtos manufaturados e

semimanufaturados, verificam-se índices de comércio intra-indústria abaixo de 0,5 na grande

maioria dos anos, o que caracteriza um fluxo de comércio entre Brasil e Paraguai

predominantemente do tipo inter-indústria nessas seções. È importante lembrar que, por conter

produtos de setores industrializados, tais seções tiveram um peso importante na contribuição para

o comércio intra-indústria, e, ao apresentarem índices baixos, influenciaram fortemente para que

o fluxo de comércio entre Brasil e Paraguai ter sido do tipo inter-indústria.

Nos anos anteriores à formação do Mercosul, o índice de comércio intra-indústria vinha

apresentando quedas, até que, em 1994, com a formação do Bloco, esse índice voltou a crescer,

mantendo um padrão de crescimento ao longo dos anos.

Fazendo a análise desagregada para as seções da NCM , Tabela 3, do Anexo, destacam-se

as seções VIII (peles, couro, peleteria e obras destas matérias) e XI (materiais têxteis e suas

obras) , uma vez que essas seções apresentaram em média os maiores índices de comércio

intra-indústria entre todas as seções no período analisado. As seções III e IV apresentaram índices de

comércio intra-industria crescentes a partir de 94, com efetiva formação do Mercosul. A seção IX

(madeira, carvão vegetal e obras de madeira), mesmo diante dessa tendência de crescimento,

ainda permaneceu num padrão de comércio inter-indústria. As seções I (animais vivos e produtos

do reino vegetal) e II (produtos do reino vegetal) mantiveram índices de comércio intra-indústria

instáveis e abaixo de 0,5, o que evidencia uma acomodação dos índices de comércio

indústria mesmo diante de uma trajetória suavemente crescente dos índices de comércio

intra-indústria para todo o país.

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Figura 3 - Evolução dos índices de comércio intra-indústria entre Brasil e Paraguai, para

o comércio total e seções selecionadas

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

Verifica-se, desta forma, que, durante o período em análise, o fluxo de comércio entre

Brasil e Paraguai foi predominantemente inter-indústria. Após a formação do Mercosul, apenas

no ano 2000 esse índice passou a apresentar um padrão de comércio intra-indústria.

Também, o grande número de zeros e de pequenos valores que aparecem na Tabela 3, do

anexo, indica que o comércio intra-indústria entre Brasil e Paraguai é bastante incipiente ou

inexistente, para muitas seções da NCM.

Na análise do fluxo de comércio entre Brasil e Uruguai, a Figura 4 mostra que os índices

de comércio total variaram entre 0,6

e 0,9 ao longo da década de 90, indicando que o padrão de

comércio entre esses países foi predominantemente do tipo intra-indústria. Após a formação o

Mercosul, esses índices mantiveram-se acima de 0,9, demonstrando que a formação do Bloco

propiciou a esses países aumento no padrão do comércio intra-indústria, e que em torno de 90%

do comércio total entre os dois países foi do tipo intra-indústria.

Analisando de forma mais desagregada as seções da NCM, destaca-se na Tabela 4, do

Anexo, a seção VII, que manteve um índice de comércio intra-indústria entre 0,8 e 0,9 durante

todo o período de análise, significando que mais de 80% do comércio desta seção foi do tipo

intra-indústria. Destacam-se também, as seções VI (peles, couros, peleteria e obras desta

matérias) e XI (materiais têxteis e suas obras) que mantiveram um tendência estável de

crescimento. Já a seção XIII (obras de pedra, gesso, amianto, produtos cerâmicos, vidro e suas

obras) apresentou índices de comércio intra-indústria com tendência decrescente ao longo dos

anos. As seções I, II, VII, IX, XVI, XVII apresentaram índices de comércio intra-indústria

instáveis, e a maioria manteve-se abaixo de 0,5, indicando um padrão de comércio inter-indústria

nessas seções. Analisando as seções XII (calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante) e XX

(mercadorias e produtos diversos), verifica-se um padrão de comércio intra-indústria decrescente

após a formação do Mercosul, uma vez que, após 1994, essas seções passaram a apresentar

índices de comércio intra-indústria cada vez menores. As demais seções apresentaram

comportamentos estáveis ou sem tendência definida ao longo da década de 90, podendo refletir

certa especialização de um dos países nos produtos dessa seção.

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1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 19

98

1999 2000

TOTAL

seções**

(10)

Figura 4 - Evolução dos índices de comércio intra-indústria entre Brasil e Uruguai, para o

comércio total e seções selecionadas.

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

Para o conjunto de seções selecionadas de produtos industrializados, verifica-se que, até

1993, os índices de comércio intra-indústria para essas seções apresentaram quedas contínuas,

passando de 0,9 em 1990 para 0,3 em 1993. Porém em 1994, voltaram a crescer, mantendo a

partir daí um padrão predominantemente crescente até o fim do período, variando entre 0,6 e 0,7,

o que significa que mais de 60% do comércio entre Brasil e Uruguai, nessas seções, foi do tipo

intra-indústria. Tal fato indica que a formação do Mercosul propiciou um fluxo de comércio entre

Brasil e Uruguai de produtos industrializados crescente e do tipo intra-indústria.

Assim, com relação ao fluxo de comércio total entre Brasil e Uruguai ao longo da década

de 90, verificou-se uma intensificação no comércio intra-indústria a partir da formação do

Mercosul, mantendo-se acima de 0,9 desde 1995 até o último ano do período analisado,

indicando, assim, a relevância da formação do Bloco para o comércio entre esses países.

4. CONCLUSÕES

Analisando o fluxo de comércio entre o Brasil e os demais países membros do Mercosul,

ao longo da década de 90, evidenciou-se mudanças na trajetória dos índices de comércio

intra-indústria após a formação do Bloco, demonstrando uma evolução positiva no comércio brasileiro

com o demais países membros do Mercosul. O comércio entre eles passou muitas vezes, de

caracterizar um fluxo de comércio de inter-indústria, para caracterizar um fluxo de comércio

intra-indústria.

É importante ressaltar, que as crises políticas e econômicas enfrentadas pelos países do

Mercosul, ao longo da década de 90 foram responsáveis por bruscas quedas no montante dos

produtos importados e exportados entre esses países, apesar de que a forma como é feita o cálculo

do índice Gl não permita perceber claramente tal situação. Tal fato fica claro quando se analisa as

tabelas A1 a A8, onde se encontram as exportações e importações entre os países membros do

bloco.

Com relação ao fluxo de comércio entre Brasil e Argentina, apesar da recessão econômica

vivida pela Argentina e pelas diversas dificuldades econômicas e políticas sofridas pelo Brasil, os

0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 TOTAL seções**

(11)

resultados evidenciaram efeitos positivos no intercâmbio comercial entre os dois países, uma vez

que ao longo da década de 90, em torno de 80% do comércio total entre os países foi do tipo

intra-indústria e após a formação do Mercosul, esses índices tenderam a crescer.

Entretanto, com relação ao fluxo de comércio entre Brasil e Paraguai, os resultados

demonstraram que o intercâmbio comercial foi, ao longo dos anos, predominantemente do tipo

inter-indústria, o que demonstra um comércio de produtos de diferentes segmentos industriais.

Já com relação ao fluxo de comércio entre Brasil e Uruguai, os resultados demonstraram

um padrão de comércio do tipo intra-indústria com tendência crescente após a criação do

Mercosul, o que demonstra que a formação do Bloco propiciou ganhos na produção e no

comércio entre os países, confirmando que a liberalização comercial resultante da criação do

Mercosul gerou efeitos positivos e crescentes a ambos os mercados.

Contudo, há de se chamar atenção para o nível de agregação adotado no presente trabalho,

segundo as seções da Nomenclatura Comum do Mercosul, que podem levar a superposição de

categoria devido a agregação em um mesma seção de produtos pouco semelhantes, podendo

assim gerar índices com altos valores.

Diante dos resultados, conclui-se, que segundo a ótica do comércio internacional, o

aumento no comércio intra-indústria resultante da maior liberalização comercial, advinda da

formação do Mercosul, vem propiciando ganhos positivos no processo de integração entre os

países membros, sendo responsável por significativas mudanças no processo produtivo e de

comercialização desses países.

5 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 1966. 586p.

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(13)
(14)

Tabela 1 - Índices e comércio intra-indústra entre Brasil e Mercosul

Seções da NCM* 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 I - 0,023 0,141 0,875 0,838 0,369 0,193 0,300 0,348 0,388 0,385 0,412 II - 0,133 0,187 0,202 0,205 0,209 0,215 0,194 0,239 0,176 0,196 0,172 III - 0,128 0,109 0,192 0,194 0,110 0,220 0,289 0,108 0,108 0,141 0,150 IV - 0,986 0,411 0,249 0,164 0,331 0,604 0,640 0,655 0,660 0,678 0,517 V - 0,334 0,561 0,870 0,702 0,694 0,445 0,326 0,326 0,440 0,367 0,264 VI - 0,956 0,845 0,649 0,473 0,516 0,537 0,605 0,636 0,682 0,769 0,760 VII - 0,772 0,505 0,465 0,401 0,474 0,686 0,683 0,591 0,702 0,740 0,778 VIII - 0,083 0,130 0,127 0,119 0,125 0,095 0,146 0,172 0,226 0,228 0,328 IX - 0,841 0,295 0,037 0,033 0,073 0,529 0,934 0,825 0,574 0,425 0,640 X - 0,893 0,335 0,174 0,077 0,141 0,507 0,578 0,627 0,645 0,521 0,595 XI - 0,810 0,802 0,620 0,563 0,910 0,891 0,890 0,917 0,961 0,926 0,754 XII - 0,594 0,287 0,065 0,061 0,185 0,908 0,859 0,815 0,492 0,152 0,015 XIII - 0,850 0,457 0,325 0,286 0,352 0,507 0,372 0,377 0,316 0,188 0,132 XIV - 0,378 0,010 0,026 0,042 0,098 0,339 0,388 0,197 0,086 0,327 0,114 XV - 0,096 0,318 0,127 0,156 0,142 0,261 0,308 0,366 0,376 0,406 0,377 XVI - 0,729 0,529 0,342 0,322 0,371 0,599 0,498 0,597 0,541 0,510 0,440 XVII - 0,535 0,453 0,346 0,583 0,721 0,968 0,965 0,987 0,930 0,986 0,973 XVIII - 0,595 0,811 0,348 0,274 0,224 0,418 0,474 0,362 0,439 0,470 0,801 XIX - 0,021 0,000 0,000 0,072 0,085 0,074 0,140 0,119 0,114 0,110 0,085 XX - 0,879 0,513 0,152 0,116 0,277 0,728 0,691 0,598 0,559 0,234 0,156 XXI - 0,383 0,000 0,982 0,150 0,938 0,401 0,253 0,058 0,045 0,013 0,005 TOTAL 0,806 0,943 0,676 0,742 0,835 0,983 0,970 0,994 0,979 0,986 0,989 seções** 0,831 0,626 0,446 0,545 0,617 0,816 0,853 0,868 0,848 0,815 0,848

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

*A descrição dos componentes referentes a cada seção é apresentada na Tabela 9 do Anexo.

(15)

Tabela 2 – Índices de comércio intra-indústra entre Brasil e Argentina

seções da NCM* 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 I - 0,03 0,18 0,69 0,97 0,50 0,22 0,37 0,44 0,53 0,44 0,49 II - 0,08 0,16 0,15 0,15 0,15 0,15 0,14 0,19 0,13 0,15 0,13 III - 0,09 0,09 0,16 0,14 0,07 0,16 0,19 0,06 0,04 0,05 0,05 IV - 0,57 0,69 0,41 0,29 0,49 0,99 0,97 0,98 0,85 0,96 0,74 V - 0,38 0,66 0,98 0,52 0,49 0,33 0,26 0,25 0,40 0,32 0,23 VI - 0,91 0,87 0,68 0,54 0,58 0,59 0,69 0,69 0,72 0,81 0,81 VII - 0,96 0,53 0,44 0,39 0,50 0,74 0,76 0,65 0,74 0,73 0,80 VIII - 0,01 0,02 0,04 0,04 0,04 0,04 0,09 0,06 0,11 0,16 0,18 IX - 0,34 0,44 0,05 0,05 0,10 0,72 0,89 0,98 0,70 0,54 0,76 X - 0,57 0,38 0,15 0,09 0,17 0,61 0,60 0,64 0,70 0,58 0,67 XI - 0,38 0,89 0,60 0,68 0,95 0,75 0,80 0,87 1,00 0,98 0,78 XII - 0,00 0,82 0,05 0,16 0,37 0,65 0,82 0,95 0,63 0,19 0,01 XIII - 0,56 0,65 0,38 0,32 0,41 0,70 0,48 0,50 0,42 0,25 0,18 XIV - 0,00 0,01 0,01 0,03 0,18 0,57 0,46 0,35 0,09 0,36 0,06 XV - 0,00 0,37 0,13 0,18 0,15 0,29 0,34 0,34 0,40 0,43 0,42 XVI - 0,95 0,69 0,42 0,42 0,46 0,76 0,61 0,67 0,60 0,57 0,48 XVII - 0,95 0,59 0,40 0,69 0,80 0,86 0,96 0,91 0,87 0,95 0,93 XVIII - 0,00 0,99 0,41 0,33 0,24 0,45 0,52 0,41 0,47 0,50 0,85 XIX - 0,00 0,00 0,00 0,12 0,60 0,46 0,48 0,29 0,19 0,15 0,11 XX - 0,64 0,66 0,11 0,11 0,17 0,76 0,75 0,65 0,63 0,28 0,18 XXI - 0,25 0,00 0,96 0,00 0,96 0,71 0,44 0,07 0,06 0,02 0,01 TOTAL 0,64 0,94 0,74 0,87 0,94 0,84 0,86 0,91 0,90 0,95 0,94 seções** 0,96 0,71 0,48 0,66 0,74 0,98 0,99 0,98 0,95 0,89 0,93

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

*A descrição dos componentes referentes a cada seção é apresentada na Tabela 9 do Anexo.

(16)

Tabela 3 - Índices de comércio intra-indústra entre Brasil e Paraguai

Seções da NCM* 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 I - 0,00 0,04 0,72 0,29 0,19 0,30 0,32 0,21 0,19 0,39 0,25 II - 0,12 0,43 0,22 0,68 0,14 0,11 0,16 0,12 0,40 0,20 0,15 III - 0,02 0,01 0,02 0,01 0,05 0,04 0,13 0,16 0,29 0,46 0,97 IV - 0,04 0,01 0,02 0,01 0,01 0,04 0,19 0,37 0,15 0,21 0,27 V - 0,00 0,00 0,02 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,19 VI - 0,70 0,33 0,19 0,35 0,06 0,07 0,05 0,07 0,06 0,10 0,09 VII - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,03 0,04 0,07 VIII - 0,61 0,73 0,32 0,42 0,54 0,61 1,00 0,62 0,58 0,76 0,30 IX - 0,05 0,06 0,04 0,05 0,08 0,11 0,12 0,18 0,35 0,89 0,46 X - 0,04 0,05 0,08 0,04 0,10 0,17 0,12 0,11 0,05 0,06 0,04 XI - 0,53 0,61 0,68 0,74 0,72 0,59 0,56 0,86 0,86 0,80 0,77 XII - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01 0,00 0,00 XIII - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 XIV - 0,00 0,00 0,09 0,00 0,00 0,00 0,03 0,01 0,02 0,00 0,00 XV - 0,01 0,00 0,01 0,02 0,20 0,06 0,11 0,10 0,11 0,03 0,10 XVI - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,01 0,01 0,00 XVII - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 XVIII - 0,03 0,00 0,02 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,14 0,06 0,06 XIX - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 XX - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,08 0,02 0,02 0,05 XXI - 0,00 0,00 0,00 0,05 0,00 0,00 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 TOTAL 0,93 0,62 0,53 0,45 0,50 0,57 0,59 0,54 0,44 0,52 0,75 seções** 0,70 0,55 0,45 0,41 0,33 0,32 0,35 0,27 0,23 0,27 0,54

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

*A descrição dos componentes referentes a cada seção é apresentada na Tabela 9 do Anexo.

(17)

Tabela 4 - Índices de comércio intra-indústra entre Brasil e Uruguai

Seções da NCM* 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 I - 0,01 0,03 0,19 0,23 0,10 0,07 0,08 0,10 0,09 0,16 0,14 II - 0,33 0,29 0,48 0,47 0,47 0,55 0,35 0,41 0,30 0,42 0,40 III - 0,32 0,28 0,28 0,65 0,44 0,76 0,71 0,75 0,57 0,61 0,41 IV - 0,64 0,85 0,49 0,39 0,76 0,92 0,59 0,74 0,72 0,48 0,30 V - 0,60 0,01 0,09 0,00 0,00 0,63 0,92 0,44 0,20 0,25 0,57 VI - 0,63 0,80 0,99 0,78 0,84 0,92 0,79 0,98 0,89 0,86 0,85 VII - 0,94 0,84 0,87 0,87 0,91 0,87 0,94 0,88 0,92 0,84 0,93 VIII - 0,10 0,34 0,24 0,19 0,24 0,27 0,39 0,38 0,58 0,39 0,87 IX - 0,00 0,06 0,00 0,00 0,01 0,00 0,06 0,07 0,09 0,07 0,03 X - 0,41 0,33 0,42 0,06 0,04 0,25 0,81 0,93 0,80 0,55 0,67 XI - 0,34 0,73 0,69 0,83 0,87 0,79 0,76 0,64 0,75 0,92 0,97 XII - 0,21 0,74 0,24 0,16 0,29 0,66 0,24 0,18 0,10 0,09 0,05 XIII - 0,81 0,76 0,97 0,69 0,64 0,72 0,69 0,59 0,38 0,19 0,11 XIV - 0,27 0,36 0,26 0,60 0,03 0,06 0,12 0,03 0,09 0,06 0,43 XV - 0,40 0,35 0,18 0,16 0,24 0,36 0,43 0,87 0,53 0,56 0,44 XVI - 0,23 0,20 0,10 0,06 0,11 0,15 0,16 0,55 0,55 0,29 0,21 XVII - 0,03 0,02 0,04 0,07 0,31 0,19 0,41 0,19 0,33 0,65 0,60 XVIII - 0,47 0,51 0,19 0,23 0,42 0,65 0,74 0,40 0,53 0,52 0,63 XIX - 0,14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 XX - 0,66 0,87 0,44 0,24 0,66 0,97 0,94 0,81 0,67 0,23 0,16 XXI - 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,02 0,00 0,00 0,00 TOTAL 0,67 0,92 0,75 0,66 0,88 0,96 0,92 0,93 0,92 0,98 0,95 seções** 0,93 0,75 0,50 0,38 0,51 0,66 0,71 0,77 0,75 0,75 0,71

FONTE: Construída com base em dados do MDCI.

*A descrição dos componentes referentes a cada seção é apresentada na Tabela 9 do Anexo.

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