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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

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Academic year: 2021

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

COORDENAÇÃO CENTRAL DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

RELATÓRIO DE VIAGEM – INTERCÂMBIO ACADÊMICO

Aluna: Carla Sertã Padilha Matrícula: 1320744

Período de intercâmbio: 2016.1

Universidade conveniada: Université Paris Dauphine

Meu nome é Carla Sertã Padilha, tenho 21 anos, sou aluna de Direito da PUC-Rio e, no período de 2016.1, logo após cursar o quinto período, fiz um intercâmbio acadêmico na Universidade Paris Dauphine, em Paris.

Nos seis meses em que estive em Paris e na Universidade Paris Dauphine, tive inúmeras experiências de vida, que mudaram minha visão de mundo e me fizeram amadurecer bastante. A convivência com outras culturas, o contato constante com línguas estrangeiras e a experiência de morar longe da familia, todos somados, representaram, ao mesmo tempo, um desafio e um estímulo para aproveitar ao máximo uma experiência dessas.

Primeiros passos

Desde o início, desde o processo seletivo na CCCI, a experiência de intercâmbio nos impele a ultrapassar barreiras. Toda a documentação e a burocracia necessárias, as preocupações em relação à moradia, a expectativa de passar seis meses longe de casa passam a ser o centro da nossa vida por quase um ano. Contudo, ao passarmos por esse momento prévio ao intercâmbio em si, não temos noção de como efetivamente será a partir do momento em que entrarmos no avião.

Chegar em uma cidade que nao é a sua, sem se sentir em casa ainda, é aterrorizante. Mas, aos poucos, tudo se ajeita. As primeiras semanas são inevitavelmente mais estressantes. Afinal, são muitas providências a serem tomadas: abrir conta em banco, criar conta de celular, descobrir os mercados da redondeza, fazer

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faxina sem saber a tradução dos nomes dos produtos de limpeza e, obviamente, conhecer uma universidade completamente nova.

Felizmente, a minha universidade em Paris era muito bem preparada para receber alunos intercambistas. Logo na primeira semana, foi organizado um dia inteiro de convivência, com uma equipe muito bem preparada, disposta a tirar quaisquer dúvidas. O setor de intercâmbio estava sempre aberto para quando precisássemos de qualquer ajuda em relação às matérias que queríamos pegar ou sobre procedimentos da própria universidade. Na primeira semana, eu ia todo dia a esse setor tirar alguma dúvida, inclusive sobre aspectos completamente alheios à vida acadêmica, como, por exemplo, dicas de Paris.

Além disso, há grupos de estudantes da própria universidade cujo foco é promover a acolhida e o acompanhamento de intercambistas durante todo o semestre. Desde o início, eles promovem eventos de integração e até mesmo viagens de excursão a fim de que possamos nos conhecer melhor. Um desses grupos, que mantinha mais contato com os estudantes estrangeiros, foi essencial no início, já que eles me ajudaram a me integrar melhor na faculdade.

Aulas na faculdade

Durante o meu período de intercâmbio, tive contato com uma universidade de ponta da França, com instalações impecáveis e com uma excelente organização. Todas as aulas eram muito boas – muito embora eu já tenha tido aulas melhores ou igualmente boas na PUC. A metodologia de ensino é bastante diferente, com um rigor

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incomum para estudantes brasileiros. Esse rigor definitivamente foi um desafio a ser superado ao longo do semestre, principalmente em relação à forma de redigir trabalhos e provas.

Tendo um bom nível de francês, tive a oportunidade de assistir a aulas com os próprios alunos franceses, o que me ajudou mais ainda a melhorar meus conhecimentos da língua. Além disso, tive a sorte de conviver com pessoas que me acolheram muito bem, apesar da usual má fama dos franceses. Como também escolhi aulas dedicadas exclusivamente aos intercambistas, pude perceber mais ainda o valor de ter aulas com os alunos da própria universidade, com um foco e uma abordagem completamente diferentes.

Infelizmente, não pude aproveitar integralmente as aulas de direito que tive no intercâmbio, justamente pelo fato de não ter grandes conhecimentos sobre o direito francês. Por outro lado, considerando que o meu objetivo era adquirir um pouco mais de conhecimento sobre o ordenamento jurídico francês, bem como compreender melhor o funcionamento e a aplicação do direito europeu, não tenho dúvidas de que as aulas que tive me fizeram alcançar essa meta. Terminei o semestre muito satisfeita por todo o conhecimento que adquiri.

Vida em Paris

Em relação à moradia, meu caso foi atípico, porque tenho tios com apartamento em Paris. Mas acompanhei o drama de vários amigos e, para Paris especificamente, as melhores opções são ou ficar em uma residência para estudantes ou dividir um apartamento com amigos. A localidade mais favorável para estudantes em termos de localização e preço é o chamado 11e arrondissement, perto da République.

A vida em Paris é cara, mas é possível achar coisas mais baratas. O melhor mercado é quase sempre o que houver perto de casa. A melhor operadora de celular é a

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Free, com pacotes baratos, boa internet e planos para o exterior. Quanto à conta de

banco, a minha universidade tinha um convênio com um banco – geralmente, todas têm algum convênio.

O sistema de transporte em Paris é um dos aspectos que mais impressionam. Com inúmeras linhas de metrô, ônibus, trem e bonde, é possivel chegar a todos os cantos da cidade de transporte público ou, se preferir, de bicicleta. Existe um passe semanal ou mensal para quem mora em Paris, chamado Navigo, e, para obter um (em qualquer estação de metrô), basta ter um comprovante de residência.

É impossível não ter nada para fazer em Paris; sempre haverá um museu ou um parque a ser explorado. À medida que os clássicos pontos turísticos forem visitados, o ideal é buscar dicas alternativas em sites de internet para poder aproveitar o máximo possível da cidade. Eu, particularmente, adorava conhecer os parques e jardins: Luxembourg, Tuileries, Plantes, Buttes Chaumont, Monceau, Boulogne, Montsouris, Vincennes.

Os museus também valem muito a pena, principalmente com carteira de estudante, que nos dá acesso de graça a quase todos. Além dos dois museus mais conhecidos de Paris (Louvre e Orsay), tem outros igualmente bons: Carnavalet, Orangerie, Marmottan, Guimet, Rodin, entre muitos outros. Um museu que me impressionou muito, por se desconhecido e muito bem montado, é o Mundolingua, perto da igreja de Saint-Sulpice.

Para quem gosta de igrejas, as opções também são inúmeras: Notre-Dame de Paris, Sacré Coeur de Montmartre, Sainte-Chapelle, Saint-Germain-des-Prés, Sanctuaire de la Médaille Miraculeuse, Notre-Dame-des-Champs, Saint-Sulpice, Saint-Augustin, entre muitas outras.

Como todo bom intercambista, é obrigatório saber os lugares para sair à noite. Como eu prefiro bares e pubs, eu frequentava mais os lugares em que havia um bar atrás do outro: Oberkampf, Mouffetard, Canal Saint-Martin, Bastille, République, Place de Saint-Opportune.

Alem de tudo isso, Paris é uma cidade para ser explorada a pé. Andar por lugares como Marais, Quartier Latin, Trocadéro, Quais de la Seine é sempre um prazer. E, em todos esses lugares, sempre terá a opção de se comer um bom crepe.

Obviamente, é impossivel passar seis meses na Europa sem viajar. Vale a pena economizar na vida diária para poder viajar o máximo possível. Saindo de Paris, há várias passagens de companhias low cost. Uma das diversões de um intercambista é passar horas pesquisando sites de companhias aéreas, de trem ou de ônibus para descobrir o próximo destino. Isso é possível, porque, na França, há muito mais feriados do que no Brasil. Eu, por exemplo, ao longo do semestre, tive uma semana inteira em fevereiro e duas semanas em abril de férias.

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Vale a pena também explorar a própria França. São muitas as possibilidades e, infelizmente, eu não consegui conhecer todas, mas algumas opções são: Mont Saint-Michel, Lyon, Strasbourg, Lille, Nancy, Nantes, Rennes, Toulouse, Montpellier, Marseille, Nice. Há, inclusive, algumas empresas que promovem excursões específicas para estudantes, com preços ótimos e programações muito bem montadas.

Uma ótima opção também é fazer passeios perto de Paris, como os jardins de Monet em Giverny, os castelos de Versailles, Fontainebleau, Chantilly e Vaux le Vicomte, ou a Disneyland Paris. Para todos esses lugares, dá para ir de trem.

Mesmo com tantas opções de viagens, passeios e, logicamente, as aulas na universidade, ainda é possivel ter bastante tempo livre para relaxar, ler livros e colocar as séries em dia. O truque é otimizar o tempo, não deixar as tarefas da faculdade acumularem e, sempre que aparecer um problema, resolvê-lo o mais rápido possível. Ao aproveitar todas as oportunidades que uma experiência de intercâmbio oferece, é muito fácil superar os problemas, como a saudade e o clima (depois de um tempo, nenhum carioca aguenta mais o frio). É, certamente, uma experiência que recomendarei para todos.

Referências

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