• Nenhum resultado encontrado

EFICIÊNCIA, PRODUTIVIDADE E CUSTOS DAS TESOURAS MANUAL E SEMIMECANIZADA NA PODA DE Pinus taeda L.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "EFICIÊNCIA, PRODUTIVIDADE E CUSTOS DAS TESOURAS MANUAL E SEMIMECANIZADA NA PODA DE Pinus taeda L."

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

EFICIÊNCIA, PRODUTIVIDADE E CUSTOS DAS TESOURAS MANUAL

E SEMIMECANIZADA NA PODA DE Pinus taeda L.

Leonidas Kluger1 Gabriel De Magalhães Miranda2 Edson Luis Serpe3 Thiago Floriani Stepka4 Gerson Dos Santos Lisboa5 1BIOMA ENGENHARIA, Pinhão, Paraná, Brasil – leonidaskluger123@hotmail.com

2UNICENTRO, Irati, Paraná, Brasil – gmiranda75@yahoo.com.br

3LWARCEL, Lençóis Paulista, São Paulo, Brasil – serpe.edson@gmail.com 4UDESC, Lages, Santa Catarina, Brasil – tfstepka@yahoo.com.br

5UFSB, Itabuna, Bahia, Brasil – gerson.lisboa@gmail.com

RESUMO: A poda florestal é uma atividade que demanda tempo, mão-de-obra

especializada e ferramentas adequadas, envolvendo assim um alto custo na sua execução. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a produtividade, a eficiência e os custos envolvidos na atividade de poda utilizando as tesouras manual e semimecanizada. Os dados foram coletados em um povoamento de Pinus taeda L. nas operações de primeira e segunda poda. As tesouras analisadas foram as tesouras Neozelandesa P100 e elétrica F3010. Para a análise técnica foram coletados os tempos das atividades parciais durante o ciclo operacional, determinando a produtividade e a eficiência na produção. A análise dos custos foi realizada por meio do custo operacional e custo de produção. De acordo com os resultados obtidos, na primeira poda as eficiências foram de 92,51% e 98,47% para a tesoura elétrica e manual, respectivamente. Para a segunda poda as eficiências foram de 87,55% para a tesoura elétrica e de 92,92% para a tesoura manual. Nas duas alturas de poda estudadas a ferramenta elétrica teve a maior média de produtividade, sendo 72 árvores.he-1 na primeira poda e de 82 árvores.he-1 na segunda poda. A ferramenta manual produziu a média de 54 árvores.he-1 na primeira poda e 64 árvores.he-1 na segunda poda.

Palavras chave: Clearwood; Qualidade; Rendimento; Trato silvicultural.

EFFICIENCY, PRODUCTIVITY AND COST OF MANUAL AND SEMIMECANIZED SCISSORS IN THE PRUNING OF Pinus taeda L.

ABSTRACT: Forest pruning is an activity that demands time, skilled labor and

adequate tools, thus involving a high cost in its execution. The objective of this research was to evaluate the productivity, efficiency and costs involved in the pruning activity using the manual and semi-mechanized scissors. The data were collected in a stand of Pinus taeda L. in the first and second pruning operations. The scissors analyzed were the New Zealand scissors P100 and electric F3010. For the technical analysis, the times of the partial activities were collected during the operational cycle, determining the productivity and the efficiency in the production. The cost analysis was performed through the operational cost and cost of production. According to the

(2)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

results, in the first pruning the efficiencies were of 92.51% and 98.47% for electric and manual scissors, respectively. For the second pruning the efficiencies were 87.55% for the electric scissors and 92.92% for the manual scissors. At the two pruning heights studied, the power tool had the highest average productivity, being 72 trees.he-1 in the first pruning and 82 trees.he-1 in the second pruning. The manual tool produced the average of 54 trees.he-1 in the first pruning and 64 trees.he-1 in the second pruning.

Keywords: Clearwood; Quality; Yield; Silvicultural treatment. 1. Introdução

Poda é toda e qualquer retirada de galhos das árvores, em seu todo ou em partes. Podar, desramar, derramar tem basicamente o mesmo significado (SEITZ, 1995). A poda pode ser denominada de poda seca, quando se elimina galhos secos/mortos, e poda verde quando galhos ainda vivos são cortados (CHOU e MACKENZIE, 1988).

O objetivo da poda é obter, num determinado comprimento de tronco, um núcleo nodoso de tamanho pré-estabelecido (SEITZ, 1995). Segundo Schneider et al. (1999) o núcleo nodoso é caracterizado como um cilindro central no interior do fuste, onde estão englobados os nós vivos e mortos. Na região formada adjacente ao núcleo nodoso, decorrente do crescimento radial do fuste, e encontra-se a madeira limpa, ou seja, madeira livre de nós (madeira clear).

Segundo Montagu et al. (2003), a poda pode ser realizada de várias maneiras, onde existem vantagens e desvantagens em termos de custos do trabalho e controle do tamanho do núcleo nodoso.

A escolha de altura de poda, em geral, é definida para gerar o comprimento comercial de uma ou duas toras por árvore. Isso ocorre na fase jovem do povoamento até seis anos de idade, necessitando de várias intervenções, realizadas com intervalos de um ano (CARDOSO, 2009).

A escolha do número total de árvores que se deve podar por hectare, depende do espaçamento do plantio e do número de árvores resultante no final da rotação. Podar um número maior de árvore do que aquele estabelecido no final da rotação ocasionará em um aumento dos custos (HAWLEY e SMITH, 1972).

As ferramentas utilizadas têm um efeito sobre o consumo de tempo, produtividade, eficiência e qualidade do trabalho (GIEFING e ZLOTA, 2007). A escolha do método manual ou semimecanizado, dependerá de uma análise

(3)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

criteriosa de fatores que envolvem a atividade, como: aumentar o rendimento do homem, diminuir os custos e tornar as atividades menos cansativas (SEITZ, 1995).

A atividade de poda envolve um grande número de trabalhadores, ferramentas e equipamentos que, muitas vezes, não proporcionam condições ergonomicamente corretas de trabalho (LOPES et al., 2013).

Segundo Nutto et al. (2013), a seleção cuidadosa das ferramentas de poda é essencial para garantir o sucesso da operação. As ferramentas profissionais mais comuns usadas na prática de silvicultura são as serras e tesouras.

O corte de galhos com serras exige menos esforço físico, embora em determinadas situações seja mais demorado. Para o rendimento máximo, cada espécie florestal e dimensão dos galhos tem um modelo de serra mais adequado para realizar o corte (SEITZ, 1995).

As tesouras de poda podem ser uma alternativa para a poda manual, porém, elas exigem maiores esforços do operador que as serras de poda, além de, muitas vezes, terem o posicionamento incorreto para o corte, devido às características da própria tesoura (SEITZ, 1995).

A tesoura Neozelandesa foi desenvolvida na Nova Zelândia, e se destaca pela qualidade e corte limpo. O uso deste equipamento garante adequada produtividade na poda, assegurando um corte com qualidade e minimizando o estresse para as árvores, além de contemplar a ergonomia e produtividade (BOUTIN, 2018). A tesoura elétrica foi originalmente utilizada para a vinicultura e foi adaptada para o corte de ramos em atividades de poda florestal (NUTTO et al., 2013).

O objetivo deste trabalho foi realizar a análise técnica e dos custos das operações de poda manual e semi-mecanizada em plantios de Pinus taeda L.

2. Material e Métodos

Localização da área de estudo

A área de estudo localiza-se no município de General Carneiro, região Sul do estado do Paraná, nas coordenadas geográficas 26°19'15.82"S e 51°33'12.38"O, em uma altitude média de 1.082 m.s.n.m.

O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfb), com temperatura média anual de 17 °C.

(4)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

Base de dados

Os plantios utilizados para a coleta de dados, são de Pinus taeda, implantados em área de relevo suave ondulado, com espaçamento de 3,0 m x 2,0 m).

A coleta de dados da atividade de primeira poda (até 2,5 m de altura) foi realizada em plantios com três anos de idade, já a segunda poda (até 3,5 m de altura), foi realizada em plantios com 4 anos de idade.

A primeira poda até 2,5 m de altura foi realizada sem o auxílio da escada como equipamento acessório, sendo esta apenas utilizada para a segunda poda até 3,5 m de altura (Figura 1).

Figura 1 - Primeira poda (a); segunda poda (b)

Em ambas as podas, foram comparados dois tipos de tesouras: tesoura do tipo Neozelandesa modelo Pro Pruner P100 e tesoura elétrica modelo Electrocoup F3010 (Figura 2).

(5)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018 Figura 2 - Tesoura Neozelandesa modelo Pro Pruner P100 (a); tesoura elétrica modelo

Electrocoup F3010 (b)

Os dados de tempos foram coletados em um fatorial, onde cada operador (três operadores), com ambas as ferramentas (duas ferramentas) e em ambas as alturas de poda (duas alturas de poda), com as medições realizadas em 20 árvores por bloco, com seis repetições, totalizando 1.440 árvores podadas.

Os tempos necessários para a realização de cada etapa do estudo foram obtidos por meio de estudo de tempos e movimentos.

Nesse método o cronômetro foi iniciado no começo da atividade e a leitura do cronômetro realizada ao término da atividade, quando finalizadas as 20 árvores de cada bloco.

Os tempos totais analisados tomaram como base os seguintes tempos parciais: • Poda (P): Eliminação de galhos até uma determinada altura;

• Deslocamento (De): Deslocamento do operador de uma área amostral para outra;

• Tempo de manutenção (Tm): Paradas para afiação e manutenção da tesoura; • Pausas (Pa): Interrupções pessoais.

Análise técnica Eficiência

A eficiência foi calculada por meio do tempo de poda efetivo, ou seja, o tempo de poda, dividido pelo tempo total da operação (OLIVEIRA et al., 2012).

(6)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

E =Te

Tt x 100 Em que:

E = eficiência da produção;

Te = tempo efetivo para a realização da operação (horas); Tt = tempo total da operação (horas).

Produtividade

A produtividade das operações foi determinada pela razão entre o número total de árvores podadas e o tempo total consumido (OLIVEIRA et al., 2012).

Pp =Na T Em que:

Pp = Produtividade da poda (árv.h-1); Na = número de árvores podadas; T = tempo consumido (horas).

Análise dos custos

A análise de custos foi feita por meio da verificação dos custos operacional e de produção, onde o custo operacional foi determinado pelo custo total envolvido na operação da máquina ou equipamento, em reais por hora efetiva de trabalho, e o custo de produção foi determinado pela razão do custo operacional e a produção obtida no processo, em reais por hectare (OLIVEIRA et al., 2012).

Os dados em relação às tesouras, como custos e vida útil, foram obtidos junto às empresas fabricantes. As demais informações foram adquiridas diretamente na empresa estudada.

(7)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

Para o trabalho foram identificados e obtidos os custos fixos, que ocorrem independentemente do nível de produção, e nesta categoria foram considerados a depreciação, juros e os salários dos operadores.

Depreciação

A estimativa do custo de depreciação foi um procedimento utilizado para recuperar o investimento inicial do equipamento, à medida que ele se torna obsoleto. Foi utilizado o método da depreciação linear, pois considerou-se que os recursos financeiros correspondentes ficam no caixa da empresa com remuneração zero (SIMÕES e FENNER, 2010). D =Va − Vr Vu x he Em que: D = depreciação (R$.he-1); Va = valor de aquisição (R$); Vr = valor de revenda (R$); Vu = vida útil da ferramenta;

he = total de horas efetivas por ano.

Juros

Os custos de juros foram calculados utilizando a expressão (FREITAS, 2005):

J =IMA x i he Em que:

J = valor dos juros (R$.he-1); IMA = investimento médio anual; i = taxa percentual de juros;

(8)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018 IMA = Va − Vr (n + 1) 2 x n + Vr Em que: Va = Valor de aquisição; Vr = Valor residual; n = número de anos. Salários

Os custos de salários correspondem à remuneração dos operadores, incluindo os encargos sociais, 13º salário, férias, seguros, alimentação, etc. Normalmente são considerados como um percentual sobre os salários, e podem ser calculados pela seguinte expressão:

CS = SO x (1 + ES) x 12 he

Em que:

CS = custo com salários (R$.he-1); SO = salário do operador;

ES = valor percentual dos encargos sociais em relação aos salários; he = horas efetivas de trabalho por ano.

Custos Variáveis

Os custos variáveis são os que dependem do nível de produção, sendo considerados os custos com manutenção e o consumo de energia, no caso da tesoura elétrica.

Manutenção

São os custos relacionados com a manutenção preventiva e corretiva das tesouras, calculados a partir dos dados repassados pela empresa proprietária e fabricante das ferramentas, podendo ser calculado pela seguinte expressão (OLIVEIRA, 2011).

CM =cm x 12 he

(9)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

Em que:

CM = custo com a manutenção (R$.he-1); cm = custo mensal com manutenção;

he = total de horas efetivas de trabalho por ano.

Energia elétrica

São os custos referentes ao consumo de energia elétrica necessária para carregar a bateria da tesoura e pode ser calculado pela seguinte expressão:

CE =P x nh x nd he x 1000 x tr Em que:

CE = custo de energia (R$.he-1); P = potência da ferramenta (W);

nh = número de horas utilizadas por dia; nd = número de dias de uso no ano; tr = tarifa (R$/KWh);

he = total de horas efetivas de trabalho por ano.

Análise estatística

As médias de produtividade foram comparadas pelo teste T, ao nível de 5% de significância. Os dados de produtividade das duas ferramentas foram submetidos à análise de variância (ANOVA) de fator único.

3. Resultados e Discussão

Eficiência

A tesoura elétrica teve que ser usada em conjunto com um serrote devido ao diâmetro excessivo de alguns ramos, devido à abertura de corte não ser grande o suficiente para cortar alguns galhos (diâmetro máximo de corte de 35 mm).

(10)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

Na primeira poda as eficiências foram de 92,51% e 98,47% para a tesoura elétrica e manual, respectivamente. Para a segunda poda as eficiências foram de 87,55% para a tesoura elétrica e de 92,92% para a tesoura manual.

A manutenção das ferramentas, em geral, foi realizada durante as horas de almoço e paradas para descanso, diminuindo assim, as pausas durante a jornada de trabalho, o que explica a alta eficiência das ferramentas.

Segundo Nutto et al. (2013) na poda de eucalipto, o tempo de manutenção é de 3 minutos a cada hora de trabalho para a tesoura elétrica F3010, e de 5 minutos a cada 4 horas de trabalho para a tesoura Neozelandesa P100.

Os tempos observados em cada etapa do trabalho, para as duas ferramentas, são apresentados na Figura 3.

Figura 3 - Porcentagem de tempo médio do ciclo operacional das tesouras de poda

Produtividade

A produtividade da tesoura elétrica foi 24% superior ao da tesoura manual na primeira poda, até 2,5 metros de altura e 21,3% superior na segunda poda, até 3,5 metros de altura. Nas duas alturas de poda estudadas a ferramenta elétrica teve a maior média de produtividade, sendo 72 árvores.he-1 na primeira poda e de 82 árvores.he-1 na segunda poda. A ferramenta manual produziu a média de 54

(11)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

árvores.he-1 na primeira poda e 64 árvores.he-1 na segunda poda (Tabela 1).

Tabela 1 - Produtividade das tesouras de poda Produtividade (árv.he-1)

Tesoura Altura (m)

2,5 3,5

Elétrica 72 82

Manual 54 64

árv.he-1: árvores por hectare

As duas ferramentas tiveram a maior produção na segunda poda, apesar da mesma ser mais alta e necessitar de uma escada para a sua execução. Isto pode ter ocorrido devido à presença do maior número de galhos existentes e do maior comprimento de tronco podado, cerca de dois metros, na primeira poda, demandando assim o maior tempo e a maior dificuldade de deslocamento no talhão.

Os dois métodos estudados possuem boa qualidade no corte, não deixando tocos nas árvores. Tais dados foram analisados visualmente durante a coleta de dados e de questionamentos feitos aos operadores.

Oliveira et al. (2012) estudando a poda até 2,5 metros de altura em Pinus, utilizando serrote como ferramenta manual e motopoda como ferramenta semimecanizada, observou uma produtividade de 57 árvores.he-1, com eficiência operacional média de 70% para o método manual, enquanto que no método semimecanizado a produtividade foi de 63 árvores.he-1 e a eficiência operacional média foi de 76%.

Na segunda poda, até 4,0 metros de altura, obteve produtividades médias de 40 e 67 árvores.he-1, nos métodos manual e semimecanizado, respectivamente (OLIVEIRA et al., 2012).

Segundo Nutto et al. (2013) em comparação com o serrote LIMMAT C47, em poda de até 2,5 metros de altura em Eucalyptus grandis Hill ex Maiden, a produtividade da tesoura elétrica F3010 foi de cerca de 11% superior. Já a tesoura manual P100 obteve uma produtividade de cerca de 5% inferior ao serrote.

Análise dos custos

Os custos fixos e variáveis das tesouras elétrica e manual são apresentados na Tabela 2.

(12)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018 Tabela 2 - Custos operacionais das tesouras elétrica e manual

Custos (R$.he-1)

Elétrica Manual

1ª poda 2ª poda 1ª poda 2ª poda

Fixos 14,24 15,25 13,03 13,99

Variáveis 0,45 0,48 0,18 0,19

Total 14,70 15,72 13,21 14,18

Pode ser observado que os maiores custos operacionais são encontrados na tesoura elétrica, devido ao maior custo de aquisição da mesma. Para as duas tesouras o maior custo foi o fixo, dado pela depreciação da ferramenta e salário dos operadores. Os custos fixos corresponderam em cerca de 97% para a tesoura elétrica e 99% para a tesoura manual, já os custos variáveis foram de 3% para a tesoura elétrica e 1% para a tesoura manual.

O custo operacional da atividade foi maior na tesoura elétrica, sendo R$ 14,70 e R$ 15,75 por hora efetiva na primeira e segunda poda, respectivamente, enquanto que a tesoura manual teve custos de R$ 13,21 e R$ 14,18 por hora efetiva na primeira e segunda poda, respectivamente. Os maiores custos das podas foram os salários dos operadores, chegando a 94% para a tesoura elétrica e 98% para a tesoura manual.

Vale ressaltar que o preço de aquisição da tesoura elétrica é de R$ 9.000,00, enquanto que o da tesoura manual é de R$ 741,00. Isto justifica o maior custo operacional da primeira.

Os custos de produção da tesoura elétrica foram de R$ 451,32.ha-1 e de R$ 408,57.ha-1 para a primeira e segunda poda. A tesoura manual obteve custos de R$ 308,16.ha-1 e de R$ 289,90.ha-1 na primeira e segunda poda. As informações dos custos são representadas na Tabela 3.

Tabela 3 - Custos operacional e de produção para as duas tesouras Ferramenta Altura de poda

(m) Custo operacional (R$.he-1) Custo de produção (R$.ha-1) Elétrica 2,5 14,70 451,32 Manual 13,21 308,16 Elétrica 3,5 15,75 408,57 Manual 14,18 289,90

(13)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

tesoura manual nas duas alturas de poda estudadas, apresentando valores superiores em 46,46% para a primeira poda e 40,93% para segunda.

Oliveira (2012), analisando a poda em Pinus no norte do Paraná, utilizando serrote como ferramenta manual e motopoda como ferramenta semimecanizada, observou um custo de R$ 249,52.ha-1 para a ferramenta manual e de R$ 448,91.ha-1 para a ferramenta semimecanizada, em podas de até 2,5 metros de altura. Os custos para podas de até 4,0 metros de altura foram de R$ 349,93.ha-1 para a ferramenta manual e de R$ 433,91.ha-1 para a ferramenta semimecanizada.

4. Conclusões

As duas tesouras apresentaram boa qualidade em relação ao corte, não deixando tocos e não ocasionando injúrias nas árvores.

A segunda poda apresentou melhor produtividade em relação a primeira, decorrente do menor número de galhos existentes e do menor comprimento de tronco podado.

A tesoura elétrica teve a maior produtividade e maior custo operacional, devido ao elevado custo de aquisição, que é cerca de 90% superior ao da tesoura manual.

Apesar da menor produtividade, a tesoura manual apresentou o menor custo de produção, apresentando-se viável economicamente.

5. Referências Bibliográficas

BOUTIN. Tesourão Neozelandês Pro Pruner P100, 2018. Disponível em: http://www.boutin.com.br/p/2131/tesourao-neozelandes-pro-pruner-p100

CARDOSO, D. J. Viabilidade técnica e econômica da poda em plantações de Pinus taeda e Pinus elliottii. 2009. 144 p. Tese (Doutorado em Ciências Florestais) Universidade Federal do Paraná Curitiba, PR.

CHOU, C. K. S.; MACKENZIE, M. Effect of pruning intensity and season on Diplodia pinea infection of Pinus radiata stem through pruning wounds. Eur. Journal Forest

Pathology, v. 18, p. 437-444, 1988.

GIEFING, D. F.; ZLOTA, M. Efficiency of pruning scots pine (Pinus sylvestris L.) using different types os saws. Acta Sci. Pol., v. 6, n. 4, p. 81-88, 2007.

(14)

∫ntegrada, v. V, n. II NOVEMBRO, 2018

FREITAS, K. E. Análise técnica e econômica da colheita florestal mecanizada. 2005. 21 p. Monografia (Engenharia Elétrica e de Produção) Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG.

HAWLEY, R. C.; SMITH, D. M. Silvicultura practica. Barcelona: Omega, 1972. LOPES, E. S. et al. Avaliação biomecânica de trabalhadores nas atividades de poda manual e semimecanizada de Pinus taeda. Floresta, v. 43, n. 1, p. 9-18, 2013.

MONTAGU, K. et al. The biology and silviculture of pruning planted eucalypts for clear wood production-a review. Forest Ecology and Management, v. 179, n. 1-3, p. 1-13, 2003.

NUTTO, L. et al. Ergonomic aspects and productivity of different pruning tools for a first pruning lift of Eucalyptus grandis Hill ex Maiden. Silva Fennica, v. 47, n. 4, p. 14, 2013.

OLIVEIRA, F. M. Análise operacional, ergonômica e de custos das atividades de

roçada e poda em plantios florestais. 2011. 66 p. Dissertação (Mestrado em

Ciências Florestais) Universidade Federal do Paraná. Curitiba, PR.

OLIVEIRA, F. M. et al. Avaliação técnica e de custos de poda manual e semimecanizada em plantios de Pinus taeda. Floresta, v. 42, n. 4, p. 691-700, 2012. SIMÕES, D.; FENNER, P. T. Avaliação técnica e econômica do forwarder na extração de em povoamento de eucalipto de primeiro corte. Floresta, v. 40, n. 4, p. 711-720, 2010.

SCHNEIDER, P. R. et al. Efeito da intensidade de desrama na produção de Pinus

elliottii Engelm, implantado em solo pobre, no estado do Rio Grande do Sul. Ciência

Florestal, v. 9, n. 1, p. 35-46, 1999.

SEITZ, R. A. Manual de poda de espécies arbóreas florestais. Curitiba: FUPEF, 1995. 56 p.

Referências

Documentos relacionados

M266 Manoel Lins: o canto da eterna esperança / pesquisa, seleção, organização, edição e notas Antônio Lopes – Ilhéus, BA: Editus, 2017... Faz-se impe- rioso,

Esta Dissertação apresenta-se estruturada em três partes, Parte I, consistindo da Introdução e do Referencial Teórico, redigidos segundo as normas editoriais do Programa

Ø Os resultados da aplicação feita no quarto capítulo expõem como a contabilidade financeira e gerencial atendem as necessidades da gestão contábil das pequenas empresas nas

Os dois irmãos passaram a ter características invertidas ao longo da narrativa, pois Omar já era praticante de pecados, desde sua adolescência; já Yaqub, depois que retorna ao Brasil

Figura 50 Módulo de elasticidade para as amostras dos filmes de PVC aditivado com quitosana antes e após os processos de esterilização térmica ou exposição

As características analisadas para os planos de ensino das disciplinas dos 10 cursos de graduação foram: complexidade – as disciplinas que trabalham com diversos conceitos

Assim como para a esclerometria, foram feitas as comparações entre as médias dos valores de dureza Janka (Tabela 2.3), para isso, foi verificado se os dados obtidos para

importância, para o \clínico, dos estados de ansiedade, seu reconhecimento e diagnóstico diferencial com outras condições... 2.2.1) ë _ Transtorno do