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Diagramas de Equilíbrio

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Fundamentação termodinâmica

Diagramas de Equilíbrio

Augusto Camara Neiva Escola Politécnica da USP

(2)

QUESTÃO: SE SOUBERMOS TUDO SOBRE UMA DADA

FASE COM DOIS ELEMENTOS (que forme uma solução

sólida com um dado limite de solubilidade),

PODEREMOS CALCULAR O LIMITE DE SOLUBILIDADE DO

SOLUTO?

A resposta está na raiz da construção dos diagramas de

fases: energia livre de Gibbs (das diferentes fases) em

função da composição e da temperatura (ou,

(3)

Como varia a energia de Gibbs de uma

dada fase com:

- Temperatura

- Composição

(4)

A inclinação em cada ponto é

dada por –S (portanto, a curva é

decrescente). Como S cresce

com a temperatura, a

concavidade é para baixo.

G

T

Variação de G com a temperatura

líquido

sólido

A entropia do líquido é maior

que a do sólido. Assim, G do

líquido decresce mais

rapidamente com T. A fase mais

estável é que tem menor G.

O que ocorre no cruzamento das

curvas?

G T G1 G2 Seja L S G1 < 0 G2 > 0 G = H - TS

(5)

G em função da composição

Vamos por etapas:

-

S de mistura

-

H de mistura

(6)

a

b

c

d

Quatro bolinhas idênticas (a cor não

importa) em duas caixas idênticas, que

comportam até quatro bolinhas: quais são as possibilidades de

distribuição?

(7)

Caixa 1: abcd

Caixa 2: vazia

Quatro bolinhas idênticas (a cor não

importa) em duas caixas idênticas, que

comportam até quatro bolinhas: quais são as possibilidades de

(8)

Caixa 1: abc

Caixa 2: d

Quatro bolinhas idênticas (a cor não

importa) em duas caixas idênticas, que

comportam até quatro bolinhas: quais são as possibilidades de

(9)

Caixa 1: abd

Caixa 2: c

Quatro bolinhas idênticas (a cor não

importa) em duas caixas idênticas, que

comportam até quatro bolinhas: quais são as possibilidades de

(10)

Caixa 1: acd

Caixa 2: b

Quatro bolinhas idênticas (a cor não

importa) em duas caixas idênticas, que

comportam até quatro bolinhas: quais são as possibilidades de

(11)

prossigam...

Quantos arranjos diferentes?

Quantos com 4 bolinhas na caixa 1?

Quantos com 3 bolinhas na caixa 1?

Quantos com 2 bolinhas na caixa 1?

Quantos com 1 bolinha na caixa 1?

Quantos sem bolinhas na caixa 1?

(12)

prossigam...

Quantos arranjos diferentes?

16

Quantos com 4 bolinhas na caixa 1?

1

Quantos com 3 bolinhas na caixa 1?

4

Quantos com 2 bolinhas na caixa 1?

6

Quantos com 1 bolinha na caixa 1?

4

Quantos sem bolinhas na caixa 1?

1

(13)

prossigam...

Quantos arranjos diferentes?

16

Quantos com 4 bolinhas na caixa 1?

1

Quantos com 3 bolinhas na caixa 1?

4

Quantos com 2 bolinhas na caixa 1?

6

Quantos com 1 bolinha na caixa 1?

4

Quantos sem bolinhas na caixa 1?

1

A maior probabilidade (6/16) é termos duas bolinhas em cada caixa.

A menor (1/16) é estarem todas em uma dada caixa.

(14)

Com vinte bolinhas e duas caixas, a possibilidade de que

todas estejam em uma dada caixa é de

1/1.048.576

(segundo A. Prince)

A entropia mede a probabilidade de qualquer possível

distribuição de átomos (por exemplo) em um sistema:

S = k ln

onde

= probabilidade de uma dada distribuição

k – constante de Boltzmann

(esta é, simplificadamente, a interpretação de entropia da

Termodinâmica Estatística)

(15)

Podemos usar este tipo de raciocínio para prever a entropia

de mistura de átomos A e B em uma dada fase (numa

solução sólida, por exemplo).

Se tivermos apenas átomos A, só há um arranjo cristalino.

Se houver 3 átomos A e um átomo B, quatro arranjos:

A A

A A

B

A

A A

A

B

A A

A A

B

A

A A

A

B

e assim por diante ...

Se tivermos

N

sítios cristalinos,

n

átomos de A e

(N-n)

átomos de B, a entropia de mistura será dada por

(16)

0

A

B

(17)

H de mistura

A A

A A

B

A

A A

A

B

A A

A A

B

A

A A

A

B

A entalpia é filha da energia interna, e portanto podemos pensar

que tem contribuições tanto da energia cinética como da potencial.

Para estimarmos a entalpia de mistura, iremos considerar apenas a

energia potencial, ou seja, a das ligações entre

A e A

,

B e B

, e

A e B

.

Estas energias são negativas (o zero é para distância infinita).

Se as interações

A e B

forem mais favoráveis (ou seja, tiverem

menos energia) que as interações

A e A

e

B e B

, a formação da liga é

favorável, e

H de mistura será negativo.

(18)

H

m 0 A B > 0 = 0

H de mistura

Tendência a formar solução sólida A-B (sem levarmos em conta, por enquanto, a entropia) Tendência a ficar separado em A-A e B-B (sem levarmos em conta, por enquanto, a entropia) Solução ideal

= ½N

A

Z(2E

AB

– E

AA

– E

BB

)

Hmistura

= X

A

X

B

Ref: R. Oliver

(19)

-0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 deltaH -TdeltaS deltaG -0,1 -0,08 -0,06 -0,04 -0,02 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 deltaH -TdeltaS deltaG -1,4 -1,2 -1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 deltaH -TdeltaS deltaG

Energia livre versus composição versus temperatura

temperatura mais alta:

maior o peso da entropia

(20)

X X(0)(0) X X(1(1)) XX(2(2)) FASE 1 FASE 2 G G2 G0 G1

B nas duas fases

A nas duas fases

X1’ X2’

X1 X2

G1 (de X1’ e X2’ )

G2 (de X1 e X2)

X0

Duas maneiras de entender: a) Comparar G1 com G2 b) Lembrar que o potencial

químico de um dado

componente é igual nas fases em equilíbrio

As fases em equilíbrio tem a composição dada pelo ponto de tangência (Este gráfico será retomado futuramente)

(21)

OLHANDO COM MAIS DETALHE:

QUAL A JUSTIFICATIVA TERMODINÂMICA PARA QUE, DEPENDENDO

DA COMPOSIÇÃO DA LIGA, EM UMA DADA TEMPERATURA:

• SEJA MAIS FAVORÁVEL A LIGA SE SUBDIVIDIR EM DUAS (OU TRÊS,

NO CASO DE TEMPERATURAS INVARIANTES) FASES COM

COMPOSIÇÕES DIFERENTES

• OU SEJA MAIS FAVORÁVEL A LIGA FORMAR UMA ÚNICA FASE

(22)

G

1

G

2 temperatura T

e

ne

rg

ia

de

Gi

bb

s

C

0

Se a liga ficar no estado

sólido, sua energia de Gibbs

será G

2

. Se ficar no estado

líquido, sua energia de Gibbs

será G

1

.

sólido

líquido

(23)

G

1

G

2 temperatura T

e

ne

rg

ia

de

Gi

bb

s

G

3L

G

3S

G

3

C

3L

C

3S

C

0

Se a liga se dividir em sólido com

C

3S

%B e líquido com C

3L

%B, sua

energia de Gibbs será G

3

(média

ponderada de G

3S

e G

3L

).

sólido

líquido

(24)

G

1

G

2

G

4 temperatura T

e

ne

rg

ia

de

Gi

bb

s

G

4L

G

4S

C

4L

C

4S

C

0

sólido

líquido

Se a liga se dividir

em sólido com C

4S

%B e líquido com

C

4L

%B, sua energia

de Gibbs será G

4

(média ponderada.

composição

(25)

G

1

G

2

G

4 temperatura T

composição

e

ne

rg

ia

de

Gi

bb

s

G

4L

G

4S

C

4L

C

4S

G

3L

G

3S

G

3

C

3L

C

3S

C

0

sólido

líquido

A situação de

menor energia de

Gibbs é a 4

(tangente comum

às duas curvas.

(26)

G

2 temperatura T

e

ne

rg

ia

de

Gi

bb

s

G

3L

G

3S

G

3

C

3L

C

3S

C

0

sólido

líquido

A situação de menor energia

de Gibbs agora é a 2 (apenas

sólido).

Seja agora uma composição diferente da liga (C

0

) com baixo teor de B:

(27)

uma outra maneira de dizer a

mesma coisa...

(28)

G

1

G

2

G

4 temperatura T

composição

e

ne

rg

ia

de

Gi

bb

s

G

4L

G

4S

C

4L

C

4S

C

0

sólido

líquido

A situação de

menor energia de

Gibbs é a 4

(tangente comum

às duas curvas.

A sólido

A líquido

Se a liga se dividir segundo a tangente comum, o potencial químico de A

será igual nas duas fases (e também o de B, no outro extremo)

(29)

Precisaríamos explicar que o potencial químico

é dado pela tangente. Lembrem-se que

(30)

Montando um diagrama de fases a partir de curvas de

energia livre de Gibbs

(31)

-2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 -2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 -2300 -2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 -2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Energia livre versus composição versus temperatura líquido sólido  sólido  T1 T2(>T1) T3(>T2) T4(>T3) (Tperitética)

(32)

L

L+

+

T1

-2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

(33)

L

L+

+

(34)

L

L+

+

T1

L

L+

+

L+

+

T2

-2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

(35)

L

L+

+

T1

L

L+

+

L+

+

(36)

L

L+

+

T1

L

L+

+

L

L+

L+

+

T3

T2

-2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

(37)

L

L+

+

T1

L

L+

+

L

L+

L+

+

T3

T2

(38)

L

L+

+

T1

L

L+

+

L

L+

L

L+

+

T4

T3

T2

-2300 -2100 -1900 -1700 -1500 -1300 -1100 -900 -700 -500 -300 -100 100 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

(39)

L

L+

+

T1

L

L+

+

L

L+

L

L+

+

T4

T3

T2

(40)

L

L+

+

T1

L

L+

+

L

L+

L

L+

+

T4

T3

T2

(41)

L+

+

L+

+

L+

L

L+

+

PRONTO: obtivemos um diagrama com um equilíbrio peritético

T

(42)

T1 T2 T3

L

L

L

L

OUTRO EXEMPLO: DIAGRAMA COM EQUILÍBRIO EUTÉTICO

T1

T2

T3

Na temperatura T2 (temperatura eutética), tem-se o equilíbrio entre as três fases.

Referências

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