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GOVERNANÇA CORPORATIVA PROFISSIONAIS DE GOVERNANÇA

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Academic year: 2021

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GOVERNANÇA CORPORATIVA

GOVERNANÇA

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PROFISSIONAIS DE

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Para Ricardo Munhoz, diretor executivo da Thomas Case

& Associados, esse aumento se deve, principalmente, pelo momento que o mercado passa e a fragilidade que as orga-nizações têm internamente nos processos. “Hoje, cada vez mais, as empresas se preocupam na proteção e no aprimo-ramento do valor e da reputação corporativa e com isso vem crescendo a procura pelos profissionais na área e empresas especializadas”, diz.

Felippe Lara, sócio da Boutique Executive Search, conta que

desde o caso Enron - um dos maiores escândalos corporati-vos envolvendo fraudes, em 2001 - tem sentido uma preocu-pação maior com compliance. “Investimento nas estruturas de auditoria interna e a criação da área de risco vem acon-tecendo de forma mais frequente nas organizações. Porém, esse movimento ocorre de maneira lenta”, observa.

A demanda por esse tipo de serviço vem, em grande parte, por empresas de capital aberto e multinacionais. “Pelo nível de exi-gências que o mercado traz, essas companhias acabam tendo estruturas maduras de risco”, afirma Lara. Um dos setores com maior número de vagas para esses profissionais é o de Serviços Financeiros“. Áreas de compliance, riscos e auditoria são

valori-que algumas áreas ligadas à governança corporativa tivessem

forte demanda por profissionais especializados neste ano.

Recrutadores ouvidos pela RI afirmam que há um forte

crescimento na busca por executivos para ocupar cargos de

compliance, gerenciamento de riscos e auditoria. Segundo

especialistas, esses ramos de atuação tendem a demandar

mais mão de obra, já que são fundamentais para atrair novos

investimentos e consolidar a reputação das empresas.

por

ISABELLA ABREU

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zadas e fortemente necessárias nesse segmento, principalmente devido ao alto controle que o Banco Central faz das instituições e aos diferentes e constantes normativos que são enviados aos bancos”, explica Frederico Vanin, diretor de recrutamento da

consultoria STATO. Além do mercado financeiro, Lara destaca as seguradoras e as empresas de cartão de crédito, pelo alto volume de transações, como as que possuem as estruturas mais robustas e as práticas mais sofisticadas entre todos os setores do mercado. De acordo com Idésio Coelho, presidente do Instituto dos

Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), um ingrediente com potencial para aumentar ainda mais a demanda por au-ditoria é a necessidade de captação de recursos por empresas de todos os portes. “Dispor de demonstrações contábeis au-ditadas de maneira independente melhora a credibilidade, facilitando a obtenção de crédito. Ainda há espaço significa-tivo para a entrada de pequenas e médias empresas no mer-cado de capitais, com benefício direto para as firmas de au-ditoria, em especial às de pequeno e médio portes”, avalia.

REMUNERAÇÃO

Apesar de variar de acordo com o negócio e o porte da em-presa, a remuneração de profissionais dessas áreas varia de R$ 3 mil a R$ 9 mil nos níveis hierárquicos iniciais. Já para cargos de diretor, pode ultrapassar os R$ 20 mil. Segundo Frederico Vanin, da STATO, os salários devem aumentar ain-da mais. “Compliance, por exemplo, é uma carreira relativa-mente nova nas organizações. Dado isso, no passado,

profis-sionais Jurídicos ou de Auditoria foram deslocados para essa área. Hoje, alguns profissionais já foram formados, porém ainda não há excedente de pessoal”, afirma.

Ricardo Munhoz, concorda com a perspectiva de alta devido a dois principais fatores: escassez de profissional qualificado pelo fato de ser uma área nova e também o crescimento no mercado, quando as empresas percebem a necessidade de processos mais seguros e confiáveis.

COMBATE A FRAUDE E CORRUPÇÃO

O número de empresas no Brasil contratando auditores para investigar suspeitas de fraude e corrupção também aumentou. “Pela primeira vez na história da minha carreira, tenho tido uma quantidade crescente por trabalhos de natureza preven-tiva. Só nos últimos 5 meses, crescemos 50% e tivemos um au-mento no quadro de funcionários, como também um aumen-to de investimenaumen-to na área”, conta Cynthia Catlett, sócia da

área de Forensic Investigations & Disputes Services da Grant Thornton Brasil. 50% da receita da GT hoje é para trabalhos de prevenção, enquanto há 2 anos a proporção era menos de 10%. Nos escritórios de advocacia, o movimento de alta é o mesmo. “Temos sido procurados por um número cada vez maior de empresas buscando desde orientação, até treinamentos, revi-são e elaboração de políticas e, em alguns casos, simulações”, afirma Renato Chiodaro, sócio do De Vivo, Whitaker e Castro Advogados. Atualmente, o escritório conta com 6

profissio-FELIPPE LARA, BOUTIQUE SEARCH FREDERICO VANIN, STATO IDÉSIO COELHO, IBRACON

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nais voltados predominantemente para essa prática, sendo que, há alguns anos, esse número era menos da metade. Nesse cenário, o impacto da Lei Anticorrupção nas empre-sas é visível, segundo Renato Santos, especialista em ética

empresarial e coordenador do MBA Gestão de Riscos e Com-pliance da Trevisan Escola de Negócios. “Há uma preocupa-ção maior em se adequar à lei, a qual prevê duras penas, in-clusive para as organizações que não demonstrarem possuir programas de integridade eficazes”, diz.

Na opinião de Santos, outro fator que contribui para aque-cer a demanda é a clara visão de que o auditor “tradicional” não tem a atribuição e, consequentemente, não desenvolve competências para lidar com fraudes. “Essa diferenciação de atividades foi mais evidenciada depois do escândalo da Pe-trobras, uma vez que a empresa mesmo sendo auditada, não estava ‘blindada’ contra fraudes”, destaca.

PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS

Para atender a crescente demanda das organizações por ges-tores de alto nível que possuam sólida e ampla formação em gestão de riscos corporativos, a Trevisan Escola de Negócios elaborou o MBA Gestão de Riscos e Compliance.

Com inscrições abertas e início previsto para agosto, o curso destaca-se por fornecer uma visão integrada da gestão de riscos corporativos, em oposição à chamada “miopia de risco”, uma

vez que seu conteúdo multidisciplinar relaciona tópicos como governança corporativa, riscos corporativos, controles inter-nos, compliance, ética, governança de TI, auditoria baseada em riscos, fraudes, contabilidade e métodos quantitativos.

De acordo com Renato Santos, coordenador do curso, o MBA tem o objetivo de oferecer aos alunos uma sólida formação conceitual associada à aplicação prática, contribuindo de forma significativa para a sua vida profissional. “O princi-pal diferencial é o Laboratório de Soluções de Riscos e Com-pliance, onde promovemos a discussão e pesquisas para produção nacional, considerando o contexto brasileiro, de ferramentas para mitigar riscos organizacionais”, afirma. A maturidade, segundo Santos, é a primeira característica des-se profissional, pois caso não a possua, pode gerar mais impac-tos negativos ao tratar uma fraude do que conviver com ela. “Uma fraude mal tratada pode gerar ações de danos morais, re-clamações trabalhistas, exposição da imagem da organização, clima de desconfiança entre os colaboradores, entre outros im-pactos. Daí, esse profissional precisa possuir serenidade para liderar ações de prevenção e tratamento de fraude”, explica. Ter boas noções de Direito, profundo conhecimento das fer-ramentas disponíveis no mercado e validadas pela legisla-ção brasileira e, ainda, ter habilidade para analisar proces-sos e números também são características importantes para quem deseja ocupar esses cargos.

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DESAFIOS

Em tempos de baixo crescimento e escândalos de corrupção, são grandes os desafi os que esses profi ssionais enfrentam. Para Re-nato Santos, a principal difi culdade é trabalhar a ansiedade da alta administração da organização. Ele explica que isso acontece porque quando uma fraude ocorre, afeta a lealdade que até então existia, ou que pelo menos acreditava existir e, com isso, há uma “ofensa pessoal” aos olhos dos gestores fraudados. Assim, quando ela é descoberta há uma tendência de se tomar decisões baseadas unicamente em emoções, o que diminui a chance de sucesso. “Em épocas de crise como a atual, essa ansiedade por resultados é potencializada, pois em ‘épocas de vacas gordas, a fraude corrói a gordura, em vacas magras, corrói o osso’”, ressalta.

Marcelo Braga, sócio da Search Consultoria em Recursos

Humanos, destaca três situações de difi culdades que o

pro-fi ssional precisa lidar. A primeira é quando o propro-fi ssional atua em uma empresa que teve problemas éticos expostos ao mercado e ele nunca conseguiu descobrir. “Nesse caso, os processos de controle da empresa fi cam em xeque. Sua repu-tação é abalada, e obviamente sua própria empregabilida-de”. A segunda é quando o profi ssional é recém-contratado para trabalhar em uma empresa que passou por problemas éticos. “Ele vai encontrar uma empresa em crise, time des-motivado, desconfi ado, precisará ter uma forte liderança e ação rápida para estancar os problemas mais graves, trans-mitir confi ança para o mercado, acionistas e funcionários e voltar a colocar a empresa em velocidade de cruzeiro”. A terceira situação é quando o profi ssional não passou por problemas, mas precisa certifi car para acionistas e mercado que a empresa atua conforme as boas práticas.

RI

Desafios em 2015: Incerteza, Volatilidade, Ambiente Regulatório e Risco Operacional

Comitês de auditoria ao redor do mundo apontaram que a incerteza e a volatilidade econômica e política, compliance regulatório e o risco operacional representam os maiores desafios para as empresas em 2015, de acordo com pesquisa realizada pela KPMG com 1.500 membros de comitês de auditoria e de conselhos de administração em 35 países.

No Brasil, que apresentou o quarto maior número de respondentes à pesquisa, o cenário é equivalente: 60% dos respondentes apontaram como principal desafio a incerteza e a volatilidade econômica e política, 41% o compliance regulatório e 24% o risco operacional (respostas múltiplas). Pelo segundo ano consecutivo, também afirmaram ser cada vez mais difícil – em virtude do tempo e expertise do comitê de auditoria – monitorar o gerenciamento dos principais riscos do negócio, além dos riscos relacionados às demonstrações financeiras.

Em âmbito global, três em cada quatro respondentes disseram que o tempo dedicado à execução de suas atividades no comitê de auditoria (ou no conselho de administração, quando inexistir o comitê) aumentou significativamente (24%) ou moderadamente (51%), e metade disse que a realização do trabalho tem se tornado mais difícil em virtude do tempo e expertise requeridos. No Brasil, mais de 80% dos respondentes disse que o tempo dedicado aumentou: significativamente (30%) ou moderadamente (52%). Muitos afirmaram ter ao menos alguma responsabilidade sobre aspectos significativos de monitoramento de riscos — além de assegurar a qualidade das demonstrações financeiras — tais como segurança cibernética (cybersecurity) e TI, compliance e regulatório, ou o processo ou estrutura de gerenciamento de riscos corporativos em si. "A mensagem clara é que o comitê de auditoria e o conselho de administração não podem cuidar destes assuntos sozinhos," disse o sócio líder do ACI Institute no Brasil e da prática de Risk Consulting da KPMG, Sidney Ito. "Assegurar a qualidade das demonstrações financeiras e a atuação do auditor independente já são atividades de grande responsabilidade por si só, e o monitoramento da efetividade do gerenciamento de riscos da empresa está claramente consumindo muito da agenda desses órgãos da governança atualmente."

Ao serem questionados sobre quais assuntos deverão exigir maior atenção em 2015, os respondentes citaram a segurança cibernética e a velocidade das mudanças tecnológicas, os riscos operacionais, e o compliance regulatório. "Uma evolução positiva é o fato de os comitês de auditoria e os conselhos estarem reavaliando ou realocando seu tempo no monitoramento do gerenciamento de riscos, considerando a sua importância", afirmou Ito.

Mais de um terço dos respondentes disse ter realocado recentemente tais atividades entre o conselho de administração e seus comitês (acima dos 25% do ano anterior), e 32% disseram que poderão considerar fazê-lo em um futuro próximo. No Brasil, 39% dos respondentes afirmaram ter realocado o monitoramento de riscos e 30% consideram fazê-lo em um futuro próximo. "Incluir o tema risco operacional e corporativo na agenda também contribui para um entendimento mais profundo do negócio."

Referências

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