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de Violão - Conteúdo Da informalidade às academias Superando distâncias Tocar de ouvido ou ler partitura? Mestres e métodos consagrados

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Academic year: 2021

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Ensino de Violão -

Conteúdo

Da informalidade às academias

Superando distâncias

Tocar de ouvido ou ler partitura?

Mestres e métodos consagrados

Primeiros nomes importantes

Nomes importantes no Brasil

Abordagens didáticas (Internet, “revistinhas”, vídeos-aula)

Fazendo música em grupo

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Da informalidade às academias

O violão é um instrumento muito versátil, cuja história demonstra isto com clareza: de

adaptações que perpetuam o repertório de vihuela da Renascença a utilizações mesclando orgânico e eletrônico, ele se presta a praticamente qualquer gênero ou estilo existente. Soma- se a isto sua portabilidade, bem como outros aspectos abordados em unidades anteriores, e temos um instrumento cujas possibilidades explicam facilmente sua imensa popularidade. É claro que, dado este panorama, as formas de aprender a tocá-lo e utilizá-lo são muito variadas, e querer propor a metodologia correta é impossível e até mesmo inútil. Além disso, o enfoque específico (clássico ou popular, e todas as variantes de cada um) costumeiramente deixa muitos elementos fundamentais à margem do processo de aprendizagem. Por exemplo, a abordagem informal costuma privar os iniciantes de noções de teoria e leitura; por outro lado, abordagens que partem diretamente da partitura não raro esquecem de desenvolver habilidades tais como a improvisação.

Outro ponto relevante é não esquecer que, antes de tocar violão, o aluno deve tocar música, ou seja, perceber e produzir música de várias maneiras distintas.

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Superando distâncias

Conforme comentado anteriormente, é comum que se separe o violão em dois grandes universos: violão clássico e violão popular. Antes de mais nada, é interessante notar que os termos não significam muito: o dito violão clássico é bastante popular, e muitas obras do chamado violão popular já são clássicos. Assim, alguém interpretando o universalmente conhecido Romance de Amor seria um violonista clássico ou popular?

A separação didática muitas vezes se dá de forma grosseira: ler partitura é violão clássico, tocar de outra forma qualquer (especialmente de ouvido) é violão popular. Mesmo quando isto é direcionado a repertório específicos, é difícil de se estabelecer uma distinção clara, o que nos leva ao ponto principal: o violão é um instrumento só, e todos repertórios escritos para ele são pontos-de-vista distintos. Claro que o nível técnico específico que é necessário para executar... ou ... é bastante distinto, mas limitar o campo de ação de um iniciante é privá-lo, no mínimo, do conhecimento que ele pode adquirir e das escolhas que pode fazer a partir daí.

Assim, sempre que possível, a melhor escolha é propiciar ao aluno as mais variadas vivências musicais, não havendo preconceito quanto a gêneros e estilos, formas de fazer música e de compreendê-la.

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Tocar de ouvido ou ler partitura?

Dos confrontos apresentados, este parece ainda ser o mais polêmico. Cada vez que se escuta frases como: “Não sei tocar de ouvido, só lendo!” ou “Não gosto de partitura, pois tira meu feeling!”; pode se saber que ouve algum grande mal-entendido quanto ao que é música e, mais ainda, o que seja fazer música. Qualquer pessoa que não porte deficiência auditiva grave toca de ouvido. Música é arte das combinação de sons e silêncios, e nosso sentido para captar estes fenômenos físicos é a audição, cuja fisiologia começa no ouvido. Assim, quem toca lendo partitura está, sim, tocando de ouvido, à medida que somente é possível decodificar a notação musical adequadamente se podemos associá-la aos sons resultantes.

Claro que a expressão de ouvido é usada muito no sentido de não estar alfabetizado musicalmente. Apesar de que grandes nomes do passado e do presente não dominam a notação musical (que, aliás, vai além da partitura, incluindo vários sistemas usados isoladamente ou em combinação - o que foi abordado na unidade...), para o iniciante isto é uma severa limitação, à medida que cria uma dependência muito grande do professor, e – em muitos casos – impede o processo adequado de aprendizagem.

Por outro lado, propostas que se baseiam quase que exclusivamente na partitura são também problemáticas, pois muitas vezes partem do pressuposto que somente reproduzindo mecanicamente o que está anotado já se faz música. O resultado soa como música, mas para

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Mestres e métodos consagrados

Desde o período Barroco, o violão tem recebido atenção de compositores e intérpretes em seu viés didático. Métodos para iniciantes, material de apoio para o professor do instrumento, composições destinadas ao aperfeiçoamento técnico em todos os níveis: há de tudo para todos. Evidentemente, neste manancial algumas iniciativas ganharam, com o passar dos tempos, notoriedade e importância destacadas.

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Primeiros nomes importantes

No início do século XIX, quando da estabilização do violão de seis cordas simples, dois compositores tiveram especial significado no vasto panorama do instrumento: Fernando Sor e Mauro Giuliani.

Artistas de personalidade muito diferentes, para não dizer contraditórias, seus métodos também refletem este contraste: o de Sor é eminentemente teórico, preocupado com diversas facetas do instrumento e de sua prática, com grande quantidade de texto sobre estes assuntos; Giuliani, por outro lado, abdica de postulações desta natureza e lega (especialmente na primeira parte de seu método) a primeira grande compilação de mecanismo do instrumento, em uso até os dias de hoje.

A influência destes dois mestres (bem como de outros contemporâneos, como Carcassi e Carulli, mantém-se inigualável até o surgimento de Francisco Tárrega, violonista espanhol que dedicou muito de sua carreira à docência.

Apesar de não ter deixado nada escrito sobre o assunto, seus dois principais discípulos – Miguel Llobet e Emílio Pujol – transmitiram seus ensinamentos às gerações futuras, aquele por suas gravações (Llobet foi um dos pioneiros na gravação do violão) e este por sua Escuela Razonada

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Nomes importantes no Brasil

Durante o século passado, não se perdeu a tradição de escrever sobre o instrumento, com a mesma variedade de tempos anteriores. De tudo que foi publicado e se deu a conhecer, ressaltamos, pela influência em nosso país, a obra de dois didatas do instrumento: Abel Carlevaro e Henrique Pinto.

Abel Carlevaro é pioneiro na abordagem “científica” da técnica, onde a preocupação se desloca de trechos específicos e de suas emulações através de estudos, para a compreensão da técnica e do mecanismo puros do instrumento. Tanto a parte teórica quanto a prática (os célebres Cadernos) de seu tratado são resultado de anos de pesquisa do violonista uruguaio, nos quais buscou compreender como funcionam os movimentos do instrumentista e sua ação sobre o instrumento. Henrique Pinto, por outro lado, criou um dos mais interessantes métodos para iniciantes de que se tem notícia, o Ciranda das Seis Cordas. Idealizado para crianças (sua edição traz vários desenhos de figuras de valor, e outros elementos da notação, sorrindo, dançando, para serem coloridos), ele também é muito útil com adolescentes e adultos, e foi publicado em vários países. Possibilita uma abordagem natural e progressiva do violão, incorporando gradativamente cordas, notas, posições, dificuldades perceptivas e teóricas; dando ao aluno as condições de confrontar as primeiras obras do repertório standard, como as de Bach ou Brouwer.

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Abordagens didáticas (Internet, “revistinhas”, vídeos-aula)

Hoje em dia, seja como suporte às aulas presenciais, seja como “sala de aula virtual”, a Internet é uma ferramenta didática que não pode ser desconsiderada. É só buscar em algum site de busca, como o Google, para se encontrar uma enorme gama de material para quem quer estudar o instrumento, incluindo apostilas para iniciantes e fóruns com estudantes avançados e profissionais. Aliás, esta interface à distância não é novidade trazida pela Internet: há muito tempo se pode encontrar em bancas de jornal as célebres revistinhas. Ao lado destas, há algumas revistas especializadas que podem trazer dados muito interessantes, desde transcrições detalhadas de música até artigos sobre todo detalhe imaginável sobre o violão. Com todos os tipos de música, muitas vezes com elementos sobre teoria ou técnica, são uma ferramenta que, apesar de ter perdido espaço com o advento da Internet, continuam sendo utilizadas.

Uma abordagem que tem ganho muito espaço é a vídeo-aula, a qual tem variadas apresentações, desde o DVD com edição profissional ao vídeo gravado com webcam e postado no youtube.

É importante ressaltar que a oferta é tão grande quanto irregular em termos de qualidade, sendo necessário um olhar criterioso sobre os materiais didáticos e seus princípios pedagógicos, à medida

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Fazendo música em grupo

É muito importante inserir os alunos em situações variadas de produção musical. Quando não é possível que as aulas sejam coletivas - o que disponibiliza, por si só, muitas alternativas para os alunos -, não se pode deixar que a rotina do aluno seja apenas estudar sozinho em casa e mostrar esta produção para o professor. Há várias maneiras de dinamizar esta produção, e mesmo com duas pessoas já se pode fazer música em grupo de alta qualidade. Qualquer mudança que se efetue na instrumentação de uma música (quando a peça dá esta abertura) propicia um novo cenário, cheio de possibilidades perceptivas e criativas. Por exemplo, um aluno que esteja estudando uma canção em arranjo para violão e voz, pode se inserir um segundo violão, uma segunda voz, um outro instrumento (contrabaixo, cavaquinho, teclado, percussão). Se há mais pessoas disponíveis, tudo isto pode ser feito simultaneamente, criando-se arranjos muito ricos em sonoridades.

No caso específico do violão clássico, acréscimos a obras solo não costumam ser apropriados, dada a descaracterização de uma música que a isto não se destina. Em todo caso, o repertório de câmara do violão é vastíssimo, incluindo formações homogêneas (duo, trio, quarteto, orquestra de violões) e com outros instrumentos (duos com flauta ou violino, acompanhamento de canção, quintetos com cordas).

Referências

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